quinta-feira, 28 de junho de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 28/06/2018

ANO B



Mt 7,21-29

Comentário do Evangelho


Que todos tenham vida em abundância

Com uma sentença muito clara e uma parábola singela, Jesus encerra o Sermão da Montanha, conforme apresentado no evangelho de Mateus. A invocação "Senhor! Senhor!" sugere uma piedade cultual que por si só é inconsequente. A piedade se concretiza no agir de acordo com as palavras de Jesus, que revelam a vontade do Pai. E a vontade do Pai, Deus de amor, é que todos tenham vida em abundância, usufruindo dos bens da criação, eliminando-se as cercas e os muros que protegem as minorias privilegiadas e relegam as maiorias ao empobrecimento e à exclusão.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, eu quero caminhar com sinceridade para a comunhão contigo, no teu Reino. Que todos os meus gestos e palavras estejam sempre alicerçados na tua vontade.
Fonte: Paulinas em 28/06/2012

Comentário do Evangelho

A solidez da vida cristã está em ouvir e pôr em prática as palavras de Jesus.

O evangelho deste dia é a conclusão do discurso sobre a montanha (Mt 5–7). O título “Senhor, Senhor” era, em princípio, um título de respeito atribuído ao Mestre. Somente, depois, para a fé cristã, ele passará a ser um título cristológico atribuído a Jesus Cristo ressuscitado. Pelo que se segue, o texto deve ser compreendido assim, em primeiro lugar: os discípulos não devem simplesmente orgulhar-se de ter Jesus como seu Mestre; é preciso pôr em prática seus ensinamentos. Não são as muitas palavras ou o louvor estéril que caracteriza os discípulos de Jesus, mas um engajamento afetivo e efetivo com o dinamismo da própria vida do Mestre, cujo alimento é fazer a vontade do Pai (Jo 4,34). Dito em outras palavras, é preciso que a vontade de Deus se realize na vida do discípulo, assim como se realizou na vida de Jesus. A solidez da vida cristã está em ouvir e pôr em prática as palavras de Jesus. Essa exigência evoca Dt 31,12, em que Moisés recomenda aos sacerdotes exortarem o povo a pôr em prática as palavras da Lei.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, eu quero caminhar com sinceridade para a comunhão contigo, no teu Reino. Que todos os meus gestos e palavras estejam sempre alicerçados na tua vontade.
Fonte: Paulinas em 26/06/2014

Vivendo a Palavra

É o Amor que nos faz entrar no Reino do Céu. E Jesus explica que o Amor é o que o Amor faz e não o que o Amor diz. Podemos repetir mil vezes ‘Senhor, Senhor’, e não sermos escutados pelo Pai. O caminho verdadeiro é cumprir a Sua vontade santa: vivermos a compaixão e a fraternidade, sermos generosos e gratuitos em nossas relações.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/06/2012

Vivendo a Palavra

Contemplamos, encantados e agradecidos, o final do Sermão da Montanha: três capítulos que ficam gravados nos corações. Neles Jesus fala do Reino do Céu e do caminho para possuí-lo. Não apenas no futuro, quando o teremos em plenitude, mas desde agora, por seus sinais, pois ele está dentro de nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/06/2014

VIVENDO A PALAVRA

É o Amor que nos faz entrar no Reino do Céu. E Jesus explica que o Amor é aquilo que o Amor faz e não o que o Amor diz. Podemos repetir mil vezes ‘Senhor, Senhor’, e não sermos escutados pelo Pai. O caminho verdadeiro é cumprir a Sua vontade santa: vivermos a compaixão e a fraternidade, sendo generosos e gratuitos em nossas relações.

Recadinho

Construo a casa de meu coração sobre a rocha da Fé? - O que faço para que seus alicerces sejam preservados? - Surgem muitos ventos fortes querendo derrubar minha casa? - Meu testemunho de vida ajuda meu próximo a edificar sua casa sobre a rocha? - Com que frequência leio a Bíblia para buscar forças para a caminhada?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 26/06/2014

