sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 20/02/2017 A 25/02/2017

Ano A



20 de Fevereiro de 2017

Mc 9,14-29

Comentário do Evangelho

Importância da fé

No tempo da vida terrestre de Jesus de Nazaré, as enfermidades, sobretudo aquelas de origem psíquica, como parece ser o caso do evangelho de hoje, que não se sabia a causa nem tampouco era conhecido um tratamento adequado e eficaz, eram atribuídas a um espírito impuro, uma forma de designar o mal. Ora, o mal é o que prejudica o ser humano; é o que desfigura nele a imagem de Deus. O mal impede de falar bem e de bem falar; o mal distorce o sentido da palavra e a palavra que dá sentido a todas as coisas. A cena parece, num primeiro momento, apresentar o fracasso dos discípulos, pois eles não conseguiram livrar o menino de seu mal. Mergulhado numa geração sem fé, o ser humano busca num poder externo a solução de seus problemas. Aqui, o tratamento passa pela coerência da palavra, que faz a pessoa sair de si e abrir-se para a fé e que transforma a vida não importa de quem seja. Para todos que empreendem um combate contra o mal, não há outro meio para vencê-lo senão pela oração. Quando nos defrontamos com o limite e o impossível, a súplica a Deus se torna “poder”.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça minha fé, de modo a me predispor a ser beneficiado por teu filho Jesus, por meio do qual tua misericórdia chega até a mim.
Fonte: Paulinas em 24/02/2014

Vivendo a Palavra

O Mestre acentua o poder da oração. Mas, uma oração como a dele, que tinha consciência de estar na presença do Pai amado e a Ele se entregava cheio de gratidão. Oração de Filho que se reconhece como Irmão da humanidade. Mostramos que cremos ser filhos de Deus, vivendo a fraternidade universal.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/05/2013

Reflexão

Todos nós queremos dar soluções rápidas para todos os problemas e, por isso, podemos ser surpreendidos porque não conseguimos revolvê-los de forma satisfatória ou eles voltam a acontecer. Isso acontece principalmente porque não paramos para refletir sobre o problema e não buscamos todos os meios necessários para a sua superação. Jesus, antes de realizar o exorcismo, conversou com o pai da criança e exigiu dele uma postura de fé. Depois, chamou a atenção dos discípulos sobre a necessidade da oração. Devemos conhecer profundamente os desafios que nos são colocados no trabalho evangelizador e nos preparar em todos os sentidos para a sua superação.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=2&dia=20

Recadinho

Dou-me conta de que muitas vezes as coisas do mundo querem dominar meu espírito? - Que atitude tomo diante de tais situações? - Em situações complicados, lembro-me em primeiro lugar de pedir as luzes de Deus? - Lembro-me sempre de que o importante não é viver sem problemas, mas ter fé para superá-los? - Busco forças na oração?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 24/02/2014

Meditando o evangelho

TUDO É POSSÍVEL A QUEM CRÊ

Foi incessante a luta de Jesus contra a incredulidade de seus contemporâneos. Até mesmo os discípulos, chamados para estar com ele e compartilhar sua missão, davam mostras de possuir uma fé demasiado superficial. Sem falar dos adversários, sempre atentos para colhê-lo em alguma falha.
O Evangelho refere à irritação de Jesus diante da insuportável falta de fé dos que chamou de "raça incrédula". Ele se perguntava até quando seria capaz de suportá-los! A quem se referia? Sem dúvida alguma, aos mestres da Lei e a muita gente da multidão que assistia a cena. Não seria impertinente incluir os discípulos e o pai do menino epiléptico nessa categoria. Quiçá tivessem Jesus na categoria de um mago ambulante, operador de milagres, e gostavam de vê-lo atuando.
A fé em Jesus, porém, consistia em reconhecê-lo como o instrumento escolhido por Deus para realizar seus prodígios em benefício da humanidade, e assim, implantar o Reino na História. O cristão sabe que o poder taumatúrgico de Jesus foi-lhe dado pelo Pai para  reconduzir a humanidade para si.
O Mestre não era um milagreiro qualquer. Antes, seus milagres comportavam responsabilidade para quem deles se beneficiava. Somente quem pensava assim estava em condições de recebê-los. Por isso o pai do menino só foi atendido quando mostrou ter fé verdadeira em Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, reforça minha fé, de modo a me predispor a ser beneficiado por teu filho Jesus, por meio do qual tua misericórdia chega até a mim.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-02-20

