domingo, 13 de agosto de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/08/2017

ANO A


Mt 14,22-33

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Nossa fé tem por objetivo central uma Pessoa antes que algumas verdades ou dogmas; e esta Pessoa é Cristo: o único que não falha. Jesus, o Filho de Deus, é mais que uma ideia abstrata, mais que uma figura histórica do passado. É o Deus vivo e nosso amigo, o Deus presente e atual vivendo entre nós que nos reunimos no seu nome, salvando o mundo que Deus ama, libertando o ser humano do medo que o escraviza, e guiando com seu Espírito a comunidade de fé, culto e vida que é a Igreja, seu Povo. Hoje, comemoramos o dia dos pais e, abrimos a Semana Nacional da Família, com o tema: “Família, uma luz para a vida em sociedade”. Que nossos pais e nossas famílias apoiem-se sempre mais na bondade e no amor de Deus em todas as horas.
(Semana de oração pela vida em família com atenção especial aos pais.)

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, celebrando o Dia do Senhor, enquanto navegamos no mar da vida, agitado pelas forças do mal presentes no mundo, o Senhor Jesus vem ao nosso encontro e em nosso socorro para nos encorajar a enfrentar as tempestades que nos ameaçam. Como Pedro, nos disponhamos a ir também ao encontro do Senhor. Com o olhar fixo em Jesus, caminhemos sobre as águas do mar da vida. Entreguemos nas mãos do Senhor a vida de nossos pais, vivos e falecidos. Que o Senhor que lhes concedeu esta vocação divina, os cubra com sua bênção.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Deus vem ao encontro do homem especialmente nos momentos de necessidade, quando ele o invoca com fé. O Deus dos profetas e de Jesus é aquele que toma a defesa dos pobres e dos fracos, e decepciona as esperanças dos que querem se servir de seu poder. Ele não está nos fenômenos naturais grandiosos e violentos: vento, terremoto, fogo; mas no sopro leve da brisa, como que significando a espiritualidade e a intimidade das manifestações de Deus ao homem.

Comentário do Evangelho

A travessia

A primeira leitura, assim como o evangelho, fala de uma travessia. No caso de Elias, é uma travessia pelo deserto. Os discípulos de Jesus fazem a travessia para a outra margem do Mar da Galileia, depois do episódio dos pães. Jesus, a sós, vai à montanha para rezar. Uma e outra travessia são símbolos da vida cotidiana em que se dá o encontro com Deus. É o tempo em que Deus se aproxima do homem, como se aproximou de Elias e dos discípulos, para revelar quem Ele é e quem é o homem.
Elias atravessa o deserto fugindo da perseguição de Jezabel, mulher do rei Acab, que pretendia matá-lo, pois Elias havia degolado quatrocentos profetas de Baal que estavam a serviço da rainha. No meio da travessia do deserto, Elias pede a Deus a morte; deita-se, à sombra de um junípero, entregue às próprias forças. Misteriosamente, aparece, ali, a comida que ele precisa para continuar o seu caminho até o Monte de Deus. Lá chegando, refugiou-se numa gruta. Avisado que Deus iria passar, se pôs à entrada da gruta e experimentou a presença de Deus não como um vento impetuoso nem como um terremoto, mas como uma brisa suave. Isso foi para Elias uma lição: O Deus de Israel não é um Deus que promove a vingança, nem tampouco o ódio. O Deus que se revela sobre o Monte é um Deus misericordioso, compassivo, bondoso, suave como a brisa da tarde.
A travessia dos discípulos para a outra margem acontece depois do episódio dos pães. O lago de Genesaré é, para o nosso texto de hoje, símbolo da vida cotidiana. Na travessia, o barco é agitado pelas ondas, pois o vento era contrário. O mar é, ainda, para a mentalidade do homem bíblico, símbolo do mal e da morte. O mal agita e ameaça a vida humana e a Igreja. Ao longe, o Senhor vê o sofrimento dos discípulos (cf. Ex 3,7ss) e sai em socorro dos seus caminhando sobre as águas. Gesto simbólico que manifesta a divindade de Jesus. No Antigo Testamento é Deus quem domina a fúria do vento e do mar (cf. Sl 89,10). O medo, a escuridão da noite fazem os discípulos confundirem Jesus com um fantasma. Mesmo diante da palavra de Jesus, “sou eu”, Pedro o desafia. À palavra de Jesus ele sai do barco e caminha sobre a água, mas duvida e começa a afundar. O Senhor, no entanto, o resgata. O que faz Pedro afundar é o medo, a dúvida, a falta de confiança no Senhor. Mergulhado na sua fraqueza, em razão da sua incredulidade, Pedro irá experimentar a força do braço do Senhor que o arrancou do poder do mal e da morte.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu saiba transformar minhas quedas e fracassos em ocasião para crescer na fé em Jesus, e para reforçar a disposição de deixar-me guiar pela palavra dele.
Fonte: Paulinas em 10/08/2014

VIVENDO A PALAVRA

O Evangelho diz que ‘Jesus subiu sozinho ao monte, para rezar. Ao anoitecer, continuava aí sozinho.’ A fé celebrada em comunidade é importante, sem dúvida, mas o encontro com o Senhor no silêncio da nossa casa interior é alimento essencial para a nossa perseverança na caminhada de volta à Casa do Pai.

