sábado, 28 de outubro de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 29/10/2017

ANO A


OUTUBRO: MÊS DAS MISSÕES
(Verde, Glória, Creio, II Semana do Saltério)

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”

Mt 22,34-40

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O que significa amar o próximo? A Liturgia deste domingo ajuda-nos a compreender o sentido do amor cristão para com o próximo, considerando as necessidades do desamparado e daqueles que têm suas vidas ameaçadas. Não existe religião pura e sem mancha sem atitudes que demonstram amor ao próximo. Se não se viver a religião nesta dimensão, do amor a Deus e ao próximo, vive-se uma farsa ou uma ilusão de vida religiosa e se cancela o testemunho cristão na sociedade.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, aqui estamos reunidos no amor de Cristo Senhor. Aproxima-se o fim do ano litúrgico. A vida vai passando, mas nossos olhos estão fixos no Senhor, Princípio e Fim de nossa existência. Hoje o Senhor nos desafia com o mandamento do amor: amar a Deus e ao próximo. Eis a norma da fé e o fruto maior de nossa experiência com Cristo. Queremos amar o Senhor escutando sua Palavra, recebendo seu Corpo e Sangue e encontrando- o no irmão. Que o Senhor nos conceda por esta Eucaristia o dom do verdadeiro amor.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Será necessário afastar-se dos homens para encontrar a Deus? E quem encontrou a Deus ainda poderá voltar aos homens e viver com eles? Interessar-se por eles, trabalhar com eles e para eles? Em outras palavras, são compatíveis o amor de Deus e o amor dos homens, ou, ao contrário, um exclui o outro, de modo que seja absolutamente necessário fazer uma opção? Nenhuma dessas perguntas recebeu de Jesus uma resposta essencial: o primeiro mandamento é amar a Deus e o segundo, que lhe é semelhante, amar os homens. Não se pode, pois, pensar que a entrada de Deus numa consciência provoque a exclusão do homem.

Comentário do Evangelho

O amor como fundamento da Lei.

A liturgia da palavra deste domingo é dominada pelo tema da Lei, enquanto expressão do cuidado de Deus para com toda a humanidade e do cuidado que cada um deve ter para com o seu semelhante. A Lei de Deus é dom oferecido como caminho para a vida, para a santidade e para a liberdade. A Lei foi dada por Deus ao seu povo para que ele preservasse o dom da vida e da liberdade; para que nunca mais o povo caísse na escravidão.
A pergunta do fariseu, doutor da Lei, acerca do primeiro dos mandamentos tem por finalidade pôr Jesus à prova, testar seu conhecimento e sua ortodoxia na interpretação da Lei. Mas não podemos descartar a hipótese de que os fariseus, ante a enorme quantidade de preceitos que deviam observar de modo irrepreensível (613 preceitos), já não soubessem mais, se é que um dia compreenderam, qual era o maior mandamento, ou seja, qual o mandamento que fundamenta todos os demais; qual era aquele mandamento que diante de um conflito entre dois deles nada pode substituí-lo ou ter precedência (cf. Lc 10,25-37). Na sua resposta, Jesus une de modo indissolúvel dois mandamentos: amor a Deus e amor ao próximo. O amor ao próximo é a consequência natural do verdadeiro amor a Deus. Esse dois mandamentos, considerados unitariamente, são o fundamento da Lei. Na origem da Lei de Deus, está o seu amor e a sua compaixão pelo ser humano que Ele criou. Em todos os demais mandamentos da Lei deve estar presente o mandamento do amor, inclusive como critério para observar ou não um determinado preceito. Quem cumpre o mandamento do amor cumpre plenamente a Lei e os profetas. O amor tira todo rancor e amargura; é o amor que dá sentido a tudo, que faz com que tudo tenha gosto; é o amor que nutre o desejo de viver. O amor a Deus e ao próximo se torna, em Jesus Cristo, um modo de viver. Somente amando podemos ser verdadeira e profundamente felizes e cristãos. O amor a Deus e ao próximo é uma força de vida que nos faz viver uma Páscoa permanente da saída do eu para a entrega generosa, gratuita, a Deus e ao próximo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o meu amor a ti se manifeste na solidariedade para com o meu próximo. E que a comunhão com o meu próximo expresse meu profundo amor por ti.
Fonte: Paulinas em 26/10/2014

