sábado, 20 de fevereiro de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA DE 21/02/2016

ANO C



Lc 9, 28b-35

Comentário do Evangelho - Paulinas

Domingo da Transfiguração. Do deserto da tentação Jesus sobe à montanha da transfiguração, não na ordem do tempo, mas na ordem da liturgia quaresmal. Quem viu Jesus enfraquecido e provocado no deserto precisa vê-lo transfigurado na montanha. Ele subiu para rezar, escreve São Lucas, e enquanto rezava o aspecto do seu rosto se alterou e suas roupas começaram a brilhar.
Quem o vê se lembra de que Moisés subiu ao monte Sinai atravessando a nuvem que o cobria e lá permaneceu quarenta dias e quarenta noites, o tempo da nossa Quaresma. A glória do Senhor pousara sobre o monte e seu aspecto era como o de um fogo consumidor. A nuvem cobriu o monte durante seis dias, e no sétimo, o Senhor chamou Moisés do meio da nuvem. Quem o vê lembra-se também de Elias, o profeta, que, alimentado pelo anjo, caminhou quarenta dias e quarenta noites, o tempo da nossa Quaresma, pelo deserto até o monte de Deus, Horeb, que é o Sinai. Num murmúrio de uma brisa suave, Deus se revelou a Elias.
E agora os dois conversam com Jesus, representando a Lei e os Profetas, que convergem para a pessoa do Salvador. Os três conversam sobre os acontecimentos de Jerusalém para onde Jesus se encaminha. Em Jerusalém tudo se consumará e Jesus partirá deste mundo. Ao subir à montanha Jesus tinha levado consigo três dos seus apóstolos: Pedro, Tiago e João. Estes três, mais André, encabeçam todas as listas dos doze apóstolos. Aqui falta André, mas não falta Pedro, que receberá o primado, nem Tiago, o primeiro a dar a vida por Cristo, nem João, a quem a tradição identifica com o discípulo amado, o que vai cuidar da mãe de Jesus. Marcos e Mateus dirão que os mesmos três acompanharam Jesus em sua agonia do Getsêmani, enquanto Lucas fala apenas de discípulos, sem mencionar nomes. Os três estarão novamente juntos na visita à casa de Jairo, cuja filha tinha morrido. Jesus entra no quarto com Pedro, Tiago e João e os pais da menina.
Depois lhes pediu que não falassem nada sobre a transfiguração. Guardaram silêncio naqueles dias. Pedro testemunha em sua segunda carta que Jesus recebeu de Deus Pai honra e glória quando uma voz vinda do céu lhe disse: Este é o meu Filho amado em quem me comprazo. Esta voz eles a ouviram quando lhe foi dirigida do céu, ao estarem com ele no monte santo.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2016’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d8

Vivendo a Palavra

A tentação de Pedro era ficar ali, gozando o esplendor da manifestação divina de Jesus. Mas a missão os convidava a descer da montanha e voltar ao meio dos irmãos. Também nós somos tentados a nos alienar dos problemas da Comunidade e nos refugiarmos nas dobras dos mantos dourados das imagens dos nossos templos.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Meditando o Evangelho

A SANTIDADE REVELADA

Os discípulos estavam longe de conhecer o Mestre, com quem partilhavam a vida e a missão. Nada de extraordinário havia em Jesus, que o distinguisse dos demais seres humanos. Com certeza, alguns traços de sua personalidade faziam dele uma pessoa especial. Contudo, nada que o fizesse impor-se às pessoas, obrigando-as a confessarem sua condição de Filho de Deus.
A transfiguração revelou aos três discípulos escolhidos o que, em Jesus, está além das aparências: sua santidade. Tudo, na cena, aponta para isto. Jesus transfigurou-se, enquanto estava em oração, em profunda intimidade com o Pai. Seu rosto assumiu uma nova fisionomia. A candura fulgurante de suas vestes, e tudo o mais, apontavam para a riqueza interior do Mestre. O ápice da experiência dá-se quando o Pai proclama-o com sendo seu Filho amado. Não resta lugar à dúvida: a humanidade de Jesus encobria sua santidade, que o colocava na esfera divina.
A proposta dos discípulos, encantados com o que viram, não convenceu a Jesus. Querer ficar no alto do monte, contemplando a glória do Mestre, não era um desejo viável. Era preciso descer a montanha e, com ele, caminhar até a cruz. Só então, para sempre, o fulgor de sua glória despontaria na ressurreição.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Oração
Espírito de revelação, como aos três discípulos, mostra-me a santidade de Jesus, com quem devo caminhar até a cruz.
http://www.domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2016-02-21

