domingo, 28 de setembro de 2014

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 28/09/2014

ANO A



Mt 21,28-32

Comentário do Evangelho


Duas atitudes diante do chamado de Deus.

Como está o nosso sim ou a nossa adesão a Deus? A teologia da retribuição faz parte de uma mentalidade que perpassa quase todo o Antigo Testamento. O trecho do livro do profeta Ezequiel nos põe às portas da primeira deportação dos judeus para a Babilônia, em 597 a.C. A deportação mais importante foi a do ano 587 a.C., e a terceira foi em 582 a.C. Ante a iminência do exílio, o povo de Deus blasfema pondo em Deus a culpa de seu fracasso. Mas Deus não se cala; nem sempre Deus silencia. É Ele quem revela as faltas do seu povo. O exílio é o fruto podre das alianças políticas equivocadas e consequência do abandono, por parte do povo, do Deus que os havia libertado da casa da servidão. A injustiça que eles cometeram foi abandonar os mandamentos do Senhor para seguir suas próprias inclinações más. É preciso compreender que Deus não nos trata segundo as nossas faltas, nem é Ele que está na origem de nossos males. Deus provoca a conversão e acolhe todo pecador que se converte. Nesse sentido, o texto de hoje do profeta Ezequiel é um apelo à conversão.
A parábola dos dois filhos representa duas atitudes diante do chamado de Deus. Essa parábola é a sequência do diálogo com os sumos sacerdotes e anciãos em que eles perguntam a Jesus, perplexos pela sua atitude de expulsar do Templo os cambistas e os comerciantes (Mt 21,12-16), quanto à origem de sua autoridade: “quem te concedeu essa autoridade?” (v. 23). A pergunta deles revela a resistência em reconhecer a origem divina de Jesus. Desejam desmascarar Jesus, mas diante de Jesus é a máscara deles que cai por terra. O filho que diz não ao seu pai e, depois, acaba indo trabalhar na vinha, vale mais do que aquele que diz sim, mas não obedece. Um homem de verdade é reconhecido por seus atos, não por suas intenções. Imaginemos um banquete em que os lugares eram distribuídos em função da dignidade das pessoas. O anúncio de Jesus significa que os publicanos e as prostitutas, cujas vidas, num primeiro momento, representavam um não a Deus, ocupam, no Reino dos Céus, o lugar reservado aos sumos sacerdotes e aos anciãos. Por quê? Por que eles ouviram a pregação de João Batista e se converteram. Os sumos sacerdotes e os anciãos, ao contrário, resistiram em crer em João, como resistem em crer em Jesus, apesar de terem visto as boas obras, e não se converteram.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, quero ser para ti um filho que escuta a tua Palavra e se esforça para cumpri-la com sinceridade. Que a minha resposta a teu apelo não seja pura formalidade.

Vivendo a Palavra

Jesus anuncia o Amor eficaz, que podemos definir assim: ‘o Amor é o que o Amor faz e não o que o Amor diz’. Não são cristãos – seguidores do Cristo – aqueles que dizem ‘Senhor, Senhor!’, mas quem ouve e cumpre a vontade do Pai que está no céu. Tenhamos em nossos corações o desejo de servir ao irmão, para a glória do seu e do nosso Criador.

Recadinho


O que dizer da chamada “parábola do arrependimento?” - Não deve ser esta uma de nossas primeiras atitudes, o saber arrepender-se? - Adianta dizer que é de formação católica se não pratica? - Procuramos coerência entre nossas palavras e atos? - Pede as luzes do Espírito para conseguir trilhar o caminho do arrependimento?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

Comentário do Evangelho

Jesus, tendo sido questionado pelos chefes religiosos, membros do Sinédrio (cf. 15 dez), passa à ofensiva e lhes propõe uma parábola simples, sem grandes detalhes.
Na parábola, um dos filhos, de início, rejeitou o pedido do pai para ir trabalhar na vinha, porém depois fez conforme o pai pedira. O outro filho concordou logo, mas, efetivamente, não o fez. Agora é Jesus quem pergunta aos chefes judeus: "Qual dos dois fez a vontade do pai?".
Diante da resposta dos chefes, reconhecendo que foi o primeiro filho quem fez a vontade do pai, Jesus volta a colocar em evidência o testemunho de João Batista: os chefes religiosos judeus não fizeram a vontade do Pai ao rejeitarem o caminho da justiça anunciado por João. Porém os excluídos, publicanos e prostitutas, que eram considerados pecadores, fizeram a vontade do Pai quando creram e aderiram a João.
O próprio João Batista, dirigindo-se a estes chefes, proclamara: "Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? Produzi, então frutos de arrependimento e não penseis que basta dizer: ´Temos por pai a Abraão´"... (Mt 3,7b-9). É contundente e profundamente subversiva a sentença final de Jesus: "Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus". Porque os publicanos e as prostitutas acreditaram em João, mas os chefes de Israel, não.
Os marginais acolhem Jesus e as elites o rejeitam. É a expressão de uma sociedade fundada em valores e estruturas equivocados. Suas elites se afirmam em torno do poder e do dinheiro e humilham, exploram e excluem os humildes, fracos, pequenos e pobres. Estes se unem em torno de Jesus que se fez igual a eles (segunda leitura).
Para Deus o essencial é a prática atual da justiça e do amor, independentemente do passado.
Oração
Ó Deus, que mostrais vosso poder sobretudo no perdão e na misericórdia, derramai sempre em nós a vossa graça, para que, caminhando ao encontro das vossas promessas, alcancemos os bens que reservais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