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a orar. Envia sobre nós o teu Espírito e nos dá coragem para nos entregarmos docilmente ao seu sopro divino, em oração filial cheia de gratidão e encantamento. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/05/2013


21 de Fevereiro de 2017

Mc 9,30-37

Comentário do Evangelho

Iluminados e fortalecidos pela ressurreição

Nosso texto de hoje é o segundo anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Do ponto de vista narrativo, esses relatos têm por função preparar o leitor para entrar no relato da paixão e morte do Senhor, sem serem tomados pela surpresa e sem medo e esmorecimento, mas iluminados e fortalecidos pela ressurreição. O Jesus de Marcos é um Mestre que sempre está ensinando os seus discípulos e a multidão. Aqui, neste trecho o conteúdo é o mistério pascal do Filho de Deus. Como no primeiro anúncio (Mc 8,31-33), Jesus repreende os discípulos por causa de sua reação. A discussão entre eles de quem era o maior é expressão da incompreensão deles acerca do destino de Jesus e de sua missão, e da condição deles como discípulos. No seguimento de Cristo, o maior é o que serve, à imitação de Jesus que se fez servo de toda a humanidade. No seguimento do Senhor, em que o serviço deve caracterizar a missão, a disputa pelo poder e a defesa de privilégios são absolutamente inaceitáveis. O acolhimento de todos, sem acepção de pessoas, e de modo especial os que mais precisam de cuidado, é a atitude requerida de todos os cristãos que compreendem a fé que professam.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça minha fé, de modo a me predispor a ser beneficiado por teu filho Jesus, por meio do qual tua misericórdia chega até a mim.
Fonte: Paulinas em 25/02/2014

Vivendo a Palavra

Nós, que vivemos a pobre realidade de nossa humanidade, com seus limites e imperfeições, somos consolados pela narração evangélica das disputas por prestígio entre os apóstolos. E, ainda mais, somos encorajados pelo exemplo que eles nos deixaram: venceram seus limites e perseveraram até o martírio final.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/05/2013

Reflexão

O que faz com que na maioria das vezes não compreendamos corretamente a mensagem de Jesus geralmente são as diferenças que existem entre os nossos interesses e os dele. Enquanto Jesus estava pensando na necessidade da cruz para a realização do Reino de Deus, seus discípulos estavam pensando em um reino com critérios humanos, fundamentado principalmente nas diferenças, nas relações de poder e na hierarquia social, econômica e política. Sempre que não nos colocamos em sintonia com o projeto de Jesus e não colocamos o amor como o critério último das nossas vidas, podemos nos equivocar na compreensão do Evangelho e buscar interpretações que existem muito mais para legitimar os nossos interesses do que para nos conduzir à verdade e ao Reino.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=2&dia=21

Recadinho

Há competição em nosso meio? - E a inveja? - Procuramos em primeiro lugar ser o melhor no servir? - Reconhecemos, valorizamos e divulgamos as qualidades de nossos irmãos? - Há pessoas que vivem a humildade de modo invejável. Pense em alguém que seja assim.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 25/02/2014

Meditando o evangelho

HUMILHAÇÃO E GLÓRIA

É chocante o contraste entre a declaração de Jesus e a preocupação dos discípulos. Enquanto Jesus os instruía a respeito da morte que iria enfrentar e de sua ressurreição, os discípulos discutiam sobre quem seria o maior entre eles.
As palavras do Mestre fundavam-se numa visão realista da missão. Por um lado, percebia crescer a hostilidade de seus adversários, diante de seus ensinamentos contundentes e dos milagres que operava. Eles se davam conta de haver algo de extraordinário na ação de Jesus, mas preferiam atribuir a Belzebu a origem do seu poder. E se sentiam sempre mais incomodados com o que viam e ouviam. De outro lado, Jesus tinha consciência de estar agindo na mais total fidelidade ao Pai, e contava com sua proteção, certo de que jamais seria abandonado. Colocava, no Pai, a sua glória, de modo a não depender da aprovação humana.
Pelo contrário, os discípulos pensavam poder contar com uma glória humana por pertencerem ao círculo dos amigos do Messias que estava para restaurar a realeza em Israel. A isto se devia a preocupação deles em garantir o primeiro lugar junto do Messias Jesus. Não estavam absolutamente sintonizados com o Mestre. Foi preciso que ele os instruísse sobre a maneira correta de atingir a verdadeira glória: fazer-se o último e o servo de todos. Este era o caminho que ele próprio estava trilhando.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, tira do meu coração os ideais mundanos de glória, e coloca-me no verdadeiro caminho para ser glorificado por ti, fazendo-me servidor de todos.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-02-21

