terça-feira, 26 de setembro de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 27/09/2017

ANO A


Lc 9,1-6

Comentário do Evangelho

Participação no poder de Jesus Cristo.

Entre o chamado dos Doze sobre a montanha (6,12-16) e o envio deles em missão foi percorrido um itinerário no qual eles puderam ouvir os ensinamentos de Jesus e contemplar os seus “atos de poder”, que davam vida às pessoas, libertando-as do mal. O poder e a autoridade deles são o poder e a autoridade que eles recebem do Senhor. É participação no poder de Jesus Cristo. Trata-se, aqui, do poder do Espírito Santo, que é uma “força do alto” para o testemunho (cf. At 1,8). É o testemunho que torna presente não somente as palavras de Jesus, como também seus gestos. Palavra e ação suscitavam as pessoas à fé na vida. Essa coerência interna de Jesus fazia dele, aos olhos de muitos de seus contemporâneos, uma pessoa digna de fé.
As recomendações para a missão implicam despojamento, pois a segurança dos Doze está no Senhor que os envia. A preocupação com a segurança pessoal não pode distraí-los, pois são portadores de um anúncio que tem incidência na vida das pessoas, inclusive no próprio corpo. É preciso que os Doze tenham presente a possibilidade de que a mensagem cristã não seja aceita por todos, a exemplo do próprio Mestre, rejeitado em sua pátria (Lc 4,24.29-30). A missão dos discípulos é itinerante, pois todas as pessoas são destinatárias do anúncio cristão.
Fonte: Paulinas em 25/09/2013

Comentário do Evangelho

É o testemunho que torna presentes as palavras e os gestos de Jesus.

Entre o chamado dos primeiros discípulos junto ao mar da Galileia e dos Doze sobre a montanha, foi percorrido um longo itinerário que, para o leitor do evangelho, é difícil mensurar em termos de tempo. Nesse longo percurso, eles puderam ouvir os ensinamentos de Jesus, experimentar a força e a eficácia de suas palavras e, igualmente, contemplar os atos de poder de Jesus que despertavam nas pessoas beneficiadas por eles a força, o gosto e a fé na vida. Foram testemunhas de que o Senhor vence o mal e liberta o ser humano das amarras do inimigo da natureza humana. Agora, são enviados e, para levarem a termo a missão, recebem o poder e a autoridade do Senhor. Trata-se, aqui, do Espírito Santo, força do alto para o testemunho (At 1,8). É o testemunho que torna presentes as palavras e os gestos de Jesus. Pelo testemunho se prolonga na história a missão de Jesus. As recomendações para a missão orientam para o despojamento e a liberdade diante das coisas, porque a segurança dos Doze deve estar no Senhor que os envia. As instruções que Jesus dá aos Doze para a missão visa fazê-los compreender que a preocupação com seguranças pessoais não pode distraí-los, pois são portadores de uma mensagem que tem incidência decisiva na vida das pessoas.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tendo recebido a tarefa de continuar a missão de Jesus, ensina-me a imitá-lo tanto no modo de ser e de pregar, quanto na pobreza e na coragem de enfrentar a rejeição.
Fonte: Paulinas em 24/09/2014

Vivendo a Palavra

O grau de entrega do missionário nas mãos do Senhor se espelha na simplicidade de sua bagagem. Nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas... Quase como os pássaros do céu ou os lírios dos campos. Livre e de peito aberto, anunciando aos irmãos a Boa Notícia de que o Reino de Deus está dentro de nós!
Fonte: Arquidiocese BH em 25/09/2013

Vivendo a Palavra

Anunciar o Reino de Deus e curar – foi o mandato feito aos Doze e é a missão da Igreja no mundo. Por nosso testemunho de vida – e por palavras, se for necessário – devemos mostrar ao mundo que o Reino de Deus, que um dia será pleno, já mostra os seus sinais nesta vida: ele está dentro de nós!
Fonte: Arquidiocese BH em 24/09/2014

VIVENDO A PALAVRA

O poder dos discípulos de curar, anunciar a Boa Notícia e dominar os demônios, vinha da autoridade de Jesus, de quem eles eram os enviados. A ordem dada há dois mil anos continua valendo para nós, discípulos missionários do século 21. A nossa força está no mandato do Senhor e não na sabedoria ou nas virtudes humanas.