A religião nem sempre conduz a fazer a vontade de Deus

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 21,28-32, que corresponde ao 25º Domingo do Tempo Comum, ciclo A do Ano Litúrgico. Confira o comentário de José Antonio Pagola, teólogo espanhol.

O perigo da religião

Jesus leva uns dias em Jerusalém movendo-se à volta do templo. Não encontra pelas ruas o acolhimento amistoso das aldeias da Galileia. Os dirigentes religiosos que se cruzam no Seu caminho procuram desautorizá-lo diante das pessoas simples da capital. Não descansarão até enviá-Lo para a cruz.
Jesus não perde a paz. Com paciência incansável continua a chamá-los para a conversão. Conta-lhes um episódio simples que lhe ocorre ao vê-lo: a conversa de um pai que pede aos seus dois filhos que vão trabalhar na vinha da família.
O primeiro rejeita o pai com uma negativa categórica: “Não quero”. Não lhe dá explicação alguma. Simplesmente não lhe apetece. No entanto, mais tarde reflete e dá-se conta que está a rejeitar o seu pai e, arrependido, dirige-se para a vinha.
O segundo atende amavelmente a petição do seu pai: “Vou, senhor”. Parece desposto a cumprir os seus desejos, mas rapidamente se esquece do que disse. Não volta a pensar no seu pai. Tudo fica em palavras. Não se dirige para a vinha.
Para o caso de não terem entendido a Sua mensagem, Jesus dirigindo-se aos “sumo sacerdotes e aos anciãos da terra”, aplica-lhes de forma direta e provocativa a parábola: “Asseguro-vos que os publicanos e as prostitutas estão à vossa frente no caminho do reino de Deus”. Quer que reconheçam a sua resistência para entrar no projeto do Pai.
Eles são os “profissionais” da religião: os que disseram um grande “sim” ao Deus do templo, os especialistas do culto, os guardiões da lei. Não sentem necessidade de converter-se. Por isso, quando veio o profeta João a preparar os caminhos de Deus, disseram-lhe “não”; quando chegou Jesus convidando-os a entrar em Seu reino, continuaram a dizer “não”.
Pelo contrário, os publicanos e as prostitutas são os “profissionais do pecado”: os que disseram um grande “não” ao Deus da religião, os que se colocaram fora da lei e do santo culto. No entanto, o seu coração manteve-se aberto à conversão. Quando veio João acreditaram nele; ao chegar Jesus acolheram-no.
A religião nem sempre conduz a fazer a vontade do Pai. Podemo-nos sentir seguros no cumprimento dos nossos deveres religiosos e habituar-nos a pensar que nós não necessitamos de nos converter nem mudar. São os afastados da religião os que o hão de fazer. Por isso é tão perigoso substituir o escutar o Evangelho pela piedade religiosa. Diz Jesus: “Nem todos os que me digam ‘Senhor’, ‘Senhor’ entrarão no reino de Deus, mas os que façam a vontade do Meu Pai do céu”.
http://www.domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=369921

REFLEXÕES DE HOJE


DIA 28 DE SETEMBRO-DOMINGO
28 de setembro – 26º DOMINGO COMUM
Por Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj