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos o amor pela pobreza, o desejo de servir a todos e de nos colocarmos nos últimos lugares. Queremos construir uma Igreja fraterna e acolhedora, que seja sinal do teu Reino de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/05/2013


22 de Fevereiro de 2017

Mt 16,13-19

Comentário do Evangelho

A fé de Pedro

O relato da “profissão de fé de Pedro” encontra-se nos três evangelhos sinóticos. Certamente, o episódio retrata um momento de crise, pois, não obstante o ensinamento e tudo o que Jesus faz, os seus contemporâneos não chegam a ultrapassar o umbral do que aparece e, por isso, não são capazes de reconhecer a manifestação salvífica de Deus na pessoa de Jesus de Nazaré. O evangelho considerado no seu todo mostra que a dificuldade diz respeito não somente aos opositores de Jesus e à multidão, mas também aos seus próprios discípulos. É Jesus quem, em Cesareia de Filipe, lugar em que nasce o Rio Jordão, porta de entrada à “terra prometida”, faz a dupla pergunta aos seus discípulos. A resposta à primeira pergunta remete simplesmente ao passado. As pessoas não vêm em Jesus Cristo, o Senhor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, consolida minha fé, a exemplo do apóstolo Pedro que, em meio às provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho consumado de adesão a Jesus.
Fonte: Paulinas em 22/02/2014

Vivendo a Palavra

Pedro, iluminado pelo Espírito Santo, vê em Jesus, aquele homem simples e companheiro do caminho, o Messias, Filho de Deus Vivo. Abramos o nosso coração a esse mesmo Espírito, para que Ele, em nós, aumente nossa fé, firme nossa esperança e nos faça capazes de amar a Deus e a suas criaturas.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/02/2014

Reflexão

Os valores que Jesus pregou durante toda a sua vida e que chegaram até nós graças ao trabalho apostólico não podem ser somente objetos do nosso conhecimento, mas precisam ser encarnados na nossa vida e na nossa história. Esses valores precisam de uma mediação institucional para fazer parte da vida das pessoas. Jesus Cristo escolheu como mediação para essa encarnação a Igreja, conforme nos revela o Evangelho de hoje. Deste modo, fica claro para todos nós qual é o papel da Igreja e de todos os seus membros no processo de construção do Reino de Deus, como também a responsabilidade de todos no sentido de procurar fazer com que cada vez mais a Igreja seja fiel aos ensinamentos de Jesus.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=2&dia=22

Recadinho

Que importância tem Jesus em sua vida? - Como você encara o papel da hierarquia da Igreja? - Você se sente feliz por poder servir a nível de Igreja? Como serve? - Tem facilidades para buscar maior instrução religiosa? Que meios emprega? - Sente que no contexto de sua comunidade vive-se a união?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 22/02/2014

Meditando o evangelho

FÉ E MISSÃO

A missão de liderança confiada a Pedro exigiu dele uma explicitação de sua fé. Antes de assumir o papel de guia da comunidade, foi preciso deixar claro seu pensamento a respeito de Jesus, de forma a prevenir futuros desvios.
Se tivesse Jesus na conta de um messias puramente humano, correria o risco de transformar a comunidade numa espécie de grupo guerrilheiro, disposto a impor o Reino de Deus a ferro e fogo. A violência seria o caminho escolhido para fazer o Reino acontecer.
Se o considerasse um dos antigos profetas reencarnados, transformaria a Boa-Nova do Reino numa proclamação apocalíptica do fim do mundo, impondo medo e terror. De fato, pensava-se que, no final dos tempos, muitos profetas do passado haveriam de reaparecer.
Se a fé de Pedro fosse imprecisa, não sabendo bem a quem havia confiado a sua vida, correria o risco de proclamar uma mensagem insossa, e levar a comunidade a ser como um sal que perdeu seu sabor, ou uma luz posta no lugar indevido.
Só depois que Pedro professou sua fé em Jesus, como o “Messias, o Filho do Deus vivo”, foi-lhe confiada a tarefa de ser “pedra” sobre a qual seria construída a comunidade dos discípulos: a sua Igreja. Entre muitos percalços, esse apóstolo deu provas de sua adesão a Jesus, selando o seu testemunho com a própria vida, demonstração suprema de sua fé. Portanto, sua missão foi levada até o fim.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, consolida minha fé, a exemplo do apóstolo Pedro que, em meio às provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho consumado de adesão a Jesus.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-02-22

