Papa Francisco. Foto: Grupo ACI
ROMA,
16 Set. 13 / 10:31 am (ACI/EWTN Noticias).-
Depois de visitar no Vaticano ao Papa Francisco, o Bispo Auxiliar de La Plata,
Argentina, Dom Alberto Germán Bochatey Chaneton, grande amigo do Pontífice,
assegurou que o Espírito Santo o revitalizou nestes seis meses de Pontificado.
Em
uma entrevista concedida ao Grupo ACI em Roma, Dom Bochatey assinalou que
desde que o Cardeal Bergoglio se converteu no Papa Francisco mudou para uma
personalidade mais viva e tocada pela mão do Espírito Santo.
"Tem
um sorriso diferente, tem uma personalidade que não havíamos descoberto nele.
Eu acho que o horizonte que se abriu ao Cardeal Bergoglio quando o Espírito
Santo o chamou através dos Cardeais a ser o Sucessor de Pedro, o assumiu
–como tudo na sua vida-
bem a fundo", assegurou.
"Vejo
que ele está estupendo, rejuvenescido, com uma claridade de mente –que sempre
teve-, de muito boa memória, vital, entusiasta, decidido, de escuta, de
refletir bem as coisas, e sem dúvida de dar à Igreja as respostas que provavelmente estava
esperando", acrescentou.
Dom
Bochatey conheceu o papa faz mais de 20 anos, quando o então sacerdote
Bergoglio era muito próximo a sua família.
Passaram os anos, e estiveram juntos na Universidade Católica Argentina, onde
foi nomeado diretor de bioética e do instituto para o matrimônio e a família.
Para
o Prelado, nestes primeiros seis meses, está mudando a Igreja "para uma
Igreja que tem o poder dos pequenos sinais. Eu acho que é um teólogo pastoral,
não é um teólogo especulativo, e o demonstra desde seu magistério".
"Acho
que Roma necessitava um Papa como este… o Papa é uma pessoa muito serena, de
grande maturidade humana e de grande profundidade espiritual, um homem de oração",
adicionou.
Por
outro lado Dom Bochatey considerou que Francisco "é um Papa moderno no bom
sentido da palavra", quer dizer, "vai levar a Igreja à linguagem do
tempo, e isso sempre foi uma riqueza da Igreja Universal, sempre estar na
linguagem do tempo que lhe toca viver", e "sempre esteve com o povo e
foi fiel ao magistério e a doutrina da Igreja".
Também,
precisou, é muito sério e rigoroso em seu trabalho, mas sempre sabe colocar em
tudo "um pingo de humor". "Não recordo um só encontro com o
Cardeal Bergoglio, ou o agora Papa Francisco, no que não houvesse um sorriso,
uma piada, uma brincadeira, algo que ajudasse ao diálogo. Inclusive às vezes,
em temas difíceis ele sempre sabia encontrar o gesto que nos fazia entender a
cordialidade, o homem profundo que está por trás do personagem
eclesiástico", indicou.
O
Prelado ressaltou o aspecto ascético do Papa Francisco, e explicou que
Bergoglio sempre viveu "pobremente", "tudo o que veem, é
Bergoglio, não é uma fachada", referiu.
Francisco
"é um homem que sempre caminhou com seus velhos sapatos, que nunca teve um
veículo, que lavava seus próprios pratos, que arrumava a sua cama, e que leva
uma profunda simplicidade de vida, que é o que faz ao homem feliz",
concluiu.
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