I. INTRODUÇÃO GERAL

Os textos de hoje nos mostram que o Reino de Deus entra em diálogo com o ser humano, para que este possa distinguir entre o modo como se dá a ação divina e a maneira humana de proceder. O ser humano é uma tarefa, ele nunca vai estar terminado; sua existência no mundo é um constante fazer-se e refazer-se, baseado nas decisões tomadas com livre-arbítrio.
Quem é bom pode deixar o caminho do bem, e quem é perverso pode abandonar a vereda do mal. Por isso, Deus está constantemente chamando o ser humano para que deixe os caminhos tortuosos e diga um “sim” consciente e maduro, que seja realmente “sim”. Para isso, Deus envia mediadores, na tentativa de chegar ao coração humano.
Contudo, as pessoas podem recusar o chamado de Deus, fazer pouco caso de sua proposta ou até mesmo ser hostis com os mediadores que ele envia. É sobretudo por orgulho que opõem obstáculos à própria salvação. Por isso, exorta-nos o apóstolo: “Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo”.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. Evangelho (Mt 21,28-32): João ensinou o caminho da justiça e não acreditaram nele
Jesus, para nos instruir sobre nossas próprias escolhas, conta-nos a parábola dos dois filhos que mudaram de atitude. Deus nos fez livres. A salvação que ele nos oferece é puro dom. Cabe-nos responder “sim” ou “não” a esse convite. O livre-arbítrio possibilita ao ser humano acolher em sua vida o bom ou o mau caminho. Há sempre a possibilidade de mudar de rumo. É isso o que nos mostra o texto. Ambos os irmãos mudaram de rumo. Um fez a vontade do pai e o outro não.
Estar no rumo certo não é sinônimo de segurança, pois podemos ser facilmente levados para outro caminho, se não nos mantivermos atentos ao chamado constante de Deus. Por isso a necessidade constante de conversão, porque não estamos prontos. E os que se acham “santos” são muito facilmente propensos ao erro, mais do que os que têm firme consciência das próprias limitações. Os “santos” acabam afogando-se na sua soberba e se fecham à graça divina. Ao contrário, os pecadores são mais abertos para acolher a graça, pois confiam apenas na misericórdia de Deus.
Fazer a vontade de Deus é muito mais acolhê-lo na vida diária do que proclamar discursos vazios, destituídos de testemunho de vida. Deus nos chama constantemente a viver seu amor na doação total de nossa vida ao irmão. Deve-se viver esse chamado nos atos cotidianos, nas relações interpessoais, nas próprias escolhas. Fazendo assim, caminha-se na justiça e no testemunho fidedigno do Reino de Deus. 

2. I leitura (Ez 18,25-28): Deus ensina o caminho aos pecadores
O texto começa com uma estranheza: “O caminho do Senhor não é direito” (v. 25). Pensava-se dessa forma porque Deus não fazia o que se esperava, a saber: recompensar o “justo” e castigar os “injustos”. Esse modo diferente de Deus proceder irritava as pessoas tidas como santas naquela época.
Por meio do profeta, Deus toma a palavra e põe as intenções humanas às claras: os caminhos humanos é que são tortuosos, mas, apesar disso, Deus continua chamando, respeitando o livre-arbítrio e perdoando a cada um de seus filhos.
Em primeiro lugar, Deus se dirige aos tidos por justos. O que se pode dizer de uma pessoa realmente justa? Como pode ser qualificada uma pessoa convertida? Aquele que aparentemente é santo e irrepreensível, e comete atos que fazem transparecer grande maldade no coração, pode ser considerado justo ou convertido? Segundo o texto que foi proclamado, a pessoa que se qualifica assim não é verdadeiramente justa, e Deus, que tudo vê, considera os atos de iniquidade dela, não sua suposta justiça externa.
Outros são tidos por pecadores, hereges, infiéis, gentinha de má conduta. A estes Deus convida à conversão e, caso tenham abertura para acolher o perdão divino, é-lhes assegurado que não serão considerados os atos praticados numa vida desregrada, muitas vezes afetada por condicionamentos sociais, religiosos e psicológicos.
Enfim, o texto bíblico exorta todos à conversão, e a todos está destinado o perdão de Deus.

3. II leitura (Fl 2,1-11): O esvaziamento de Cristo nos ensina o caminho para Deus
O apóstolo Paulo pede aos filipenses que tenham os mesmos sentimentos de Cristo (v. 5). Com isso, ele espera resolver o problema daquela comunidade: egoísmo e arrogância (v. 3) e dissensões internas que ameaçavam o amor, a unidade e o companheirismo. Mas quais seriam os sentimentos de Cristo que o apóstolo deseja inculcar nos filipenses?
Para definir bem de que se trata, Paulo usa o termo “esvaziamento” ou “abaixamento”, que significa privar-se de poder ou abdicar de um direito que se possui. Cristo não se apegou à sua condição divina nem usou dos privilégios dela em favor de si mesmo, mas assumiu a existência humana como servo. O abaixamento de Cristo não é apenas tornar-se humano, mas, além disso, tornar-se servo.
Isso caracteriza a totalidade da vida de Jesus, que assumiu as limitações humanas e esteve à mercê de nosso egoísmo e violência, responsáveis pela sua morte terrível na cruz. Porque, acima de tudo, ele quis atender ao bem-estar e aos interesses dos outros, em vez de ter interesses egocêntricos.
Esse modo de viver de Jesus nos ensina o caminho para Deus. É descendo a escada da humildade que ascendemos ao reino definitivo. Esses critérios são diferentes dos critérios humanos, mas são o único e legítimo caminho para a verdadeira humanização e para Deus.

