segunda-feira, 31 de julho de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 01/08/2017

ANO A


Mt 13,36-43

Comentário do Evangelho

Em Cristo, o mal é vencido

À parte, em casa, os discípulos pedem uma explicação da parábola do joio (vv. 24-30). Trata-se de uma aplicação posterior da parábola que anteriormente explicamos.
É bastante provável que a explicação da parábola não remonte a Jesus, mas às necessidades da pregação cristã posterior.
Jesus explicita um a um os termos da parábola (vv. 37-39). Apoiado por imagens de Sofonias 1,3 e de Daniel 12,3, Jesus compara a colheita ao juízo final (vv. 40-42). O versículo final afirma que o mal não triunfará: “Os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai” (v. 43).
É preciso tirar para vida cristã a conclusão e as consequências desta afirmação. Para os cristãos perseguidos e ameaçados por causa de sua fé, é preciso manter viva a esperança de que, em Cristo, o mal já foi vencido, por isso não há o que temer, por que ele mesmo nos faz participantes de sua vitória sobre o mal e a morte.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que as pressões dos filhos do Maligno jamais sejam suficientemente fortes para me levar a renunciar à minha condição de filho do Reino. Quero estar sempre a teu serviço.
Fonte: Paulinas em 30/07/2013

Comentário do Evangelho

O sentido das parábolas.

Na sua coleção de sete parábolas, reunidas no capítulo 13 de seu evangelho, Mateus apresenta a parábola do joio semeado entre o trigo. A seguir, no texto de evangelho de hoje, ele apresenta a sua explicação, como já havia feito para a parábola das sementes lançadas em diferentes tipos de terreno (cf. Mt 13,18-23). A explicação é feita de modo alegórico, isto é, a cada imagem da parábola é dada uma interpretação.
Nesta interpretação alegórica de Mateus, a parábola tem um sentido escatológico, de julgamento no fim dos tempos com a trágica condenação dos que praticam o mal e a salvação dos justos. O dualismo discriminatório na parábola e as imagens cruéis deste julgamento são muito características de Mateus, com o que fica obscurecida a mensagem e o testemunho de amor e misericórdia de Jesus.
Contudo, na parábola podemos encontrar um sentido atual, na medida em que remove as pretensões de se julgar e condenar alguém.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que as pressões dos filhos do Maligno jamais sejam suficientemente fortes para me levar a renunciar à minha condição de filho do Reino. Quero estar sempre a teu serviço.
Fonte: Paulinas em 31/07/2012

Vivendo a Palavra

Não poucas vezes nós sentimos a tentação de arrancar o joio antes do tempo. Diante dos acontecimentos do mundo, em que vemos irmãos maltratando e até matando irmãos, temos o desejo de fazer justiça com as próprias mãos. Lembremos do Evangelho, que nos ensina a aguardar o tempo da colheita. Mais do que justo, nosso Pai é misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/07/2013

Vivendo a Palavra

Em casa, Jesus explica uma parábola aos seus discípulos mais chegados. Mas isto não fecha portas e nem impede que permaneça o convite para o mergulho pessoal nas águas profundas do texto. Convite que está feito a cada um de nós, discípulos missionários do Reino de Deus deste tempo que chamamos hoje.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/07/2012

VIVENDO A PALAVRA

Não invejemos os discípulos, pois nós também podemos gozar da intimidade do Mestre. Basta-nos convidá-lo para a nossa casa, nosso coração, para escutar a doçura de suas palavras, o incentivo dos seus conselhos, e procurarmos seguir o exemplo de sua vida. Para isto o Pai nos deu os ‘quarenta’ anos de nossa vida.

