sábado, 16 de novembro de 2013

Santa Margarida da Escócia - 16 de Novembro





Neste dia lembramos com carinho a vida de mais uma irmã nossa que para a Igreja militante brilha como exemplo e no Céu como intercessora de todos nós pecadores chamados à santidade. Santa Margarida nasceu na Hungria no ano de 1046, isto quando seu pai Eduardo III (de nobre família inglesa) aí vivia exilado, devido aos conflitos pelo trono da Inglaterra (o rei da Dinamarca ocupara o trono inglês). Em 1054, seu pai retornou à Inglaterra, Margarida tinha portanto oito ou nove anos quando conheceu a pátria inglesa. No entanto, após a morte de seu tio-avô, Santo Eduardo, em 1066, recomeçaram os conflitos: a luta entre Haroldo e Guilherme da Normandia obrigou Edgardo, irmão de Margarida, a refugiar-se novamente na Escócia com a mãe e as irmãs, tendo-lhes o pai morrido alguns anos antes.
Vivendo na Escócia, Margarida casou-se com o rei Malcom III e buscou com os oito filhos (seis príncipes e duas princesas, uma delas chamada Edite, que veio posteriormente a ser rainha da Inglaterra e conhecida com o nome de Santa Matilde) a graça de constituir uma verdadeira Igreja doméstica. Santa Margarida, como rainha da Escócia, procurou cooperar com o rei, tanto no seu aperfeiçoamento humano (pois de rude passou a doce) quanto na administração do reino (porque baniu todas futilidades e aproximou os bens reais das necessidades dos pobres).
Conta-se que a própria Santa Margarida alimentava e servia diariamente mais de cem pobres, ao ponto de lavar os pés e beijar as chagas daqueles que eram vistos e tratados por ela como irmãos e presença de Cristo. Quando infelizmente seu esposo e filho morreram num assalto ao castelo, Margarida que tanto os amava não se desesperou, mas sim aceitou e entregou tudo a Deus rezando: “Agradeço, ó Deus, porque me dás a paciência para suportar tantas desgraças!”
Santa Margarida entrou no Céu a 16 de novembro de 1093. Foi sepultada na igreja da Santíssima Trindade, em Dunfermline, para onde também o corpo do rei Malcom III foi levado mais tarde.
Santa Margarida da Escócia, rogai por nós!