Recadinho

Você acha que Deus exige muito de você? - Você consegue se isolar de vez em quando para rezar? - Há muitas tempestades em sua vida? - Você tem muito medo? Dê algum exemplo. - Você se fortalece na oração?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 10/08/2014

Meditando o evangelho

UMA CHANCE PARA CRESCER

O apóstolo Pedro teve uma chance para crescer, quando fez a experiência de fracassar na fé. Foi ele quem colocou em dúvida a presença do Mestre, que estava encorajando o grupo de discípulos colhidos por uma tempestade numa travessia do mar da Galiléia. Jesus acolheu o pedido de Pedro, ordenando-lhe que fosse até ele, caminhando sobre as águas.
Pedro, descendo da barca, pôs-se a caminhar na direção do Mestre. Mas a violência do vento fê-lo entrar em pânico, e começar a afundar. Sua fé fraquejou. E ele suplicou ao Senhor para salvá-lo, sendo prontamente ajudado.
A fé do discípulo entrou em crise num momento de tribulação. A presença do Senhor passou a significar pouca coisa para ele. Pode ser que estivesse confiado em sua capacidade pessoal de enfrentar as provações. Por isso, acabou por ser vencido. Foi preciso agarrar-se nas mãos de Jesus para não ser tragado pelas ondas.
A iminência do fracasso exigiu de Pedro um reforço em sua fé em Jesus, reconhecendo-o como Filho de Deus. Sendo assim, não havia motivo para duvidar da palavra do Mestre. Cabia-lhe deixar-se guiar por ela, sem hesitar, sobretudo, nos momentos de tempestade, quando parece que tudo está perdido.
Sua fé em Jesus teve chance de crescer.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que eu saiba transformar minhas quedas e fracassos em ocasião para crescer na fé em Jesus, e para reforçar a disposição de deixar-me guiar pela palavra dele.

