quinta-feira, 20 de setembro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 21/09/2018

ANO B


Mt 9,9-13

Comentário do Evangelho

O amor misericordioso de Deus

O chamado de Mateus é feito no estilo tradicional da vocação profética. Uma breve exortação imperativa ao seguimento é seguida de uma adesão imediata. Na realidade, o processo de conversão decorre de um certo tempo de relacionamento com Jesus. O simples levantar-se e seguir indica uma mudança na vida daquele coletor de impostos.
Para comemorar sua decisão de acompanhar Jesus, Mateus oferece um banquete aos amigos. Era um círculo de amizade formado por excluídos pelo sistema religioso e, por isso, considerados pecadores. Os fariseus e os escribas vêm censurar os discípulos de Jesus pelo seu convívio à mesa com estes pecadores. Jesus ouve e intervém com certa ironia, insinuando a hipocrisia destes que o censuravam. Faz uma comparação entre os que têm saúde e os doentes, por um lado, e os justos e os pecadores, por outro lado. Com uma frase do profeta Oseias (6,3-6), rejeita a prática dos sacrifícios e observâncias do Templo e revela o amor misericordioso de Deus que vem para libertar e dar vida aos excluídos, tidos como pecadores.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, coloca-me sempre junto àqueles que mais carecem de tua salvação, e liberta-me de toda espécie de preconceitos que contaminam o meu coração.
Fonte: Paulinas em 21/09/2012

Vivendo a Palavra

A proximidade de Jesus de Nazaré transformou a vida de Mateus: de cobrador de impostos, profissão maldita pelo seu povo, tornou-se o arauto do Reino do Pai. A presença do Cristo em nossa vida – na Eucaristia e nos irmãos, desde os mais humildes – também deve nos dar coragem e força para nossa conversão.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/09/2012

VIVENDO A PALAVRA

A proximidade de Jesus de Nazaré transformou a vida de Mateus: de cobrador de impostos a serviço do Império Romano, profissão maldita pelo seu povo, tornou-se o arauto do Reino do Pai. A presença do Cristo em nossa vida – na Eucaristia e na pessoa dos irmãos, desde os mais humildes – também deve nos dar coragem e força para nossa conversão.

Reflexão

Todos nós vivemos afirmando que Jesus é misericordioso, que veio para trazer a salvação para todas as pessoas e coisas do gênero, mas na hora da convivência com as pessoas, parece que não é bem assim, pois somos proibitivos e sabemos sempre evidenciar os erros e os pecados que são cometidos para provocarmos discórdia, separação e exclusão. É muito comum ouvirmos nas comunidades: "Eu acho que Fulano não pode participar de tal coisa porque ele fez isso e aquilo". Devemos crer que de fato não somos nós quem chamamos para o serviço do Reino, é Jesus quem chama e ele sabe muito melhor que nós quem está chamando e porque ele está chamando. A nós compete criar condições para que todos possam assumir a própria vocação.
Fonte: CNBB em 21/09/2012

Reflexão

Mateus era cobrador de impostos. Ao chamado de Jesus, responde prontamente. Admirável é seu desprendimento, pois ele promove em casa uma refeição de despedida, para a qual convida muitos colegas de profissão. Por prestar serviço aos ocupantes romanos, os cobradores de impostos eram malvistos e até mesmo desprezados pelos judeus. Jesus, que veio para oferecer a salvação a todos, não se deixa levar por esses preconceitos. Mateus escreveu o Evangelho que leva seu nome. É o Evangelho do Reino de Deus, do cumprimento em Cristo da Antiga Aliança. É o Evangelho do Sermão da Montanha, das parábolas do Reino e do juízo universal. Escrevendo para judeus-cristãos, insiste no messianismo de Jesus e na realização perfeita das promessas do Antigo Testamento.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

