quinta-feira, 11 de agosto de 2016

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 11/08/2016 A 13/08/2016

Ano C



11 de Agosto de 2016

Mt 18,21-19,1

Comentário do Evangelho

Necessidade de perdoar sempre

O evangelho de hoje é o último trecho do discurso sobre a Igreja. O tema é o perdão que deve ser oferecido sempre. À pergunta de Pedro, porta-voz do grupo dos discípulos, sobre quantas vezes se deveria perdoar o irmão reincidente no seu pecado, Jesus responde com a parábola do devedor implacável ou sem compaixão. Pedro certamente pensava ser generoso ao indicar a cifra sete como número de vezes para perdoar alguém. Mas, corrigindo Pedro, Jesus diz “setenta vezes sete”. Isso significa que não se pode pôr limite à disposição de perdoar. As cifras “sete” e “setenta vezes sete” evocam Gn 4,24. À cadeia de vingança e violência, Jesus opõe a fraternidade disposta a perdoar sem limite. A razão do por que não se deve colocar limite ao perdão é dada na parábola do devedor sem compaixão. O sentido de toda a parábola se encontra na boca do próprio monarca: o devedor de uma soma incalculável devia perdoar seu semelhante, que lhe devia uma quantia irrisória, porque ele mesmo tinha sido beneficiado pela generosidade do rei. De certo modo, o servo sem compaixão fere seu senhor, pois a sua atitude impiedosa em relação ao seu semelhante demonstra sua total incompreensão em relação à graça que ele mesmo recebeu. A lição é clara: é necessário perdoar de coração o irmão, como Deus perdoa generosamente a cada um.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, predispõe meu coração para o perdão, e que eu esteja sempre disposto a perdoar e a querer viver reconciliado com meu semelhante.
Fonte: Paulinas em 13/08/2015

Vivendo a Palavra

As parábolas contadas por Jesus visam à nossa reflexão. Em qual personagem nós nos encarnamos: no patrão que perdoa, no empregado que é perdoado e não perdoa, ou no segundo empregado, que não foi perdoado? Procuremos o papel que melhor nos coloque neste caminho de volta à Casa do Pai que estamos vivendo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/08/2015

Vivendo a Palavra

Um exemplo a não ser seguido – o do empregado que recebeu o perdão de sua dívida e não perdoou ao seu devedor. É bom termos sempre em mente esta parábola, porque em nossa oração, nós mesmos pedimos ao Pai, que é cheio de misericórdia, que nos perdoe na medida em que perdoamos a quem nos deve. Sejamos, portanto, generosos no perdão!
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Nós não temos como pagar a Deus para obtermos o perdão dos nossos pecados, de modo que merecemos a paga pelos mesmos que é a morte. Mas o amor misericordioso de Deus não permite que nenhum dos seus filhos e filhas seja entregue à morte, de modo que a verdadeira paga pelos nossos pecados foi a obediência de Jesus, amando-nos até o fim e, assim, apesar dos nossos pecados, temos a eterna aliança com ele. Desse modo, Deus nos dá o exemplo do verdadeiro perdão, nos ensinando que tudo devemos fazer para restaurar a unidade perdida por causa dos males que as pessoas comentem contra nós.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=8&dia=11

Meditação

É fácil perdoar? - Pense em alguma situação de sua vida que “depois da tempestade” trouxe-lhe a bonança. - Conhece alguma situação de devedor cuja situação chegou a bom termo? - E o contrário? - Comente o “perdoai assim como nós perdoamos” do pai nosso!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 15/08/2013

Comentário do Evangelho

RECONHECER-SE PERDOADO

A parábola evangélica visava desmascarar a intransigência de certos líderes da comunidade cristã primitiva, por demais severos, quando se tratava de perdoar as faltas alheias. Quiçá, o contraponto desta atitude fosse uma condescendência com os próprios pecados, para os quais fechavam os olhos.
Tais líderes são comparados com o servo desalmado que, após ter sido perdoado de uma dívida incalculável, mostra-se sem compaixão para com o companheiro que lhe devia uma quantia insignificante. A quantia exagerada que o primeiro servo devia - dez mil talentos - sublinha que, por maior que fosse o perdão concedido aos membros faltosos, sempre seria inferior ao perdão que Deus concedia à liderança da comunidade. Em última análise, o perdão concedido deveria corresponder a um gesto de reconhecimento pelo perdão recebido de Deus.
O senhor da parábola foi inclemente com o servo incapaz de ser misericordioso, uma vez que tinha sido, por primeiro, objeto de misericórdia. A lição é evidente. Quem não perdoa, não será perdoado. Quem não corresponde à misericórdia de Deus, sendo misericordioso com seu próximo, receberá o castigo divino. Quem não demonstra para com o próximo a mesma paciência que recebeu de Deus, será vítima da cólera divina. Portanto, quem se sabe infinitamente perdoado, tem a obrigação de estar sempre disposto a perdoar.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Espírito que ensina a perdoar, dispõe-me a conceder o perdão a quem me ofende, consciente de que o Pai também está sempre pronto a me perdoar.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-08-11


