quinta-feira, 5 de abril de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 06/04/2018

ANO B


Jo 21,1-14

Comentário do Evangelho

É o Senhor!

O capítulo 21 é considerado uma inserção tardia. Levando-o em consideração, é a quarta aparição do Senhor ressuscitado dos mortos aos discípulos (Jo 20,11-18.19-25.26-27). Também aqui, é-nos sugerido que a presença do Ressuscitado é algo diferente de uma presença física, por isso não é evidente (cf. Vê-lo não é uma questão de enxergar bem, mas de fé. O homem de fé, o “discípulo que Jesus mais amava”, é quem poderá dizer: “É o Senhor!”
Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, que a presença do Ressuscitado reforce a comunhão com meus irmãos e minhas irmãs de fé, a fim de podermos atrair para ele muitas outras pessoas de boa vontade.
Fonte: Paulinas em 05/04/2013

Vivendo a Palavra

Se o desânimo toma conta de nós, não desistamos. Lancemos mais uma vez a rede – agora, do outro lado e não mais confiados na nossa competência, mas na Palavra e no mandato do Senhor. E o nosso trabalho, em nome de Jesus, renderá muitos frutos para serem partilhados entre os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/04/2013

VIVENDO A PALAVRA

Os apóstolos ficam confusos diante do Ressuscitado: um misto de surpresa e medo. Alegria, sim, mas um encantamento que marca distância e lhes impede de corresponder à intimidade de tratamento que lhes dispensava o Mestre. Não poucas vezes também nós não conseguimos aceitar um Deus tão próximo de nós como o ‘Papai’ de Jesus de Nazaré.

Reflexão

Diante das dificuldades, muitas vezes temos a tendência de enfraquecer, de voltar à vida de antes, parece que perdemos o rumo e a motivação. Pedro e os demais discípulos desanimaram e quiseram voltar à vida de pescadores de peixes, como muitas vezes queremos voltar à vida da imaturidade na fé. Jesus realiza mais uma vez o milagre da pesca milagrosa, para que os apóstolos se recordem que não são pescadores de peixes. Assim também, ele atua em nossas vidas, para que o Mistério Pascal não seja apenas celebração, mas processo de maturação, a fim de que possamos crescer cada vez mais na fé, e um dia atingir a estatura de Cristo.
Fonte: CNBB em 05/04/2013

Reflexão

Como aconteceu em relação aos discípulos de Emaús, também aqui Jesus se revela no cotidiano das pessoas. O contexto é de pescaria. Pescadores são sete discípulos que, sem a presença de Jesus, “não pescaram nada”, mas, ao obedecer à palavra do Mestre, se surpreendem com o excelente resultado: “cento e cinquenta e três peixes grandes” (total de espécies de peixes conhecidas na época). Chegados à margem, encontram “um peixe na brasa e pão”, fruto da sensibilidade de Jesus, que os convida para a refeição. O dom de Deus se une ao esforço humano. Os símbolos que estão por trás da narrativa nos remetem à missão de alcance universal. Este conjunto de sinais reforça a convicção dos cristãos de que a evangelização só terá êxito se for acompanhada da presença e da palavra de Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