Comentário do Evangelho

O amor a Deus e o amor ao próximo

A pergunta do fariseu, doutor da Lei, acerca do primeiro dos mandamentos tem por finalidade pôr Jesus à prova. Mas não podemos descartar a hipótese de que os fariseus, ante a enorme quantidade de preceitos que deviam observar de modo irrepreensível (613 preceitos), já não soubessem mais qual era o maior mandamento, ou seja, qual fundamenta todos os demais; qual o mandamento que, diante de um conflito entre dois deles, não pode ser substituído e tem precedência (cf. Lc 10,25-37). Na sua resposta Jesus une de modo indissolúvel dois mandamentos: amor a Deus e amor ao próximo. O amor ao próximo é a consequência natural do verdadeiro amor a Deus. Esse dois mandamentos, considerados unitariamente, são o fundamento da Lei. Na origem da Lei de Deus, está o seu amor e a sua compaixão pelo ser humano que ele criou. Em todos os demais mandamentos da Lei deve estar presente o mandamento do amor, inclusive como critério para observar ou não determinado preceito. Quem cumpre o mandamento do amor, cumpre plenamente a Lei e os Profetas. O amor tira todo rancor e amargura; é ele que faz superar todo sentimento de vingança. O amor a Deus e ao próximo é uma força de vida que nos faz viver uma Páscoa permanente da saída do eu para a entrega generosa, gratuita, a Deus e ao próximo.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, grava no meu coração o mandamento do amor a ti e a meu semelhante, de modo que toda a minha ação encontre seu sentido nesta dupla fidelidade.
Fonte: Paulinas em 21/08/2015

Vivendo a Palavra

O Filho do Carpinteiro resume em um mandamento as complicadas regras que os poderosos do Templo impunham sobre o povo. Mas a simplicidade não significa abrandamento. Pelo contrário, a Lei do Amor é a síntese objetiva e exigente do relacionamento que devemos viver entre irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/08/2015

Reflexão

Deus não admite o amor a si sem que este amor se torne gestos concretos de caridade. É por isso que hoje vemos no Evangelho que o primeiro e maior mandamento traz consigo um outro que é semelhante a ele. O primeiro exige de nós o amor a Deus e o segundo exige de nós o amor ao próximo. Jesus nos diz que desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. A partir daí podemos perceber porque São João nos diz na sua primeira epístola que quem ama não peca. Com isso, Jesus nos mostra que somente a plena vivência do amor nas suas duas dimensões, a Deus e aos próximo, pode conduzir verdadeiramente à santidade.
Fonte: CNBB em 21/08/2015

Recadinho

Tenho consciência de que tudo aquilo que faço é fruto do que vai em meu coração? - Amo a Deus que me chama para junto dele ou faço de Deus alguém que quer barrar minha liberdade? - Estou convencido de que caridade se dá em primeiro lugar com o coração e só depois com as mãos? - Posso com tranquilidade exigir que façam a mim o que faço para meu próximo? - Meu viver é um espelho da bondade e misericórdia de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 – santuário-nacional em 26/10/2014