Reflexão

O Reino de Deus não é uma diversão. É realidade que empenha a vida toda. Dele se participa não só com palavras, ainda que sejam santas, mas criando o reino da justiça que Deus quer. O primeiro a entregar sua vida pelo Reino foi Jesus, que cumpriu plenamente a vontade do Pai. Quem se faz discípulo de Jesus deve seguir seus passos, ouvir e pôr em prática suas palavras. Este estará edificando sua casa (vida) sobre rocha inabalável, o próprio Cristo. Ninguém se iluda. Não basta falar fluentemente sobre a doutrina cristã ou cantar belos hinos religiosos. No final, pode haver tremenda decepção: “Não conheço vocês”. O que conta é assumir o compromisso com Jesus e seu Reino. Isso supõe concretamente a prática da justiça e do amor a Deus e ao próximo. Ações que transformam a realidade.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

PRUDÊNCIA E TOLICE

Engana-se quem pensa ter optado por uma adesão perfeita a Jesus só porque, da boca para fora, invoca seu nome, julgando estar dando mostras de fé. Certas circunstâncias da vida põem à prova a solidez desta adesão. Só, então, será possível saber se se trata de uma opção bem alicerçada ou não.
A opção por Jesus concretiza-se na prática de suas palavras. Quem as ouve e se esforça por pautar por elas a sua vida, está no bom caminho. Nenhuma tempestade, por mais violenta que seja, será suficientemente forte para demovê-lo de sua confiança no Senhor e no seu Reino. A tempestade se vai, sem ter abalado sua fé. A prudência levou-o a construir sua vida sobre alicerces sólidos.
Bem outro é o destino de quem fica satisfeito com uma piedade aparente, em que o comodismo e o amor próprio permanecem intocados. Ao ser provado, não estará em condições de resistir diante dos múltiplos assédios do tentador. Seu cristianismo de fachada será desmascarado, ficando claro que ele estava longe de ser um discípulo de Jesus. Por ser tolo, não edificou sua vida cristã sobre as bases indicadas pelo Mestre, vindo a sofrer as conseqüências de sua falta de discernimento.
Cada discípulo é chamado a fazer uma séria revisão de sua vida, para certificar-se se está agindo com a prudência necessária, ou se está sendo levado pela insensatez.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Espírito de prudência, que eu saiba edificar minha vida cristã sobre os alicerces das palavras de Jesus, de modo a superar as provações da vida.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. “Quando vêm os temporais e enchentes...”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A Palavra provação não significa que Deus desconfia de nós e quer nos provar, se fosse assim, Ele já teria desistido de nos amar, pois nenhum ser humano, nem os mais Santos, passariam nessa prova.
O evangelho de hoje é o texto que vem na sequência do Sermão da Montanha, parece que Jesus fez um belo resumo de tudo o que já havia ensinado aos discípulos e agora os exorta a colocarem em prática as “Bem Aventuranças” e a primeira coisa a fazer é ouvir a Palavra.
Claro que esse ouvir a palavra requer uma abertura de coração para aceitá-la, durante o dia ouvimos muitas coisas, mas nem sempre estamos focados naquilo que ouvimos, a Palavra de Deus, para ser eficaz em nós precisa ser buscada, desejada, e deve despertar em nós um encanto naquilo que transmite, a ponto de nela descobrirmos a razão e o sentido de nossa Vida, não é uma palavra qualquer, dita por acaso, jogada no ar a esmo, ela tem a direção certa do nosso coração e do nosso existir, podemos até dizer que, nos momentos e circunstâncias em que Deus nos comunica de alguma forma a sua Santa Palavra ele têm um propósito a nosso respeito e espera de nós uma resposta.
Pela sua Palavra a nós anunciada, Deus não quer aplausos, elogios ou arrebatamentos, mas quer abertura e disponibilidade para coloca-la em prática, pois esta é a única forma de darmos a ele uma resposta positiva e aqui evocamos Maria, ao ser anunciada “Faça-se em mim...”, isto é, que a Vontade Divina, manifesta na Palavra, se torne em minha vida uma ação concreta.
Se a nossa decisão a favor da Palavra, e a nossa adesão a Jesus Cristo é sincera e autentica, vamos prova-la nas tempestades, ventanias e enchentes que enfrentamos nesta vida. Quando a nossa Fé é infantil e nossa relação com Deus baseada no medo, qualquer ventinho das contrariedades nos faz cair. Quando a nossa Fé é baseada em um rito mágico, onde tudo depende só de Deus, na primeira oportunidade que Ele não nos atender, também caímos por terra e tudo se desmorona.
Mas quando temos uma Fé firme e inabalável, vivida no encanto do anúncio de Jesus, mas também na realidade dessa vida, onde vamos colaborando concretamente para o Reino aconteça, as revezes da vida, longe de nos fazer cair, mais nos fortalecem, porque, entendendo os nossos limites e fraquezas, nos atiramos confiantes nos Braços do Pai.
Essa Fé madura, marcada pelo equilíbrio das nossas ações, fortalecida pela Eucaristia e a Palavra de Deus, mantida pela oração, é base sólida que jamais cairá.
E um dia, quando estivermos diante do juízo de Deus, seremos por ele confirmados, como bons construtores e empreendedores, porque fomos capazes de olhar para o Transcendente, sem tirar os pés do chão da nossa história.