A PREFERÊNCIA PELOS PECADORES

Os preconceituosos fariseus julgaram insuportável a decisão de Jesus de sentar-se à mesa com os odiados cobradores de impostos e com os pecadores. Atitude reprovável e irresponsável para um Mestre diante de seus discípulos. Os fariseus censuraram-no baseando-se numa concepção tradicional de mestre, na qual Jesus recusava a se enquadrar.
O Filho de Deus ia ao encontro dos mais carentes da misericórdia do Pai, exatamente os marginalizados pelas estruturas religiosas. Sua iniciativa de comer com os pecadores, longe de ser um gesto impensado, era expressão de algo fundamental no seu ministério: demonstrar profunda comunhão com os que se afastaram do Pai e precisavam reconciliar-se com ele. Jesus agia como um médico que se ocupa com quem está doente, e não com quem goza de boa saúde. Era uma questão de lógica!
O contato com os pecadores, na mentalidade da época, provocava impureza ritual, de forma a impedir a participação no culto. Era preciso afastar-se dos pecadores, como se fossem empestados, para estar em condições de se aproximar de Deus.
Os discípulos de Jesus foram orientados de maneira diversa: se quisessem estar em comunhão com o Pai, deveriam, em primeiro lugar, estar em comunhão com as vítimas do desprezo da sociedade puritana daquele tempo. A falta de misericórdia tornaria vazio e desagradável a Deus o culto que lhe era prestado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, inspirado em Jesus, quero manifestar minha comunhão contigo sendo misericordioso com as vítimas dos preconceitos humanos.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. São Mateus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Olha São Mateus, primeiramente parabéns pelo seu dia que é hoje, o Senhor poderia nos falar sobre aquele dia que o Mestre passou na sua banca e o chamou para ser discípulo?
___Bom, foi um dia inesquecível, eu pensei que o Galileu fosse pagar algum imposto, mas de repente vi o seu olhar sobre mim, não era um olhar acusador como o da maioria do povo, mas era um olhar firme, que me deixou encantado, suas palavras apenas expressaram o que os seus olhos já me haviam dito...
___É Verdade que o Farisaísmo entrou em polvorosa?
___Nossa, e como! Eles consideravam muito o Mestre e tinham grande admiração e respeito por ele, mas certas atitudes os desconcertavam, e esse chamado que ele me fez, ali diante deles, foi realmente muito desconcertante, imagine eu, um Cobrador de impostos, explorador do povo e a serviço do poder romano, ser chamado por Jesus. E o que é pior, ele foi jantar em minha casa naquela noite... Deu o maior "buchicho"
___Pois é, percebe-se no seu relato, eles começaram a "apertar" os discípulos, o porquê de esse jantar em sua casa...
___Sim, mas não só isso, meus amigos cobradores de impostos também vieram, eu achei que o Mestre iria nos fazer um discurso moralista, prá gente mudar de vida e....
___Ué, mas então ele não pregou a palavra, não fez ameaças para vocês se converterem? Pensei que ele tivesse dado uma "dura" no seu grupo de pecadores...
___Pois é, eu também pensei assim, e até achava que aquele jantar seria bem chato, pelo clima que o Mestre iria criar. Mas... Surpreendeu-me o fato dele ter ficado á vontade em minha casa, sabe, parecia um de nós, comia, bebia, falava, ria de coisas gozadas que a gente falava, e uma hora até ameaçou uma dança, como era nosso costume... Foi uma festa imemorável, descobri que ele nos queria muito bem, apesar de sermos uns "casos perdidos".
___Então não foi o discurso ou ensinamento que te levou a mudar de vida e segui-lo?
___Não, de modo algum! Foi a sua atitude e o modo como se relacionou comigo e com os outros, Jesus é simplesmente encantador, é impossível não segui-lo, quando se experimenta o quanto ele nos ama... Daí sim é que vem a conversão...
___Conclusão: daí o Império Romano perdeu um excelente cobrador, e o Mestre ganhou um novo discípulo, e nós, enquanto Igreja, ganhamos um grande Santo e Apóstolo...
Fonte: NPD Brasil em 21/09/2012

