terça-feira, 5 de novembro de 2013

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 05/11/2013

5 de Novembro de 2013

Ano C


Lc 14,15-24

Comentário do Evangelho

Deus nos convida a participar de sua própria vida.

Tudo acontece durante uma refeição na casa de um dos chefes dos fariseus. A parábola que Jesus conta é motivada pela exclamação de um dos convivas: “Feliz de quem come o pão no Reino de Deus!” (v. 15). Em primeiro lugar o banquete, símbolo do Reino de Deus, é oferecido, é dado; em segundo lugar, as pessoas são convidadas para o banquete; aos convidados cabe aceitarem ou não o convite. O servo que repetidas vezes sai para chamar os convidados é a imagem dos servos de Deus que, em todos os tempos, por mandato do Senhor, chamam as pessoas a participar da sua própria vida e gozar de sua intimidade. Os que se recusam a participar do banquete são a imagem da resistência em entrar no dinamismo do mistério salvífico de Deus e, em última instância, da rejeição daquele que, assumindo a nossa humanidade, abriu-nos as portas da sala do banquete, em que ele mesmo se oferece como alimento.
Carlos Albero Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, tu me convidas cada dia para participar das alegrias de teu Reino. Que eu saiba acolher teu convite paterno, fazendo-me solidário com os pobres e os deserdados deste mundo.

Vivendo a Palavra

Talvez não sejamos os convidados da primeira hora. Os servos do Patrão nos encontraram pelas estradas. Mas fomos chamados para o banquete no Reino de Deus. Qual está sendo a desculpa para adiar nosso sim ao convite do Pai? Que tipo de tesouro está nos seduzindo? Estamos a caminho do abraço prometido e tão esperado?

Reflexão

Todas as pessoas são convidadas para participar do banquete do Reino de Deus, porém nem todos respondem a esse convite de modo positivo. Por que? Porque existem muitos interesses em jogo e a maioria das pessoas não coloca Deus em primeiro lugar na sua vida, de modo outros valores passam a ter maior importância para ela. Porém aquelas pessoas que nada possuem, os desvalidos e excluídos deste mundo, são os primeiros a reconhecer a importância do Reino de Deus em suas vidas e sempre respondem de forma positiva ao convite que lhes é feito por Deus. Por isso, os pequenos estão sempre presentes no banquete do Reino dos céus.

Recadinho


É fácil arrumar desculpas razoáveis para não participar? - Em nossas comunidades há muita generosidade quando se trata de participar? - Que lugar ocupa o banquete da Eucaristia em nossa vida? - E o alimento da Palavra de Deus tem prioridade em nosso coração? - E o convite que Deus nos faz à solidariedade para com o próximo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