2. O DISCÍPULO PRUDENTE
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

O discípulo do Reino é convidado a aderir à mensagem de Jesus, de modo a deixá-la permear todos os meandros de sua existência e levá-lo a agir de maneira compatível com sua opção. Não basta uma aceitação puramente intelectual da mensagem. Nem, tampouco, limitar-se à profissão verbal da fé em Jesus. A condição de discípulo é expressa com a vida.
Pautar a vida pelas palavras de Jesus é sinal de sensatez. Uma vida assim alicerçada prepara o discípulo para enfrentar toda sorte de contradições e dificuldades, sem se deixar abalar. Embora seu modo de vida o transforme em alvo de seus adversários, nem por isso ele pensa em desanimar. Antes, continua impávido seu caminho.
Não pautar a vida pelas palavras de Jesus é sinal de insensatez. A condição de discípulo, neste caso, não passa de mera formalidade. Jesus não chega a ser realmente o Senhor de sua vida. Resultado, será incapaz de manter-se de pé quando sua fé for submetida à prova. Então, será revelada a fragilidade de sua opção pelo Reino.
Jesus denunciou a existência de pessoas deste segundo tipo na comunidade cristã. Eles profetizavam, exorcizavam, faziam milagres em seu nome. Mas, ele mesmo declara desconhecê-los. Pelo fato de não se submeterem, realmente, à vontade do Pai do céu, seu agir aparentemente bom se tornava prática de iniqüidade. Eles não eram discípulos.
Oração
Senhor Jesus, dá-me a sensatez necessária para que eu deixe tuas palavras transformarem toda a minha existência.
Fonte: NPD Brasil em 28/06/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A PERIGOSA FÉ DAS APARÊNCIAS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nada mais frustrante nesta vida do que quando uma pessoa nos decepciona, porque aparentava ser uma coisa e era outra. Isso é algo que pode ocorrer na vida conjugal-familiar, no âmbito profissional, comércio, negócios, no mundo da política, esportes e nas artes em geral, as pessoas vendem uma imagem que nos cativa e depois um dia se revelam realmente quem são. Pais que se desencantam com os filhos, maridos que se frustram com as esposas, esposas com os maridos, amizades sinceras que de repente se rompem, sociedades sólidas que acabam de maneira inesperada, sonhos que se desmoronam, belos projetos que se acabam da noite para o dia, ideais nobres que se banalizam, crentes que perdem a fé, cristãos que abandonam suas igrejas, amores que se vão. Enfim, do ser humano pode se esperar tudo, pois o homem nem sempre é aquilo que aparenta ser.
Jesus neste evangelho de São Mateus ensina que a nossa relação com Deus não pode ser apenas de aparência, mas tem que estar bem enraizada em nossas entranhas, como dizia Moisés ao seu povo, que a lei de Deus deverá ser escrita no coração, no mais profundo do ser humano.
A primeira interpretação desse evangelho nos leva a pensar que Jesus está falando da necessidade de termos uma fé bem consistente, para que possamos “aguentar firme” os trancos da vida, os problemas, os maus momentos, as tribulações, as crises e tudo mais que possa nos desestabilizar, mas será que a nossa fé é apenas isso: um amortecedor para diminuir o impacto das revezes dessa vida? Será que crer, significa apenas ter em nós uma força misteriosa que neutraliza a natureza humana dos impactos inesperados desta vida? Parece que não!
O catecismo da Igreja define o ato de crer, como uma resposta do homem a Deus que o convida à uma comunhão de vida, “pela Fé” o homem submete completamente sua inteligência e sua vontade a Deus. Com todo o seu ser, o homem dá seu assentimento ao Deus Revelador. A Sagrada Escritura denomina “obediência da Fé” esta resposta do homem ao Deus que se revela, que não pode se resumir a uma bela expressão verbal, ou em uma aparência religiosa, para convencer o próximo de que se pertence a Cristo e tudo se faz em nome dele, mas sim em ouvir a palavra de Deus e colocá-lo em prática.
Há muitos que se iludem, achando que para ter fé, basta ouvir a Palavra de Deus de vez em quando, em meio a tantos compromissos quando na verdade é fazer tudo a partir da palavra. Nas Bodas de Cana, Maria disse aos que serviam “Fazei tudo o que ele disser”. Portanto, é “Tudo” e não um ou outro texto mais tocante para nós. Vida e Palavra têm de estar sempre juntas, pois a palavra de Deus em nossa vida não pode ser apenas uma decoração na parede, mas sim o alicerce, a rocha de sustentação.
Por isso não basta dizer “Senhor...Senhor!” para se entrar no reino de Deus, mas colocar toda nossa vida nas mãos do nosso Senhor, cuja vontade tem que ser para nós soberana, como foi a vontade do Pai na vida de Jesus. Senhor significa “Nosso Dono”, no sentido estrito de submissão.
Haverá um dia em que toda humanidade estará diante de Deus, quando o seu reino tornar-se visível e todo o mistério de Deus e do homem for então revelado. Esse dia será desolador para quem edificou sua vida sobre a mentira, pois não irá resistir ao impacto da Verdade de Deus, e a casa irá cair... Convicções, princípios e ideologias humanas, que não estiverem em sintonia com o projeto de Deus, irão sucumbir para sempre, e todos os que alimentaram o mal oculto em seu coração, irão se sentir envergonhados e desmascarados. “Não vos conheço, afastai-vos de mim”!
Mas os que construíram sua vida e sua razão de ser em Jesus Cristo, caminho, verdade e vida, cujos atos coerentes revelaram o ser cristão em todos os momentos e ocasiões, estes ao contrário, se alegrarão com a Verdade, pois serão confirmados na regeneração, com a ressurreição prometida e preparada para os justos desde toda eternidade.
Perguntemo-nos então, se a nossa casa, isso é, a nossa vida em todas as suas dimensões, mesmo aquelas mais ocultas e inacessíveis para os homens, está solidamente construída sobre a rocha firme que é Jesus Cristo, ou se a nossa casa, apesar de aparentar tão bela, foi construída sobre a areia. Nesse caso, ainda dá tempo de demolir e fazer outra fundação, com uma conversão sincera e profunda, e assim, iremos não só resistir à Verdade de Deus, como também experimentaremos uma incontida alegria diante dela, quando chegar o grande dia.