Comentário do Evangelho

A CENTRALIDADE DO AMOR

Os mestres da Lei e os fariseus davam a todos os mandamentos a mesma importância. Parecia-lhes ser uma falta de respeito classificá-los segundo diferentes graus de importância. Se todos correspondiam à vontade de Deus, deveriam ser levados igualmente a sério e vividos com a mesma intensidade.
Acontece que os mandamentos foram maximamente multiplicados, a ponto de se tornarem um emaranhado de normas e prescrições. Por outro lado, até mesmo coisas irrelevantes eram objeto de prescrições legais, de forma colocar a vida diária numa espécie de camisa de força legalista.
Com este pano de fundo, entende-se a pergunta levantada pelo mestre da Lei a respeito do "maior mandamento". Embora sua intenção fosse fazer Jesus cair numa armadilha, ele compreendia que os mandamentos não tinham todos igual valor.
A resposta de Jesus apela para o amor a Deus e o amor ao próximo, como resumo de todos os mandamentos. "Deles decorre toda a Lei, assim como os profetas." Eles são a chave de interpretação de toda a Bíblia, onde as coisas só têm sentido se conduzem ao amor. Somente quem ama está em condições de compreender os ensinamentos bíblicos. O motivo é simples: apenas o amor coloca o ser humano em perfeita sintonia com o Deus da Bíblia.
Oração
Espírito de amor, que minha vida esteja toda centrada no amor a Deus e ao próximo, decorrendo, daí, todo o meu querer e meu agir.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 26/10/2014

