sábado, 16 de junho de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 16/06/2018

ANO B


Mt 5,33-37

Comentário do Evangelho

Jesus condena todo tipo de juramento

Trata-se da quarta antítese. “Não jurar” invoca a sinceridade, outra forma de pureza de coração. É uma forma de pureza de espírito, pela qual, quando se é “pobre”, não se teme nada. Trata-se de uma pessoa livre, cuja liberdade se exprime no falar. Esta atitude nasce da simplicidade, do desapego das coisas, da pureza, como dissemos.
Esta antítese diferencia-se das demais por não se referir às relações humanas, mas a um dever em relação a Deus. O juramento é uma promessa acompanhada de uma invocação da divindade. Jesus condena todo tipo de juramento (vv. 34-36). Para não pronunciar o nome de Deus, os judeus juravam pelo céu, pela Cidade Santa etc. Os falsos juramentos de Levítico 19,12, Jesus estende-os a todo juramento. Se Jesus prescreve não jurar em hipótese alguma, é porque o homem não pode engajar na sua própria palavra o que pertence a Deus. Isto seria uma tentativa de pôr Deus a seu serviço.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, seja o meu sim, sim, e o meu não, não, de forma que o maligno não contamine o meu coração com a mentira, levando-me a ser falso no relacionamento com meu próximo.
Fonte: Paulinas em 15/06/2013

Comentário do Evangelho

Outra forma do que significa pureza do coração.

Trata-se da quarta antítese. Pouco a pouco vai sendo explicitada em que consiste a “justiça maior” a ser vivida pela comunidade cristã. Essa quarta antítese é explicitação do que significa a pureza de coração. “Não jurar” (Ex 20,16; Dt 5,20; Lv 19,12) evoca sinceridade, que é outra forma de pureza de coração. Uma pessoa livre exprime sua liberdade no modo como fala, na autoridade de suas próprias palavras, sem precisar recorrer a qualquer outro elemento de atestação. Essa atitude nasce da coerência interna, da simplicidade, do desapego de si mesmo e das coisas. À diferença das demais antíteses, essa quarta não se refere propriamente às relações humanas, mas a um dever em relação a Deus. O juramento é uma promessa acompanhada de uma invocação da divindade. Se Jesus condena todo tipo de juramento (vv. 34-36; Tg 5,12), é para que a pessoa vença todo tipo de hipocrisia. Para não pronunciar o nome de Deus, os judeus juravam pelo céu, pela Cidade Santa, pela terra. A interdição de Lv 19,12, Jesus estende a todo juramento. Se Jesus prescreve a não jurar por o que quer que seja, é porque o ser humano não pode engajar na sua própria palavra o que é próprio de Deus. Jurar é uma forma de submeter Deus ao homem.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, seja o meu sim, sim, e o meu não, não, de forma que o maligno não contamine o meu coração com a mentira, levando-me a ser falso no relacionamento com meu próximo.
Fonte: Paulinas em 14/06/2014

Vivendo a Palavra

O Evangelho nos ensina o valor da palavra. Sim ou não, quando for sim ou não. Sem adjetivos, sem juramentos, apenas com a força da simplicidade, da transparência, da verdade. A grande tentação que nos cerca é falarmos muito. O ‘mundo da comunicação’ nos confunde com suas muitas informações e seus raros momentos de silêncio.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/06/2013

VIVENDO A PALAVRA

Contemplamos hoje a sobriedade no falar. As palavras de Jesus são muito poucas, mas contêm ensinamento profundo. O segredo é que elas são a manifestação de sua intensa vida interior em união com o Pai – uma oração permanente – e refletem, sobretudo, um comportamento existencial: suas relações com a Criação e o Criador.

Reflexão

Vós ouvistes o que foi dito aos antigos... Eu, porém, vos digo. Quem quer conhecer verdadeiramente Jesus não pode se contentar com as coisas antigas, mas deve buscar sempre a novidade do Evangelho. Isso significa que até mesmo o Evangelho não pode tornar-se antigo, tornar-se uma narrativa de fatos passados. O Evangelho deve ser para nós sempre uma novidade, um desafio à descoberta de novos valores que devem marcar a nossa vida e renovar a nossa comunidade e a nossa sociedade. A novidade do Evangelho é sempre atual e insuperável, e aponta para todos nós novos caminhos que devem ser trilhados a fim de que consigamos uma maturidade cada vez maior na fé.
Fonte: CNBB em 15/06/2013 e 14/06/2014