2. Põe em prática a vontade de meu Pai
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Não basta falar, é preciso fazer. Não basta fazer, é preciso fazer coisas boas. Não basta fazer coisas boas, é preciso fazer a vontade do Pai. Profetizar, expulsar demônios, fazer milagres são coisas muito boas, e não agradaram a Jesus. No dia do juízo final, as pessoas que realizaram essas ações não entrarão no céu, porque não fizeram o que o Pai queria. A Palavra de Deus é para ser ouvida e praticada, e não para ser manipulada. Não pode ser ajeitada ao que queremos e ao que é do nosso interesse pessoal. Saber discernir a vontade de Deus é dom do Espírito e faz parte da construção sólida de uma personalidade cristã.

REFLEXÃO

A sabedoria da Lei de Deus

Hoje, chegamos ao final do chamado “Sermão da Montanha” (capítulos 5-7 de São Mateu). Jesus, Mestre de autoridade convincente, ensina os “requisitos” para entrar ao seu Reino —de amor!— e também qual deve ser a nossa atitude ante a Lei de Deus. Ouvir realmente a palavra de Deus implica praticá-la. Quem fazer isso terá prudência e sabedoria.
O antigo Israel tinha consciência de ser um povo sábio porque conhecia explicitamente a Lei de Deus. Atualmente, existe uma falta de amor ante a lei, especialmente ante a Lei de Deus ou “lei moral”. Mas isto não é uma imposição, é um “dom” que ensina-nos as rações do crescimento humano e a aproximação ao nosso Criador. Aprendamos da nossa própria história: onde se rejeita ou desconhece a Lei de Deus desconhece-se também a dignidade da pessoa humana e facilmente é maltratada.
— Senhor-Deus, ajuda-me a obrar teus preceitos para adquirir a verdadeira sabedoria da vida.
Fonte: Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha) em 26/06/2014

HOMILIA

PODE ENTRAR NO REINO DO CÉU?

