segunda-feira, 21 de agosto de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 22/08/2017

ANO A


Lc 1,26-38

Comentário do Evangelho

Maria é apresentada como aquela que recebeu o “favor de Deus”.

Esse relato do anúncio do mensageiro de Deus a Maria é parte dos relatos da infância (Lc 1–2). Lembremo-nos de que no evangelho de Mateus o anúncio é feito a José, em sonho (Mt 1,18-25). Esses relatos figuram entre os últimos relatos a serem escritos nos evangelhos; eles são fruto do amadurecimento da fé da Igreja que busca refletir, à luz da ressurreição do Senhor, o mistério da encarnação do Filho de Deus. A mensagem do anjo a Maria tem dois aspectos indissociáveis: um aspecto cristológico, a saber, a identidade de Jesus é dita em termos de sua descendência davídica e de sua função messiânica (cf. 2Sm 7,13-16); um segundo aspecto, é o que poderíamos chamar de mariológico, isto é, Maria é apresentada como aquela que recebeu o “favor de Deus”. Por “favor de Deus” entenda-se a sua eleição para gerar, segundo a carne, o Filho unigênito de Deus. A iniciativa de Deus na encarnação do Verbo conta com a colaboração do ser humano. Assim como a idade avançada de Zacarias e Isabel e a esterilidade de Isabel foram superadas na concepção de João Batista, do mesmo modo a virgindade de Maria não será impedimento para a realização do desígnio salvífico de Deus, pois para Deus “nada é impossível”.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, plenifica-me com tua graça, como fizeste com Maria, de forma que eu possa ser fiel como ela ao teu desígnio de salvação para a humanidade.
Fonte: Paulinas em 22/08/2014

Comentário do Evangelho

A serva do Senhor

Na anunciação do anjo, Maria apresenta-se como "a serva do Senhor". Deus se faz homem no seio de Maria para conviver com os homens e mulheres na simplicidade do dia a dia. Pela encarnação toda a humanidade é elevada à condição divina pela participação na humanidade de Jesus. A escolha de Maria para ser a mãe do Filho de Deus revela a subversão de valores no projeto de Deus de igualdade e fraternidade, com a valorização dos pequeninos e pobres. Maria e Jesus, esposa e filho do carpinteiro José, continuam presentes entre nós em toda sua simplicidade e com todo seu amor.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, plenifica-me com tua graça, como fizeste com Maria, de forma que eu possa ser fiel como ela ao teu desígnio de salvação para a humanidade.
Fonte: Paulinas em 22/08/2012

Vivendo a Palavra

Na humilde e honrada simplicidade da casinha de Nazaré, uma jovem é coroada Rainha pelo Arcanjo Gabriel: ele a declara cheia de graça. E o Senhor, que já habitava por seu Espírito no coração de Maria, começava a ser gerado em sua carne: ela concebeu do Espírito Santo. Ave, Maria!
Fonte: Arquidiocese BH em 22/08/2014

Vivendo a Palavra

Para homenagear Maria precisamos reaprender o conceito de Rainha. Não mais a mulher no comando de exércitos ou organizações estatais, mas aquela que mais pode porque melhor serve, a mais humilde e disponível, cheia de graça e vazia de orgulho. Cheia de amor e fonte de Esperança para a humanidade.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/08/2012

VIVENDO A PALAVRA

Ela se fez escrava do Senhor – e por isto nós a proclamamos Rainha. Que os títulos, mantos preciosos e coroas douradas que dedicamos a Maria não ofusquem o seu brilho verdadeiro que é a humildade, a generosidade no cuidado dos irmãos, a coragem de acolher e assumir a Vontade do Pai, mesmo sem compreendê-la.

Reflexão

Jesus se insere na história da humanidade e, ao fazê-lo, também passa a ter uma história. Ele é verdadeiramente homem e assume em tudo a condição humana, menos o pecado Ao comemorarmos a Imaculada Conceição da Virgem Maria, estamos comemorando um fato da história do próprio Cristo, pois a Imaculada Conceição de Maria está condicionada ao nascimento de Cristo, uma vez que Deus estava preparando o ventre digno de receber seu próprio Filho. Com isso, podemos perceber a ação do Deus que é Senhor da história e que, agindo na própria história da humanidade, conta com a colaboração de todos para a realização do seu plano.
Fonte: CNBB em 22/08/2014

