segunda-feira, 30 de outubro de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 31/10/2017

ANO A


Lc 13,18-21

Comentário do Evangelho

No dinamismo do Reino é preciso empenho e confiança na ação de Deus.

A perícope do evangelho de hoje é constituída por duas pequenas parábolas do Reino, que visam ilustrar o dinamismo do seu crescimento: do pequeno/pouco se torna grande. Nas duas parábolas se diz da contribuição das pessoas no crescimento do Reino de Deus: na parábola do grão de mostarda, “alguém pegou e semeou no seu jardim” (v. 19); na parábola do fermento, uma mulher pegou o fermento “e pôs em três porções de farinha” (v. 21). Numa e noutra parábola, o Reino de Deus conta com a colaboração do ser humano, mas germinar, crescer e se tornar um arbusto, além do crescimento da massa, já não depende do homem. É Deus quem faz crescer. No dinamismo do Reino em crescimento é preciso empenho e, ao mesmo tempo, paciência e confiança na ação de Deus.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Senhor, faze de mim instrumento de teu Reino para que ele chegue a todas as pessoas, sem exceção, mormente os pobres e marginalizados.
Fonte: Paulinas em 29/10/2013

Vivendo a Palavra

A mostarda e o fermento faziam parte da rotina da vida daquele povo simples, feito de agricultores e donas-de-casa. Usando esses elementos em sua parábola, o Mestre quer mostrar que o Reino do Céu que anuncia não é estranho a este mundo, mas é parte dele. Assim, tenhamos o cuidado de anunciar o Reino com simplicidade.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/10/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus, falando do Reino de Deus, o seu lar paterno, a ouvintes que ainda não o conheciam, usa a comparação com a germinação da semente da mostarda, fato que fazia parte da sua rotina. E ensina, assim, que a notícia do Reino lançada em nós tem a força da sementinha para se tornar árvore generosa e abrigar as aves do céu.

Reflexão

Muitas vezes falamos que o Reino de Deus é sobrenatural, mas queremos que ele se manifeste em coisas naturais grandiosas. Isto demonstra que na verdade vemos a sua grandiosidade, mas não percebemos a sua natureza, o que faz com que a grandiosidade seja vista a partir da materialidade, o que é um erro, e não a partir da grandiosidade que Deus faz a partir do pequeno, do grão de mostarda ou da levedura do fermento, ou seja, das pequenas coisas que surpreendem os que olham com o olhar da fé a realidade. Deus escolhe as coisas pequenas do mundo para revelar o Reino, e nos mostra a força do seu braço a partir das transformações que os pequenos realizam no dia a dia.
Fonte: CNBB em 29/10/2013

Recadinho

O que faz para a semente da graça de Deus crescer em seu coração? - Seu modo de viver incentiva outros a imitá-lo? - É construtor(a) de paz? - Sua vida é como um fermento de evangelização? - Sabe escolher os momentos propícios para evangelizar?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 29/10/2013

Meditando o evangelho

O CONTRASTE ENTRE O INÍCIO E O FIM

A caminho de Jerusalém, Jesus conta duas pequenas parábolas, para dispor os discípulos para a experiência que haveriam de fazer. Nelas se estabelece o contraste entre o início do Reino, na humildade e na perda, e seu fim grandioso. Só quem foi alertado para esta dinâmica divina será capaz de superar o desânimo e a decepção do momento.
A semente de mostarda era símbolo de pequenez. Todavia, esse grão minúsculo, lançado na terra, germina e se torna um arbusto de até três metros, permitindo às aves pousar em seus ramos.
Também a pitadinha de fermento, ao ser colocada numa quantidade excepcional de farinha (três medidas) ou seja, cerca de 50 quilos, era suficiente para fermentá-la e torná-la apta para a fabricação do pão.
Com o Reino dá-se algo semelhante. É preciso esperar com confiança. Seu projeto iniciado com um punhado de pessoas sem projeção social, tidas como estranhas para os esquemas religiosos da época, e sem muitas perspectivas, era como o grão de mostarda e o fermento. Pequenos e frágeis, mas destinados a um fim grandioso. Por trás desta dinâmica, estava o dedo de Deus. Ele é que capacitaria este grupo inexpressivo para se tornar mediação de propagação do Reino, de modo a fermentar toda a história humana.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de esperança em Deus, ensina-me a perceber a ação divina fermentando a história humana por meio de pessoas frágeis e humildes.

