sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 19/02/2017

Ano A


Mt 5,38-48

Comentário do Evangelho

A novidade de Jesus

A novidade de JesusÀ luz da santidade de Deus, o trecho deste domingo do livro do Levítico interpela o povo de Deus a tirar as consequências para a vida de sua vocação à santidade. É em relação ao próximo que essa vocação se realiza. “Próximo”, aqui, é o membro do povo de Deus (cf. Lv 19,18). O reconhecimento da santidade de Deus implica da parte do povo de Deus atitudes em relação ao próximo: não permitir que o ódio e o desejo de vingança tomem conta do coração e sejam a motivação de uma ação em relação ao próximo; ao contrário, a atitude que deve caracterizar a relação entre os membros do povo de Deus é o amor.
O texto do evangelho deste domingo parte do longo “sermão da montanha” (Mt 5–7), apresenta duas antíteses, entre outras presentes no capítulo 5 do primeiro evangelho (vv. 21-26; 27-32; 33-37; 38-42; 43-48), que dão conteúdo ao que significa a justiça dos discípulos, a qual deve superar a dos escribas e fariseus (cf. Mt 5,20). Na primeira antítese de nosso trecho, trata-se de superar a lei do talião (talis = tal). Em resumo, a lei do talião era a reparação exigida do criminoso e devia ser proporcional ao mal causado por ele a alguém. Para os discípulos de Jesus, essa superação da lei do talião exige a capacidade de perdoar, assim como do alto da cruz, no mais absoluto abandono, Jesus o fez: “Pai, perdoai-lhes…” (Lc 23,33). “Não resistir ao malvado” significa não se deixar levar pela sede de vingança, não pagar o mal com o mal. A antítese seguinte (vv. 43-48) amplia em muito a exigência do amor. A “nova justiça” exige o amor aos inimigos. É a atitude própria de quem é misericordioso (cf. Mt 5,7) e promove a paz (cf. Mt 5,9). A conclusão do conjunto das antíteses (v. 48) pode servir à conclusão de todas as demais: a perfeição de Deus está na universalidade de seu amor. O amor de Deus não tem nenhum tipo de fronteira. Sendo assim, o povo de Deus deve, na sua vida, imitar o modo como ele é amado por Deus. É no amor, do qual o perdão é um imperativo, que se realiza a justiça superior exigida dos discípulos.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, cria em mim um coração dócil ao Espírito, modelando-o segundo o teu modo de ser, e coloca-me no caminho da verdadeira perfeição.
Fonte: Paulinas em 23/02/2014

Vivendo a Palavra

No Levítico, o mandado do Senhor: “Sejam santos, porque eu, Javé, sou Santo.” No Evangelho, Mateus, em outras palavras, repete o mesmo, ensinando a relação proposta por Jesus no ‘Sermão da Montanha’: o amor indiscriminado, que inclui até os inimigos, e a oração pelos que nos perseguem. Sigamos esta trilha de santidade.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/02/2014

Recadinho

O Pai do céu faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons e faz chover sobre os justos e sobre os injustos! - Você reza pelos que lhe fazem mal? - Consegue retribuir o mal com o bem? - Tente encontrar algo de positivo em quem lhe prejudica. - Já teve vontade de retribuir o mal com outro mal?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 23/02/2014

Meditando o evangelho

PERFEITOS COMO O PAI CELESTE

O modelo de perfeição apresentado por Jesus a seus discípulos visava preservá-los da mediocridade em que viviam tantas pessoas religiosas da época. Satisfeitas consigo mesmas, julgavam ter alcançado toda a perfeição possível a um ser humano. Em geral, tais pessoas estão sempre a um passo da soberba e, se auto-comparando com as demais, julgam-se superioras a todas.
Tendo Deus como modelo de perfeição, o discípulo não é exortado a ser tornar um outro deus e sim a ter sempre diante de si as virtudes próprias de Deus, deixando-se guiar por elas. Com isso, estará em condições de cultivar ideais mais elevados, sem correr o risco de se tornar mesquinho. Por outro lado, haverá de cultivar sempre a humildade, ao tomar consciência do quanto está longe da perfeição divina. Deixar-se dominar pelo desânimo seria uma atitude inconveniente ao discípulo, uma vez que desconfia de sua capacidade pessoal de seguir adiante. Isto não corresponde ao desejo de Jesus.
A busca da perfeição, inspirada em Deus, acontece na obediência ao mandato de Jesus. Entretanto, ela será infrutífera se o discípulo pretender alcançá-la por própria iniciativa, excluindo qualquer ajuda.
A perfeição é uma ação de Deus no coração do discípulo. Quanto maior for sua docilidade, tanto mais o Espírito poderá conformá-lo como o modo de ser divino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, cria em mim um coração dócil ao Espírito, modelando-o segundo o teu modo de ser, e coloca-me no caminho da verdadeira perfeição.