Recadinho

Preocupo-me com a sinceridade de minhas palavras? - Não acontece às vezes de omitirmos a verdade para não magoar uma pessoa? É justo agir assim? - Procuro cumprir à risca o que prometo? - O que você prefere: esperar pelos outros ou fazer com que os outros esperem por você? - Você cumpre o que promete?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 14/06/2014

Reflexão

Na época de Jesus, provavelmente havia o costume de jurar por qualquer motivo. Ao jurar, a pessoa procurava dar credibilidade a suas afirmações, por vezes carregadas de falsidade. Jesus põe um ponto final nessa prática que pode comprometer a verdade: “Não jurem de maneira nenhuma”. E ensina seus discípulos a usar sinceridade e transparência: “Que o sim de vocês seja sim, e o não seja não”. Alerta bem atual para nossos relacionamentos muitas vezes impregnados de tapeações ou descaradas mentiras. Na sociedade, sobretudo no mundo dos negócios, há uma “moeda falsa” que corre solta: a desonestidade. Há gente que conta vantagem quando consegue iludir e prejudicar o próximo. Nesse universo falso e imoral nosso Mestre não entra.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

NÃO SE DEVE JURAR

A Lei proibia apenas o juramento falso e exigia o cumprimento do juramento feito. Jesus foi além, proibindo qualquer forma de juramento. Portanto, o discípulo do Reino deveria evitar servir-se deste expediente para dar credibilidade à sua palavra.
O rigor de Jesus visava criar no coração do discípulo um clima de sinceridade e transparência, a ponto de não precisar recorrer ao artifício do juramento quando falasse ou prometesse algo. A mentira e o dolo são incompatíveis com o proceder do discípulo do Reino. Quem recorre a expedientes deste tipo, renega sua adesão ao Senhor.
Outro objetivo da proibição de Jesus era evitar a vulgarização de Deus. O juramento falso infringe o mandamento que veta usar em vão do nome de Deus. O discípulo autêntico não tem necessidade de, a cada passo, lançar mão deste recurso para fazer-se crido. O sim do discípulo é sim e o não é não. Não lhe interessa enganar. Tudo quanto é dito fora destes limites não vem de Deus, por isso tem que ser evitado.
A formulação tradicional do mandamento, no pensar de Jesus, não era suficiente para garantir relações sadias no interior da comunidade cristã. A necessidade de continuamente invocar o nome de Deus, para garantir o trato mútuo, podia ser indício de que o Reino ainda não tinha chegado a transformar o interior do discípulo.
Oração
Senhor Jesus, dá-me a graça da sinceridade e da transparência, para que eu seja sempre honesto no trato com o meu próximo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, fonte de todo bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 14/06/2014

Meditando o evangelho

A ÉTICA DA PALAVRA

O mandamento antigo permitia o juramento, desde que não fosse falso e se cumprisse o juramento feito. Para não infringir o 2º mandamento, recorria-se a certos eufemismos, a fim de encobrir a referência a Deus. Por isso, jurava-se pelo Céu, pela Terra, por Jerusalém. A invocação de Deus ou de outros elementos visava reforçar a palavra dada, de forma a criar confiança e um senso de segurança entre as pessoas. Assim, dava-se às palavras humanas um tom de seriedade e credibilidade.
Jesus pôs um basta a tudo isto, proibindo o juramento, pura e simplesmente. O discípulo do Reino não tem necessidade de jurar, pois age com transparência, sem a menor intenção de enganar seus semelhantes. Daí ser desnecessário lançar mão de juramentos para fazer-se credível. Sua boca fala o que traz no coração, sem necessidade de reforçar suas palavras com juramentos.
Na perspectiva do Reino, as palavras supérfluas são intoleráveis, e a mentira, obra do Maligno. Este é quem move o ser humano a inverter o sentido das palavras, encobrir-lhes o significado verdadeiro, não permitindo que a verdade transpareça.
O discípulo do Reino é sóbrio no falar. Cada palavra que pronuncia, assume seu sentido pleno. Seu sim é sim, seu não é não. As sugestões do Maligno não encontram guarida em seu coração.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de sobriedade, sejam minhas palavras plenas de transparência e sinceridade, a fim de que eu fale sempre o que corresponde à verdade.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Jurar em Falso
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Meus pais sempre nos chamaram a atenção com rigor, quando na infância ou adolescência, diante de alguma dúvida, por parte deles, a gente Jurava por Deus. Era como se fosse um palavrão proibido lá em casa.
Pela vida afora cansei de ouvir juramentos desse tipo, para cobrir mentiras e enganos pois, jurar por Deus é uma forma de desarmar quem está nos questionando. É usar de maneira banal e leviana o Santo nome de Deus.
O evangelho de hoje trata dessa questão, pois os antigos de Israel, dentro do Judaísmo, costumavam jurar por Deus, mas o faziam dentro de um ritualismo e sem nenhuma falsidade. Jesus vai abolir esse costume antigo e orienta para que não se jure nem por Deus e por nenhuma coisa sagrada relacionada com Deus. Talvez porque naquele tempo também havia os espertalhões que faziam um juramento falso, usando o Santo nome de Deus para trapacear ou fazer algum negócio escuso.
Jesus parte da premissa de que nas relações fraternas não deve lugar para a desconfianças, pois elas devem ser pautadas pela sinceridade onde o SIM é sincero, e o o NÃO também. Como diz em outro evangelho, “seja o vosso sim sim, o vosso não não”. Nos Sacramentos manteve-se alguns Juramentos feitos diante de Deus, entre eles o do Matrimônio onde os noivos fazem o consentimento e dizem SIM um ao outro, diante de Deus.
Como já vimos na reflexão de ontem, em muitos casos esse SIM é ignorado, esquecido e desprezado, e após a separação se une a outras pessoas, em uma união adulterada. Há o SIM que pais e padrinhos proferem no rito Batismal de seus Filhos e afilhados, mas nesses dois sacramentos, quanta falsidade e enganação! O Santo nome de Deus é banalizado e ridicularizado, na conduta dos que se apresentam diante dele para receber um Sacramento.