Oração Final
Pai Santo, envia teu Espírito sobre nós, tua Igreja peregrina neste mundo. Ilumina nossos caminhos, dá discernimento e coragem aos teus filhos, especialmente os que colocaste como Pastores junto ao teu Povo, para que testemunhem fidelidade ao Reino. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/02/2014


23 de Fevereiro de 2017

Mc 9,41-50

Comentário do Evangelho

A comunidade é interpelada a viver a coerência entre a fé professada e a fé vivida.

Em continuidade com o tema do evangelho de ontem, a comunidade dos discípulos é chamada a se abrir ao bem que vem de fora (v. 41). A diversidade e a diferença são bens através dos quais se manifestam a bondade de Deus e a caridade de Cristo. A comunidade é interpelada a viver a coerência entre a fé professada e a fé vivida. O escandalon é a pedra de tropeço, isto é, o obstáculo que impede os outros de progredirem e permanecerem na vida cristã. A pura aparência, a vaidade das práticas religiosas devem ser rejeitadas em nome da coerência, do acordo interno e profundo entre a fé e a sua vivência. O modo de vida dos discípulos deve ser o testemunho que estimula outros a desejarem viver a vida de Jesus Cristo. O texto não é um convite à mutilação, mas um apelo a não consentir com uma vida ambígua e fragmentada. O coração do discípulo não pode estar dividido.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me forte para tirar da minha vida tudo quanto possa servir de contra-testemunho a meu próximo e levá-lo a afastar-se de ti.
Fonte: Paulinas em 27/02/2014

Vivendo a Palavra

Jesus usa a metáfora das mãos, pés e olhos para significar a nossa capacidade de trabalhar, de nos locomovermos e de enxergar – que deve ser utilizada para a construção do Reino de Deus já nesta terra, fazendo o bem entre os irmãos. De outra forma, seria melhor para nós que não tivéssemos mãos, pés, olhos...
Fonte: Arquidiocese BH em 23/05/2013

Reflexão

É muito comum ouvirmos que isso ou aquilo é escandaloso e, normalmente, quando isso acontece, o fato está relacionado com questões de sexualidade. O escândalo é muito mais do que isso. Dar escândalo significa ser ocasião de pecado para as outras pessoas, independentemente da natureza ou da forma do pecado. Jesus nos mostra no Evangelho de hoje a importância que devemos dar para os nossos atos, para que eles sejam testemunho da nossa adesão ao Reino de Deus e não uma negação da nossa adesão que tenha como conseqüência o afastamento das pessoas. Não podemos nos esquecer de que a nossa fidelidade a Jesus no nosso dia a dia é a nossa grande arma no trabalho evangelizador.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=2&dia=23

Recadinho

Cuidemos de nossos atos! Eles devem testemunhar que fizemos opção feliz pelo Reino de Deus e estamos neste caminho. Tenho consciência disso? - Com quem devemos ser violentos? Conosco mesmo, com nossos erros! - Minhas mãos para que servem? Para fazer o bem? - Meus pés me levam ao encontro do irmão? A fazer o bem? - Meus olhos transmitem paz, alegria, felicidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 27/02/2014

Meditando o evangelho

A MUTILAÇÃO NECESSÁRIA

Jesus tinha consciência da qualidade de vida de seus companheiros de missão. Por isso, não nutria esperanças infundadas a respeito deles. Embora tivessem recebido a tarefa  de atrair pessoas para o Reino, corriam o risco de levá-las a afastar-se dele, e assim, tornar-se anti-apóstolos.
O alerta lançado por Jesus é suficientemente forte para não dar margem a dúvidas. Servindo-se da metáfora da mutilação corporal, o Mestre sublinhava a necessidade de precaver-se contra tudo o que pudesse ser motivo de escândalo, de afastamento da fé por parte de quem ainda dava os primeiros passos no caminho do Reino.
A mutilação da mão refere-se à prevenção contra o mal que pode ser realizado com este membro: a violência, o roubo. O pé pode conduzir o discípulo por vias perigosas, contrárias às do Reino. O olho pode levá-lo à sedução da cobiça, da luxúria, dos maus pensamentos.
Jesus poderia ter-se estendido e falado da língua e de outros membros do corpo humano. Bastava-lhe, porém, aludir a três órgãos importantes, por meio dos quais os discípulos podiam causar escândalos. Gestos inconseqüentes praticados por eles funcionariam como contra-testemunho e teriam como efeito afastar as pessoas de Deus.
As mutilações aludidas pelo Mestre deveriam acontecer não no âmbito físico e exterior, e sim no âmbito espiritual e interior. É a partir daqui que se começa a combater as ações escandalosas.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, torna-me forte para tirar da minha vida tudo quanto possa servir de contra-testemunho a meu próximo e levá-lo a afastar-se de ti.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-02-23