Reflexão

O Evangelho de hoje é uma espécie de "Manual do Evangelizador". Ele nos mostra que o evangelizador não age em nome próprio, pois ele não evengeliza por que quer, mas porque é enviado por Deus. Os poderes que tem para evangelizar não são próprios, são recebidos para serem usados em uma finalidade própria. Os bens materiais não podem ser um empecilho para o trabalho, nem podem ofuscar a força do anúncio e do testemunho. A inserção e a participação na vida das pessoas e das famílias é fundamental. Mas o mais importante são os dois objetivos que caracterizam o profetismo: a luta contra toda espécie de mal, que se manifesta na ordem da cura, e a proclamação da presença do Reino de Deus na vida de todas as pessoas.
Fonte: CNBB em 25/09/2013

Meditação

Os discípulos cumpriram a missão que receberam de Jesus. Que missão Deus me deu? - Procuro levar a mensagem do Evangelho em primeiro lugar em meu lar? Como? - Posso dizer que com meu exemplo sou luz para alguém? - Sou uma pessoa sempre disponível? - Valorizo e sou valorizado(a) por meu próximo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 25/09/2013

Recadinho

Jesus pede o desprendimento das coisas deste mundo e a confiança nele. Consegue notar este tipo de desprendimento? Em outra passagem vemos o caso do jovem rico que não conseguiu aceitar o convite para uma vida de maior desprendimento. Não é indispensável a renúncia a tudo. Mas também a que leva o apego exagerado às coisas deste mundo? - Os que se dedicam à missão confiam realmente na Providência Divina? Nossa comunidade é generosa e disponível para com quem se dedica ao anúncio do Evangelho? - Atualmente é muito comum instituir o dízimo em nossas comunidades. Funciona?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 24/09/2014