Meu irmão, minha irmã, você sabia que a nossa entrada no Reino dos céus não acontece em vista de palavras pronunciadas, orações recitadas e pregações bem elaboradas? Que não adiantará nada para nós somente, clamar Senhor, Senhor, e não pôr em prática a vontade de Deus?
Pois é. Se não sabia é preciso que o saiba! As nossas ações têm mais eficácia do que as nossas palavras. Se não praticamos o que dizemos, tudo será igual a nada. Para que nós possamos entrar no Reino dos céus, precisamos estar firmes no seguimento da vontade de Deus que se apresenta por meio de Sua Palavra.
Praticar o mal é não fazer conforme nos direciona a Palavra de Deus e agir conforme os nossos próprios pensamentos humanos. O próprio Jesus nos mostra no Evangelho: ouvir a Palavra e praticá-la é construir na rocha. A casa construída sobre a rocha é a vida do homem que caminha à luz da Palavra de Deus. Deus é a Rocha, Deus é o Amor e aquele que se ajusta à Sua vontade, terá uma vida firme, confiante e as tempestades, os terremotos, os ventos não o abalarão.
As dificuldades da nossa vida são momentos preciosos para percebermos se estamos firmes sobre a rocha firme que é Jesus, ou não.
Existem devoções às ostensivas invocações do nome de Jesus e às espantosas narrativas de expulsões de demônios e de milagres de Jesus. Contudo, estas devoções podem dar uma satisfação pessoal que leva à omissão das práticas essenciais que realmente agradam a Deus.
Neste texto de Mateus, vemos que a fidelidade a Jesus está na prática da vontade do Pai que está nos céus. É isto que se pede na oração do Pai-nosso. Jesus nos revelou a vontade do Pai na proclamação das Bem-aventuranças e na sua vida, com seu amor promovendo os pobres e excluídos.
Como você está construindo a casa da sua vida: na rocha ou na areia? – Você já experimentou alguma tempestade na sua vida? Como ficou a sua casa? –- Você sente firmeza nos seus pés nas horas das dificuldades? – Você acha que a sua vida está firmada sobre a Rocha ou você é um “homem sem juízo”? – Em que a Palavra de Deus o (a) tem instruído?
Pai, eu quero caminhar com sinceridade para a comunhão contigo, no teu Reino. Que todos os meus gestos e palavras estejam sempre alicerçados na Tua vontade.
Fonte: Liturgia da Palavra em 26/06/2014

HOMILIA DIÁRIA

Quem entra no céu?

Postado por: homilia
junho 28th, 2012

No fim dos tempos, todos passaremos pelo crivo do Senhor. Jesus nos explica que nem toda pessoa que diz “Senhor, Senhor” entra no Reino do Céu.
Para não termos razões para nos queixarmos, o Senhor nos demonstra quem entrará no Reino: “Mas somente quem faz a vontade do meu Pai entra no céu”. A expressão “Senhor, Senhor” se aplica a todos aqueles que chamam e evocam o nome de Jesus Cristo para defender seus interesses, a fim de roubar, matar e profanar o sagrado.
Como o mundo está repleto dessa gente, meu Deus!
O primeiro passo para fazer a vontade do Pai é a conversão e o recebimento de Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.
Expulsar demônios e curar doenças não é sinônimo de pertença ao Reino do Céu, porque nem sempre as curas têm origem divina; até o diabo faz milagres e realiza curas. Ele também invoca o nome de Jesus para fazê-lo. Nesta sequência, posso afirmar, sem medo de errar, que um milagre indica o uso do poder sobrenatural, mas este pode ser divino ou satânico.
O diabo pode revestir-se da pele do cordeiro e expulsar, provisoriamente, um demônio para impressionar a audiência, dando a ilusão que foi um ato divino.
Por isso, não basta ouvir as Suas palavras, é necessário pô-las em prática. Isto significa construir a casa sobre a rocha, sobre uma base firme e segura; assim, as tempestades da vida, por mais fortes que sejam, não lhe farão mal algum.
Num mundo onde se confia mais em coisas materiais do que nas palavras do Mestre, o qual fala diferente dos mestres da lei, é como um homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Sem ter alicerce firme, vindo a tempestade a casa ruiu e foi levada pela enchente.
Portanto, quem não põe em pratica a Sua Palavra não tem defesa contra os insucessos e desventuras da vida que acarretarão a sua ruína total. Peçamos ao Senhor a graça de estarmos sempre atentos à Sua Palavra e traduzi-la em ações concretas no nosso dia a dia.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 28/06/2012