Oração Final
Pai Santo, envia sobre nós o teu Espírito para que, repletos por seu Amor, nós façamos bom uso dos dons e talentos que nos emprestas, colocando todos a serviço do bem e da paz entre os nossos companheiros de jornada. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/05/2013


24 de Fevereiro de 2017

Mc 10,1-12

Comentário do Evangelho

O fundamento da união é o amor

O nosso texto do evangelho de hoje é um “diálogo didático”, cuja finalidade é instruir os discípulos a se comportarem em conformidade com os ensinamentos de Jesus. A questão posta pelos fariseus a Jesus é mal-intencionada, pois querem colocá-lo à prova (v. 2) e encontrar um motivo para condená-lo à morte. A questão está baseada em Dt 24,1-3. Recorrendo ao projeto original de Deus (Mc 10,6-9; cf. Gn 1,27; 2,24; 5,2), Jesus rejeita uma interpretação em favor do divórcio. A incapacidade de perdoar e de reconciliação diz respeito à “dureza do coração” que ameaça o povo de Deus. Jesus põe em pé de igualdade a condição do homem e da mulher. Mas a resposta de Jesus desconcerta os que queriam colocá-lo à prova, pois ela protege a parte mais frágil em semelhantes casos. Jesus recentra a questão, não sobre a ordem jurídica, mas sobre a ordem da criação, sobre o Reino de Deus. Portanto, a questão fundamental é reconciliar tudo com o ideal do Reino de Deus, com o ideal cristão. Trata-se de entrar na dinâmica do olhar divino sobre o ser humano, tal qual pode ser apreendido pelos relatos da criação.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que os casais cristãos, unidos pelo sacramento do matrimônio, saibam reconhecer e realizar o mistério de comunhão que os chama a viver.
Fonte: Paulinas em 28/02/2014

Vivendo a Palavra

Como na leitura, também o Evangelho mostra de que forma o Mandamento Novo do Amor, trazido por Jesus de Nazaré, transformou a letra da Lei Antiga, de Moisés. Não se trata mais de cumprir itens de regulamentos, mas de viver integralmente a fraternidade, que é consequência da nossa filiação divina.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/05/2013

Reflexão

A nossa vida é condicionada por leis que os homens fizeram, às quais nós devemos nos submeter para viver na legalidade. Porém, devemos ter consciência do fato de que, nem tudo o que é legal, é justo, no sentido pleno da palavra. Podemos citar alguns exemplos como a questão dos juros: é legal para o banco pagar menos de 1% ao mês para cadernetas de poupança e cobrar mais de 10% ao mês por empréstimos que realiza. É legal na sociedade brasileira o divórcio que, perante os olhos de Deus, não conduz o homem à justiça, mas sim ao pecado e à morte, pois desrespeita compromissos e direitos de cônjuges, filhos, da comunidade eclesial e da própria sociedade.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=2&dia=24