Recadinho


Quando Jesus lhe fala? - Onde você reza? - Em que circunstâncias prefere rezar? - Você oferece seus sofrimentos e cruzes a Deus? - Você considera o trabalho uma fonte de bênçãos? Faz seu trabalho com dedicação e amor?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
http://www.a12.com/santuario-nacional/santuario-virtual/liturgia-diaria/21/02/2016

REFLEXÕES DE HOJE


21 DE FEVEREIRO-DOMINGO
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

Liturgia comentada

Conversavam com ele… (Lc 9,28b-36)
Quando meditamos sobre a Transfiguração de Jesus na alta montanha que a Tradição identifica com o Monte Tabor, nosso olhar costuma se concentrar na luz, na brancura das vestes, no fulgor que cega. Não seria antes o caso de fechar os olhos e abrir os ouvidos? Não seria o excesso de luz exatamente um convite a trocar a visão pela audição?
Sim, a Transfiguração é um momento de conversas. Na horizontal, Jesus conversa com a Lei (Moisés) e com a Profecia (Elias). Diríamos que a Palavra conversa com a Palavra: Moisés recolhera nas tábuas de pedra a Palavra que o dedo de Deus – o Espírito Santo – gravara a fogo para o povo a caminho; Elias fizera ecoar em Israel a Palavra viva que denunciava a idolatria. E Jesus Cristo é aquele que encarna em definitivo a Lei e a Profecia.
Na vertical, acima do cume da montanha, estende-se a nuvem onde se oculta o Pai. E é da nuvem que sai a voz a identificar o Filho: “Este é meu Filho, o Eleito! Escutai-o!” Os dois eixos da comunicação traçam uma cruz sobre o Tabor. Não admira que falassem exatamente sobre a “saída desse mundo” que Jesus viveria em Jerusalém, pregado na cruz.
Nenhum de nós precisa galgar as ásperas encostas do Tabor. Não é aquela extrema luminosidade extraterrestre que deve prender nossa atenção. Importa, sim, ouvir a voz do Pai que nos diz o essencial: escutar Jesus!
Muita gente estaria disposta a subir montanhas para presenciar espetáculos pirotécnicos, a dança do sol e o remoinho das estrelas. Pouca gente se dispõe a fechar os olhos e acolher – nos ouvidos e no coração – a voz do Pai que nos orienta para o Filho.
Na hora sombria do Calvário, os relâmpagos são breves, a luz se esconde, todo brilho desvanece. Só ficarão ao pé da cruz aqueles que ouvem e praticam a palavra de Deus (cf. Mt 7,24).
Quando acordaram Pedro, Tiago e João, só viram a Jesus. E, de fato, não precisavam ver mais nada. Ninguém mais. Basta o Filho de Deus para preencher toda a paisagem e concentrar todos os nossos olhares. Mas de nada adiantaria ver a Jesus dia e noite e, afinal, fazer como Judas, que viu, mas não ouviu…
Parece que nosso tempo não é tempo de visões. A tela da TV concentra todos os olhares. No entanto, nada impede que nossos ouvidos se voltem para a fonte da revelação, onde o Filho nos chama para o Pai.
Orai sem cessar: “Ouvirei o que diz o Senhor Deus!” (Sl 85,9)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-21022016/



Oração Final
Pai Santo, mantém-nos encantados pelas maravilhas da fé, mas dá-nos, também, vontade irresistível de transmiti-las aos companheiros de viagem de retorno ao Lar Paterno, através de uma relação generosa e compassiva, especialmente com os pobres. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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