12 de Agosto de 2016

Mt 19,3-12

Comentário do Evangelho

“por causa da dureza do vosso coração”

A perícope sobre o divórcio, em Mateus, está construída sobre a de Marcos 10,1-12. Tanto num como noutro evangelista, o tom é de controvérsia: trata-se de “pôr Jesus à prova” (Mt 19,3; Mc 10,2). Como Deuteronômio 24,1-4 não especificava claramente por que motivo o marido poderia dar à sua esposa uma carta de divórcio, deixava espaço para interpretações diferentes e divergentes. Jesus defende com clareza a indissolubilidade do matrimônio, recorrendo ao projeto original de Deus (Mt 19,4-6; Gn 1,27; 2,24; 5,2). O projeto original de Deus impede o repúdio: “... o que Deus uniu, o homem não separe” (v. 6). À pergunta do porquê da prescrição de Moisés, Jesus responde: “por causa da dureza do vosso coração” (v. 8), isto é, da incapacidade de compreender e pôr em prática os mandamentos de Deus, da resistência de amar verdadeiramente. Uma única exceção é feita por Jesus: em caso de “união ilícita” (v 9), ou seja, em casos de consanguinidade, por exemplo (ver: Lv 18).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, infunde nos casais cristãos o desejo de experimentarem a santidade do matrimônio, porque tu és a causa e a razão da comunhão que existe entre eles.
Fonte: Paulinas em 16/08/2013

Vivendo a Palavra

O homem não deve separar o que o Deus uniu. Deus – que é Amor – une em matrimônio dois corpos, corações, mentes e almas numa relação santa. Torna-se adúltero quem expõe essa relação pura ou introduz nela sentimentos, sensações, pensamentos ou desejos que traem a prometida fidelidade mútua.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/08/2013

Reflexão

Quem comete adultério, peca duas vezes. O primeiro pecado é o da fornicação, do desrespeito da pessoa do outro ou da outra como templo do Espírito Santo, o que se constitui em profanação do sagrado, da propriedade divina pela consagração batismal. O segundo pecado é contra o vínculo matrimonial, é o rompimento de uma promessa que foi feita diante de Deus e da Igreja. E a causa de tão grave pecado encontra-se na dureza do próprio coração, que não é capaz de abrir-se à graça divina e aos verdadeiros valores e se torna escravo da luxúria, fazendo dela o verdadeiro deus da própria vida.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=8&dia=12

Meditação

- O que você pode fazer para o bem do seu casamento? - Qual deve ser o modo de agir de sogros e sogras na educação dos netos? - E no campo de interferências? - E no que se refere a autoridade e privacidade? - Pense num exemplo de alguém que não se casou para se dedicar mais e melhor ao serviço do reino de Deus.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 16/08/2013

Meditando o evangelho

RESPEITO PELAS MULHERES

É bem conhecida a situação de inferioridade das mulheres, na sociedade do tempo de Jesus. Juntamente com as crianças, eram consideradas como propriedade dos maridos ou dos pais. Nesta condição, eram discriminadas nas práticas religiosas; seu testemunho não tinha valor; ficavam à mercê dos homens. No casamento, tinham poucos direitos a exigir. A Lei do divórcio, como era interpretada por alguns rabinos, tornava-as vítimas do humor dos maridos. Os fariseus perguntaram a Jesus que motivos um homem poderia ter para repudiar sua mulher. E isto porque os homens tinham o direito absoluto sobre as esposas. Até podiam despedi-las por qualquer motivo, mesmo por uma ninharia.
A resposta de Jesus, que sempre se posicionou na defesa dos injustiçados, defende a sacralidade do matrimônio, mas também representa uma tomada de posição em defesa das mulheres. A igualdade entre todas as pessoas provém da criação, quando Deus criou o ser humano, homem e mulher. Não se justifica, pois, a pretensa superioridade masculina.
Quanto ao casamento, o projeto de Deus é que o homem e a mulher, ao se casarem, sejam ambos uma só carne. Esta união é indissolúvel por ser obra de Deus. Sendo assim, a união conjugal não pode ser desfeita por nenhum motivo. A indissolubilidade do matrimônio só acontece quando existe amor, que exige do marido respeito pela mulher.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Senhor Jesus, possa eu compreender que a exigência de respeito por todos os seres humanos provém da verdade que todos foram criados por Deus.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-08-12