Recadinho

Nos tempos de hoje, que lugar ocupar o casamento religioso na vida de um casal? - Você se casa para que o outro faça você feliz ou se casa em primeiro lugar para fazer o outro feliz? - O que se espera no casamento, servir ou ser servido? - A prática da religião é essencial em seu lar? - Falando do matrimônio, Jesus queria denunciar uma injustiça cometida contra as mulheres, procurando prevenir seus discípulos para que não fossem injustos. A Lei mosaica previa o caso de sucessivos repúdios da mulher. Portanto, ela ficava sob a tutela do marido e dependia de seu humor. Bastava um pequeno deslize, ou algo que desagradasse o marido, para ser repudiada. Quem ama compreende, se sacrifica, acolhendo e perdoando, mas lutando por um mundo melhor. Não tem que ser assim?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 28/02/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. QUE O HOMEM NÃO SEPARE...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Não há quem não goste de originalidade, é assim no mundo das artes e no processo de produção principalmente no ramo de autopeças. Peça original custa mais caro, justamente porque é original. Nas artes há o direito autoral, que visa assegurar entre outras coisas que a obra não será descaracterizada, pois caso isso venha a ocorrer, ela se torna uma falsificação e perde o seu valor.
Sobre a importância de uma peça original em um veículo, por exemplo, nem é preciso argumentar sobre a qualidade e o desempenho, além da sua vida útil, que é bem maior quando a mesma é original.
Nos anos 70, durante a “febre” dos produtos importados, quando se queria desdenhar do objeto de alguém, a gente dizia de maneira irônica que aquele objeto era do Paraguai, isso significava falsificado.
Fiz essa introdução porque me parece ser esta a “queixa” de Jesus em relação a Lei do divórcio, que tinha um embasamento religioso “no princípio Deus os fez Homem e Mulher, e o homem deixará pai e mãe, se unirá à sua mulher e os dois serão uma só carne”.
O texto é uma denúncia explícita sobre a “falsificação” que os homens fizeram da união do homem e da mulher, idealizada pelo Criador. Ás vezes deparo com casais em segunda união, cuja primeira fui eu quem assisti em nome da Igreja, que fazem questão de dizer que agora sim, são felizes. Na misericórdia ensinada por Jesus, não nos deve faltar a compreensão, mas lá no fundo eu volto aos meus tempos de jovem e digo para mim mesmo “É do Paraguai, não tem nada de original”.
Uma lei, mesmo de caráter religioso como era a Lei de Moisés, nunca poderá permitir a separação do casal, porque vai contra o Plano do Criador ao falsificar sua obra prima, tirando dela o seu traço mais original: o amor ágape, da entrega e doação um ao outro, do amor que busca o bem e a felicidade do outro, do amor capaz de renunciar-se a si mesmo, do amor que sabe ser fiel sem que isso represente um peso insuportável, do amor que busca constantemente o diálogo, a compreensão, o perdão, do amor que se alegra, que é sempre caridoso e compassivo. Essas virtudes fazem da união conjugal o sinal mais evidente do amor de Deus.
Na obra da criação nada há mais perfeito que o homem e a mulher, pois os rios, florestas, montanhas e planícies, na sua beleza e esplendor falam-nos de Deus, mas nunca serão à sua imagem e semelhança por isso, na criação do homem e da mulher, toda a obra da Criação é exaltada e atinge o seu cume.
Homem e mulher formam uma unidade perfeita, só comparável a união de Cristo e da sua Igreja, como ensina o Apóstolo Paulo. O próprio homem reconhece essa perfeição quando exclama, diante da mulher “Essa sim é osso dos meus ossos e carne da minha carne”. Jesus não só confirma a legitimidade e autenticidade dessa união, como a coloca em nível de sacramento, tornando-a um sinal do Amor de Deus. Ninguém em sã consciência faltará ao respeito para com o Pavilhão Nacional, mesmo porque se for feito em público, o transgressor sofrerá punição da Lei, é isso que Jesus coloca como exortação a todos – Por isso o Homem não separe aquilo que Deus uniu.
Os discípulos não entenderam toda a magnitude da comunhão de vida entre o homem e a mulher, e em casa falaram reservadamente ao Mestre. Jesus vai então deixar bem claro “O homem que deixar sua mulher e se unir à outra, cometerá adultério contra a primeira, e se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério”.
Que nunca falte de nossa parte enquanto Igreja, a misericórdia e o acolhimento a tantos recasados, mas que também não falte a eles, a humildade de reconhecer que romperam um vínculo sagrado, preferindo falsificar uma união, porque não acreditaram no poder e na força da Graça que um dia receberam no altar, quando manifestaram diante de Deus a decisão de viver juntos a vida inteira.