Meditando o evangelho

A MISSÃO DOS APÓSTOLOS

Os apóstolos receberam a incumbência de dar continuidade à missão de Jesus, anunciando a Boa-Nova e realizando milagres, pelos quais se proclamava a presença do Reino na história humana.
"O poder e a autoridade" que lhes foram conferidos correspondem à plena participação no "poder e autoridade" recebidos por Jesus, da parte do Pai. Assim, as palavras dos apóstolos seriam dignas do mesmo apreço que as palavras do Mestre, na medida em que estivessem em comunhão com ele. Ouvi-los deveria ser como ouvir as próprias palavras de Jesus. O mesmo se diga do poder de expulsar demônios e de curar as enfermidades, exercido pelos apóstolos. Tudo isto, porém, dependeria da fé de cada anunciador. Afinal, não estavam recebendo um poder mágico que podiam usar a seu bel-prazer.
A vida dos apóstolos também deveria assemelhar-se à de Jesus, de modo especial quanto a pobreza, à aceitação da hospitalidade e à reação nas experiências de rejeição. Como Jesus, dariam testemunho de desapego, não levando nada pelo caminho. Estariam contentes com a hospedagem oferecida, sem exigir nada nem reclamar. Ao serem rejeitados, manter-se-iam de cabeça erguida e continuariam sua missão, sem se deixar abalar. Nem o medo da morte haveria de impedi-los de seguir adiante.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, tendo recebido a tarefa de continuar a missão de Jesus, ensina-me a imitá-lo tanto no modo de ser e de pregar, quanto na pobreza e na coragem de enfrentar a rejeição.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Palavra de Luz
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A dificuldade de se preparar uma homilia durante o dia da semana está em dois fatores, primeiro que ela tem de ser breve, e aí vem o segundo problema e por causa disso, focamos apenas no evangelho e ignoramos a primeira leitura e o salmo que são valiosíssimos na reflexão.
Hoje por exemplo, a primeira leitura nos coloca a Palavra de Deus como fundamento de tudo, ela é comprovadamente um escudo para os que nela se abrigam. Qual o perigo que tal afirmação nos mostra? Exatamente o que vem a seguir no versículo 6 “Nada acrescentes ás suas palavras, para que ela não te repreenda e passes por mentiroso”.
O autor, consciente de que a Palavra de Deus é absolutamente imprescindível em sua vida, relativiza a pobreza ou a riqueza material, ele quer o pão que é necessário, Pão da Palavra. No salmo há um versículo que ressalta esta verdade “A lei de vossa boca para mim, vale mais do que milhões em ouro e prata” e o refrão confirma “Vossa Palavra é uma luz para os meus passos”, a luz que está no coração e na mente e que nos ajuda a perceber o caminho a ser percorrido.
Poderá o leitor se perguntar, e o nosso evangelho, como ele se encaixa nesse pensamento de se valorizar o anúncio da Palavra? Muito simples, os discípulos foram enviados justamente para proclamarem a Boa Nova da Palavra de Deus, este envio aparece inúmeras vezes nos evangelhos sinóticos e constitui-se na missão primária da Igreja que deve sempre, em todos os tempos, buscar formas diferentes para cumprir esta missão.
Discípulo missionário preocupado com o status, bens materiais, patrimônio, conforto material (ser hospedado em hotel cinco estrelas) certamente já perdeu o foco da missão. Hoje em dia tem muitos assim e estou falando da nossa igreja... Deve também o discípulo ser radical em sua pregação, se não for acolhido, e o homem da pós-modernidade não acolhe bem a Palavra de Deus, não se tenha com este nenhum vínculo (sacudi a poeira do sapato) significa isso: romper com qualquer modo de vida que não esteja em conformidade com a Palavra.

2. Jesus convoca os doze
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Os Doze apóstolos são convocados e enviados em missão. Devem anunciar o Reino de Deus e curar os doentes. Partem com autoridade sobre os demônios. Não devem levar nada consigo. Pedirão hospedagem aonde chegarem, permanecendo na mesma casa o tempo todo. Se em algum lugar não forem recebidos, devem fazer o gesto simbólico de sacudir a poeira dos pés ao sair da cidade, significando rejeição e condenação de quem não acolheu os apóstolos. Deus mesmo irá acertar contas com ele, como disse Moisés sobre aqueles que não ouvissem as palavras de Deus ditas pelo seu profeta. Partiram, passaram de um povoado a outro, anunciaram a Boa-Notícia e fizeram curas. E assim continuaram depois da ascensão de Jesus, percorrendo o mundo todo, anunciando com alegria a Boa-Nova da salvação. Missionários da alegria que partem para animar o povo são sempre bem-vindos. O primeiro exercício pastoral feito pelos apóstolos continua sendo nossa prática diária: ir ao encontro das pessoas onde quer que se encontrem, visitar os doentes e rezar por eles, transmitir alegria e esperança. A ausência de cajado, dinheiro e outros recursos se justifica pela convicção de fé que anima o discípulo missionário.