III. PISTAS PARA REFLEXÃO

O momento atual é marcado por uma religiosidade intimista e subjetiva, de relacionamento vertical: o indivíduo e Deus. Isso traz como consequência a ideologia da prosperidade: “Eu não cometo pecados escandalosos e, em troca, Deus me abençoa com o que quero”. Esse tipo de religiosidade suscita a ideia de um Deus castigador, que está contra os “maus” e recompensa os “bons”. As leituras de hoje mostram que tal pensamento é tortuoso e não representa os critérios de Deus. Por isso é bom destacar na homilia a gratuidade, o cuidado com os mais fracos, a tolerância e o diálogo que constroem comunidade.
Hoje é o dia da Bíblia, palavra de Deus, “luz para os passos, lâmpada para o caminho” (Sl 119,105). Tal data não deve passar sem algum destaque na comunidade. Há um clamor uníssono para que a palavra de Deus seja o centro da vida e da missão da Igreja. Este dia é ótima oportunidade para que sejam iniciados (ou melhorados) eventos que destaquem a centralidade da palavra de Deus em toda a Igreja, começando pelas comunidades mais simples e pequenas, até atingir o mundo inteiro.

Aíla Luzia Pinheiro Andrade, nj
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje – BH), onde também cursou mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos. Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas).
E-mail: aylanj@gmail.com
http://vidapastoral.com.br/roteiros/28-de-setembro-26o-domingo-comum/
28 de setembro: 26º Domingo do Tempo Comum
TRABALHADORES NA VINHA DO SENHOR
Os dois filhos da parábola negam sua palavra: um diz sim e não faz; outro diz não e faz. O que é mais grave: dizer sim e não fazer ou dizer não e fazer? Os dois filhos se arrependem da própria palavra dada.
Diante de Deus, o que vale não é tanto a palavra, o falar, mas o fazer. Para cumprir sua vontade, não basta dizer “Senhor, Senhor” e enfileirar promessas; o que importa é a prática de vida. Por traz da palavra podem estar escondidas falsidades e mentiras. Como disse alguém, fazer é a melhor maneira de mostrar que é possível transformar a sociedade.
Todos somos chamados a trabalhar na vinha do Senhor. Palavras passam depressa; o que tem valor realmente é arregaçar as mangas e se dispor ao projeto de Jesus. Ele necessita de pessoas generosas que se dediquem a dar continuidade ao seu reino: a construção de uma sociedade justa e fraterna, que se preocupe principalmente com a inclusão dos excluídos.
O que nos causa mais surpresa é a segunda parte do evangelho: os pecadores e as prostitutas nos precederão no reino dos céus – embora todos nos incluamos no grupo dos pecadores e sejamos, portanto, “merecedores” do “prêmio” prometido por Jesus. Os que se pretendem perfeitos, bons observadores das leis e frequentadores da Igreja podem ser precedidos no reino pelos que, não obstante sejam julgados e condenados como violadores das leis e pecadores públicos, trilham o caminho da justiça, o caminho de Deus, do seu projeto e de sua vontade.
Muitos abandonados pela sociedade e sem lugar nas igrejas podem estar no coração de Deus. Quando os evitamos ou desprezamos, Deus se aproxima deles e os acolhe.
Uma religião que se restringe ao cumprimento de rituais e práticas religiosas e se descuida da vivência fraterna, da ternura e da compaixão não é do agrado de Deus e é de pouca valia. Nossos encontros com Deus nos fins de semana, com a comunidade reunida, sinalizam nosso desejo de contar com ele ao longo da semana, vivendo a caridade e a justiça.
Pe. Nilo Luza, SSP
http://www.paulus.com.br/portal/o-domingo/28-de-setembro-26o-domingo-do-tempo-comum#.VCerhmfwnfI
Dia 28 – 26° DOMINGO COMUM
REZAR SEMPRE PARA FAZER A VANTADE DE DEUS
No tempo de Jesus, os publicanos ou cobradores de impostos eram um grupo odiado por muitos. Eram considerados traidores de seu povo, pois trabalhavam para os romanos, que, em nome da paz e da segurança, tratavam as pessoas com violência e cobravam taxas dos povos dominados. As prostitutas também eram odiadas e tratadas com desprezo, por causa da vida que levavam. Mesmo assim, Jesus diz aos chefes religiosos de sua época que aquele tipo de gente iria entrar no reino de Deus antes deles. Não parece estranho? Como é que pessoas que vivem mais em contato com a religião podem ser deixadas para trás no caminho do reino de Deus, enquanto entram na frente outros que tiveram vida notória de pecado?
Certamente Jesus não quer incentivar ninguém a viver da exploração do povo, como também não quer justificar a prostituição, que ainda em nossos dias transforma mulheres e homens em mercadoria de prazer. Mas Jesus também não concorda com o tipo de religião praticada por aqueles líderes religiosos, que falavam muito de Deus, mas não se convertiam. Conheciam as Escrituras de cor, mas não praticavam a justiça. Jesus nos ensina que, mais do que nossas palavras, o que nos salva são nossas atitudes.
Entretanto, não pensemos que ele esteja dizendo que a oração, as práticas de piedade e as pregações são coisas sem importância. Pelo contrário, é pela oração constante e perseverante que conhecemos a vontade de Deus. As prostitutas e os publicanos se converteram à justiça do reino de Deus porque tiveram fé, acreditaram na Palavra anunciada por João Batista. Não deixemos, portanto, de pedir a Deus que tenhamos uma vida equilibrada de oração e ação, para que nossos gestos sejam coerentes com aquilo que dizem nossos lábios.
Pe. Claudiano Avelino dos Santos, ssp