COMEÇAR DE NOVO

A aparição do Ressuscitado junto ao mar de Tiberíades evoca o primeiro encontro dos discípulos com Jesus, quando foram chamados a deixar tudo para se tornarem pescadores de homens. É como se tudo começasse de novo, e fossem chamados a retomar o caminho de serviço ao Reino, abandonado após a decepção diante da morte de Jesus na cruz.
O Evangelho apresenta-nos a profissão de alguns dos discípulos do Mestre: pescadores. Depois de uma noite de trabalho infrutífero, o Senhor apareceu-lhes para mostrar-lhes como se pesca de maneira proveitosa. E esta pesca foi deveras abundante! Mas a última, naquele lago, dando início aos tempos novos.
Depois de ter ceado com o Ressuscitado, a vida dos discípulos tomaria um rumo diferente. Doravante, deveriam lançar-se à missão de enviados do Senhor, pelos caminhos do mundo. Sua condição de apóstolos estava para se concretizar.
A novidade da experiência consistia em não mais contar com a presença física do Mestre. Ele se faria presente, na condição de Ressuscitado, onde quer que estivessem os seus apóstolos, animando-os na missão.
A rede superlotada de peixes simbolizava a humanidade toda à qual eles deveriam apresentar a proposta do Reino. No mar do mundo, muitos seriam os atraídos pela mensagem de Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de renovação, faze-me, cada dia de minha vida, retomar o serviço ao Reino a que sou chamado.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Anunciando a Boa Nova
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Claro que a propaganda é a alma do negócio, o pessoal da área de marketing defende essa idéia de com unhas e dentes e não estão errados. Mas há também uma propaganda eficiente e que dizem ser tiro e queda, é aquela passada de boca em boca "Não comprei tal produto porque vi na TV, mas porque meu vizinho comprou e disse que é bom".
Jesus poderia fazer um grande estardalhaço em sua volta, aparecer no Palácio dos poderosos, aparecer no meio do Conselho do Sinédrio, para desafiá-los e convocar uma mega concentração em Jerusalém pára comunicar oficialmente que ele estava Vivo e que agora iria dar as cartas, humilhando os que conspiraram contra ele e tramaram sua morte. Os marqueteiros de plantão até lamentam "Ah se eu estivesse lá para preparar a volta de Jesus em grande estilo!"
Não que Jesus e seu evangelho não precisem de divulgação, precisa sim, mas o cristianismo não pode ser feito de "oba-oba". Por isso Jesus descarta sua volta em uma Glória Messiânica, como os Judeus esperavam, e prefere a comunicação boca a boca, apareceu primeiro a Maria Madalena, diz o evangelho, que já tinha experimentado á sua Força Libertadora, esta mulher vai correndo anunciar aos irmãos da comunidade, que ainda estavam guardando o luto e chorando de tristeza, marcados pela aflição, mas eles não acreditaram no anúncio e no testemunho da mulher, talvez porque não podiam admitir a idéia de que Jesus não viesse direto a eles, mas primeiro aparecesse a uma mulher era inconcebível.
Mais tarde Jesus apareceu a dois discípulos que iam para Emaús e estes foram anunciá-lo aos demais, mas quem diz que os discípulos acreditaram... Talvez estivessem excessivamente preocupados sobre que rumo iriam tomar, o que deveriam fazer, Jesus lhes havia dito apenas para propagarem o evangelho e batizar as pessoas, nada mais. Madalena e os dois discípulos, que haviam feito essa experiência estavam fazendo exatamente o que o Mestre havia mandado. Talvez estivessem fazendo alguma reunião de planejamento pastoral, as vezes fazemos uma reunião, para preparar outra reunião...
Os discípulos, tanto como os agentes pastorais de nossos tempos, queriam FAZER. Então durante uma refeição quando estavam é mesa Jesus apareceu aos onze e deu uma "dura" por não terem acreditado no anúncio e no Testemunho que haviam presenciado. E para que não houvessem mais dúvidas sobre a missão primária da Igreja, repetiu-lhes o que já lhes havia falado "Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura".
Que a Igreja precisa ter uma organização em sua estrutura e nos trabalhos pastorais, isso não resta a menor dúvida, mas não podemos nos acomodar e deixar que tantos trabalhos e compromissos, acabem sendo mais importantes do que o anúncio e o testemunho pessoal, senão estaremos priorizando o que não é essencial, e o pior, os nossos trabalhos pastorais, tantos encontros e reuniões não passarão de um grande "oba-oba", que não terá nenhuma serventia... Muita propaganda sobre o que fazemos, quem somos na comunidade, a importância daquilo que fazemos. Quando a Jesus e seu evangelho, quando dá tempo a gente se lembra e até fala um pouco dele. "E com licença que agora tenho uma reunião importante...
Fonte: NPD Brasil em 05/04/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. AÇÃO PASTORAL SEM QUERÍGMA, ACABA EM FRACASSO.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A Oitava da Páscoa termina com um alerta que para nós cristãos do mundo de hoje, é atualíssimo: Atividade pastoral sem a experiência do querígma, vai resultar em fracasso!
São Pedro estava louco para começar a fazer as coisas acontecerem, não aguentava mais esperar por Jesus, apesar de duas aparições à comunidade, Pedro achava que agora a coisa era com eles, não podiam mais esperar pelo Mestre e manifestou o seu desejo: Eu vou pescar; e os demais também abraçaram a causa e foram com Pedro.
Primeiro podemos pensar que São Pedro e os demais, haviam "jogado a toalha" e resolveram voltar a vidinha antiga de pescadores, já que o projeto de Jesus de Nazaré deu em nada, mas não é isso...
São Pedro representa muito bem aqueles agentes de pastoral que quase se matam de tanto trabalhar na comunidade, reuniões, encontros, atividades, mas se esquecem de algo essencial, o sentido daquilo que fazem. Desenvolver qualquer ação pastoral sem uma espiritualidade sólida, fundamentada na oração e na meditação da Palavra de Deus, é pedir para "voltar sapateiro" da pescaria. Lidaram a noite inteira e nada pegaram... Alguns trabalhos pastorais não dão resultado, ou quando dão, ele não é bom... Algumas atividades de movimentos nada produzem de positivo para a comunidade, por que será?
Alguns grupos fazem muito, mas também nada agregam á Paróquia, o motivo é um só: fazer por conta própria, usando método humano, deixando Jesus de lado. De manhã Jesus estava na praia, mas eles não o reconheceram, estavam tão desanimados e cansados do trabalho infrutífero, que nem se deram conta de que Jesus estava ali com eles. Jesus quer experimentar a nova comunidade e pergunta se não há nada para servirem a ele, mas a resposta é negativa.
É preciso a gente se perguntar de vez em quando, para que está servindo o nosso trabalho pastoral, ele está ajudando as pessoas a terem mais vida, mais esperança e mais coragem? O que estamos oferecendo às pessoas? O mesmo em relação aos movimentos, as pessoas estão sendo acolhidas e bem servidas? Quando falta o essencial, isto é, a experiência profunda com Jesus Cristo, nós sempre ficamos devendo e nada temos para servir, como responderam os discípulos.
Então vem uma ordem de Jesus para jogarem a rede ao lado direito da barca, para que a pesca seja boa. Os discípulos eram ex-pescadores, a hora da pesca é durante a noite, de manhã é hora de recolher as redes e contar os peixes... A pessoa que ali está diante deles não é pescador, ora, que diferença então iria fazer, jogar a rede a direita ou a esquerda, seria mais um trabalho árduo para nada...
Na comunidade ninguém pode se julgar absoluto naquilo que faz; as ideias, opiniões e sugestões têm que ser partilhadas e todas as opiniões são importantes, senão haverá monopólio de um grupo ou de uma pessoa, e isso irá comprometer a comunhão e a partilha.
Os discípulos levam em conta a orientação de Jesus e daí a pesca foi abundante. Quem tem o coração cheio de amor de Deus é sempre o primeiro a identificar a presença de Jesus na ação pastoral levada a bom termo. João anuncia a Boa Nova á Pedro, de que o Senhor está com eles. Pedro cobriu-se, porque estava nu e lançou-se ás águas, tomado pelo espanto e alegria de rever Jesus.
Quando tentamos fazer as coisas acontecerem do nosso modo na comunidade, estamos nus, e é preciso nos revestir de Jesus Cristo, só Ele nos dá a dignidade necessária para darmos continuidade á missão, pois esse "Barco" chamado Igreja, é Dele, e se o ouvirmos sempre, a pescaria será farta e o resultado sempre surpreendente...

