quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Bem-aventurado Contardo Ferrini - 22 de outubro


Contardo Ferrini
Bem-aventurado
1859-1902
Terciário franciscano (1859-1902)
Contardo Ferrini tinha extrema inteligência. Filho de Rinaldo e Luiza, ambos, desde cedo, cuidaram para o integral desenvolvimento de sua potencialidade. Seu pai, um professor e engenheiro, incutiu-lhe o desejo de buscar o conhecimento nas fontes verdadeiras e uni-lo à fé. Esta última parte sempre foi muito desprezada pela maioria dos intelectuais.
Porém Contardo foi um dos juristas mais apreciados e um dos grandes romancistas do seu tempo. Um grande professor e intelectual, mas muito diferente e especial também. O que o tornava realmente destacado era sua dedicação religiosa, num tempo em que a Igreja atravessava profunda crise de fé e enfrentava grande oposição. Já era assim quando nasceu, no dia 5 de abril de 1859, em Milão, Itália. E continuaria sendo nas décadas seguintes.
No plano intelectual, foi brilhante. Com 17 anos, já havia estudado Hebraico, Siríaco, Sânscrito e Copta, e iniciava o curso de Direito na Universidade de Pávia. Especializou-se em Direito Romano e, para isso, além de estudar Latim, Grego e Alemão, paralelamente aprendeu Espanhol, Inglês e Francês. Laureado em 1880, como prêmio, a universidade deu-lhe uma bolsa de estudos, o que proporcionou-lhe a oportunidade de estudar na Universidade de Berlim. Com 24 anos, já lecionava Direito Criminal e Direito Romano, viajando pelo exterior e realizando conferências e palestras.
No plano espiritual, foi exemplar. Mesmo depois de aguentar e sofrer com as gozações dos companheiros de universidade por causa da religiosidade, foi crescendo na fé. Fez voto de castidade em 1881, e assistia à missa diariamente. Humilde, seu amor aos mais pobres o fez participar das obras da Sociedade de São Vicente de Paulo. Simples, seu amor à natureza — praticava alpinismo — o fez tornar-se terciário franciscano em 1886.
Juntando os dois planos, foi um homem completo, amigo, solidário, lutador das causas contra o divórcio, dos excessos de materialismo e em defesa da infância abandonada, especialmente quando foi eleito conselheiro municipal de Milão. Vivia para os estudos, as aulas, a igreja e as orações solitárias em casa, mas estava sempre à disposição de todos os que o procuravam para pedir ajuda, conselhos e orientações pessoais.
Nas férias, sempre viajava para Suna, uma região montanhosa destinada à pratica do alpinismo. Lá, conheceu um religioso apreciador e praticante desse esporte, Achille Ratti, mais tarde Pio XI, promotor de sua beatificação. Foi lá que contraiu a doença que o levou à morte em 17 de outubro de 1902, o tifo.
Deixou um legado literário importante: os escritos jurídicos de Ferrini resultam nos cinco volumes conhecidos como "Obras de Contardo Ferrini", os estudos espirituais chamados de "Escritos religiosos de Contardo Ferrini" e "A vida".
O papa Pio XII beatificou-o em 1947. No mesmo ano, o bem-aventurado Contardo Ferrini foi proclamado patrono da Faculdade Paulista de Direito, da Pontifícia Universidade Católica, e a Sala de Reuniões da mesma o homenageia com seu nome. A celebração litúrgica em sua memória ocorre no dia de sua morte.
Texto: Paulinas Internet
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=408

Nenhum comentário:

Postar um comentário