Recadinho

Temos consciência de que os dons que Deus nos dá são para serem colocados a serviço? - Será que não corremos o risco de, às vezes, querer tirar vantagem em proveito próprio dos dons que Deus nos dá? - O que faz quando percebe um certo desânimo no servir? - Será que temos consciência de que nossa vida tem que ser portadora de paz? - Você tem coração agradecido para com aqueles que servem em sua comunidade? Colabora com eles?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 22/08/2014

Comentário do Evangelho

CONCEBIDA SEM PECADO

A festa da Imaculada Conceição leva-nos a pensar em Maria como a perfeita discípula que correspondeu plenamente aos anseios de Deus, movida pela graça. A fidelidade de Maria decorreu de um especial dom divino, o dom de nascer mais integrada do que nós, com mais capacidade de ser livre e de acolher a proposta divina.
O anjo Gabriel alude a este dom divino quando a saudou como “repleta de graça”. Toda envolvida pelo amor divino, Maria soube colocar-se, em total disponibilidade, nas mãos de Deus, para cumprir sua santa vontade: “Eis a serva do Senhor, faça-me em mim conforme a tua palavra”. Uma tal comunhão com Deus excluía qualquer traço de egoísmo e de pecado. Só a plenitude da graça permitiu-lhe ser totalmente despojada de si para cumprir o projeto de Deus. Daqui brota a fé de que Maria, mesmo antes de nascer, foi preservada do pecado.
A condição de agraciada por Deus não a eximiu do esforço de ser peregrina na fé, necessitada de crescer e de aprender, como acontece com todo ser humano. Sua originalidade consistiu em ter trilhado um caminho sempre positivo, sem fazer concessões às paixões desordenadas, ou ao próprio querer. A grandeza de seu testemunho de fé expressou-se na humildade com que o viveu, num contínuo esforço de discernir a vontade de Deus e em ser solícita em cumpri-la.
Oração
Pai, dá-me a graça de ser fiel a ti, como Maria, a perfeita discípula que soube discernir a tua santa vontade, e se mostrar solícita em realizá-la.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que fizestes a mãe do vosso filho nossa mãe e rainha, dai-nos, por sua intercessão, alcançar o reino do céu e a glória prometida aos vossos filhos e filhas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 22/08/2014

Meditando o evangelho

SUPERANDO O PECADO ORIGINAL

A celebração da Imaculada Conceição de Maria leva-nos reconhecer a possibilidade de superar a marca do pecado, que acompanha a história da humanidade. É possível considerar isso como uma forma de reversão da história: finalmente, alguém viu-se totalmente livre da tirania do pecado.
A experiência de Maria é melhor entendida, se a confrontamos com a de Eva. A primeira mulher, criada para a plena comunhão com Deus, deixou-se envolver pela força dos instintos, a ponto de romper com o Criador. Maria, a mãe do Redentor, mostrou-se tão radicalmente fiel a Deus, a ponto de não ser contaminada pelo pecado. Aquela foi a "mãe de todos os viventes", que contaminara, com sua infidelidade e pecado, todas as gerações humanas. Aquela que traria em seu ventre o Salvador, ao invés, por sua fidelidade transformou-se em fonte de bênção para a humanidade que seria redimida por seu Filho. Enquanto Eva representa a humanidade que passa da graça ao pecado, Maria, pelo contrário, aponta para a humanidade que supera o pecado, e se volta totalmente para a graça de Deus.
Quando o anjo chamou Maria de "cheia de graça", estava indicando a profundidade do enraizamento da graça no coração dela. Com isto, apresentava-a como exemplo de humanidade salva por Jesus: o ser humano como saíra das mãos do Criador.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito de perfeita santidade, como Maria, plenifica com a graça de Deus o meu coração, de forma a não sobrar espaço para o egoísmo e o pecado.