REFLEXÕES DE HOJE


13 DE AGOSTO-DOMINGO

VEJA AQUI MAIS HOMILIAS DESTE DOMINGO
http://homiliadominical2.blogspot.com.br/


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Fé e Ação tem que estar em sintonia, senão...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O apóstolo São Pedro sempre falava em nome do grupo, às vezes dava testemunhos belíssimos, outras vezes enfiava os pés pelas mãos. Nesse evangelho, mais uma vez Pedro é censurado por Jesus, pela sua pouca Fé.
Lembrei-me da minha infância, quando certa vez brincávamos de circo e eu cismei de equilibrar-me em uma corda grossa, atravessando de uma árvore a outra, claro que levei um tombaço e passei alguns dias com dor intensa em uma das pernas, mas por causa do medo, preferi nada dizer a meus pais.
Mas alguém da nossa turma tinha essa habilidade, e depois ele nos disse que aprendera com um artista de circo de verdade, “O Segredo é você olhar à frente e não para baixo onde está o perigo”. Pedro não se equilibrava sobre uma corda, mas andava sobre as águas, o que é humanamente impossível...
Enquanto Pedro olhava á frente, onde estava Jesus, caminhava, mas quando prestou mais atenção na ventania, daí começou a afundar. Eu acho que Pedro, sendo pescador, sabia nadar, mas o pavor era tanto que estava paralisado e não conseguia reagir.
Na vida em comunidade é exatamente assim: quando caminhamos olhando o Ressuscitado que vai á nossa frente, orientando-nos e incentivando “Vamos, caminha, não desanime, você vai conseguir, eu estou com você...” caminhamos porque cremos Nele, caminhamos porque Ele está á nossa frente, ensinando a rota, apontando-nos a meta, corrigindo-nos quando saímos fora do percurso, vejam bem que os ventos contrários não param de soprar, as Forças do Mal nunca deixarão de investir sobre a comunidade, mas com os olhos fixos em Jesus a gente vai caminhando.
Quando porém, por alguma razão desviamos nossa atenção de Jesus e perdemos o foco do nosso cristianismo, imediatamente sentimos a força do mal tentando nos destruir e virar o barco da nossa comunidade.
Isso ocorre quando achamos que certas situações que enfrentamos hoje, não têm mais jeito de se mudar, tem gente que não acredita que a Família tem jeito, tem gente achando que a juventude não têm mais jeito, tem gente achando que nem a Igreja tem mais jeito, e assim vai a esteira de pessimismo e lamentação: Vida conjugal, casamento, política, economia, está tudo irremediavelmente perdido, o Domínio da Força do Mal é uma triste realidade, não vamos conseguir reverter esse “jogo”, mas vamos continuar combatendo, só para cumprir tabela, mas o mundo não tem mais jeito não... Nossos vícios e fraquezas, aqueles pecados que vira e mexe cometemos, achamos que é mais forte que nós!
Quando esse pensamento nos domina, então começamos afundar, como Pedro, e quando achamos que a Vaca já vai indo realmente para o Brejo, clamamos por Jesus, sua mão forte, generosa, cheia de ternura, nos segura firmemente e nos arranca das Forças do Mal, quando damos por nós, estamos novamente a caminho, buscando a Santidade, lutando prá valer, combatendo o bom combate. Onde arranjamos força? No Cristo Jesus, na Eucaristia que nos abastece, na Palavra que nos liberta e nos encoraja.
Comunidade é o lugar do desafio, mas também é o lugar onde, na travessia dessa Vida, temos o Senhor junto a nós, e de joelhos dobrados o adoramos, Ele é o nosso Senhor, nosso Deus, aquele que nos conduzirá ao Porto Seguro da Vida Eterna, e os ventos contrários terão de se dobrar diante Dele... Afinal, o Mal não tem nenhuma chance contra a Igreja de Cristo, e se alguém estiver em dúvida, devemos lembrar que a Igreja de Cristo, Una, Santa Católica, já está no Terceiro Milênio de sua História. Cadê os Reinos e Impérios que investiram contra ela? Não vejo ninguém...
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Coragem! Sou Eu. Não tenhais medo!
(O comentário do Evangelho aEste é o meu filho amado, escutai-o!baixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Depois do Sermão das Parábolas do Reino dos Céus, o evangelista São Mateus, entre outras coisas, nos conta como Jesus andou sobre as águas e permitiu a Pedro que andasse também. Mas veio o vento e com ele o temor, e com o temor a fé naufragou. O vento também soprou no monte Horeb onde estava o profeta Elias. O profeta Elias chega ao monte Horeb e passa a noite numa gruta. Recebe a ordem de sair da gruta porque o Senhor vai passar. Vem um vento tempestuoso, vem um terremoto, vem fogo e vem, por fim, o murmúrio de uma leve brisa. Então o profeta sai da gruta e cobre o rosto com um manto. O Senhor estava passando. Depois da multiplicação dos pães, os discípulos atravessam para o outro lado do mar. Jesus despede o povo, fica sozinho e sobe a um monte para rezar, como Elias que subiu ao monte Horeb.
A barca dos discípulos, no meio do mar, passava por uma forte tempestade de vento. Bem de madrugada, Jesus vai ao encontro deles andando sobre as águas. Os discípulos ficam com medo, mas ouvem de Jesus: “Coragem. Sou eu. Não tenham medo!” Pedro quer uma prova e pede para andar sobre as águas. Jesus o chama, mas ele começa a afundar quando sente o vento. Naquele momento Pedro duvidou. Não duvidou que Jesus estivesse lá, porque gritou: “Senhor, salva-me!”. Começou a duvidar do que ele mesmo estava fazendo. Estava andando sobre as águas e o vento o assustou. Quando o vento se acalmou, todos disseram: “O Senhor é mesmo o Filho de Deus!”. O Senhor está bem perto. Posso não vê-lo, mas eu o sinto como se sente uma brisa suave. Se ele está presente, a verdade e o amor se encontram, a justiça e a paz se abraçam.
A barca de Pedro navega no meio do vento impetuoso. Dificuldades, contradições, medos a assaltam por toda parte. Fica, porém, um convite: subir ao alto da montanha, descortinar o horizonte, distanciar-se para ver melhor, sair da agitação e esperar a brisa suave, entrar no silêncio de Deus para poder ouvir “Coragem, sou eu. Não tenham medo!”. E no fim, dizer: “O Senhor é mesmo o Filho de Deus!”. Paulo sentiu “grande tristeza e grande dor” porque seu povo não aceitou Jesus como o Messias esperado. Nem por isso ele deixou de ver a filiação adotiva, a glória, as alianças, as leis, o culto, as promessas, os patriarcas e o próprio Jesus vinculados à história do povo de Israel.
Não deixe que o vento impetuoso carregue sua esperança e empane sua visão. Sinta a suavidade da brisa e perceba que o Senhor está perto. Se for preciso, suba à montanha e “ore a sós”. Oremos também com Paulo pelo povo da primeira Aliança, para que continue fiel à Aliança com o Deus de seus pais. Dele descende Cristo que para nós está acima de tudo e é Deus bendito para sempre. Em sua raiz fomos enxertados, não para substituir, mas para continuar a missão dada a Abraão de ser uma bênção para todas as nações. Paulo gostaria que seus irmãos experimentassem o que ele experimentou no caminho de Damasco.

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós sabemos que Tu nos esperas sempre para o encontro no silêncio do nosso coração. Dá-nos sabedoria e força, Senhor, para que jamais faltemos a esse encontro. E que estejamos presentes neles inteiros, sem a fragmentação que as seduções do mundo nos causam. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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