Liturgia comentada

O fundo do abismo... (Tb 13,2-5.8)
Este salmo é conhecido como o “Cântico de Tobit”, que manifesta seu júbilo pelo “happy end” do périplo de seu filho Tobias, alvo da proteção divina. Ele reconhece que o mesmo Deus que castiga é o Deus que tem compaixão. Nada escapa ao Deus Altíssimo, nem mesmo os abismos do homem.
Várias passagens da Escritura revelam marcas de um fundo comum às antigas religiões e teogonias, nas quais se imaginava um mundo inferior – o abismo ou Tehom -, entendido como uma potência do caos, insondável e aterrorizante. Imagina-se uma região sombria, o Xeol, onde os mortos estão encerrados, correspondente ao Hades da mitologia greco-romana. Jó se lamenta: “Como a nuvem se dissipa e desaparece, assim quem desce ao Xeol não subirá jamais”. (Jó 7,9) E o salmista, que não quer morrer, argumenta diante de Deus: “Quem te louvaria no Xeol?” (Sl 6,6)
Como observa Maurice Cocagnac, “o sentimento do infinito é para o homem uma sensação física, mas de natureza variada. A perspectiva do alto-mar ou do céu estrelado tende a dilatar a alma, enquanto a vertigem do precipício ou do abismo tende a constringi-la. O medo da queda a impele a se refugiar na concha de sua angústia”.
O semita que nos deu o Antigo Testamento, pouco habituado ao mar, vê nele um espaço de vertigens, hostil e ameaçador, morada do Leviatã e de monstros marinhos. A experiência de Jonas no ventre do grande peixe é, nesse caso, exemplar. Com um colar de algas no pescoço, Jonas, “já no ventre da Morte” (Jn 2,3), invoca o Senhor e é arrancado da “fossa”.
Com a vinda de Jesus Cristo, uma nova luz invade os abismos da consciência humana. Nem mesmo a “mansão dos mortos” escapa ao poder do Ressuscitado. Os ícones do Oriente cristão mostram a “Anástasis” de Cristo, que desce à caverna abissal, arromba as portas do inferno e resgata pelo pulso os primeiros pais, Adão e Eva. Este ícone respondia às inquietações dos primeiros cristãos a respeito do destino eterno de seus antepassados, que não tiveram a oportunidade de ouvir a Boa Nova da salvação.
Mas tiveram, sim! Já ressuscitado, Cristo desce aos abismos e faz esse anúncio salvador. É o que lemos na 1ª Carta de Pedro: “É nesse mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos no cárcere... [...] Pois para isto foi o Evangelho pregado também aos mortos, para que, embora sejam condenados em sua humanidade de carne, vivam segundo Deus quanto ao espírito”. (1Pd 3,19; 4,6)
Orai sem cessar: “Senhor, tiraste da fossa a minha vida!” (Jn 2,7)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 25/09/2013

HOMILIA

A MISSÃO DOS APÓSTOLOS Lc 9,1-6
De dois em dois como se fossem testemunhas de uma verdade perante o mundo que não a conhecia. Evidentemente, a verdade era o Reino para o qual deviam se preparar com nova mentalidade Jesus envia os seus discípulos. A autoridade sobre os espíritos impuros ou imundos é como o carimbo da divindade ao dominar os que na época se consideravam seus inimigos e triunfadores na luta entre o bem e o mal. O triunfo sobre eles indicava que o seu reino estava no fim e um novo reinado prestes a ser instaurado: o reinado da luz, da verdade e do bem em nome de Jesus, o representante do Deus vivo. Lucas em lugar paralelo, expressamente fala de proclamar o reino de Deus. O envio de dois em dois era próprio do tempo, pelo que dizia respeito aos mensageiros enviados para atestar uma mensagem. Também podemos ver nessa situação uma oportunidade para o mútuo apoio em situações difíceis. Jesus, no início de sua escolha, chama de dois em dois os irmãos pescadores. Os espíritos imundos: cremos que esta autoridade é para fazer calar os mesmos como Jesus fez na sinagoga de Cafarnaum ou expulsá-los como no caso da sogra de Simão, pois era considerada essa doença como causada por um espírito. Os enfermos que curam eram os indispostos, para distingui-los dos que estavam mal e dos débeis. Não cremos que exista uma diferença real entre os termos que expressam uma mesma realidade: a doença.
E ordenou a eles de modo que não tomem para o caminho se não unicamente bordão, nem alforje, nem pão, nem cobre na cintura. Mas tendo atado as sandálias e não vestissem duas túnicas. As ordens eram umas positivas: bordão, sandálias e uma túnica. Coisas necessárias para o caminho, pois nunca se caminhava descalço e um bordão era necessário tanto para se apoiar naqueles caminhos rudes e difíceis como arma defensiva contra os bandidos. Uma túnica é o mínimo que devia cobrir um corpo nu, ou seja, o necessário. As ordens negativas eram: não levar o alforje, que correspondia não ao cesto onde os judeus carregavam as provisões, especialmente o pão e vinho em sua peregrinação para Jerusalém, mas ao embornal dos mendigos que muitos missionários ambulantes levavam em suas missões. Também impede o dinheiro que era carregado numa bolsa na cintura ou dentro da faixa com que se atava a túnica ao redor dos rins. O texto fala de cobre, as moedas mais pobres sem ouro ou prata. Evidentemente com isto queria dizer que não podiam recolher qualquer dinheiro, nem como pobres, em sua missão.
Lucas diz que ordenou não tomar nada para o caminho, nem bordões, nem embornal, nem pão, nem prata, nem duas túnicas por cabeça. Dos textos vemos que não coincidem nos detalhes, especialmente Mateus para quem o bordão e as sandálias eram tão descartáveis como os alforjes e a túnica sobressalente. Os enviava com recursos até menores que, os que tinham os mendigos, os mais pobres, para indicar que seu trabalho missionário não dependia dos valores humanos, mas da confiança que a Ele deviam: ao jovem rico manda dar tudo aos pobres para segui-lo. A pobreza era uma das características de Jesus, que não tinha nem onde reclinar a cabeça.
Pai, tendo recebido a tarefa de continuar a missão de Jesus, ensina-me a imitá-lo tanto no modo de ser e de pregar, quanto na pobreza e na coragem de enfrentar a rejeição.
Paulinas Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 24/09/2014