Reflexão:
Pistas para a reflexão:

I leitura: Não podemos culpar a Deus pela nossa infelicidade.
II leitura: Somos convidados a imitar Cristo na humildade e no desprendimento.
Evangelho: Não basta apenas dizer sim; é necessário trilhar o caminho da prática da justiça.

DOMINGO, 28 DE SETEMBRO DE 2014
Homilia do 26º Domingo do Tempo Comum, por Pe. Paulo Ricardo






O arrependimento

Jesus está em Jerusalém, sabendo que os mesmos que O aclamaram à entrada da cidade O condenarão à morte na Cruz. Então, em uma última tentativa de converter o coração dos judeus - principalmente, o dos sacerdotes e dos anciãos do povo -, ele conta a parábola dos dois filhos. Convidados por seu pai a trabalhar na vinha, o primeiro peca em um primeiro momento e diz não, mas, depois, se arrepende e vai; o segundo, a princípio, responde que sim, mas desobedece e não vai.

A pedagogia usada por Nosso Senhor nessa passagem é a mesma usada pelo profeta Natã para censurar o rei Davi, por ele ter matado Urias e tomado para si a sua esposa, Betsabeia. Na ocasião, Natã também se serve de uma parábola para se dirigir a Davi. Ele conta a história de um rico que tinha muitos bois e ovelhas e de um pobre que possuía apenas uma pequena ovelha, que “era para ele como uma filha”. Em um ato de grande injustiça, o rico, para dar de comer a um hóspede, ao invés de matar um de seus animais, mata o cordeiro do pobre e prepara-o para o visitante. Davi fica revoltado com a atitude do rico, ao que Natã o repreende: “Este homem és tu!” [1].

Com a sua parábola, Jesus quer que os judeus caiam em si e, condenando a atitude do segundo filho, ajam como o primeiro e se arrependam.

Ao se referir à atitude do primeiro filho, a palavra grega que, na versão litúrgica brasileira, é traduzida por “mudou de opinião”, é “μεταμεληθες” (lê-se: metamelitheís), a mesma usada no versículo 32 para dizer que os sacerdotes e anciãos não se arrependeram (“οὐδὲ μετεμελήθητε”) para crer em São João Batista. De fato, o arrependimento é muito mais que uma simples “mudança de opinião”: inclui também um pungimento e uma comoção interior.

No entanto, só isso não é suficiente. É preciso, sobretudo, uma determinação firme de fazer a vontade de Deus. Por isso, Jesus questiona os sacerdotes e anciãos: “Qual dos dois fez a vontade do pai?” O coração do ensinamento de Jesus nesta parábola é justamente este: “fazer a vontade do Pai”.

Santo Tomás de Aquino, ao responder se a penitência é uma virtude, explica:
“Fazer penitência é doer-se de algo cometido anteriormente. Já se viu também que a dor ou a tristeza pode ser considerada de duas maneiras. Primeira, enquanto é uma paixão do apetite sensitivo e, sob este aspecto, a penitência não é uma virtude, mas uma paixão. Segunda, enquanto é um ato da vontade e, nesse caso, ela implica certa escolha. E se esta é feita de maneira reta, pressupõe que seja um ato de virtude. Diz Aristóteles que a virtude é ‘um hábito de escolher conforme a reta razão’. Pertence, porém, à reta razão que alguém se doa daquilo de que se deve doer. E isso acontece na penitência, de que agora se trata. Pois, o penitente assume uma dor moderada dos pecados passados, com a intenção de afastá-los. Daí se segue que é claro ser a penitência, de que agora falamos, uma virtude ou ato de virtude.” [2]
Para arrepender-se de verdade, não basta “sentir-se mal”; é preciso que a “paixão do apetite sensitivo” se transforme em um ato da vontade. O arrependimento virtuoso deve terminar em uma escolha determinada, pois é nela que está o amor.