Santa Margarida da Escócia

Santa Margarida da Escócia
1046-1093

Uma rainha tão boa para os súditos que, embora estrangeira, foi profundamente amada por eles. Uma mulher tão cheia de fé que soube mostrar como uma coroa real pode unir-se à coroa da fé. Através do exemplo de sua vida pessoal, levou um país inteiro ao cristianismo, desde a sua época até hoje. Assim foi a rainha Margarida, a santa protetora do povo escocês.
Nascida em 1046, na Hungria, era uma mulher da nobreza, de grande devoção cristã, culta, inteligente, e possuidora de uma sutil e fina diplomacia. As questões políticas levaram-na a asilar-se na Escócia, onde conheceria seu futuro marido. Sua mãe, Águeda, irmã da rainha da Hungria, descendia de santo Estevão e de Eduardo, pretendente ao trono da Inglaterra, expulso pelo usurpador rei Canuto. Numa época tão conturbada, mesmo depois da morte desse último, somente a Escócia conseguiu dar abrigo seguro a essa família real para escapar de atentados fatais.
Não demorou muito para que o rei Malcom III se encantasse com a sua delicada e nobre figura, de personalidade forte e frágil ao mesmo tempo, e a pediu em casamento. Margarida tinha, então, vinte e três anos e aceitou, porque assim agindo compreendeu que poderia melhor levar a mensagem de Cristo ao povo escocês, ainda pagão.
Seu marido não era uma pessoa má, nem violenta, mas sim um pouco rude e ignorante. Não sabia ler, por isso tinha grande respeito por sua mulher instruída. Beijava o livro de orações que ela lia junto dele com devoção e sempre pedia seus conselhos. A rainha, pacientemente e pouco a pouco, alfabetizou-o, sem nunca se sobrepor à sua autoridade. Ela era discreta, modesta e humildemente respeitosa à sua condição de chefe de um povo e uma nação. Quando o rei Malcom III foi tocado pela fé, converteu-se e foi batizado.
Essa atitude do rei mudou completamente os destinos do país, pois o povo também se converteu. O casal teve oito filhos, seis homens e duas mulheres, que receberam instrução e educação cristã necessária aos nobres. O rei também passou a ter uma visão cristã na compreensão dos problemas de seus súditos, e os tratou com total consideração, respeito, bondade e justiça.
No palácio, a rainha continuou a partilhar, diariamente, em sua própria mesa, com órfãos, viúvas, pedintes e velhos desamparados. O rei compartilhava dessa alegria e das obras beneficentes em socorro e amparo aos excluídos. Fundaram muitas igrejas, mosteiros e conventos. Segundo a história da Escócia, foi um período de reinado justo, próspero e feliz para o povo e para a nação.
A rainha Margarida tinha apenas quarenta e seis anos quando foi acometida de grave doença. E resistiu pouco tempo depois que recebeu a notícia da morte do seu marido e do filho mais velho, que caíram combatendo no castelo de Aluwick. Morreu no dia 16 de novembro de 1093, na cidade de Edimburg, e foi sepultada em Dunferline, Escócia.
Venerada ainda em vida pela santidade, foi canonizada, em 1251, pelo papa Inocêncio IV. O culto que celebra santa Margarida da Escócia com grande festa ocorre, no dia de sua morte, em todo o mundo católico.
Santa Margarida da Escócia
NascimentoNo ano de 1045
Local nascimentoHungria
OrdemRainha da Escócia
Local vidaEscócia
EspiritualidadeSanta Margarida, a princípio, era costumeiramente olhada com um certo olhar de desentendimento, pois contava ao confessor, o monge Teodorico, muitas passagens místicas que lhe ocorrera, como um livro que caiu no rio e foi retirado somente após muitas horas sem se ter deteriorado o mínimo. Mas o milagre real de santa Margarida foi ter se santificado como esposa do rei Malcom, como mãe e como rainha. Caridosa, alimentava e servia com suas próprias mãos, mais de cem pobres e diariamente, chegando a lavar-lhes os pés e a beijar-lhe as úlceras. Vendia suas jóias para socorrer os mais necessitados. Os últimos dias de sua vida foram muito sofridos, pois o esposo e seu filho vieram a falecer durante um assalto ao castelo de Aluwick. Mesmo diante de tanto sofrimento, exclamou: "Graças Vos dou, Senhor, porque me concedeis paciência para suportar tantas desgraças juntas".
Local morteEdimburgo e foi sepultada em Dunferline
Morte16 de Novembro de 1093, com 48 anos de idade
Fonte informaçãoOs cinco minutos dos santos
OraçãoDeus, nosso Pai, sois o Amor que a tudo envolve recriando a vida em contínuos renascimentos. Quando tudo declina e fragiliza, vós ali estais com a vossa presença que restaura e vivifica nossos corações. Porque estais conosco, nosso interior é curado e se fortalece em paz duradoura. Porque estais conosco, o medo que nos impede de agir com justiça e retidão se esvanece. Porque estais conosco, o perdão supera o ódio e avingança. Porque estais conosco, desfaz-se a tristeza que turva a mente cega e coração. Porque estais conosco, rompe-se o orgulho que nos afasta de vós e dos irmãos. Porque estais conosco, nossa esperança é resgatada e dignificada nossas ações. Porque estais conosco, a fé nos torna inabaláveis como rochedos que não se vergam a ventos. Porque estais conosco, caminhamos sem vacilar buscando-vos sem cessar. Senhor, porque eterna é a vossa bondade, eu vos peço hoje: completai a obra que em cada um de nós começastes. Conservai a nossa vida em meio às adversidades. Não abandoneis a obra de vossas mãos. (Sl 137, 7ss)
DevoçãoÀ caridade
PadroeiroDos necessitados
Outros Santos do diaGertrudes (vg); Rufino, Marcos e Valério, Elpídio, Marcelo e Eustáquio (márts.); Edmundo, Fidêncio, Euquério (bispos); Otmaro (ab.); Afã, Inês, Augustina e Felicidade (márts.).
FONTE: ASJ

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