Meditando o evangelho

AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO

Jesus simplificou ao máximo as práticas religiosas, resumindo tudo no amor a Deus e ao próximo. Existe, porém, uma estreita correlação entre estes dois mandamentos do amor.
Amar a Deus consiste em deixá-lo ser o senhor absoluto de nossa existência, sem jamais subjugá-la ao capricho de nenhuma criatura. Este amor coloca o centro da vida humana fora dela mesma, de modo a manter a pessoa sempre aberta para a comunhão e a partilha. Aí não haverá lugar para o egoísmo, para a dominação do próximo, nem para o espírito de competição. O amor a Deus manterá a pessoa em estado contínuo de alerta diante dos apelos mundanos de busca desenfreada de prazer. Ela não se deixará enganar pela efemeridade das propostas do mundo.
O amor ao próximo decorre deste amor fundamental. A abertura amorosa para Deus leva a pessoa a defrontar-se com o próximo, a quem se sente impelida a amar com o mesmo empenho e interesse como ama a si mesma. Haverá, entretanto, uma sensibilidade particular em relação aos mais pobres e excluídos, por serem estes objeto de especial predileção por parte de Deus.
O amor a Deus purifica e prepara o coração humano para o amor ao próximo. Por sua vez, o verdadeiro amor ao próximo deveria preparar o coração humano para o encontro com Deus. Esta é a religião querida por Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, faze-me compreender profundamente as exigências do amor a Deus e ao próximo, de modo a centrar minha vida no que é essencial.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O AMOR ÚNICO!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nas palestras sobre o Sacramento do Matrimonio, e até em algumas homilias de casamentos, há algo que digo sempre aos noivos "Que o amor conjugal celebrado no altar, diante de Deus, não pode ser apenas um sentimento... O sentimento humano é algo muito vago e inconstante, hoje se sente, amanhã não se sente. Claro que o amor nasce de uma convivência e na forma de sentimento, isso é perfeitamente compreensível, entretanto, para ser elevado á dignidade de Sacramento, é, preciso algo mais do que um mero sentimento, esse algo mais chama-se DECISÃO e VONTADE.
O Doutor da Lei indaga de Jesus, com segundas intenções, qual entre os 680 mandamentos originados do Decálogo, é o mais importante. Jesus, sempre de maneira sábia surpreende seu interlocutor, pois muda a conversa de direção, saindo do mero legalismo para uma atitude concreta de vida, que supõe naturalmente uma decisão e uma vontade.
"Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento". O amor de Deus por nós, manifestado em Jesus de Nazaré, não é um mero sentimentalismo, o nosso amor a Deus também não pode ser um sentimento piegas, senão ele não sobrevive ao tempo, amar do modo como está na lei, envolvendo coração, alma e entendimento, é amar integralmente, de maneira gratuita e incondicional, a cada dia decidindo e direcionando a nossa vontade a esse amor. O amor não pode ser um gesto de gratidão, de pena ou compaixão, e muito menos de retribuição, o outro não precisa me dar razões para o amar, devo amá-lo por decisão e vontade, mesmo que ele não mereça e nunca vá me retribuir: esse é precisamente o amor cristão.
E se esse amor fosse só para com Deus estava resolvido, bastasse cumprir as obrigações religiosas, rezar, ir à igreja, dar o dízimo, receber os sacramentos, ouvir a palavra, visitar o Santíssimo etc. Tem cristão que pensa amar a Deus fazendo todas essas coisas.
Não são dois amores ou dois modos de amar, mas um só, Amar a Deus e ao próximo, porque Deus se deixa amar no outro e manifesta o seu amor através do outro, é como se o homem fosse o intérprete do amor de Deus, dando-lhe visibilidade. Nas coisas que Deus nos faz sempre há alguém envolvido... Decisão e vontade de amar são fatores determinantes do AMOR, aos irmãos e irmãs da comunidade, na vida conjugal e familiar, que precisa ser renovado a cada dia, a cada momento, pois se não iluminarmos o amor com a luz da Fé, ele será um sentimento, uma nuvem passageira, um amor de vidro, que facilmente se quebra...
Amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento, eis o primeiro e o maior de todos os mandamentos, na resposta que Jesus dá aos fariseus, no evangelho desse domingo. Em meio a relações amorosas tão distorcidas, temos aí o modo de amar, em sua essência. Pertencemos a uma sociedade onde até crimes monstruosos são cometidos em nome do amor.
Amar de todo o coração significa uma decisão tomada a favor da outra pessoa, significa uma vontade manifestada em gestos e atitudes, de toda a alma significa que o amor adquire um caráter sagrado, algo que só podia mesmo ser divino, e de todo o entendimento, amor que pauta pela razão, pela compreensão do outro, trata-se de uma entrega total, não por imposição, mas dentro de uma total liberdade.
Talvez possamos nos perguntar, será que Deus precisa de um amor assim, da parte do homem?
Pois sendo Todo Poderoso e Onipotente, que necessidade tem Deus de querer ser amado desta maneira? O contexto desse mandamento que está no cerne da lei, é que Israel tem muitas opções de divindades, deuses dos povos pagãos, e que acabavam influenciando o Israelita, esse amor da totalidade é apenas a atitude de fé, de quem crê em um único Deus, e que não precisa de nenhum outro, mesmo porque, não há outro Deus senão o Deus da Aliança. Tal como naquele tempo, há em nossos tempos mil opções de pequenos deusinhos que se apresentam diante de nós, querendo submissão e oferecendo-nos em troca algo ilusório.
Já o Deus dos cristãos, que mostra o seu rosto em Jesus de Nazaré, pede aos seus seguidores algo muito simples, e ao mesmo tempo revolucionário e inédito: o amor gratuito e incondicional, o amor total da entrega ao outro, respeitando a sua dignidade de Filho de Deus, o amor que sempre sorri e nada cobra o amor paciente, compreensivo, que sabe sempre esperar, perdoar, que suscita no outro essa vida nova, que orienta, exorta, mostra o caminho, toma pelas mãos, cura, renova, liberta e salva.
Entretanto, se compreendermos que Jesus restaurou cada homem, tornando-o Filho de Deus, e dando-lhe a dignidade de ser novamente sua imagem e semelhança, concluímos que Deus está em cada homem, no mais profundo do seu ser existencial, independente da sua fé, da sua condição social ou moral, logo, fica muito claro, porque o segundo mandamento é semelhante ao primeiro e tem o mesmo peso – Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Deus está no outro, e ama a todos, então, se eu deixo de amar o outro, estou indo contra Deus, ao contrário, se eu amo o outro, de todo o coração, isso é, por minha vontade e decisão (mesmo que o outro não mereça) de toda a minha alma, porque o amor destinado ao próximo é também sagrado, porque Deus está nele, e de todo o meu entendimento, não ao sabor das paixões e interesses, mas á luz da razão. Essa é a única e verdadeira forma de se amar a Deus, a ponto de João afirmar categoricamente “Se alguém disser que ama a Deus, que não vê, e não ama o irmão que está ao seu lado, é mentiroso e enganador”.
Portanto, que ninguém mais diga – Não vou a Igreja por causa das pessoas, mas por causa de Jesus, falar essa frase e defendê-la, é próprio de quem tem uma espiritualidade vazia, de quem ainda não entendeu de que todo o ensinamento cristão está concentrado nesta grande verdade.
Para compreender esse evangelho, que aliás, é bem simples, vamos conversar com um especialista em trânsito:
___O que é uma placa normativa e qual delas é a mais importante?
___Placa normativa é, por exemplo, uma placa que determina a velocidade a ser desenvolvida em um local de muito trânsito, por exemplo. Sobre qual delas é a mais importante, poderíamos dizer que, todas e nenhuma...
___Como assim, a resposta está confusa, ou é todas ou é nenhuma...
___Veja bem, se você é um motorista consciente, que tem percepção da realidade que o cerca, sabendo, portanto, que o local é de trânsito intenso, por exemplo, de pessoas, essa consciência vai fazer automaticamente reduzir a velocidade, exista ou não uma placa no local. O motorista não tem consciência só sabe obedecer a placa, diminui a velocidade por causa dela, é aquele que ao passar pelo radar eletrônico vai devagar, mas depois acelera e tira o atraso... esse é o legalista, o que obedece para não sofrer uma punição, só isso.
O que o Doutor da Lei apresenta a Jesus é uma questão legalista, mas a sua resposta ultrapassa o meramente legal, vai além de qualquer norma ou Lei.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