HOMILIA

MARIA, SERVA DO SENHOR

Antes de pronunciar essas palavras Maria se chamara «a escrava do Senhor». Esta é a definição que Maria tem de si mesmo. No mesmo evangelho chamam-na os homens de Maria, Deus a conhece com o nome de cheia de graça e, finalmente, o nome que ela escolhe para si: escrava do Senhor.
A situação constituinte da vocação é oferta por Deus, mas ao mesmo tempo tem que se transformar em escolha pessoal, íntima, refletida. Quando alguém elege a disponibilidade para o serviço do Senhor tem que saber-se escravo, isto é, entrar no grupo dos anawins do Antigo Testamento, pertencer somente ao Senhor e d’Ele receber tudo. Quem deseja colocar-se a serviço de Deus tem que deixar que Deus o experimente: prepara o teu coração para a prova, sofre as demoras de Deus (cf. Eclo 2). O escravo não tem vontade própria, não escolhe trabalho, não pode ir atrás de seus gostos. Simplesmente deixa fazer. Por isso mesmo se vê a coerência do sentido que Maria tem de sua vocação quando, ao abandonar-se em escravidão ao plano misterioso de Deus, diz «faça-se em mim segundo a tua palavra». Maria, a serva do Senhor, aceita plenamente a sua Palavra, cooperando ativamente e de modo imediato à obra de Deus que o anjo anunciava. Dá um sim livre e consciente à concepção humana do Filho de Deus e vive, desse modo, aquele abandono grandioso que a fé pede.
Nela se cumpre fisicamente a Palavra de Deus. Torna-se, de agora em diante, portadora da Boa-Nova da salvação que Deus havia escondido no seu coração e que, agora, chegada a plenitude dos tempos, revelava através da humilde serva do Senhor.
Acolher a Palavra no coração e na vida: eis a grande lição que aprendemos do chamado de Maria. Gerou durante toda a sua vida a Palavra no seu coração e, por graça e eleição divinas, tornou-se sua Mãe.
Não é essa também a nossa missão? Não nos diz Jesus que temos que tornar-nos seus parentes quando diz que mãe e irmãos seus são aqueles que fazem a vontade do Pai que está nos céus? (cf. Mc 3,34). Desse modo, todo aquele que se torna imitador de Maria, buscando em tudo a vontade de Deus, conseqüentemente possui uma proximidade muito grande de Jesus. A tal ponto isso é verdade que Jesus os identifica como parentes muito próximos: mãe e irmãos seus. Jesus se compreende como aquele que faz em tudo a vontade do Pai: esse é o seu maior desejo (cf. Hb 10,7).
Assim, aprendemos com a Virgem Maria que a realização daquele que recebeu um chamado não tem nada a ver com compensações egoístas, mas é um verdadeiro lançar-se integralmente na busca da realização do querer divino. Pode-se dizer que é um verdadeiro e próprio casamento, uma aliança para realizar a Palavra divina que é-nos enviada para que Deus, através da nossa humilde colaboração, realize o seu desejo de salvação.
Ó humilde serva do Senhor, faze com que eu encontre na disponibilidade absoluta a Deus o verdadeiro sentido da minha vida e razão única de tudo aquilo que fizer de grande ou de pequeno nesse mundo.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 07/10/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

Peçamos a Deus um coração obediente como o de Maria

Postado por: homilia
agosto 22nd, 2012

Aos pastores que guardavam os rebanhos de seu patrão é anunciado o nascimento de Jesus. Eles vão às pressas ao encontro do recém-nascido. Lucas, com suas narrativas da infância de João Batista e de Jesus, no início de seu Evangelho, já apresenta um de seus temas fundamentais: em Jesus, Deus se revela como o Deus dos pobres, fracos e excluídos.
Pois a escolha de Maria – uma jovem da periferia da Galileia – para ser a mãe de Jesus, Filho de Deus, nos revela que o projeto de Deus difere dos projetos humanos.
O poder e o prestígio tão ansiosamente buscados nada significam para Deus. Maria viveu a humildade e o serviço e, nisto, identifica-se com seu filho Jesus. O título de “rainha” aplicado a Maria não indica poder e superioridade, mas sim amor que se doa, cativa e se comunica. Maria está presente em nossos lares, nas alegrias e nos sofrimentos, nos confortando como mãe e companheira de caminhada no seguimento de Jesus.
Seu amor misericordioso é universal e a fonte da paz a ser consolidada pelos laços de fraternidade e justiça entre todos, homens e mulheres.
Unindo o Filho que se encarna e a Mãe que O acolhe, aparece misteriosamente a obediência, o “sim” de total disponibilidade ao Pai. O “sim” eterno do Filho, que ecoa no tempo através do “sim” da Virgem Maria. Assim, aparece o quanto a salvação do mundo e da humanidade manifesta-se na atitude de obediência, o contrário da atitude do pecado original: a humanidade voltará pela obediência Àquele de quem se afastou pela covardia da desobediência. O Criador e a criatura, de modo admirável e incompreensível, comungam nessa obediência ao plano amoroso de salvação.
Somos convidados a contemplar a atitude crente, madura e disponível de Nossa Senhora: crente porque se confia totalmente ao Senhor, como Abraão, que partiu sem saber para onde ia (cf. Hb 12,8). Casamento, futuro, filhos… Tudo isso a Virgem Mãe deixou nas mãos de Deus, sem pedir explicações, sem pedir provas, sem pedir garantias. Atitude madura porque humildemente procurou compreender – o quanto possível – o plano de Deus a seu respeito para melhor aderir a ele.
Atitude disponível pela sua insuperável resposta ao convite do Senhor: “Eis a Serva!” – Não se pertence a si própria, não considera sua vida e seu destino a partir de seus interesses e projetos; ela se confia total e absolutamente ao seu Senhor e Deus.
Concluindo, diremos que a Anunciação do Anjo mostra a dinâmica da fé e de Maria: sendo virgem, descobre-se grávida; perturba-se e tem medo; descobre a mão de Deus ao Espírito Santo; toma consciência que o que cresce em seu seio é Divino; não duvida desta iluminação interior; apenas pergunta como se fará isso. Aceita realidades que não se veem. Ela creu, pois para Deus nada é impossível.
A fé consiste exatamente nisso: “a fé é a antecipação das coisas que se esperam, a prova das realidades que não se veem”. (Hb 11,1). Com Maria digamos “sim” à voz de Deus, pois Jesus quer continuar nascendo em mim e em você todos os dias.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 22/08/2012