2. Aparição de Jesus à beira do mar de Tiberíades
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Pedro, Tomé, Natanael, Tiago e João, e mais dois, participam da Ceia pascal na praia do lago. Pedro negou, Tomé duvidou, Natanael contestou, Tiago e João queriam os primeiros lugares. Testemunham agora a verdade da ressurreição.

HOMÍLIA DIÁRIA

A rede de Jesus não se rompe jamais

Postado por: homilia
abril 5th, 2013

Temos uma nova aparição de Jesus Ressuscitado. Desta vez, à beira do mar de Genesaré, na Galileia. Mas o evangelista chama a este local com seu nome romano: Tiberíades, talvez para indicar que a missão deve se estender a todos os povos pagãos e não somente à Galileia.
João nos apresenta o firme propósito dos discípulos em ir pescar. Na hora em que Jesus aparece, eles estavam lançando as redes. O que poderia parecer o retorno às suas atividades normais – “humanamente” falando – já que passava a impressão do fracasso do ministério do Mestre. Mas, com a presença do “Pescador por excelência”, faz com que eles retomem a missão deixada por eles.
A narrativa é semelhante a da pesca milagrosa, no Evangelho de Lucas, quando Jesus chama os primeiros discípulos. A pesca é símbolo da missão. A presença e a palavra de Jesus são necessárias para o seu sucesso, e a comunidade missionária se une em torno da refeição eucarística partilhada com Jesus.
Um fato muito importante a se ter em conta é o da rede que não se rompeu. Ela representa a túnica de Jesus que não foi rompida (Jo 19,23-24), a rede de Jesus não se rompe. Quero lhe dizer, meu irmão, que quem vai à pesca com Jesus tem um Guia, uma rede segura que não se rompe jamais! Venha o que vier e de onde. Ela está firme para sempre.
Eu e você precisamos ser esta rede que não se divide e nem divide, mas onde todos caibam. Ele mesmo rezou por esta unidade necessária (Jo 17).
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 05/04/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos discernimento e coragem para viver de tal maneira que a simples presença no mundo anuncie a nossa fé em Jesus de Nazaré. Nele, humano como qualquer um de nós, Tu fizeste encarnar o teu Filho Unigênito, o Messias prometido. Pelo mesmo Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/04/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, sabemos que em Ti – mergulhados no oceano do teu Amor – nós vivemos, nos movemos e existimos. Mas, Pai amado, nós nos esquecemos disso e te procuramos em lugares distantes e tempos futuros. Ensina-nos a alegria da tua Presença já na nossa caminhada de volta ao Lar Paterno. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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