2. UMA MUDANÇA DE MENTALIDADE
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

O Reino anunciado por Jesus visava restabelecer entre os seres humanos as relações primitivamente queridas por Deus. O pecado havia contaminado a humanidade, pervertendo-lhe as relações. Era preciso reverter este quadro em todos os níveis.
No âmbito familiar, era preciso superar a mentalidade divorcista, onde o marido se sobrepunha à esposa, podendo despedi-la quando lhe conviesse. A situação da esposa, nestas circunstâncias, era de grande instabilidade. Ela jamais podia estar certa da profundidade dos laços matrimoniais. Por qualquer motivo, o marido tinha o direito de despedi-la.
Jesus foi buscar nas primeiras páginas das Escrituras o pensamento de Deus a respeito do matrimônio, anterior à Lei mosaica divorcista. O homem e a mulher foram criados em vista do matrimônio que os uniria de modo tão profundo, a ponto de fazer dos dois uma só carne. Trata-se de uma união espiritual onde os esposos se mútuo assumem, fazendo suas existências se interpenetrarem inseparavelmente. Só Deus pode ser o autor da união conjugal, assim entendida. E, quando Deus une, nenhum ser humano pode se arvorar o direito de desfazer sua obra. Deus une para sempre.
Quem adere ao Reino é chamado a refazer seus esquemas mentais. E não se deixar levar pela dureza de coração, mas sim pelos desígnios de Deus.
Oração
Senhor Jesus, leva-me a ter o mesmo pensar do Pai e a refazer meus esquemas mentais contaminados pelo pecado.

Fonte: NPD Brasil em 24/05/2013

Oração Final
Pai Santo, que nos fazendo teus filhos nos fizeste irmãos da humanidade, dá-nos discernimento, generosidade e coragem para vivermos fraternalmente com todos os homens e mulheres que colocaste ao nosso lado na caminhada por este planeta encantado. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/05/2013


25 de Fevereiro de 2017

Mc 10,13-16

Comentário do Evangelho

O Reino de Deus precisa ser acolhido como dom.

Depois da controvérsia sobre o divórcio e a necessidade de centrar a existência nos valores do Reino de Deus, o evangelho nos apresenta este episódio do acolhimento das crianças por Jesus e o seu consequente ensinamento. Toda situação é para Jesus ocasião de ensinar e transmitir algo do Reino de Deus, de sua pessoa e da situação ou condição do discípulo. No tempo de Jesus, as crianças gozavam de respeito e eram bem tratadas. Se tivermos presentes os relatos anteriores ao de hoje, podemos notar um contraste entre as crianças levadas a Jesus e a resistência dos discípulos. Papel dos discípulos é conduzir as pessoas a Jesus (cf. Mc 2,1-12), e não impedi-las de se aproximarem dele; por isso, a indignação de Jesus (cf. v. 13). A ocasião foi a oportunidade para ele ensinar aos seus discípulos que o Reino de Deus precisa ser acolhido como dom. O Reino de Deus está presente, em primeiro lugar, na pessoa de Jesus; é necessário acolhê-lo como dom do Pai sem opor qualquer resistência. O exemplo das crianças serve para interpelar os discípulos à abertura generosa ao novo (cf. Mc 2,21-22), que irrompe no seio da humanidade na pessoa de Jesus de Nazaré.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca no meu coração o mesmo carinho e afeto que Jesus demonstrou às criancinhas, pois a simplicidade delas me ensina como devo acolher o teu Reino.
Fonte: Paulinas em 01/03/2014

Vivendo a Palavra

Marcos usa poucas palavras para que não nos desviemos da essência do seu recado: a Mensagem de Jesus de Nazaré é simples e nós devemos nos fazer crianças para compreendê-la. Despojemo-nos dos nossos muitos saberes ou títulos universitários e fiquemos atentos aos sinais dos tempos. Eles nos falam do Reino de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/05/2013

Reflexão

O Reino de Deus é para aqueles que são como crianças. A criança é aquela que depende totalmente das outras pessoas e não tem nada a oferecer em troca daquilo que lhes dão. Assim devemos ser diante de Deus. Devemos ter plena consciência de que dependemos totalmente dele para que possamos entrar no Reino dos Céus e nada podemos oferecer em troca disso. A salvação nos é dada pelo amor gratuito de Deus e pelos méritos de Jesus Cristo. Ninguém pode se salvar. Jesus é o único salvador.Devemos, como as crianças diante dos adultos, colocar a nossa confiança em Deus, e viver em constante ação de graças porque ele, gratuitamente, nos salva.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=2&dia=25

