quarta-feira, 9 de maio de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 10/05/2018

ANO B


Jo 16,16-20

Comentário do Evangelho

Jesus abre os discípulos para uma esperança nova

O versículo 16 do nosso texto corresponde ao que nos sinóticos se chama de anúncio da paixão, morte e ressurreição do Senhor (Mc 8,31ss; Mc 16,21ss; Lc 9,22). A pergunta dos discípulos (v. 18) declara a incompreensão deles. É o que no v. 12 é dito nestes termos: “Tenho muitas coisas a vos dizer, mas não sois capazes de compreender agora”.
Jesus toma a iniciativa de responder às dúvidas dos discípulos (v. 19). Sua resposta abre os discípulos para uma esperança nova, que poderíamos, à luz do v. 20, exprimir deste modo: o que é primeiro (sofrimento dos discípulos; alegria do mundo) não é definitivo; é só aparência, e, como tal, passa. O que num primeiro momento parece vitorioso, será revelado como derrotado. A morte, o sofrimento, a tristeza não são a última palavra da existência humana: “Ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria” (v. 20).
A vida de cada discípulo, e a de toda comunidade cristã, deve ser vivida como uma Páscoa.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o meu testemunho de vida cristã seja tal, que as pessoas possam “ver” Jesus nas minhas palavras e nos meus gestos de amor ao próximo.
Fonte: Paulinas em 09/05/2013

Vivendo a Palavra

Em que tempo nós nos situamos? No tempo em que ‘vocês não me verão mais’ ou no tempo em que ‘vocês me tornarão a ver’? Onde está o Cristo para nós? Como podemos vê-lo hoje? Lá no alto dos céus, glorioso, ou na face de cada irmão do caminho, especialmente do pobre, do desprezado pela sociedade de consumo, do doente, do encarcerado?
Fonte: Arquidiocese BH em 09/05/2013

VIVENDO A PALAVRA

João recorda com gratidão o cuidado do Mestre que, sentindo a sua hora se aproximar, preparava os discípulos para prosseguirem na missão. Eles deviam proclamar a Boa Notícia de que o Reino do Pai está bem próximo – ele está dentro de nós! Esta é a certeza que transforma a nossa angústia em alegria.

Reflexão

Um pouco de tempo e os discípulos não verão mais Jesus, porque o mistério da cruz está próximo, e com ele, a morte e a separação. E mais um pouco e me vereis de novo, ou seja, todos os que acreditam farão a experiência do Ressuscitado, viverão sempre na sua presença, de modo que a tristeza da separação dará aos que têm fé lugar a uma alegria que jamais poderá ser tirada. Porém, por causa dos que não acreditam e por causa também dos nossos pecados, deveremos passar por diversas tribulações, mas, por piores que sejam, elas não podem vencer quem crê verdadeiramente.
Fonte: CNBB em 09/05/2013

Recadinho

Você é otimista? - Como encara o sofrimento? - Você transmite paz, alegria? - Você se lembra de rezar nos momentos difíceis? - Você se lembra de Deus nas horas alegres?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 29/05/2014

Reflexão

Jesus, aos poucos, vai preparando seus discípulos para a hora da prova que ele deverá enfrentar: sua paixão e morte. Faz referência a choro, lamentações e angústia. Alegria para a sociedade injusta, que imaginava ter eliminado a quem considerava “malfeitor”. Jesus, porém, deixa para trás a morte, o sepulcro, e zomba dos planos dos malvados. Ressuscita glorioso e restitui aos discípulos a esperança e a alegria. De fato, ao ressurgir dos mortos, Jesus se apresenta às mulheres no caminho, e aos discípulos reunidos, com a eufórica saudação: “A paz esteja com vocês”. A presença e a ação do Espírito Santo na comunidade há de transformar a vida deles: de medrosos a corajosos; de tristes a alegres e dispostos a dar a vida pelo Senhor Jesus (cf. At 5,41).
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