Reflexão

Jesus contou a parábola do trigo e do joio para toda a multidão, mas depois, os discípulos o procuram para uma maior compreensão da parábola. Assim, existem aquelas pessoas que apenas ouvem o que Jesus tem a dizer e se dão por satisfeitas, porém, existem aquelas pessoas que querem sabem mais, querem aprofundar a fé. Existem as pessoas que não valorizam plenamente a fé, então aprendem o mínimo e se dão por satisfeitas. Para quem quer verdadeiramente ser discípulo de Jesus, sempre há oportunidade para ir além no conhecimento das verdades da fé com a finalidade de agir melhor segundo os critérios do Evangelho.
Fonte: CNBB em 30/07/2013

Meditação

Deus é infinitamente paciente! E eu? Procuro praticar a paciência? - Procuro ser trigo ou... sou uma verdadeira “cizânia” no mundo? - Há “cizânias” entre os que convivem comigo? - Há muito “trigo” também? - Contribuo para que meus irmãos sejam “trigo” no grande campo de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 30/07/2013

Meditando o evangelho

FILHOS DO REINO – FILHOS DO MALIGNO

A parábola do joio e do trigo soou misteriosa aos ouvidos dos discípulos. Foi preciso que, a sós, Jesus os ajudasse a compreender o significado do ensinamento nela contido. A explicação que lhes foi oferecida corresponde a uma espécie de vocabulário onde cada elemento é interpretado.
Um aspecto importante da explanação de Jesus consiste em estabelecer a nítida distinção entre os filhos do Reino e os filhos do Maligno. Os filhos do Reino são os que acolhem a Palavra de Deus e, embora pressionados pelos inimigos, mantêm-se fiéis, pautando sua vida pela vontade de Deus. A perseverança é conseguida, a duras penas, com a força do Espírito. Eles conhecem bem o preço da fidelidade!
Já os filhos do Maligno são os que, fechando os ouvidos para Jesus, seguem os impulsos das próprias paixões ou se deixam levar por quem está na contramão de Deus. Sua malignidade manifesta-se de muitas formas, entre elas, no combate sem descanso aos que optaram pelo Reino de Deus.
O drama é que nem sempre podemos identificar, à primeira vista, quem é filho do Reino e quem é filho do Maligno. As aparências enganam! Existem lobos travestidos de cordeiros. Nem sempre é fácil de desmascará-los.
A parábola aconselha-nos a esperar o final dos tempos, quando ficará patente quem está a serviço do bem e quem está a serviço do mal.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que as pressões dos filhos do Maligno jamais sejam suficientemente fortes para me levar a renunciar à minha condição de filho do Reino. Quero estar sempre a teu serviço.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Casa, lugar do conhecimento
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A palavra “Casa” que aparece no início do evangelho, não é apenas um advérbio de lugar, mas é uma referência importante tratando-se de um lugar especial onde os discípulos estão sequiosos por um conhecimento mais aprofundado da Palavra anunciada por Jesus, que agora, deixando de lado a linguagem comparativa das parábolas, fala as claras sobre o significado do ensinamento, poderíamos dizer que, depois de dar “mingau” ou “papinha” a multidão, vai dar aos seus discípulos um alimento mais sólido.
A nossa Igreja só recentemente é que vem valorizando a formação dos leigos, em cursos organizados pela arquidiocese, ou nas próprias paróquias, e assim, comunidade é essa “Casa” onde na nossa experiência com o Senhor, vamos aprofundando o seu ensinamento nas verdades reveladas por Deus. Comunidade não deve ser só o lugar do SENTIR, mas também do PENSAR, para que se tenha o discernimento mais preciso sobre o Reino de Deus, que em forma de semente foi plantado por Jesus no coração do homem.
Quando não se aprofunda esse rico ensinamento, e se prefere ficar só na “papinha ou mingau”, a nossa Fé não é tão consistente e acabamos confundindo joio com o trigo e este Jôio, plantado em nós pelo Malígno, nos desfigura totalmente, tornando-nos imagem do Malígno e não de Deus e quanto menos conhecimento tem,os da palavra, mais vamos perdendo a capacidade de discernir, e mais vamos cultivando o joio em nosso coração, confundindo-o com o trigo.
Daí que um belo dia seremos surpreendidos, no dia da colheita, quando o Senhor mandar recolher o trigo em seus celeiros, quando descobrirmos que perdemos tempo em nossa vida, cultivando joio, iremos então sentir um ódio mortal por termos sido enganados pelo Mal, mas aí será muito tarde e só nos restará remoer o nosso ódio, com um choro amargo e o ranger de dentes.
Que tal começar agora, a fazer uma limpeza no jardinzinho do nosso coração, arrancando sem piedade o joio, e cultivando com alegrias o trigo bom? Para isso é preciso buscar o conhecimento da Palavra, nessa casa que é a nossa comunidade, onde o Senhor nos fala direto ao coração.

2. EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Os discípulos não compreenderam a parábola do joio e do trigo. Sendo assim, como acontecera com a parábola do semeador, Jesus percebeu ser necessário dar-lhes uma explicação. E o fez, identificando cada elemento da parábola, a partir do horizonte religioso dos discípulos.
A perspectiva escatológica é patente na interpretação de Jesus. Ou seja, decifra-se o sentido da parábola, a partir do fim do mundo. Só então não haverá dúvida de quem, ao longo da vida, comportou-se como filho do Reino, identificado com o trigo, e quem se comportou como filho do Maligno, identificado com o joio. A diversidade de filiação depende do direcionamento do coração humano. Quem dirigiu seu coração para Jesus e permitiu que a semente plantada por ele produzisse frutos de amor e justiça, haverá de brilhar como Sol, junto do Pai. Quem, pelo contrário, optou por abrir o coração ao demônio e deixá-lo plantar aí sua semente e, por conseguinte, entregou-se a uma vida de escândalos e iniqüidades, pode contar com a condenação.
A parábola visava alertar os discípulos. Nada impedia que o demônio lançasse sua semente também em seus corações, desviando-os do caminho do amor e lançando-os nas sendas da injustiça. Se fossem suficientemente inteligentes, não teriam dificuldade em reconhecer para onde estavam caminhando.
Oração
Senhor Jesus, dá-me inteligência para reconhecer e repelir a ação do maligno, como também para acolher, com amor, a boa semente que queres plantar em meu coração.
Fonte: NPD Brasil em 30/07/2013

HOMÍLIA DIÁRIA

Evitemos o mal da fofoca

A primeira coisa a ser evitada é o mal da fofoca. Não fale daquilo que você não sabe. Não diga daquilo que você não tenha a certeza.
Jesus, hoje, veio explicar para nós a maravilha que é a parábola do joio. E o próprio Senhor mostra para nós que a boa semente é Ele mesmo. O campo é o mundo onde nós vivemos. A boa semente, o trigo, são os que pertencem ao Reino. E o joio são aqueles que pertencem ao Maligno.
Mas o inimigo, aquele que semeia o joio, a coisa ruim, esse é o diabo. E a colheita onde vai se separar o joio do trigo será o fim dos tempos.
Mas deixa eu dizer uma coisa a você: quem semeia o joio é o Maligno, e nós não podemos compartilhar da sua ação, das suas maldades, das coisas ruins que ele faz na vida das pessoas.
E você sabe o quanto o joio nos atrapalha. E mais do que isso: o quanto o joio nos destrói! O joio que o Maligno semeia em nosso meio são as intrigas, as fofocas, as divisões, as mentiras. E as consequências depois serão desastrosas. Nós já fomos vítimas, e percebemos o quanto as pessoas também são vítimas da ação do Maligno, porque ele veio – e está agindo – para separar, dividir, corroer e destruir aquilo que a boa semente, que a Palavra de Deus, faz em nossa vida.
A bondade de Deus que existe no mundo, o joio muitas vezes – quando não é combatido – entra com força e faz a sua obra.
Quero chamar a sua atenção para que eu e você não sejamos objetos do mal, não sejamos usados para semear primeiramente a discórdia.
Então, a primeira coisa a ser evitada é o mal da fofoca. Não fale daquilo que você não sabe. Não diga daquilo que você não tenha a certeza. E mesmo que você saiba, que tenha a certeza, não fale se isso não fará bem.
Muito cuidado com essas falsas pretensões de querer ajudar mas, no fundo, nós estamos semeando o mal e a discórdia em nosso meio. Não sejamos instrumentos do mal. Sejamos o bom trigo do Coração de Jesus.
Que Deus abençoe você.
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 30/07/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que nos deste o presente maior – o Filho Unigênito, que se fez humano em Jesus de Nazaré – dá-nos também sabedoria para ouvi-lo, coragem para segui-lo e generosidade para partilhar a Boa Notícia que Ele nos trouxe com os irmãos da caminhada. Pelo mesmo Cristo, na unidade do Espírito Santo.

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