HOMILIA DIÁRIA

Um olhar capaz de transpassar o mundo com amor e restauração

Postado por: michelle
setembro 21st, 2012

O Evangelho nos convida a conhecer, a fundo, o Coração de Cristo e, assim, experimentar o grande amor com que Ele veio nos salvar!
No chamado de Mateus, encontramos, antes de tudo, um olhar: “Jesus viu um homem chamado Mateus” (cf. Mt 9,9). Um olhar lançado em direção à pessoa – um homem – por isso um olhar ao essencial e mais importante entre as realidades criadas. Mas quem olha? Aquele que é o Filho do Homem, perfeito Homem e Homem perfeito, o qual tinha tudo para não querer se envolver com os miseráveis pecadores do seu tempo, inclusive desta nossa época.
O Seu olhar é a primeira forma de tocar com compaixão. Em seguida, o Senhor disse:“Segue-me!”. Olhar e Palavra conjugam-se para comunicar um só amor redentor que fornece força para o outro se levantar; amor de restauração. Mateus, pelo Espírito Santo, deixou tocar pela Palavra que dá a vida: “Ele se levantou e seguiu-o” (v. 9).
Este homem do Evangelho era visto por muitos, e talvez, confundido com mais um colaborador do Império Romano que explorava o povo; logo, um judeu em contato constante com pagãos. Além de um impuro, os cobradores de impostos eram acusados de pecadores pela fama de se aproveitarem de seu próprio povo com ganhos ilícitos. Quem sabe não era, também, uma errada forma de render-se a um rótulo ritualista e generalizado, como: ” Sem fazer nada…já me acusam, então vou fazer o que dizem…!”
Claro que nada justifica um pecado de exploração, mas esta possibilidade explica que o preconceito e as generalizações podem se tornar jugos malditos e contribuírem ainda mais para o pecado social. Nisto também o amor misericordioso de Jesus fez e continua a apontar para a diferença: “Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes” (v. 12). Jesus será sempre a nossa melhor resposta, frente aos desequilíbrios pessoais, comunitários e sociais! Ele que, ao longo do tempo, continua a convocar pessoas frágeis na alma e no corpo.
O Catecismo da Igreja Católica forma os cristãos sem diminuir o Poder de Deus para a liberdade do Espírito Santo em agir perante as misérias da amada humanidade: “O Espírito Santo dá a algumas pessoas um carisma especial de cura para manifestar a força da graça do ressuscitado. Todavia, mesmo as orações mais intensas não conseguem obter a cura de todas a s doenças. Por isso, São Paulo deve aprender do Senhor que ‘basta-te a minha graça, pois é na minha fraqueza que minha força manifesta todo o seu poder’ (2Cor 12,9), e que os sofrimentos que temos de suportar podem ter como sentido ‘completar na minha carne o que falta às tribulações de Cristo por seu corpo, que é a Igreja’ (Cl 1, 24)” (CIC, nº 1508).
Assim, fracos como Mateus ou semelhantes ao apóstolo Paulo, somos os publicanos, fariseus ou discípulos de Cristo da atualidade que continuam necessitados da salvação, ensinada pela unção dada a nós (cf. 1Jo 2, 20.26-27), a qual precisa vir sempre acompanhada de uma disposição à comunhão com todos na verdade e misericórdia. Este caminho de humildade nos leva a ouvir, de forma renovada, atenta e inclusiva: “Ide, pois, aprender o que significa ‘misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores’” (Mt 9, 13).
Pelo Espírito Santo e também o nosso olhar se torna diferente!
Padre Fernando Santamaria
Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 21/09/2012

Oração Final
Pai Santo, que o Evangelho narrado por Mateus não seja para nós apenas uma obra de literatura, mas o roteiro a ser seguido para que anunciemos com o testemunho da nossa vida a presença em nós, ainda que não em plenitude, do teu Reino de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/09/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que o Evangelho narrado pela comunidade inspirada por Mateus não seja para nós apenas uma obra de literatura, mas o roteiro a ser seguido para que anunciemos com palavras inspiradas e o silencioso testemunho de vida a presença em nós, ainda que não em plenitude, do teu Reino de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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