REFLEXÕES DE HOJE


19 DE FEVEREIRO-DOMINGO

HOMILIA DIÁRIA

Viva a santidade de Deus em sua vida!

Não tenha vergonha, receio, medo, não tenha outra meta na sua vida a não ser buscar a santidade, com todas as forças da sua alma, do seu coração e da sua existência!

”Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lv 19,2).

Todo bom filho deseja se parecer com o pai naquilo que este tem de melhor, ou procura, pelo menos, imitá-lo naquilo que ele tem de mais imitável, agradável. Nosso Pai é maravilhoso, perfeito, eterno, santo; e uma vez que o Nosso Deus é santo, a nossa obrigação também é sermos santos, imitarmos e vivermos a santidade de Deus em nossa vida.
Deixe-me dizer uma coisa: santidade não é luxo ou privilégio de alguns homens e mulheres que puderam viver uma santidade num sentido mais radical da palavra, como os santos a quem nós conhecemos e amamos tanto. Santidade é obrigação de todo batizado, de todo homem e de toda mulher que se tornam discípulos (as) de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não existe receita melhor para fazer a vontade de Deus, para viver conforme Deus deseja que vivamos no meio deste mundo, do que buscarmos viver a santidade. Não tenha vergonha, receio, medo, não tenha outra meta na sua vida a não ser buscar a santidade com todas as forças da sua alma, do seu coração e da sua existência! É por isso que Jesus nos dá hoje a direção e o caminho para vivermos a santidade.
O Evangelho de hoje está dizendo: ”Não faça como os antigos que tratavam tudo no olho por olho e dente por dente” (Mt 5, 38). O Senhor nos aconselha a fazer diferente: se alguém lhe dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda (cf. Mt 5, 39 ). Para um bom entendedor fica claro que a vingança não é de Deus, nós não devemos nos vingar pelo mal que as pessoas nos fazem. Nós não somos de tratar mal a quem nos trata mal, nós respondemos com a resposta de Deus para o mal que as pessoas nos fazem. Se nos fazem o mal, nós fazemos o bem a eles; se não nos cumprimentam, nos os cumprimentamos; se olham para nós com uma cara fechada, nós respondemos a eles com um sorriso singelo, discreto, mas verdadeiro.
Além do mais, o discípulo de Jesus não odeia a quem não o quer bem; ele ama o seu próximo, mas ama também os seus inimigos e reza por quem o persegue, ele quer bem a todos! Por isso, aquele que se faz discípulo de Jesus Cristo não cultiva qualquer espécie de mágoa ou quaisquer sentimentos negativos que nos levam a fazer distinção de pessoas. A alguns nós queremos bem, a outros nós não queremos tão bem assim ou até queremos mal. Contudo, alguém vai dizer assim: ”Nossa! Mas eu não tenho sangue de barata! Eu não tenho capacidade para querer fazer bem a quem me faz mal”.
É por isso que recebemos em nós o Sangue de Cristo, o Corpo d’Ele, para nos revestirmos d’Ele e aprendermos as Suas obras de amor e bondade. Não vale a pena retribuir com a mesma moeda, só quem perdoa o seu próximo, só quem sabe amar o seu inimigo, só quem sabe querer bem a quem lhe quer mal é quem se propõe a viver santidade com seriedade!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Caão Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 23/02/2014

Oração Final
Pai Santo, ajuda a tua Igreja, santa e pecadora, a perseverar no Caminho da conversão. Nós te pedimos, Pai amado, discernimento, força e coragem para testemunhar nas nossas relações com os companheiros de peregrinação, que Tu já habitas o nosso coração. Por Jesus, o Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/02/2014

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