São
Wolfgang
924-994
No final do século I
surgiu o novo contorno político dos países da Europa. Entre os construtores
desse novo mapa europeu está o bispo são Wolfgang, também venerado como
padroeiro dos lenhadores.
Nascido no ano 924, na antiga Suábia, região do
sudoeste da Alemanha, aos sete anos foi entregue à tutela de um sacerdote.
Cresceu educado no Convento beneditino de Constança. Considerado um exemplo,
nos estudos e no seguimento de Cristo, era muito devoto da eucaristia e tinha
vocação para a vida religiosa.
Saiu do colégio em 956, sem receber ordenação, para ser conselheiro do bispo de Trèves. Cargo que associou ao de professor da escola da diocese, onde arrebatava os alunos com sua sabedoria e empolgante maneira de ensinar.
Saiu do colégio em 956, sem receber ordenação, para ser conselheiro do bispo de Trèves. Cargo que associou ao de professor da escola da diocese, onde arrebatava os alunos com sua sabedoria e empolgante maneira de ensinar.
Com a morte do bispo em 965, decidiu retirar-se no
Mosteiro beneditino da Suíça. Três anos depois, terminado o noviciado, ordenou-se
sacerdote e foi evangelizar a Hungria. Na época, esses povos bárbaros tentavam
firmar-se como nação, mas continuavam a invadir e saquear os reinos alemães,
promovendo grandes matanças de cristãos.
Wolfgang foi bem aceito e iniciou com sucesso a
cristianização dos húngaros, organizando esses povos a se firmarem na terra
como agricultores. Assim, começou a mostrar seu valor de pregador, pacificador
e diplomata político também. Pouco tempo depois, em 972, era nomeado bispo de
Ratisbona.
Ratisbona, cidade da Baviera, cujos vales dos rios
Reno e Naab ligam as terras da Boêmia, que dependiam daquela diocese, ou seja,
do bispo Wolfgang. Lá, ele, novamente, foi mestre e discípulo, professor e
aprendiz. Mas foi, principalmente, o grande evangelizador e coordenador
político. Caminhava de paróquia em paróquia dando exemplos de religiosidade e
caridade, pregando e ensinando a irmãos, padres e leigos.
Sua fé e dedicação ao trabalho trouxeram-lhe fama,
e até o próprio duque da Baviera confiou-lhe os filhos para educar. Foi a
atitude acertada, porque Henrique, o filho mais velho do duque, tornou-se
imperador da Baviera. Bruno, o segundo filho, foi bispo exemplar, como seu
mestre. A filha, Gisela, foi um modelo de rainha católica na história da
Hungria. E finalmente, a outra filha, Brígida, tornou-se abadessa de um
mosteiro fundado pelo bispo Wolfgang.
Mas esse não foi o único mosteiro que criou, foram
vários, além dos restaurados, das igrejas, hospitais, casas de repouso para
velhos e creches para crianças, também fundados e administrados sob sua
orientação. Sua visão evangelizadora era tão ampla que passava pelo curso
político da história. Assim, surpreendeu os poderosos da época e até os
superiores do clero quando decidiu separar da diocese de Ratisbona as terras da
Baviera, para criar uma nova, com sua sede episcopal em Praga. Apesar das
reclamações, agiu corretamente e fundou a diocese de Praga, que em 976 teve seu
primeiro bispo, Tietemaro, depois sucedido pelo grande santo Alberto, doutor da
Igreja.
Desse modo, robusteceu a missão evangelizadora e o
cristianismo firmou raízes nas terras germânicas. Em 974, devido à luta entre
Henrique II da Baviera e o imperador Oto II da Alemanha, refugiou-se num
mosteiro em Salzburg. E não perdeu tempo, erguendo, ali perto, uma igreja
dedicada a são João Batista, que depois foi aumentada, reformada e, em sua
memória, recebendo o seu nome.
Wolfgang fazia uma viagem evangelizadora pela
Áustria quando adoeceu. Morreu alguns dias depois, em Pupping, no dia 31 de
outubro de 994. Foi canonizado em 1052, pelo papa Leão IX. A festa de são
Wolfgang, celebrada no dia de sua morte, é uma das mais tradicionais da Igreja,
especialmente entre os povos cristãos de língua germânica.
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