HOMÍLIA DIÁRIA

Seremos coroados pelas virtudes que praticamos

Olhemos para Maria, e ao ver a mulher virtuosa que ela foi, aprendamos com ela a viver as virtudes para um dia também sermos coroados por Deus!
“Maria, então, disse: ‘Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!’” (Lucas 1, 38).
Nós hoje celebramos Nossa Senhora Rainha ou a coroação de Nossa Senhora como rainha do céu e da terra. A Virgem Maria não se tornou rainha por um título ou pela majestade assumida como herança ou por algo herdado. Ela se tornou rainha porque primeiramente se tornou serva do Senhor Nosso Deus; servindo a Deus com sua vida, com sua entrega, com a disposição do seu ser, do seu corpo, da sua alma e do seu espírito.
É isso que nos faz ser coroados por Deus quando temos disposição de servir. A lógica do mundo é outra: um rei tem à sua inteira disposição servos que estão ali para trabalhar por ele. No Reino de Deus aquele que é rei é primeiro servo, aquele que está à frente é quem serve a todos. Por isso que a primeira coisa que Maria diz de si é que ela é escrava do Senhor e se coloca à inteira disposição para o serviço de Deus.
Meus irmãos e minhas irmãs, nós hoje queremos olhar para a Bem-aventurada e sempre Virgem Maria e reconhecer seus méritos, reconhecer suas virtudes, sua bem-aventurança e a grandeza de Deus em sua vida. E pedir a ela que nos ensine a ser servos do Senhor para também servirmos a Deus com a nossa vida e com aquilo que fazemos para que um dia possamos também com ela triunfar no céu.
Pedimos, hoje, a intercessão da Virgem Maria, reconhecendo nela, em sua cabeça, que a sua coroa não é humana, de ouro ou de prata, mas é a coroa das suas virtudes: a simplicidade, a humildade, a paciência, a disposição; tudo aquilo que foram suas virtudes se tornou coroa.
Se um dia quisermos receber a coroa da vida, seremos coroados pelas virtudes que praticamos! Olhemos para Maria, e vendo a mulher virtuosa que ela foi, aprendamos com ela a viver as virtudes para um dia sermos coroados pelo Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 22/08/2015

Oração Final
Pai Santo, que Maria, com o seu exemplo de vida, nos ensine que podemos ser humildes, simples e puros de coração, sem sermos fracos medrosos ou covardes. Que as nossas relações com o próximo sejam gentis e delicadas, mas o testemunho de fé seja firme e corajoso. Pelo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/08/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos uma Fé como a de Maria. Faze-nos seguidores do seu exemplo de humildade e entrega absoluta nas mãos de tua Divina Providência. E, a exemplo de Maria, nós vivamos confiantes no teu Amor Paternal, nós pedimos por Jesus de Nazaré, filho de Maria, o teu Ungido que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.

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