No Dia das Missões rezamos por todos os missionários e missionárias presentes no mundo inteiro e fazemos em todas as igrejas uma coleta para ajudar financeiramente o trabalho das missões. É o Dia das Missões e da Santa Infância, porque queremos cuidar especialmente das crianças. Eram chamados de Santa Infância os menores abandonados, as crianças de rua, sem lar, desamparadas e as não batizadas.
Os vocábulos “missão”, “missionário” são muito bem-aceitos entre nós. Dizemos que toda a Igreja é missionária. Ser missionária faz parte da essência da Igreja. Mas o que é bem-aceito por nós, não é bem-aceito por outros. “Missão”, “missionário” são palavras que assustam porque dão a impressão de invasão de território alheio, proselitismo, busca de conversões, ações que esvaziam a religião dos outros. Sabemos, porém, que não é este o pensamento católico.
Ser missionário é antes de tudo valorizar o ser humano e ajudar as pessoas a não desistirem de amar, porque o missionário sabe que Deus é amor. O livro do Êxodo dá um programa para a ação missionária no mundo. Basta ler os termos do texto com calma e pensar: Se isto for posto em prática por todos, como será o mundo?
– Não oprimir nem maltratar o estrangeiro. Os israelitas devem se lembrar que foram oprimidos no Egito onde eram estrangeiros. Sabem por experiência pessoal o que isso significa. Daí o princípio: “não fazer aos outros o que não quero que seja feito a mim”.
– Não fazer mal à viúva nem ao órfão. Viúva e órfão eram fracos e desamparados nas sociedades de então. Entre nós, nem sempre, embora continuem sendo o símbolo dos mais fracos.
– Não ser usurário, isto é, não viver de cobrança de juros de dinheiro emprestado, sobretudo não cobrar juros de um pobre, não tirar vantagens pessoais das necessidades dos outros. O texto fala de “não cobrar juros de alguém do meu povo”.
– Não seria uma boa interpretação pensar que Deus está proibindo que um judeu cobre juros de outro judeu, mas pode cobrar de quem não é judeu. Ou um católico não deve cobrar de outro católico, e sim dos outros. Não guardar como garantia o que é necessário para a sobrevivência do outro, como um cobertor de quem só tem um, numa noite fria.
O mal feito aos outros, Deus o toma como feito a si mesmo. O Evangelho resume tudo isso no mandamento do amor: “Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento... Amarás teu próximo como a ti mesmo”. Amar a Deus, amar o próximo. Isso basta!
O que fará o missionário no mundo? Ensinar que o amor, apesar das aparências de fracasso, não se perde. O amor é sempre vencedor porque Deus é amor. O missionário trabalha para que ninguém desista de amar. Muitas vezes o amor vem acompanhado de desilusões, de traições, de incompreensões, de ingratidões. Apesar disso, o amor não se perde. Termina sempre em Deus. O missionário sabe que tudo o que se faz de bem aos outros “foi a mim que fizeste”, ou seja, é feito a Jesus, termina em Deus.
Missão é um ato de amor em favor do amor. Não é imposição, concorrência, proselitismo, invasão. Assim lemos no início da segunda leitura: “Sabeis como ocorreu a nossa permanência entre vós, para o vosso bem”. A expressão consciente do bem será o serviço ao Deus único e verdadeiro.