HOMILIA DIÁRIA

A Palavra de Deus tem o poder de transformar a nossa vida!

A Palavra de Deus tem o poder de nos transformar dia a dia; é uma provocação para a nossa vida e para a cegueira interior.
“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mateus 7, 21).
Meus amados irmãos e minhas irmãs, o Evangelho quer hoje ser uma provocação ao nosso comportamento diante da Palavra de Deus. Temos gosto e prazer em ouvir a Palavra de Deus pregada, anunciada, meditada, mas o que nós precisamos, de fato, é permitir que ela [Palavra] transforme o nosso comportamento e o nosso modo de agir. Nós não podemos ser meros ouvintes da Palavra do Senhor, alguém que a escuta, que a acha bonita, maravilhosa, mas no fundo do coração diz: “Eu sou assim mesmo! Nasci assim e vou morrer assim!”. Quem tem essa convicção de vida se coloca à margem da Palavra.
E ninguém que se deixa ser tocado e transformado pela Palavra de Deus continua sendo a mesma pessoa; mesmo quem já se acha santo, mesmo quem já está na caminhada há tantos anos. A Palavra de Deus nos transforma dia a dia; ela é uma provocação à nossa vida e à nossa cegueira interior e vai agindo em nós e vai moldando o nosso modo de ser.
É óbvio que podemos ouvir a Palavra de Deus a vida inteira; há aqueles que até gostam de se gabar e de dizer: “Eu já nasci na Igreja; estudei em colégio de freira. Conheço os padres desde criança”; contudo, não se deixam ser tocados e transformados por ela [Palavra de Deus].
A Palavra de Deus não pode ter em nossa vida uma função passiva, mas sim ativa, ela precisa agir em nós. Deixe-me dizer a você: Existem muitas pessoas enganadas que tomam remédios para isso ou para aquilo, por fora eles têm uma capa e prometem um monte de coisas, mas elas os tomam e eles são, na verdade, cápsulas de farinha, não têm efeito nenhum; elas os tomam, os tomam e, em algumas vezes, se tornam até um veneno.
Não deixemos, não permitamos que, ao tomarmos a Palavra de Deus, ela seja para nós uma “cápsula enganosa”, mas tomemos a Palavra transformadora de Deus para que ela molde, transforme e aja dentro de nós e sejamos cada vez mais tocados por ela, porque ela tem o poder de transformar a nossa vida.
A grande graça que a Palavra de Deus concede a nós é perseverarmos, é crescermos na santidade, é enfrentarmos os abalos e as dificuldades da vida sem perder as rédeas, sabendo que é n’Ele que nós colocamos a nossa confiança.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 26/06/2014

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a arte de bem construir a nossa morada. Que as nossas fundações estejam assentadas na rocha que é o teu Filho Unigênito; que as paredes abriguem em segurança aqueles que nos deste como companheiros; e que o telhado acolha e proteja, sem discriminações, todos os teus filhos que o procurarem. Por Jesus Cristo, nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese em 28/06/2012

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a viver o Amor eficaz, aquele que não se contenta com palavras bonitas, mas é feito de atitudes fraternas. E nos ajuda a lançar as fundações da nossa vida na rocha firme que é o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão, e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese em 26/06/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a arte de construir bem a nossa morada. Que as fundações estejam assentadas na rocha que é o teu Filho Unigênito; que as paredes abriguem em segurança aqueles que nos deste como companheiros; e que o telhado acolha e proteja, sem discriminações, todos os teus filhos que o procurarem. Por Jesus Cristo, nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário