Papa Francisco
VATICANO,
01 Set. 13 / 05:54 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em
suas palavras prévias à oração do Ângelus, na Praça de São Pedro,
ante a ameaça de guerra que poderia desatar em qualquer momento na Síria, o
Papa Francisco assegurou que a população da terra quer um mundo de paz, e nunca
mais a guerra.
"Hoje,
queridos irmãos e irmãs, queria fazer-me intérprete do grito que se eleva, com
crescente angústia, em todos os cantos da terra, em todos os povos, em cada
coração, na única grande família que é a humanidade: o grito da paz! É
um grito que diz com força: queremos um mundo de paz, queremos ser homens e
mulheres de paz, queremos que nesta nossa sociedade, dilacerada por divisões e
conflitos, possa irromper a paz!? Nunca mais a guerra! Nunca mais a
guerra!".
O
Santo Padre assinalou que "a paz é um dom demasiado precioso, que deve ser
promovido e tutelado".
Francisco
assegurou que vive "com particular sofrimento e com preocupação as várias
situações de conflito que existem na nossa terra; mas, nestes dias, o meu
coração ficou profundamente ferido por aquilo que está acontecendo na Síria, e
fica angustiado pelos desenvolvimentos dramáticos que se preanunciam".
"Dirijo
um forte apelo pela paz, um apelo que nasce do íntimo de mim mesmo! Quanto
sofrimento, quanta destruição, quanta dor causou e está causando o uso das
armas naquele país atormentado, especialmente entre a população civil e
indefesa!".
"Pensemos
em quantas crianças não poderão ver a luz do futuro!
Condeno com uma firmeza particular o uso das armas químicas! Ainda tenho
gravadas na mente e no coração as imagens terríveis
dos dias passados! Existe um juízo de Deus e também um juízo da história sobre
as nossas ações aos quais não se pode escapar! O uso da violência nunca conduz
à paz".
"Guerra
chama mais guerra, violência chama mais violência!", exclamou.
O
Santo Padre pediu "às partes envolvidas no conflito que escutem a voz da
sua consciência, que não se fechem nos próprios interesses, mas que olhem para
o outro como um irmão e que assumam com coragem e decisão o caminho do encontro
e da negociação, superando o confronto cego".
"Com
a mesma força, exorto também a Comunidade Internacional a fazer todo o esforço
para promover, sem mais demora, iniciativas claras a favor da paz naquela
nação, baseadas no diálogo e na negociação, para o bem de toda a população
síria".
Francisco
pediu que "não se poupe nenhum esforço para garantir a ajuda humanitária
às vítimas deste terrível conflito, particularmente os deslocados no país e os
numerosos refugiados nos países vizinhos. Que os agentes humanitários,
dedicados a aliviar os sofrimentos da população, tenham garantida a
possibilidade de prestar a ajuda necessária".
"O
que podemos fazer pela paz no mundo? Como dizia o Papa João XXIII, a todos
corresponde a tarefa de estabelecer um novo sistema de relações de convivência
baseados na justiça e no amor".
"Possa
uma corrente de compromisso pela paz unir todos os homens e mulheres de boa
vontade! Trata-se de um forte e premente convite que dirijo a toda a Igreja
Católica, mas que estendo a todos os cristãos de outras confissões,
aos homens e mulheres de todas as religiões e também àqueles irmãos e irmãs que
não creem: a paz é um bem que supera qualquer barreira, porque é um bem de toda
a humanidade".
O
Papa remarcou que "não é a cultura do confronto, a cultura do conflito,
aquela que constrói a convivência nos povos e entre os povos, mas sim esta: a
cultura do encontro, a cultura do diálogo: este é o único caminho para a
paz".
"Que
o grito da paz se erga alto para que chegue até o coração de cada um, e que
todos abandonem as armas e se deixem guiar pelo desejo de paz".
O
Santo Padre pediu à Virgem
Maria"que nos
ajude a responder à violência, ao conflito e à guerra com a força do diálogo,
da reconciliação e do amor".
"Ela
é mãe: que Ela nos ajude a encontrar a paz; todos nós somos seus filhos!
Ajudai-nos, Maria, a superar este momento difícil e a nos comprometer a
construir, todos os dias e em todo lugar, uma autêntica cultura do encontro e
da paz".
"Maria,
Rainha da paz, rogai por nós!", concluiu.
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