REFLEXÕES DE HOJE


29 DE OUTUBRO DOMINGO

VEJA AQUI MAIS HOMILIAS DESTE DOMINGO

HOMILIA DIÁRIA

Que o amor a Deus seja prioridade em nosso coração

Lembre-se de Deus ao acordar, ao ir dormir, ao ir trabalhar e ao se alimentar. Isso não é fanatismo; é amor, é reverência, é adoração, é fazer de Deus a prioridade e a riqueza maior da nossa vida.
“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento! Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22, 37-39).
O caminho da vida é este: observar os mandamentos da Lei do Senhor. E se os mandamentos são muitos, a vivência deles é muito sintética: colocar Deus em primeiro lugar. Isso não significa amá-Lo só com palavras e com algumas orações, mas sim com todo o nosso coração, com toda a nossa alma e com todo o nosso entendimento. É ter todo o nosso ser voltado para Deus com respeito, reverência, adoração, nos colocar na presença d’Ele, respeitar Suas palavras e nos alimentar de Sua Palavra.
No mundo de hoje, nós nos confundimos e somos confundidos com tantos valores que nos são apresentados de modo que fazemos a escala de valores de acordo com os interesses de cada um ou de acordo com o que o mundo nos vende.
Permita-me dizer ao seu coração: em qualquer escala de valores que você fizer para sua vida, em qualquer escala de prioridades, coloque sempre Deus em primeiro lugar. E na sua lista, não só sua lista escrita, mas na lista do seu coração, da sua cabeça e da sua alma, que o amor a Deus ocupe sempre a prioridade da sua vida. Lembre-se de Deus quando você acordar, quando for dormir, quando for trabalhar, quando for se alimentar. Isso não é fanatismo; é amor, é reverência, é adoração! Isso é fazer de Deus a riqueza maior da nossa vida.
Contudo, ninguém pode amar a Deus e se fechar no amor a Ele. “Eu vou à igreja e fico uma hora diante do Santíssimo Sacramento. Eu fico muitas horas rezando!”. Que bênção fazer isso! Fique muitas horas rezando e com a intensidade com que você ama a Deus ame também o seu próximo, ame também o seu irmão. O que nos leva para o céu não são somente as orações que fazemos, mas também a caridade que praticamos ao próximo: suportar os defeitos, as deficiências do próximo, saber exercer a hospitalidade, a caridade e cuidar dos mais sofridos e necessitados.
Amar a quem nos ama deve ser buscado, refletido e meditado dentro de nós em um grau de importância semelhante ao amor a Deus. É claro que, se somos iluminados e conduzidos por este amor divino, este amor vai nos dar luz, força, coragem e discernimento para amar o próximo como ele deve ser amado.
Que o amor de Deus seja a primazia da nossa vida!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 21/08/2015

Oração Final
Pai Santo, imprime em nossos corações a Lei do Amor. Faze-nos seguidores do Caminho de Jesus de Nazaré, em busca da Verdade de teu Reino e da Vida Plena, que é estar contigo, recebendo teu abraço paternal, junto com nossos companheiros de peregrinação. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/08/2015

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