terça-feira, 5 de junho de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 05/06/2018

ANO B


Mc 12,13-17

Comentário do Evangelho

Deus é misericórdia, amor e vida

Por cerca de três anos Jesus exerceu seu ministério na Galileia e nas regiões gentílicas vizinhas. Agora, em Jerusalém dá-se o confronto fatal com o sistema religioso do Templo.
O imposto de César era exigido dos judeus, sob o domínio romano. Alguns fariseus e herodianos, procurando provocar em Jesus alguma palavra que o condenasse, perguntam-lhe se deviam ou não pagar este imposto. Se dissesse que não, incorreria na condenação dos romanos. Se dissesse que sim, ficaria desacreditado perante o povo. Diante da moeda cunhada com a cabeça de César, que se intitulava "Filho Augusto e Divino", Jesus devolve a pergunta: "De quem é esta figura e a inscrição?". E, depois da resposta, conclui: "Devolvei a César o que é de César e a Deus o que é de Deus".
César é diferente de Deus. César é a ambição do dinheiro e do poder. Deus é misericórdia, amor e vida. Libertar-se do dinheiro e comprometer-se com Deus, é o projeto de Jesus.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, tudo quanto existe no universo te pertence. Ensina-me a subordinar tudo ao teu querer e a considerar-te a medida de tudo.
Fonte: Paulinas em 05/06/2012

Comentário do Evangelho

O ser humano é portador da imagem de Deus e de sua Lei

Os adversários de Jesus sentem-se irritados pela parábola dos vinhateiros homicidas, pois reconhecem nela a sua própria maldade revelada (12,1-12). O desejo dos chefes do povo é prender Jesus (cf. 12,12). Insistentemente procuram armar uma armadilha para terem uma razão para prendê-lo e matá-lo (vv. 13.15; cf. 3,6). O que os fariseus e os herodianos que vão ter com Jesus dizem dele é verdade (vv. 13.14), mas eles não acreditam no que dizem, pois são hipócritas (v. 15), fazem encenação, usam máscaras. À questão posta pela delegação, que tinha cunho político (v. 14), Jesus responde com uma pergunta, esquema próprio dos diálogos didáticos: “De quem é esta figura?” Deus não está em concorrência com as coisas deste mundo: “Devolvei, pois, a César o que é de César...” (v. 17). Nossa perícope fala de imagem e inscrição (v. 16). Para a Bíblia o ser humano é imagem de Deus (cf. Gn 1,26-27); a inscrição pode se referir à Lei inscrita no coração (Jr 31,33; Pr 7,3). Nesse sentido, o que é de Deus (v. 17) é o ser humano, portador da imagem de Deus e de sua Lei.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tudo quanto existe no universo te pertence. Ensina-me a subordinar tudo ao teu querer e a considerar-te a medida de tudo.
Fonte: Paulinas em 04/06/2013

Vivendo a Palavra

O que pertence a César e o que pertence a Deus? Aqueles que perguntavam a Jesus sabiam que a Deus pertencem homens e mulheres, criados para viver em plenitude, amando e glorificando ao Criador e só a Ele. O Nazareno usava sua liberdade de Filho para proclamar que não devemos culto a César, mas ao Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/06/2012

Vivendo a Palavra

Nosso Mestre nos ensina a procurar o discernimento: o que é de Deus e o que é do mundo e de suas autoridades? O que é essencial e o que é acessório em nossa existência? Nosso compromisso é com a vida – a nossa, a dos irmãos e a da natureza. Que saibamos conservá-la, com o espírito alegre e agradecido.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/06/2013

VIVENDO A PALAVRA

Para nós, hoje, o que pertence ao Mundo e o que pertence a Deus? Ao Mundo pertencem os sinais de morte: o ter que empobrece o irmão, o poder que o escraviza e o prazer que nos degrada. A Deus pertencem os sinais de vida: os bens, para serem partilhados com o irmão; o poder, para o seu serviço e o prazer, para a alegria de todos.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/06/2017

VIVENDO A PALAVRA

A tentação que sofremos é misturar o que em nós e na natureza é de César e o que é de Deus. Vivemos no mundo e temos o dever de torná-lo melhor e mais humano, seguindo o mandamento do Amor. Como discípulos missionários de Jesus, vivemos para servir aos irmãos – curar e libertar – e, por tudo, dar graças ao Pai Misericordioso.