HOMILIA DIÁRIA

O Senhor nos deu poder e autoridade

O Senhor nos deu poder e autoridade para não sermos escravos desses demônios, para nos tornarmos livres deles.
“Jesus deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar as doenças” (cf. Lc 9,1).
Nós, hoje, contemplamos Jesus enviando Seus discípulos e apóstolos para anunciar o Evangelho e proclamar o Reino de Deus. Ao mesmo tempo em que o Senhor os envia, também lhes concede a autoridade.
Duas palavras importantes: poder e autoridade sobre os demônios e as doenças.
Meus irmãos, nós precisamos tomar posse do poder e da autoridade que o Senhor nos conferiu pelo batismo, tomar posse e assumir, em nossa vida, que os demônios não podem mandar em nós, não podem assumir o comando dos nossos afetos, dos nossos sentimentos e da nossa vontade. Nós não podemos deixar que os espíritos malignos nos deixem doentes, enfermos, para baixo.
Nós precisamos assumir, com poder e autoridade, aquilo que o Senhor nos conferiu, aquilo que Ele nos constituiu: mensageiros da Sua Palavra.
Como é que se anuncia o Reino de Deus? Expulsando os demônios. Às vezes, as pessoas confundem e acreditam que “expulsar demônios” é como se as pessoas estivessem possessas, possuídas. Não! O exorcismo é uma prática e existem pessoas que têm esse ministério, essa graça para exercê-lo; mas se trata de um grau muito elevado de possessão diabólica ou qualquer coisa parecida.
O que nós estamos falando é dos demônios espalhados pelos ares, que semeiam no meio de nós fofocas, intrigas, inimizades, maus pensamentos, maus juízos, a divisão, a discórdia, o espírito de acusação; o demônio que enfraquece os nossos relacionamentos, deixa-nos, muitas vezes, com a autoestima muito baixa.
Os demônios espalhados pelos ares estão trazendo toda e qualquer contaminação para o meio de nós, por isso nos tornamos azedos, mesquinhos, pessoas que não cultivam os valores evangélicos.
Nós precisamos expulsar da nossa casa, da nossa família, da nossa comunidade os demônios que estão no meio de nós. Não é expulsar pessoas, não é lutarmos uns contra os outros, mas expulsarmos, pelo poder da oração, aquilo que traz intriga, que causa maledicência, aquilo que nos faz estar maus uns com os outros.
O Senhor nos deu poder e autoridade para não sermos escravos desses demônios, para nos tornarmos livres deles. Hoje, Ele quer nos fazer totalmente livres. Sejamos abertos para a graça de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 25/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Que Deus nos afaste da falsidade e da mentira!