Recadinho

As crianças confiam cegamente em seus pais. Longe deles, sentem-se inseguras. Sua vida está segura nas mãos de Deus? - Confiar é o que devemos fazer diante de Deus: Será que confio realmente? - Procuro estar sempre junto de Deus? Sigo os caminhos que Ele pede de mim? - Procuro ouvir sua voz? - Confio em Deus e me coloco em suas mãos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 01/03/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Vinde à mim as criancinhas
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Muita gente vê as crianças na comunidade como problema, principalmente nas celebrações quando gritam, choram, correm prá lá e prá cá, tirando a concentração das pessoas e até de quem está celebrando. A ideia de se tirar aas crianças fora do espaço celebrativo, como em algumas paróquias fazem, mantendo-as em outro espaço onde alguém as distrai com dinâmicas e brincadeiras, não é nada catequética embora dê sossego aos pais que assim podem participar mais intensamente da Missa.
O ideal seria haver tolerância e compreensão para com elas, afinal são crianças, mas compete aos pais a missão e o papel de darem a elas uma educação cristã, para que aos poucos possam apreender a se comportarem na celebração. É um processo longo e gradativo que elas têm que passar, mas priva-las da celebração não é bom.
Há pais que alegam não poderem ir á celebração porque as crianças dão muito trabalho e eles sentem-se envergonhados de não poder controlá-las. O que fazer com nossas crianças então? Claro que não podemos esperar delas um comportamento de adulto durante a celebração.
Parece que nas comunidades de Marcos eles tinham esse problema, mas havia um agravante: naquele tempo mulheres e crianças não eram nem contados, o que diziam ou pensavam de nada valia. Penso que um trabalho ou uma ação em conjunto entre os pais e a equipe de Acolhida poderia ser bem valioso nesse sentido. Jesus quer as crianças na comunidade, pois alguns discípulos rabugentos tentaram impedir que as crianças se aproximassem de Jesus que imediatamente os censurou e acolheu os pequeninos que se aproximaram fazendo festa.
Comunidade que não tem espaço para crianças é certamente uma comunidade sem futuro, o mesmo se diga dos pré-adolescentes e jovens. Jesus aproveita a ocasião para falar de como as pessoas devem ser para receber o Reino de Deus e daí, as crianças que são um problema, tornam-se a solução. Quem não tiver a mentalidade de uma criança não entrará no Reino de Deus.
Receber o Reino com a mentalidade de uma criança não significa viver uma Fé infantil e ingênua, pois o chamado cristão para vivermos na Fé supõe amadurecimento e equilíbrio e não podemos ter uma Fé acomodada.
Não sabemos ao certo qual foi a questão que originou esse evangelho, mas o que fica claro é a oportunidade que Jesus encontra para falar do Novo Reino e da renovação da mentalidade para acolhê-lo. Primeiramente é ter absoluta confiança no Pai, na certeza de que em tudo dependemos dele.
A criança em tudo depende do Pai e da Mãe em quem confia cegamente. Essa mesma confiança devemos ter em Deus, muito mais do que em nossos projetos falíveis, pois o Reino está entre nós, mas caminha para a sua plenitude.

2. O REINO É DAS CRIANÇAS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Havia, no tempo de Jesus, várias categorias de pessoas vítimas da exclusão social. Entre elas, estavam as crianças. Juntamente com as mulheres, as crianças eram consideradas como propriedade dos pais. Sua dignidade de não passava disto.
O Reino inaugurado por Jesus rejeitava este esquema social, descobrindo o valor que cada criança traz dentro de si. E, mais, encarnavam a atitude requerida de quem pensava fazer-se discípulo do Reino. Elas eram a parábola viva do discipulado. Como as crianças, o discípulo verdadeiro não tem malícia coração e acolhe o Reino com simplicidade. Confia plenamente em Deus e a ele se entrega, como as crianças em relação aos pais. As crianças são indefesas e despretensiosas, como devem ser os discípulos. Os discípulos têm que predispor-se para sofrer a mesma exclusão e marginalização, sofridas pelas crianças, por causa de sua opção pelo Reino. Por causa do Reino, também haveriam de ser considerados gente de segunda categoria, sem privilégios, vivendo como párias da sociedade.
Reduzido à condição social de uma criança, por causa de sua fé, o discípulo estaria em condições de voltar-se totalmente para Deus e só nele colocar sua esperança. O Reino, enquanto senhorio de Deus, se faz verdade na vida do discípulo, quando ele o recebe como uma criancinha. Assim, se estabelecem relações verdadeiras com Deus.
Oração
Senhor Jesus, dá-me a simplicidade de uma criancinha, para acolher o Reino com despretensão e colocar-me inteiramente nas mãos do Pai.

Fonte: NPD Brasil em 25/05/2013

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a prestar atenção à vida que acontece ao redor de nós. Que saibamos ver nela a tua Presença inefável, o teu Amor de Pai que também é Mãe e a tua Misericórdia que nos conduz ao abraço final no Reino que preparas para nós. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/05/2013


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