Um excelente comentário a essa lição é o episódio da pecadora que, “quando soube que Jesus estava à mesa na casa do fariseu [Simão], trouxe um frasco de alabastro, cheio de perfume, postou-se atrás, aos pés de Jesus e, chorando, lavou-os com suas lágrimas. Em seguida, enxugou-os com os seus cabelos, beijou-os e os ungiu com perfume” [3]. Na ocasião, o fariseu, preocupado com as aparências, achou inconveniente o comportamento daquela mulher. Ela, ao contrário, desprezando completamente o que os outros pensavam dela, queria tão somente amar Nosso Senhor. Embora exista uma carga emocional em seus atos, o que é determinante é a escolha que ela fez de um novo caminho para a sua vida.

No comentário a essa página do Evangelho de São Lucas, São Gregório Magno mostra como aquela mulher que tinha usado todo o seu ser para o pecado, voltou-o totalmente para Jesus:
“Com os olhos, desejara as coisas da terra; com os mesmos, agora, chorava, em sinal de penitência. Com os cabelos que serviam de enfeite para o seu rosto, agora, ela enxugava as suas lágrimas (...). Os lábios com que ela dissera palavras soberbas, agora, osculando os pés do Senhor, ela pregava aos passos de seu Redentor (...). O óleo que ela usara para perfumar o seu corpo de modo torpe agora ela oferecia a Deus de modo louvável (...). Enfim, tudo o que tinha para o próprio prazer, ela oferece em holocausto. Converteu em número de virtudes o número de seus crimes, a fim de consagrar-se inteiramente a Deus por meio da penitência, tanto quanto se tinha separado d’Ele por meio da culpa.” [4]
O amor daquela mulher é o que faz toda a diferença. “Os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, pois ela mostrou muito amor” [5].

Muitas vezes, as pessoas, depois que cometem um pecado, entram em um beco sem saída, pois ficam remoendo constantemente o sentimento de culpa em seu coração. Não entendem que devem determinar-se, a fim de usar tudo o que são e têm para amar e servir a Deus, ao invés de ficarem alimentando inutilmente o que não é virtude, senão paixão.

Nesse caminho, é muito importante não se preocupar com as aparências, com o que os outros vão pensar de nós. A grande dificuldade dos sacerdotes e anciãos do povo, bem como de Simão, o fariseu, era a sua preocupação com o exterior. Por isso as figuras de São João Batista e de Jesus foram motivo de confusão para eles. Enquanto o primeiro pouco comia e bebia - e era repreendido pelos judeus -, o segundo comia e bebia - e era chamado de “comilão e beberrão, amigo de publicanos e de pecadores” [6]. Não aprenderam que a verdadeira religião não tem a ver com as aparências, mas com o coração.

Assim, no Evangelho, o primeiro filho aparentemente desobedece, mas, depois, faz a vontade do pai; e o segundo aparentemente obedece, mas, no fim, manifesta-se como um rebelde. Que o Senhor nos ajude a amá-Lo com verdadeiro amor e determinação e não nos deixe cair na tentação de viver segundo as aparências. T

Referências:

Cf. 2 Sm 12, 1-15.
Suma Teológica, III, q. 85, a. 1.
Lc 7, 37-38.
Apud Santo Tomás de Aquino, Catena Aurea in Lucam, 7, 6.
Lc 7, 47.

Mt 11, 19.
http://www.reflexoesfranciscanas.com.br/2014/09/homilia-do-26-domingo-do-tempo-comum.html
Liturgia de 28.09.2014 - 26º DTC
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A Voz do Pastor - 26º Domingo Comum - Domingo 28/09/2014

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Mateus 21,28-32

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Evangelho do Dia 14/12/2010 (Mt 21, 28-32)

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Aliança Misericórdia




Arrependeu-se e foi. Os cobradores de impostos e as prostitutas vão entrar antes de vós no Reino do céu.