13 de Agosto de 2016

Mt 19,13-15

Comentário do Evangelho

As crianças são membros do povo de Deus

Não é a primeira vez que as crianças são mencionadas no evangelho segundo Mateus. No discurso sobre a Igreja, a criança é símbolo do próprio Cristo, servo dos servos, e, ao mesmo tempo, símbolo dos que se sentem desprezados e tentados a abandonar a fé, e que devem ser objeto do cuidado preferencial dos outros membros da comunidade (18,1-5). Aqui, no trecho de hoje do evangelho, as crianças simbolizam aqueles que vivem a sua existência na dependência de Deus, do mesmo modo que as crianças dependem de seus pais para crescer e amadurecer. O gesto de imposição das mãos pode significar tanto cura como bênção, ou, ainda, as duas coisas. O relato opõe a atitude de Jesus à atitude dos discípulos. A atitude dos discípulos é compreensível, se levarmos em conta a mentalidade da época: as crianças não devem importunar os adultos, sobretudo, um Mestre como Jesus. Mas ninguém pode, segundo Jesus, estabelecer uma barreira que impeça, não importa quem, de se aproximar dele. As crianças são membros do povo de Deus (Js 8,35) e, como tal, devem ser acolhidas. Podemos tirar do episódio uma dupla mensagem: em primeiro lugar, o Reino de Deus se abre para os que se sabem “pequenos”; em segundo lugar, e como consequência do anteriormente dito, a Igreja deve se abrir para acolher indistintamente a todas as pessoas, uma vez que Deus não faz distinção de pessoas.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, seja a simplicidade e a pureza de coração das crianças um exemplo no qual devo inspirar-me para ser fiel a ti.
Fonte: Paulinas em 15/08/2015

Vivendo a Palavra

Quando Jesus dizia que o Reino do Pai pertence às crianças, Ele se referia à condição delas em seu tempo: não eram contadas como pessoas, não tinham voz e lhes eram negados quaisquer direitos. Hoje, o Mestre diria que o Reino de Deus é dos simples, dos pobres, dos humildes, dos deserdados pela sociedade de consumo. Busquemos a simplicidade das crianças.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/08/2015

Reflexão

Muitas vezes, pelo fato de procurarmos viver de forma coerente os valores do Evangelho e percebermos os erros e os problemas que existem no mundo de hoje por parte de muitas outras pessoas que não tiveram a oportunidade de conhecer Jesus como nós o conhecemos, corremos o risco de fazer exatamente o contrário daquilo que Jesus exige de nós. Pode acontecer que nos coloquemos como intermediários entre Jesus e as pessoas não para aproximá-las dele, como é a sua vontade, mas para impedir que se aproximem dele por não serem dignas, negando a elas a oportunidade da graça da conversão e da vida nova em Cristo.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=8&dia=13

Meditação

Você se considera como uma criança indefesa e carente diante de Deus? - Busca aproximar-se cada vez mais dele? - Sua comunidade valoriza as crianças? - O que de mais importante você acha que a comunidade faz por elas? - A criança se sente tranquila e confiante diante de quem as ama. Você se sente assim diante de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 17/08/2013

Comentário do Evangelho

UM REPÚDIO À MARGINALIZAÇÃO

A atitude de Jesus de acolher as criancinhas, que eram apresentadas para que lhes impusesse as mãos e rezasse por elas, foi chocante para os discípulos. Estes as repeliam. A reação deles não foi motivada pelo receio de que estivessem esperando de Jesus um gesto mágico, nem eram movidos por ciúme ou por impaciência. Simplesmente, eram ainda incapazes de compreender o verdadeiro sentido do ministério de Jesus. A atitude do Mestre deveria ser bem considerada, para dela tirar as devidas lições.
O gesto de impor as mãos sobre as criancinhas aconteceu quando Jesus estava a caminho de Jerusalém, onde se consumaria o seu ministério. Momento terrivelmente sério de sua vida! No entanto, pelo caminho, mostrava-se sempre pronto a deter-se para acolher os humildes, os doentes e quem carecia de sua misericórdia. Embora a situação fosse grave, os pequeninos continuavam a ocupar o mesmo lugar no seu coração. Gesto semelhante deveriam fazer os seus discípulos.
Contrariando a mentalidade de seu tempo, Jesus repudiava a marginalização à qual as criancinhas eram relegadas. As que lhe foram apresentadas, tornaram-se símbolo das crianças de todos os tempos e lugares, as quais deverão ser tidas como modelo de atitude existencial dos discípulos do Reino. Estes devem primar pela humildade e pequenez diante de Deus, rejeitando toda atitude soberba e orgulhosa.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Espírito de pequenez diante de Deus, leva-me a ser humilde como as criancinhas, desprovido de soberba e de orgulho que me induzem a marginalizar o meu próximo.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-08-13


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