REFLEXÕES DE HOJE


05 DE NOVEMBRO - TERÇA


VEJA AQUI MAIS HOMILIAS PARA O PRÓXIMO DOMINGO

Liturgia comentada

Comprei um campo... (Lc 14,15-24)
Nada de errado em comprar um campo. Absolutamente. Compra-se um campo para trabalhar a terra, plantar e colher. Com isso, criamos vagas para os desempregados, produzimos alimentos que matarão a fome de muitos. Contribuímos para o progresso da sociedade. Mas...
Sim, tudo tem um “mas”. Talvez o tal campo se transforme na razão última de nossa vida, ocupando-nos de tal modo que tudo o mais perde valor: amigos, família, o próprio Deus. Neste caso, nosso campo se mudou em ídolo: cobra de nós além do que seria legítimo, tirando nossa liberdade e transformando-nos em autênticos escravos.
A parábola de Jesus fala de “coisas boas” que acabaram por encher o coração humano a tal ponto que, quando veio o inestimável convite do Senhor, foram usadas como desculpas para recusá-lo. Desde os profetas antigos, o banquete é símbolo dos tempos messiânicos, quando nos tornamos convivas na mesa de Deus. No extremo da Escritura, o Apocalipse, o anjo manda que João anote: “Felizes os convidados ao banquete das núpcias do Cordeiro!” (Cf. Ap 19,9.) Convidar alguém para sua mesa é gesto que honra o convidado, além de manifestar evidente desejo de intimidade.
A parábola mostra duas “fases”: a recusa dos escolhidos e sua troca pelos desclassificados. Nos dois grupos, os Padres da Igreja viram respectivamente os judeus daquele tempo (o Povo escolhido) e os gentios (os que não eram povo), aos quais o Evangelho foi pregado quando os primeiros se recusaram a ouvi-lo.
Os hebreus eram a menina dos olhos do Senhor: para eles concedera “a adoção e a glória, as alianças e a Lei, o culto e as promessas” (cf. Rm 9,4). No entanto, quando veio o Messias, não o reconheceram, mas o condenaram à cruz. À primeira vista, tinham muito a perder ao aceitar o convite. Era preciso abrir mão de enorme tesouro que parecia ameaçado pela novidade de Cristo.
Não é diferente conosco. Quando o Senhor nos chama, é possível que nos deixemos iludir – especialmente os mais jovens - por uma sensação de perda: “Que é que Deus vai tomar de mim?” Como se ele não fosse o Senhor de tudo e nada lhe faltasse... Ao abraçar a Irmã Pobreza, Francisco de Assis abraçava a liberdade. Livre, nada mais seria obstáculo entre ele e o Cristo que lhe passava suas chagas.
Alguma coisa nos prende e nos faz recusar o convite do Senhor?
Orai sem cessar: “O Senhor consagra seus convidados.” (Sf 1,7)
Texto de  Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Qual uso fazemos do nosso tempo?
Que nós hoje possamos refletir: “Qual uso nós fazemos do nosso tempo e que tempo disponibilizamos para o próximo e para as coisas de Deus?”.
“Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: ‘Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Peço-te que aceites minhas desculpas’” (Lc 14,18).
Queridos irmãos e irmãs, no dia de hoje, a Palavra está falando sobre o grande banquete que foi preparado pelo Mestre, para o qual somos convidados.
Esse banquete Jesus compara com aquele na qual o empregado vai chamar os convidados, porque tudo está pronto, mas cada um dá uma desculpa, cada um inventa uma coisa diferente. Todo mundo está muito ocupado, muito atarefado, cheio de compromissos e responsabilidades. Muitas vezes, nós também não temos tempo para atender o convite, o chamado que Deus nos faz para participarmos do Seu banquete.
A Palavra do Senhor quer nos levar a refletir sobre qual é o uso que nós fazemos do nosso tempo, como o preenchemos. Vivemos no mundo da correria, da histeria coletiva, onde as pessoas estão demasiadamente ocupadas, estressadas, compromissadas, de modo que não têm tempo.
“Não tenho tempo, não posso.” Essa é a desculpa que mais escutamos quando precisamos de alguém para isso ou para aquilo. Também é a desculpa que as pessoas mais dão para Deus, para não participar das coisas do Senhor.
As pessoas não têm tempo para a oração, para falar com Deus, para escutá-Lo, pois estão demasiadamente ocupadas com as suas coisas. Sei que todo mundo trabalha, tem compromissos, responsabilidades, mas quando as pessoas não têm tempo para o outro nem para Deus, é porque estão demasiadamente ocupadas consigo mesmas.
Por mais que aquilo que você faça seja para sua casa, para sua família, elas não adiantam se você não tiver tempo para conviver com os seus, para escutá-los, dialogar com eles. Não adianta dizer que você é bom, que tem Deus no coração se você não tem tempo para preencher o seu coração com o Senhor.
A mais terrível de todas as desculpas é alguém dizer que não têm tempo para ir à Missa Dominical ou arrumar um outro compromisso no dia da Celebração Eucarística, no dia do grande banquete para o qual somos convidados pelo Senhor a participarmos.
Muitas vezes, quando olhamos para nossas pastorais, para os nossos grupos de Igreja, eles são assumidos sempre pelas mesmas pessoas. Mas por que são sempre essas pessoas que os assumem? Porque aqueles que Deus chamou – eu ou você – estão demasiadamente ocupados. Nós temos tempo para criticar, falar e cobrar, mas para colocar a mão na massa e assumir compromisso com o Reino de Deus são poucos. E é com esse pouco, que muitas vezes chamamos de desqualificados, que Deus pode contar, porque os que se acham qualificados e podem fazer melhor não colocam a mão na massa.
Que nós hoje possamos refletir: “Qual uso nós fazemos do nosso tempo e que tempo disponibilizamos para o próximo e para as coisas de Deus?”.
Deus abençoe você neste dia!


Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE

Lc 14,15-24 - Convidados para a festa do Reino



Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui na web, em torno da Palavra.
Juntos, rezamos ou cantamos o Salmo 94:
(Se, em grupo, pode ser rezado em dois coros ou um solista e os demais repetem)
- Venham, ó nações, ao Senhor cantar (bis)
- Ao Deus do universo, venham festejar (bis)
- Seu amor por nós, firme para sempre (bis)
- Sua fidelidade dura eternamente (bis)
- Toda a terra aclame, cante ao Senhor (bis)
- Sirva com alegria, venha com fervor (bis)
- Nossas mãos orantes para o céu subindo (bis)
- Cheguem como oferenda ao som deste hino (bis)
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito (bis)
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito (bis)

1. Leitura (Verdade) 
O que diz o texto do dia?
 
Leio atentamente, na Bíblia,  o texto Lc 14,15-24 e observo o sentido da parábola contada por Jesus.
 
Um dos que estavam à mesa ouviu isso e disse para Jesus: 
- Felizes os que irão sentar-se à mesa no Reino de Deus! 
Então Jesus lhe disse: 
- Certo homem convidou muita gente para uma festa que ia dar. Quando chegou a hora, mandou o seu empregado dizer aos convidados: "Venham, que tudo já está pronto!" 
- Mas eles, um por um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse ao empregado: "Comprei um sítio e tenho de dar uma olhada nele. Peço que me desculpe." 
- Outro disse: "Comprei cinco juntas de bois e preciso ver se trabalham bem. Peço que me desculpe." 
- E outro disse: "Acabei de casar e por isso não posso ir." 
- O empregado voltou e contou tudo ao patrão. Ele ficou com muita raiva e disse: "Vá depressa pelas ruas e pelos becos da cidade e traga os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos." 
- Mais tarde o empregado disse: "Patrão, já fiz o que o senhor mandou, mas ainda está sobrando lugar." 
- Aí o patrão respondeu: "Então vá pelas estradas e pelos caminhos e obrigue os que você encontrar ali a virem, a fim de que a minha casa fique cheia. Pois eu afirmo a vocês que nenhum dos que foram convidados provará o meu jantar!" 

Esta parábola contada por Jesus me ensina diversas coisas. 
1º É um privilégio ser convidado para a festa do Reino, para a Aliança com Deus.
 
2º Os empregados são os apóstolos, os profetas, os discípulos e missionários.
 
3º Os que rejeitam o convite são os que preferem o ter, os bens materiais.
 
4º Os que estão pelas estradas e caminhos, e são convidados, são os mendigos, pobres, os que estão à margem, fora do convívio, "tanto bons como maus".
 
5º A exclusão, expressa nas palavras "nenhum provará meu jantar!" fala da conseqüência de quem renuncia à intimidade com Deus.

2. Meditação (Caminho) 
O que o texto diz para mim, hoje?
 
Os bispos em, Aparecida, disseram:
"Por assim dizer, Deus Pai sai de si, para nos chamar a participar de sua vida e de sua glória. Mediante Israel, povo que fez seu, Deus nos revela seu projeto de vida. Cada vez que Israel procurou e necessitou de seu Deus, sobretudo nas desgraças nacionais, teve uma singular experiência de comunhão com Ele, que o fazia partícipe de sua verdade, sua vida e sua santidade. Por isso, não demorou em testemunhar que seu Deus - diferentemente dos ídolos - é o "Deus vivo" (Dt 5,26) que o liberta dos opressores (cf. Ex 3,7-10), que perdoa incansavelmente (cf. Ecl 34,6; Eclo 2,11) e que restitui a salvação perdida quando o povo, envolvido "nas redes da morte" (Sl 116,3), dirige-se a Ele suplicante (Cf. Is 38,16)." (DAp 129).

Deus continua nos fazendo convite de participação de sua vida. Como respondo?

3.Oração (Vida) 
O que o texto me leva a dizer a Deus?
 
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo
 
com a canção do padre Zezinho:
Vocação 
Se ouvires a voz do vento /Chamando sem cessar 
Se ouvires a voz do tempo /Mandando esperar.
 A decisão é tua /A decisão é tua 
São muitos os convidados /Quase ninguém tem tempo Se ouvires a voz de Deus /Chamando sem cessar 
Se ouvires a voz do mundo /Querendo te enganar
 

O trigo já se perdeu /Cresceu, ninguém colheu
 
E o mundo passando fome /De paz, de pão e de Deus

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Meu novo olhar é para perceber os convites de Deus e responder com a minha adesão.

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
 
Jesus Mestre, Verdade, Caminho, Vida, tende piedade de nós.

Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, dá-nos discernimento e coragem para fazermos a opção radical de vida pelo teu Reino de Amor. Que superemos as seduções do mundo e as paixões que moram em nós e estão impedindo nossa presença no Banquete que nos ofereces. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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