Reflexão

Dois pontos nos são sugeridos pelo Evangelho de hoje. O primeiro é: por que nos aproximamos de Jesus? Condenamos as autoridades porque mandaram pessoas até Jesus para o apanharem em alguma palavra, mas muitas vezes nos aproximamos de Jesus para a satisfação de nossos interesses pessoais e não para o encontro pessoal com aquele que é nosso Deus e que nos ama com amor eterno. O segundo é: dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, o que significa que César deve dar a Deus o que é de Deus, de modo que Jesus nos mostra também as responsabilidades dos dirigentes das nações em relação a Deus e nós devemos cobrar isso deles.
Fonte: 04/06/2013 e 06/06/2017

Reflexão

Fariseus eram contra os ocupantes romanos. Herodianos, ao invés, eram aliados do governo de Roma. Adversários entre eles, ajuntavam-se para atacar uma presa comum, o Mestre Jesus. Queriam que ele se pronunciasse sobre a obrigação de pagar o imposto ao imperador. Prontamente, Jesus põe tudo no devido lugar. Se há imposto estabelecido é porque os chefes judeus aceitaram o domínio do imperador, estão usando o dinheiro de César. Então “devolvam a César o que é de César”. Só renunciando a esse dinheiro, deixarão de reconhecer César como senhor. Entretanto, há uma nação inteira que precisa ser respeitada e não pode sofrer e agonizar por causa dos pesados impostos (devolvam a Deus o que é de Deus). O povo é de Deus. Deus é o Senhor absoluto.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

UMA INSÍDIA ASTUCIOSA

As hostilidade contra Jesus uniu os seus adversários. Os enviados para armar-lhe ciladas são partidários da facção farisaica e do partido dos herodianos. Os fariseus eram bem conhecidos por seu apego às prescrições da Lei e por sua postura anti-romana. Embora resistissem aos opressores, de forma não-violenta, recusavam-se, decididamente, a conformar-se com a dominação estrangeira. Por sua vez, os herodianos estavam ligados à casa de Herodes cujos membros exerciam a autoridade em nome do imperador romano.
Os fariseus buscaram a ajuda dos herodianos por saberem que estes, embora indiferentes quanto às questões religiosas, tinham interesse em abafar os movimentos populares de caráter messiânico, para evitar problemas com Roma. Por isso, fecharam os olhos às suas divergências ideológicas e optaram fazer um conluio com seus inimigos para garantir a eliminação de Jesus.
A questão dirigida ao Mestre – "É lícito ou não pagar o tributo a César?" – era de caráter eminentemente político. Respondendo sim, Jesus entraria no rol dos que se opunham à autoridade romana. Respondendo não, perderia a simpatia do povo, o qual, na certa, o consideraria um traidor, por reconhecer e justificar a opressão estrangeira.
Jesus deu-lhes uma resposta admirável: nada impede de dar a César o que lhe pertence, desde que o absoluto de Deus seja respeitado. Deus é a medida de tudo!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, tudo quanto existe no universo te pertence. Ensina-me a subordinar tudo ao teu querer e a considerar-te a medida de tudo.
Fonte: Dom Total em 06/06/2017