HOMILIA
OS DOIS FILHOS Mt 21,28-32
Os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no reino dos céus, disse Jesus às autoridades judaicas que o escutavam no Templo. Podemos imaginar o escândalo que estas palavras causaram aos ouvidos dos “justos” de Israel! Ser precedido nos céus por uma prostituta ou um cobrador de impostos?!  No tempo de Jesus, os cobradores de impostos eram totalmente desonestos. Não poderia se ouvir ofensa maior. Ser colocado para trás logo por quem? Por pessoas de má fama?
Mas, por que Jesus reprova tanto estes sacerdotes e anciãos? Onde foi que eles erraram? Exatamente na incoerência entre o “falar” e o “fazer”. E Jesus mostra isso claramente com a parábola dos dois filhos. Nela, para ambos os filhos, o pai pede cordialmente que trabalhem na vinha. O primeiro se prontifica imediatamente: “Sim, Senhor!”, mas não move uma palha. O segundo está decidido: “Não quero!”, mas pensa melhor e aparece lá para trabalhar.
No primeiro filho, as palavras são boas e gentis, mas falta a sua realização. No segundo, as palavras até parecem brutas, mas a ação é boa. As palavras por si só não salvam, é preciso praticá-las. O próprio Jesus já havia alertado: “Não quem me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21). Já o exemplo do segundo filho é autêntico: ele cumpre a vontade do pai não com palavras, mas com ações.
Os chefes judaicos até que estavam de acordo que a vontade do Pai só pudesse ser cumprida com ações, mas não estavam de acordo de jeito nenhum com a aplicação que Jesus fizera desta parábola. Assim, percebemos que tipo de distância abismal havia entre o dizer e o fazer na religiosidade farisaica e que é tão viva ainda hoje. A reprovação de Jesus é dirigida a quem dá mais valor às aparências do que à essência, mais às palavras que à prática, mas ao exterior que ao interior. Se formos fazer um exame de consciência bem feito, vamos perceber imediatamente como somos fariseus, como o primeiro filho pronto a dizer “sim” com os lábios, mas a não fazer quase nada quando o assunto é cumprir a vontade de Deus.
A exortação de Jesus se torna ainda mais provocante, como já dissemos acima, porque contrapõe aos seus interlocutores os publicanos e as prostitutas. Para os chefes dos judeus, o fato de serem mencionados juntamente com pessoas dessa classe era muito ofensivo. Eles desprezavam e excluíam totalmente estas pessoas. Jesus, pelo contrário, vê nelas o segundo filho. Num primeiro momento, deram um não, mas depois se arrependeram e fizeram a vontade do Pai. Jesus não aprova o modo de vida delas, mas reconhece a acolhida que elas deram à mensagem de conversão de João Batista e a julga como o cumprimento da vontade de Deus.
Jesus afirma que só aquele que reconhece o seu pecado pode se arrepender; aquele que se acha justo, um auto-suficiente, seguro de sua justiça, nunca vai reconhecer que erra. De fato, foi isto o que aconteceu pela pregação de João Batista: os fariseus o rejeitaram, enquanto os pecadores se arrependeram e se converteram. Aqueles, de fato, não se agradaram em ouvi-lo, estavam fechados ao Evangelho e só quem se deixa tocar pelo Evangelho, se afasta de si mesmo (já que, no fundo, a religiosidade farisaica é o agradar a si mesmo, pelo próprio comportamento, pelas próprias ações) e se abandona à vontade de Deus.
Até que os fariseus faziam boas e muitas ações, pois observavam a lei de Moisés, mas esqueciam a parte fundamental: reconhecer os sinais da presença de Deus, primeiramente em João Batista, depois em Jesus. Descobrimos assim que a manifestação concreta da vontade de Deus não coincide nunca com aquilo que nós desejamos e que já pré-estabelecemos como o nosso bem, mas tem sempre a ver com a fé, uma fé que envolve todo o nosso ser e se concretiza numa pequena, simples, mas dificílima ação. O importante não é, portanto, fazer alguma coisa, mas fazer aquilo que Deus quer que nós façamos pela obediência da fé.
Pai, quero ser para ti um filho que escuta a tua Palavra e se esforça para cumpri-la com sinceridade. Que a minha resposta ao teu apelo não seja pura formalidade.
Fonte Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
HOMILIA
A Palavra de Deus semeada em nós provoca mudanças de atitudes
Deus não olha para o tamanho do pecado de cada um de nós. Ele olha, na verdade, para a nossa abertura e para a nossa conversão de vida.
Em verdade vos digo que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus” (Mateus 21, 31).