Liturgia comentada

Ele cresce... (Lc 13, 18-21)
Era apenas um grão de mostarda. No ambiente palestino, a menor semente conhecida. Foi este pequeno grão que Jesus escolheu para manifestar um aspecto do Reino de Deus. Isto é, nas coisas espirituais, não podemos ficar presos àquilo que nossos olhos vêem. O mais importante permanece sempre oculto.
Sim, Jesus também insinua que a semente da mostarda – por mínima que ela seja – já traz em seu interior um dinamismo que a impelirá a crescer e frutificar. Aquilo que parecia sem força e sem valor, agora é um arbusto (com cerca de 3m de altura, lá na Palestina), capaz de abrigar as aves do céu e seus ninhos. Um dos simbolismos bíblicos para as “aves do céu” é o “estrangeiro”, os povos que não eram Israel, os que vinham “das ilhas”, isto é, de longe. Assim, o Reino de Deus há de se expandir a ponto de acolher em seu seio também aqueles que “não eram povo” (cf. 1Pd 2, 10).
A mesma idéia de crescimento oculto, subterrâneo, é repetida na pequena parábola do fermento. Nesta, Jesus se vale da imagem que contemplava em Nazaré: Maria juntando farinha, água e fermento, preparando em silêncio a massa do pão de cada dia. Durante a noite, a massa “descansava” na janela. Ao amanhecer, misteriosamente, uma força interior fizera crescer os pães. E o Menino Jesus, futuro Rabi da Galiléia, meditava: “É assim que o Reino de meu Pai há de crescer, mesmo na escuridão da longa noite dos homens...”
O mundo capitalista, alimentado de produção e consumo, de pragmatismo e eficiência, prefere os gestos grandiloqüentes, as realizações “macro”, modernas torres de Babel. Deus é pobre. Deus é simples. Prefere os inícios humildes. Trabalha sempre na sombra, como os 30 anos de vida oculta em Nazaré...
E nós? Estamos contribuindo para a construção do Reino de Deus com os pequenos gestos de amor de cada dia? Valorizamos também as pequenas tarefas enquanto sinal de afeto e de compromisso? Já chegamos a perceber a importância das pequeninas ações, fermento de vida e impulso criador, humildes tijolos da humanidade?
Ou ainda estamos cegos à ação do Espírito, que age em surdina na matéria do mundo?
Orai sem cessar: “Venha a nós o vosso Reino!” (Mt 6, 10)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 29/10/2013

HOMILIA DIÁRIA

Toda dor tem um fim

Toda dor tem um fim, toda lágrima será enxugada, um dia, pelo próprio Deus que há de nos consolar.
“Irmãos, eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós” (Rm 8,18).
Meus amados irmãos e irmãs, nós caminhamos neste mundo em um verdadeiro vale de lágrimas. É claro que a nossa vida não é feita só de sofrimentos, é claro que, aqui, também experimentamos momentos de muitas graças, de bênçãos, de comunhão, de muito amor entre nós. Momentos de alegria, de felicidade, de comemorações, mas nenhum de nós pode negar que já nascemos sofrendo, em meio à dor, e que a vida é cercada de sofrimentos e de momentos difíceis.
Algumas vezes, nós até nos perguntamos – “Por que tal pessoa sofre tanto? Será castigo, meu Deus do Céu?” É obvio que não, Deus não castiga ninguém! Existem diversas explicações para o sofrimento, a primeira é que muitos deles são consequência dos nossos pecados. Muitas vezes, padecemos devido à nossa natureza, que está sujeita a doenças, a enfermidades e a aflições. Outras vezes, sofremos porque outras pessoas nos causaram alguma dor; da mesma como nós também provocamos o sofrimento em outras pessoas.
O fato é que durante a nossa caminhada, em nossa peregrinação na Terra, nós passamos por contrariedades e dificuldades. Em certos momentos essas dificuldades são maiores; em outros são menores. Mas ninguém pode negar que o sofrimento não aconteça em nossa vida.
Há momentos em que estes infortúnios batem à nossa porta com uma doença mais grave, com a perda de um ente querido; com coisas que não dão certo para nós, com situações desagradáveis.
Mas, meus irmãos, nós não estamos aqui para lamentar os nossos flagelos, nós estamos aqui para encontrar e buscar, na Palavra de Deus, um sentido para aquilo que nós sofremos. A própria Palavra nos diz que os sofrimentos pelos quais passamos nesta vida, sejam eles quais forem, não têm proporção, não têm comparação, ou seja, não dá nem para medir qualquer sofrimento nessa Terra com a glória que nos espera no Céu.
Na verdade, quando passamos por um tormento, por um sofrimento grande que parece interminável, é apenas para nos lembrar de que toda dor tem um fim, que toda lágrima será enxugada, um dia, pelo próprio Deus que há de nos consolar. Nós só precisamos de uma coisa: sofrer com dignidade, sofrer com espírito de acolhimento, de luta, não de entrega nem de revolta. Qualquer revolta torna o nosso sofrimento ainda mais doloroso; pois, apenas por nos revoltarmos, já perdemos de vista o sentido salvífico que o sofrimento provoca em nós.
O que nós podemos fazer é olhar para os nossos sofrimentos e para os sofrimentos daqueles que estão ao nosso lado. Muitas vezes, achamos que passamos pela maior dor do mundo, no entanto, a dor de muitos irmãos é bem maior que a nossa dor. Há muita gente que aguenta firme, segue adiante, e nós, muitas vezes, não aguentamos nem um “pisão no calo” que sofremos na vida.
Por isso, meus irmãos, precisamos de fibra, precisamos “nos temperar” com os valores do Céu, para termos a convicção e a certeza de que o amor de Deus por nós é maior. Não se esqueça: qualquer sofrimento por que passemos nesta vida não tem proporção, não tem comparação, não tem qualquer semelhança com aquela glória, com aquele presente, com aquele bem que nos esperam no Céu.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 29/10/2013

Oração Final
Pai Santo, faze-nos compreender e assumir em nossa vida que a simplicidade é o supremo estágio da sabedoria. Que sejamos transparentes para que a tua Luz em nós possa iluminar os caminhos deste mundo – que nos emprestas para ser cuidado e partilhado. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/10/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos terra boa e acolhedora da semente do teu Reino lançada por Jesus em nossos corações. Que ela cresça e dê abundantes frutos que serão partilhados com os companheiros de peregrinação nesta terra encantada. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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