2. Cumprirás os teus juramentos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Aos antigos foi dito que não se deve jurar falso. É o que diz o oitavo mandamento, que manda não levantar falso testemunho. Jesus prefere que não se jure de modo algum, nem pelo céu, nem pela terra, nem por nada. Temos que ser gente de palavra. Nosso sim é sim, nosso não é não. Pecar contra este mandamento é pecar contra a verdade e, com isso, prejudicar a vida dos outros. É o pecado da mentira. Isso acontece nos relacionamentos pessoais e nos relacionamentos sociais. Os meios de comunicação, por exemplo, podem distorcer a verdade mesmo transmitindo um fato acontecido. A boa ou má intenção nos acompanha sempre. A maneira como as coisas são veiculadas, ou simplesmente ditas, podem induzir ao erro. O que dizemos dos outros pode não ser verdade ou pode ser dito de maneira a ser mal-entendida e prejudicial ao outro. Todos temos direito a nossa boa fama. Ninguém tem o direito de denegrir nosso nome, espalhando notícias, mesmo verdadeiras, com o intuito de nos prejudicar. Não se deve diminuir ou destruir a boa reputação e a honra a que todos temos direito. Quem jura falso chama Deus por testemunha em seu favor, ou alguém ou alguma coisa respeitável. Por isso Jesus prefere que não se jure por ninguém nem por nada.

HOMÍLIA DIÁRIA

Deus nos chama a viver a autenticidade

Aquilo que Deus nos chama a viver, no dia de hoje, é a autenticidade. A autenticidade de vida nos convida a combater toda duplicidade que o nosso coração queira viver.
“Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso ‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno” (Mt 5,37).
Que maravilha! Aquilo que Deus nos chama a viver, no dia de hoje, é a autenticidade. A autenticidade de vida nos convida a combater toda duplicidade que o nosso coração queira viver, ou seja, termos duas palavras, duas caras, uma hora dizer uma coisa, outra hora dizer algo diferente.
Nós temos uma palavra só, temos uma única afirmação. Não precisamos reforçar nossa palavra, não precisamos de ninguém que jure por nós.
O mundo de hoje, tão corrompido pela mentira, pela falsidade e hipocrisia, contamina-nos por esse mal, mas aquele que é de Deus se purifica, no sentido dúbio das palavras, aquele que é de Deus assume, com autenticidade, o que pensa, o que diz, o que fala; não usa a palavra de acordo com os seus interesses. Quando começamos a viver assim, nós estamos vivendo de acordo com a ação do maligno em nós. A autenticidade de vida quer dizer: ‘ter uma só palavra’.
Que o Senhor nos ensine a sermos autênticos e não deixarmos o nosso coração ter dubiedade.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova 15/06/2013

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a calarmos nossa voz e guardarmos silêncio em nossos corações para acolher o teu Espírito. E que Ele, em nós e por nós, diga ao mundo, dentre a profusão de informações disponíveis, a única necessária: a Boa Notícia do teu Reino de Amor, que já está dentro de nós! Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/06/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos humildes e discretos. Que sejamos bons ouvintes e, se falarmos, que as nossas palavras sejam breves, verdadeiras, necessárias, oportunas e ajudem a construir fraternidade entre os homens. Ajuda-nos, Pai querido, a imitar o silêncio de Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.

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