Meditando o evangelho

OPOSIÇÕES INEXISTENTES

Para confundir Jesus, fariseus e herodianos propuseram-lhe uma pergunta capciosa a respeito da liceidade de pagar o tributo ao imperador romano.
O pano de fundo desta questão era complexo. Sob o aspecto político, tratava-se de saber se Jesus era contra ou a favor da dominação estrangeira. Sob o aspecto religioso, a resposta de Jesus revelaria que imagem ele fazia de Deus, que escolhera Israel para ser o povo de sua predileção, e não se contentava em vê-lo oprimido. Afinal, o Deus de Jesus era um Deus libertador? Sob o aspecto econômico, a questão levava Jesus a posicionar-se diante da penúria do povo, do qual se exigia pagamento de tributo. Sob o aspecto social, Jesus deveria dizer se concordava com a situação de opressão a que estava reduzido o povo de Israel.
A resposta do Mestre, aparentemente evasiva, revela sua visão da história, centrada no Reino de Deus. Não existe contraposição entre César e Deus, uma vez que estão situados em níveis diferentes. O pagamento do tributo ao imperador é irrelevante, quando este não cede à tentação de usurpar o lugar de Deus, tiranizando as pessoas. Deus é o Senhor absoluto da História. E César deve submeter-se a ele. Importa que todos, inclusive o imperador, acolham a vontade divina.
Conseqüentemente, a resposta de Jesus revela que ele se opunha a todo tipo de opressão e exploração, pois o Pai é um Deus libertador. É preciso ser perspicaz para compreender o sentido da posição de Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de sagacidade, dá-me a graça de compreender o sentido oculto das palavras de Jesus, cuja sabedoria se esconde para quem não está sintonizado com ele.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Cesar ou Deus? A inteligência na resposta...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nem tínhamos acabado de ler esse evangelho, e a minha equipe de debatedores da comunidade já estava debatendo.
___Pagar imposto não têm nada a ver com religião! - exclamou o Miltão, que não gosta de falar em política na igreja. Afonso, uma pessoa nova na comunidade replicou:
___Olha Sêo Milton, tem sim! Um bom cristão cumpre bem os seus deveres de cidadão.
___Em nosso país a Lei tributária é uma roubalheira, por mim não pagaria imposto nenhum.....- comentou Jorge, que é sempre contra qualquer governo.
__Calma meus irmãos... Vamos ver o que há por trás desse texto. --- disse, chamando a atenção do grupo.
___Bom, prá mim está bem claro, esses caras, que eram “Pelêgos” do partido dos Fariseus, e do poderoso Herodes, foram buscar lã e saíram tosquiados. Jesus acabou com eles! - disse Jorge, que via em Jesus um Líder inigualável, que poderia encabeçar uma revolução contra os Romanos e até contra o poder religioso da época.
___Gente, espere um pouco... A pergunta era uma armadilha para tentar pegar Jesus, para qualquer um dos lados que ele pendesse, Cesar ou Deus, seria condenado por seus opositores. --- disse Vera, catequista que chegou atrasada no debate, mas que mandou bem, em sua primeira intervenção.
___Bom, se é assim, uma contenda entre eles e Jesus, o que esse evangelho tem a ver com a nossa realidade? Por que Lucas o escreveu? - indaguei do grupo todo.
___A imagem de Cesar cunhada na moeda, mostrava que o cara era poderoso e todas as pessoas deviam se submeter a ele, parece até que o imperador era um deus, se não me engano. --- comentou Miltão.
Jesus não entra nessa questão, apenas aproveita a imagem da moeda para lembrar que o Reino de Deus supera e de longe, qualquer estrutura política-econômica desse mundo, e que no homem há também uma imagem, não de um imperador que quer ser deus, mas de um Deus que se fez homem. Dar a Deus o que é de Deus, significa ter esse reconhecimento, manifestando gratidão ao Deus da Vida, que nada nos impõe, mas propõe um jeito novo de se viver a Vida, colocando o Reino que Jesus inaugurou, com um valor absoluto, e sabendo que as estruturas imperiais são transitórias e relativas. De fato, podemos perguntar “Onde está o poderoso Cesar e o Império Romano que fazia tremer os povos vizinhos?”.

2. QUE É DE DEUS?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Jesus não caiu na armadilha armada por seus adversários para fazê-lo declarar sua posição diante dos romanos, opressores do povo. Os fariseus era contrários à dominação estrangeira, enquanto os herodianos eram a favor. Portanto, qualquer posição de Jesus haveria de fazê-lo cair nas malhas de seus acusadores.
Engana-se quem toma a afirmação enigmática de Jesus como se colocasse Deus e César em pé de igualdade. Dar a César o pertencente a César significa não ter nada demais satisfazer suas exigências de pagamento de tributo. Isso pode mesmo ser uma exigência passável. Dar a Deus o que a Deus pertence significa existirem coisas que só Deus pode exigir como é, por exemplo, o caso a adoração. Enquanto César exigia o tributo, não havia mal em pegá-lo. Quando exigia ser adorado como Deus, passava dos limites e não devia ser atendido. Afinal, era uma criatura e, por conseguinte, também pertencente a Deus e devedor de honra a Deus.
A resposta de Jesus coloca as coisas nos seus devidos lugares. É idolatria igualar Deus e César, o Criador e as criaturas. Seus âmbitos de reconhecimento têm limites bem distintos. Enquanto o âmbito da criatura é bem restrito e não pode ser ultrapassado, o Criador tem tudo sob seu domínio. Jesus serve só a Deus e a mais ninguém. Ele não se submete aos tiranos.
Oração
Senhor Jesus, que eu não confunda as criaturas com o Criador e só a Deus tribute a honra e o louvor devidos.
Fonte: NPD Brasil em 04/06/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Um Cristianismo pela metade...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há tantas indagações que poderíamos colocar ao lado dessa pergunta capciosa que os Fariseus e Herodianos fizeram a Jesus. Vamos formular algumas delas, para que compreendamos a resposta de Jesus, para os cristãos de hoje.
"Senhor, é certo um cristão participar da política partidária? Deve um Cristão atuar no sindicalismo ou na associação de moradores? Deve um cristão preocupar-se com questões sociais do bairro, da cidade? Deve um cristão ocupar-se com problemas de ordem econômica? Pode um Cristão acompanhar trabalhos da câmara e cobrar os seus representantes n o legislativo? Deve um Cristão ocupar-se de questões referentes a cidadania, ao meio ambiente e ecologia? Deverá um Cristão preocupar-se com questões da Educação e Saúde? Pode em nossas comunidades um Cristão preocupar-se com administração, situação econômica da Paróquia, formas de gestão para melhorar a arrecadação do dízimo? Deve um Cristão preocupar-se com a comunicação, e ocupar espaços na Mídia local ou na grande Mídia, para evangelizar? A lista é muito grande e paramos por aqui.
A verdade é que, muitas vezes preferimos ser Cristãos pela metade, ignorando ou menosprezando as realidades terrenas que nos cercam e que afetam diretamente a nossa vida. Para que ocupar-se com as coisas do mundo, se elas são transitórias, o que importa é preocupar-me com a salvação da minha alma na Vida Eterna... Esse é o pensamento que prevalecia na Igreja antes do Concílio Vaticano II, e infelizmente muitos ainda pensam assim, se recusam a ser fermento na massa, sal e luz do mundo, preferindo a Fé da Magia, que cuida das coisas santas e sagradas, entendendo que tudo mais são coisas profanas. Claro que, por conta desse pensamento, os cristãos "Metadinha" são péssimos administradores, maus pagadores, vivem "apertados", metidos em grandes dívidas e são capazes de pedir a Deus um milagre econômico para suas vidas.
Cristãos Metadinha odeiam ouvir falar em política dentro da Igreja e na relação com os políticos, legisladores e governantes, só querem uma coisa, ter algum ganho ou levar alguma vantagem com eles... Incentivando, até mesmo políticos de dentro da comunidade, a praticarem o chamado clientelismo político, que é uma praga que infesta nossa sociedade.
Nesse sentido, e olhando por esse lado, podemos entender que a resposta de Jesus "Dai a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus", é um convite a coerência, de uma Fé comprometida com a Vida e todas as suas implicações. Claro que a questão da imagem cunhada na moeda serve também como uma exortação para lembrarmos que o Homem é imagem e semelhança de Deus e não imagem, e semelhança das Instituições.
Portanto, sendo imagem e semelhança de Deus, temos que ser coerentes como Jesus de Nazaré, Homem fiel, Judeu e Cidadão, que se inseriu plenamente na sua realidade Nacional e Religiosa, sem nunca fazer da relação com Deus uma forma de alienar-se. E por ser assim, tão comprometido com a transformação das estruturas do seu tempo, foi perseguido e condenado injustamente á morte da cruz, pois se fosse apenas um fanático religioso, um visionário místico, que vivia nas nuvens, certamente não incomodaria a ninguém e morreria velhinho, de cabelos brancos...

2. É permitido ou não pagar imposto a César?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Sacerdotes, escribas e anciãos se defrontaram com Jesus. Agora são os fariseus e os herodianos que se apresentam. Tentam colocar Jesus em má situação diante dos romanos. Deve-se ou não pagar o imposto ao imperador de Roma? Sem muita interpretação do texto, vemos que Jesus se sai muito bem da cilada que lhe estavam armando. Pegando uma moeda, pergunta de quem é a figura e a inscrição. É do imperador, evidentemente. Então, deem ao imperador o que é dele, e a Deus o que é de Deus. Sem resposta, os opositores ficam admirados. Refletindo sobre o acontecido, podemos dizer que, se a moeda é do imperador, e o imperador e a moeda são de Deus, o imperador está abaixo de Deus e deve prestar contas a Deus do que faz com a moeda do imposto. Dar a Deus o que é de Deus, é dar tudo a ele. O imperador não teria autoridade se não lhe tivesse sido dada por Deus. Ele também pertence a Deus e deve prestar contas do imposto que impõe aos povos dominados. Não “paguem” imposto a César. “Devolvam” o que é dele.

HOMÍLIA DIÁRIA

Subordinemos nossas vontades ao querer de Deus

Postado por: homilia
junho 5th, 2012

“Dize-nos: É lícito ou não pagar o imposto a César? Devemos pagar ou não?” (Marcos 12,14).
Ante essa provocação, Jesus simplesmente responde: “Dai a Deus o que é de Deus, e a César o que é de César”. Jesus não fala sobre pagar ou não pagar o tributo a César, porque, primeiro, trata-se de um poder humano e depois temporal. Segundo, porque o homem foi criado para as coisas do Alto, que não perecem nem envelhecem. Terceiro, porque se trabalha demais uma armadilha fracassada.
A reposta de Jesus é um convite para que seus interlocutores abandonem seus horizontes limitados a fim de enfrentar o problema decisivo que era o de Deus.
Havendo falhado em denegrir a pessoa e a autoridade de Jesus, os líderes religiosos armaram-Lhe a “cilada perfeita”: a questão do tributo a César. Se Jesus apoiasse o tributo imperial, estaria se expondo ao ódio dos extorquidos judeus; se não o apoiasse, seria denunciado aos romanos como revolucionário e agitador do povo judeu.
Magistralmente, Ele calou os líderes judaicos com as célebres palavras: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Com isto, Jesus estabeleceu a importante questão de que o cristão é cidadão de dois mundos: o terrestre, com todas as obrigações a ele inerentes, e ao mundo celeste com todas as implicações que isso lhe acarreta.
O cristão não pode viver alienado no mundo, pois é sal e luz, vivendo para fazer uma diferença saudável na comunidade; mas sem se esquecer de sua cidadania celestial, atuando como embaixador de Deus, na linguagem de São Paulo, para com os que estão à sua volta, a começar pelo marido, esposa, filhos, parentes e amigos.
Diante dos conflitos e das reivindicações do céu e da Terra, você, meu irmão, deve sentir, dentro de si, as palavras de Jesus em Mateus 6,33: “Buscai primeiro o seu Reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Portanto, saiba que o Reino de Deus e a Sua justiça têm prioridade. Como disse Pedro: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5,29).
Se as reclamações do mundo não se chocarem com os apelos do Reino de Deus, então o cristão deve atender com as palavras de Paulo: “A quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra. Não podeis ter dívida de alguém, senão a dívida do amor” (Rom 13,7-8), ou melhor, “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus!”. Escolha, pois, Deus e viverás.
Que Deus nos ensine a subordinar todas as nossas vontades ao Seu querer e vontade, tendo-O como medida de tudo quanto existe. Aliás, dirá o salmista: “Tudo é de Deus e nós somos de Deus”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 05/06/2012