A Palavra de Deus hoje anunciada é um forte chamado ao nosso coração para que façamos realmente uma verdadeira experiência de conversão e de mudança de vida. Veja bem, não adianta eu dizer que sou cristão, que sou católico, me orgulhar porque vou à Missa, porque rezo em casa, conheço a Bíblia, mas me comportar com indiferença diante das palavras de Jesus, que me chamam à conversão e à transformação de vida. Porque é deste modo que se comportaram muitos na época de Jesus. Eles ouviram o que o Senhor dizia, mas como achavam que já conheciam a vontade de Deus, comportaram-se com uma total indiferença.
Na história do Evangelho de hoje, o primeiro filho diz: “Pai, eu vou fazer a sua vontade”. Mas, quando o pai apresenta qual é a sua vontade ao filho, este simplesmente não a coloca em prática. O segundo filho, num primeiro momento, põe dificuldade, até diz ”não”, mas depois reflete melhor e deixa-se tocar pelo pedido do pai e dá a sua resposta positiva.
Quando Jesus diz que as prostitutas, os cobradores de impostos e os pecadores nos precedem no Reino de Deus porque, muitas vezes, nos sentimos justos, justificados, bons diante de Deus e não nos deixamos converter diariamente e verdadeiramente pela Palavra de Deus. Ao contrário de muitos de nós, muitos destes acolhem a Palavra, por maiores que sejam os vícios vividos ou a vida errada que já levaram, e se convertem de verdade!
Por isso, Deus não olha para o tamanho do pecado de cada um de nós. Ele olha, na verdade, para a nossa abertura e para a nossa conversão de vida. Porque, o que importa não é o tamanho do pecado, mas a grandeza da misericórdia de Deus, que tudo lava, que tudo purifica e que tudo renova, quando eu e você estamos verdadeiramente arrependidos.
Nós não devemos nos comportar, na casa de Deus, como meros espectadores! Não devemos ser alguém que ouve, que acha bonito o que se fala, mas não se deixa tocar, não se deixa converter, não permite realmente o seu coração ser mudado e transformado pela Palavra de Deus.
Que essa Palavra, hoje, semeada em nosso coração, provoque em nós mudanças de atitudes, de hábitos, de gestos, de coração, de mentalidade, para que não sejamos como o primeiro filho do Evangelho, aquele filho que diz “sim”, mas no fundo não coloca em prática a vontade do pai. Podemos ser até, no primeiro momento, duros, mas o importante é vencer a dureza e deixar a Palavra de Deus nos transformar a cada dia.
Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. https://www.facebook.com/rogeraraujo.cn


Preparo-me para a Leitura Orante,
fazendo uma rede de comunicação e comunhão
em torno da Palavra com todas as pessoas que se neste ambiente
virtual. Rezo em sintonia com a Santíssima Trindade.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Espírito Santo,
tu que vieste do Pai,
e que permaneceste conosco, em Jesus,
tu que habitas, pela fé, nos nossos corações,
abre-nos à Palavra!
Seja a nossa inteligência e a nossa vontade,
terreno bom,
onde tu possas trabalhar com liberdade,
de modo que a nossa vida
seja sinal eloquente da tua caridade.
Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 21,28-32.
Jesus continuou:
- E o que é que vocês acham disto? Certo homem tinha dois filhos. Ele foi falar com o mais velho e disse: "Filho, hoje você vai trabalhar na minha plantação de uvas."
- Ele respondeu: "Eu não quero ir." Mas depois mudou de idéia e foi.
- O pai foi e deu ao outro filho a mesma ordem. E este disse: "Sim, senhor." Mas depois não foi.
- Qual deles fez o que o pai queria? - perguntou Jesus.
E eles responderam:
- O filho mais velho.
Então Jesus disse a eles:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: os cobradores de impostos e as prostitutas estão entrando no Reino de Deus antes de vocês. Pois João Batista veio para mostrar a vocês o caminho certo, e vocês não creram nele; mas os cobradores de impostos e as prostitutas creram. Porém, mesmo tendo visto isso, vocês não se arrependeram e não creram nele
.
Esta parábola contada por Jesus pode ser entendida como a coerência entre o dizer e o agir. O primeiro filho disse que faria a vontade do pai e não fez. O segundo disse que não a faria e se arrependeu e a fez. O contraste entre as duas atitudes é evidente. Jesus falava a pessoas que se diziam fiéis à Lei e, no entanto, não o acolhiam. Enquanto que outros, pecadores, gente do povo, pobres o acolhiam reconhecendo nele o Filho de Deus, o Messias enviado pelo Pai.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Sou mais semelhante a qual dos dois filhos da parábola?
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: “Como discípulos de Jesus reconhecemos que Ele é o primeiro e maior evangelizador enviado por Deus (cf. Lc 4,44) e, ao mesmo tempo, o Evangelho de Deus (cf. Rm 1,3). Cremos e anunciamos “a boa nova de Jesus, Messias, Filho de Deus” (Mc 1,1). Como filhos obedientes à voz do Pai queremos escutar a Jesus (cf. Lc 9,35) porque Ele é o único Mestre (cf. Mt 23,8). Como seus discípulos sabemos que suas palavras são Espírito e Vida (cf. Jo 6,63.68). Com a alegria da fé somos missionários para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e, n’Ele, a boa nova da dignidade humana, da vida, da família, do trabalho, da ciência e da solidariedade com a criação.”(DAp 103).
E eu me interrogo:
É assim que acolho Jesus?

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração do bem-aventurado Alberione:
Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo e no cumprimento da vontade do Pai.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém
Ir. Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br
http://leituraorantedapalavra.blogspot.com.br/
Oração Final
Pai Santo, dá-nos sabedoria e força para transformar em atitudes existenciais a tua Presença em nós. Que nossas relações com os irmãos, com a natureza e o respeito à vida sejam nosso testemunho de gratidão por sabermos que somos morada do teu Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.


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