UM POUCO DE TEMPO

Os discípulos ficaram cheios de dúvidas diante da expressão enigmática de Jesus: "um pouco de tempo". Por um pouco de tempo, não veriam o Mestre; mais outro pouco de tempo, e voltariam a vê-lo, pois estava indo para o Pai.
As palavras de Jesus são dirigidas a todos quantos haveriam de aderir a ele pela fé. Portanto, a um grupo maior do que o presente na última ceia. A questão do "ver" diz respeito a todos os cristãos.
Durante a sua existência terrena, os discípulos puderam "ver" Jesus, na sua expressão histórica. Foi o tempo da convivência humana com ele. A morte que se aproximava poria fim a esta experiência de proximidade. Algo de novo estava para acontecer: haveriam de ver novamente o Mestre, mas de maneira muito diferente. Como?
A fidelidade do Pai era algo inquestionável para Jesus. Ele estava indo para o Pai, e tinha consciência de que o Pai não permitiria o fracasso de seu projeto de salvação. Isto aconteceu concretamente com a ressurreição, que permitiu a Jesus continuar presente em meio aos discípulos. O Ressuscitado tornou-se, assim, o centro da vida da comunidade.
Ele continuou também a fazer-se presente, na história humana, na vida dos homens e das mulheres que o acolheram na fé. Além disso, Jesus pode ser visto no testemunho de fidelidade a Deus e de amor arraigado ao próximo dado pelos cristãos de todos os tempos.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que o meu testemunho de vida cristã seja tal, que as pessoas possam "ver" Jesus nas minhas palavras e nos meus gestos de amor ao próximo.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Alegria do Discípulo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A vida de todo discípulo de Jesus não é diferente das demais pessoas, ela é cheia de altos e baixos, "Um dia chove, outro dia faz sol", como cantou o poeta Chico Buarque de Holanda, um dia resplandece como uma manhã belíssima, mas logo mais a tarde vêm as nuvens negras com raios e relâmpagos. Na Vida de Fé esse dualismo também está presente, e Jesus está dizendo aos discípulos que será sempre assim: um pouco de tempo e me vereis, mais um pouco e não me vereis, e outro pouco e tornareis a me ver...
A gente queria só luz, alegria, entusiasmo, sucesso, em nossa vida de Fé, na vida em comunidade, mas não é assim, desde o começo Jesus deixou bem claro. Os discípulos não entenderam e nós também não. Então Jesus, que conhece o homem profundamente, todos os pensamentos e sentimentos humanos, vai dizer que ao final, toda a angústia e tristeza dos discípulos vai se transformar em alegria eterna.
Há no mundo uma falsa alegria, que hoje poderíamos dizer, provocada pelo consumismo, pelo sucesso, prestígio e poder, na verdade as alegrias terrenas são legítimas mas não podem substituir na vida dos discípulos aquela que é a Verdadeira alegria e que um dia se tornará plena. A suposta "ausência" de Jesus, a partir da sua Ascensão, é preenchida totalmente pelo Espírito que acompanha a Igreja neste tempo do Kairós até a Parusia.
Em suma, Ver ou não ver Jesus, sentir sua presença em nossa vida ou não, é uma contingência humana por conta das nossas limitações, Deus está sempre presente na ação Trinitária em cuja vida de comunhão somos envolvidos, mas que não nos arrebata desse Vale de Lágrimas, onde é preciso caminhar e Crer, alimentando em nós essa esperança, de que o Senhor caminha conosco, falando e agindo, como fez um dia junto aos seus discípulos.

2. DA TRISTEZA À ALEGRIA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A linguagem enigmática de Jesus deixava confusos os discípulos. Estando para concluir seu ministério, referia-se a um tempo de separação, seguido de um tempo de reencontro. Falava em ir para o Pai. No ar, pairava algo de abandono, de ruptura. Os discípulos não se sentiam preparados para enfrentar esta realidade. Também não estavam em condições de compreender o que se passava com Jesus.
O pano de fundo das palavras de Jesus tem a ver com o destino de morte e de ressurreição que o esperava. O tempo da não-visão corresponderia à experiência de morte a ser enfrentada por ele. Sem o apoio de sua presença, a comunidade ficaria exposta à tristeza, à confusão, e à zombaria do mundo.
Julgando ter alcançado seu objetivo de eliminar o Filho de Deus, seus inimigos teriam motivos para se alegrar com o desespero dos discípulos.
O tempo da visão correspondia à Páscoa. Momento de reencontro do Senhor com sua comunidade, sem as limitações do tempo e do espaço. E, por isso, motivo de alegria para os discípulos. Pelo contrário, tempo de tristeza para o mundo, que verá frustrados todos seus intentos de eliminar o Filho de Deus. Ver-se-á derrotado, quando pensava ter sido vitorioso.
A alegria sucede à tristeza. Ela é o ponto de chegada para o discípulo que sabe compreender o sentido da morte de Jesus, e se prepara para acolhê-lo na Ressurreição.
Oração
Espírito de júbilo, transforma, em alegria, a tristeza de meu coração, fazendo-me compreender que o Ressuscitado está vivo, no meio de nós.
Fonte: NPD Brasil em 09/05/2013

HOMÍLIA DIÁRIA

O Senhor não quer você triste

Postado por: homilia
maio 9th, 2013

Jesus está nos dizendo: “Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria” (Jo 16,20).
Enquanto nós nos entristecemos com as verdades do mundo e suas desgraças, ele, que não conhece Deus, parece estar rindo, zombando de nós e até mesmo do Senhor. O mundo que vive as festas, orgias, fantasias parece que se alegra com todas as coisas; e nós sofremos, choramos por aquilo que o mundo nos faz passar.
Aqueles que conhecem Jesus passam por momentos difíceis, por perdas, mas nunca ficam na tristeza, porque o próprio Deus nos dá a graça de transformá-la em alegria. Se você está triste há muito tempo, precisa, hoje, de uma intervenção divina. O Senhor não quer você triste; muito pelo contrário, o seu Espírito está em nós, a alegria da Sua Ressurreição está no meio de nós e temos até o direito de ficarmos tristes, mas é só por um momento.
Não podemos transformar a nossa vida num vale de lágrimas. Que o Espírito de Deus venha em nosso socorro, em nosso auxilio, e cure toda a tristeza do nosso coração. Que a bondade e a ternura de Deus transformem aquilo que nos causa tristeza em motivo de alegria por causa do amor de Deus que está em nós.
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 09/05/2013

Oração Final
Pai Santo, que queres se comunicar conosco, teus filhos amados, de tantas maneiras – através do universo, da humanidade, agindo na história, nos sinais dos tempos e, acima de tudo, enviando teu Filho Unigênito, o Cristo Jesus, ensina-nos a reconhecer a tua Presença Paternal para amar-te mais, servindo aos nossos irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/05/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, a tua compaixão por todos os homens e mulheres nos dá a segurança de que somos filhos muito amados. Que o teu Espírito aqueça os corações e ilumine o nosso entendimento para que saibamos dar-te graças, vivendo a alegria de discípulos do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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