Hoje pedimos ao Senhor que nos afaste de toda e qualquer falsidade e mentira. Tentações das quais devemos correr a vida toda!
“Afasta de mim a falsidade e a mentira, não me dês pobreza nem riqueza, mas concede-me o pão que me é necessário” (Provérbios 30, 8).
Meditando a primeira leitura da liturgia de hoje, que está no Livro dos Provérbios, ela nos conduz a buscar a sabedoria da vida. Primeiro, porque a Palavra de Deus comprovada é um escudo para quem nela se abriga; é a luz que conduz os nossos passos e se torna a proteção, o refúgio, a segurança daqueles que colocam no Senhor a sua confiança.
Essa mesma Palavra nos inspira a pedir duas coisas importantes para Deus. A primeira delas é: afastar o nosso coração da falsidade e da mentira. Ninguém suporta viver no mundo de falsidades, de enganos, de ilusões, do faz de conta, onde tudo parece bonitinho, bacaninha, legal, mas quando vai se ver, no fundo, é tudo falso.
Nós corremos o risco de, muitas vezes, viver de beijinhos e abraços – “Oi! Como vai? Tudo bem?” Mas, no fundo, odiando-nos e querendo mal a esse ou àquele; pois não há nenhuma relação de proximidade, não há nenhum bem querer. A falsidade e a mentira são tentações para toda a nossa vida, das quais nós devemos correr acima de tudo! É por isso que pedimos ao Senhor, hoje, que afaste o nosso coração de toda e qualquer falsidade e mentira, sejam elas pequenas ou grandes. Pois a mentira só coloca a nossa vida no abismo.
Depois, a segunda coisa nós pedimos ao Senhor é que Ele não nos conceda nem pobreza nem riqueza, mas nos conceda a justa medida. E aí está a sabedoria, porque se pedirmos a Deus a riqueza, correremos o risco de cair na vanglória, de ser muito saciados e nos sentirmos demasiadamente orgulhosos e soberbos. Que tentação terrível é a pessoa se achar o máximo, que tem tudo, que pode tudo! Por isso todos os excessos fazem mal!
O excesso no “ter” é chamado de: riqueza. Por isso, o homem sábio não pede riqueza para si, mas também não pede a pobreza. Traduzimos a pobreza aqui por: miséria; ninguém merece isso, nenhum filho de Deus a merece! Porque a pobreza e a miséria deixam, muitas vezes, o coração revoltado e indignado e podem levar a pessoa até a se revoltar contra Deus, contra o mundo e contra a sociedade.
A revolta não faz bem à nossa saúde e ao nosso coração, por isso hoje pedimos a Deus que nos dê a medida necessária, a justa medida; nem oito nem oitenta; nem riqueza nem pobreza, mas o suficiente, o necessário para termos uma vida justa e digna e não sermos pesados a ninguém.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 24/09/2014

Oração Final
Pai Santo, faze-nos lembrar sempre que somos operários da tua vinha e que o mérito de nossa obra – caso ele exista – é puro dom de tua Presença em nós. Que jamais nos vença a tentação do orgulho ou da vaidade. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/09/2013

Oração Final
Pai Santo, infunde em nós tamanha confiança em Ti que nos esqueçamos dos cuidados que a prudência humana aconselha: matula e bagagem para a viagem por este planeta-jardim que nos emprestas para ser cuidado, usufruído e partilhado. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/09/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a consciência de que a vida e a fé são os maiores dons que recebemos de tua Presença em nós. Queremos ser testemunhas agradecidas do Amor que nos dedicas e ser sinais e fontes irradiadoras da tua Misericórdia. Por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão, e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.

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