HOMÍLIA DIÁRIA

Um bom cristão é um bom cidadão

Um bom cristão cumpre suas obrigações, sua missão perante a Lei, perante o Estado, perante a sociedade em que vive. Um bom cristão é um bom cidadão.
“Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mc 12,17).
Hoje, tentaram colocar Jesus em uma situação muito difícil. Os fariseus e os partidários de Herodes tentaram colocá-Lo contra o Estado para que Ele dissesse que não era necessário pagar impostos ou, então, dizendo que a religião iria se submeter a um Estado injusto, como era a dominação que os romanos exerciam sobre o território de Israel.
O Senhor não cedeu a nenhuma das provocações; muito pelo contrário, Ele deu a resposta evangélica para essa situação: primeiro, dar a Deus o que é de Deus – o culto, o louvor, a adoração, a glória. O Altíssimo é o primeiro e nunca a Lei dos homens vai contrariar a Lei do Senhor.
É mais importante obedecer a Deus, em primeiro lugar, pois Ele é o primeiro em nossa vida, Ele é o bem maior, é a graça maior que nós possuímos.
Nós não vamos trocar nada nem obedecer a ninguém, nesse mundo, sem antes obedecer a Deus, aos Seus mandamentos e à Sua verdade. Mas isso não quer dizer que o cristão é rebelde ao Estado, às Leis ou um cristão é um anarquista. Muito pelo contrário, um cristão, a exemplo de Jesus, é aquele que se submete às regras. Claro que, muitas vezes, não vamos concordar com certas obrigações! Um exemplo: nós podemos não concordar com os impostos, podemos achar que estes são muito caros, mas se é preciso pagá-los, nós o faremos.
Penso que os pedágios são muito caros, nas estradas, mesmo com todos os benefícios que possamos ter, mas é preciso pagá-los, pois precisamos, na verdade, cumprir com nossas obrigações civis. Um bom cristão é um bom cidadão.
Um bom cristão cumpre suas obrigações, sua missão perante a Lei, perante o Estado, perante a sociedade em que vive. Não adianta só cumprir as Leis da Igreja, nós precisamos cumprir nossas responsabilidades civis perante a sociedade.
Hoje, é Jesus quem está dando o exemplo e a ordem a nós: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 04/06/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos força e coragem para desafiar os preconceitos da sociedade em que vivemos, proclamando no mundo o teu Amor misericordioso e a Boa Notícia de que o teu Reino já está em nós e entre nós, trazido pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/06/2012

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a vencer a tentação de inverter prioridades, cuidando das coisas que passam e esquecendo os tesouros que permanecem para a Vida eterna. Dá-nos, Pai amado, coragem para optar radicalmente pelo teu Reino de Amor, proclamado pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/06/2013

Oração Final
Pai Santo, que nos deste tantos dons, ajuda a nossa inteligência, para discernir os teus caminhos; a nossa liberdade, para orientar as nossas escolhas e a nossa vontade, para fortalecer nossa opção pela Vida em plenitude que nos foi mostrada por Jesus, Teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/06/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, envia sobre nós o teu Espírito! Ensina-nos a discernir as coisas que são do mundo e as que são do Espírito. Dá-nos força e coragem, Pai amado, par fazermos a opção radical de vida pelo caminho do Amor, seguindo o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.

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