Papa Francisco
VATICANO, 23 Ago. 13 / 02:56 pm (ACI/EWTN Noticias).- Respondendo ao pedido que
o Papa Francisco fez para que se estabeleça um plano de ação para combater o
tráfico de pessoas, a Pontifícia Academia das Ciências, a Academia Pontifícia
das Ciências Sociais e a Federação Mundial de Associações Médicas Católicas
(FIAMC) realizarão um encontro sobre este tema nos dias 2 e 3 de novembro.
A nível mundial 20,9 milhões de pessoas são vítimas de trabalhos
forçosos que inclui tráfico de pessoas com fins de exploração trabalhista e
sexual, segundo um estudo feito entre os anos 2002 e 2010 e que foi apresentado
em 2012 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Neste estudo também se afirma que cada ano 2 milhões de pessoas
são vítimas de tráfico com fins sexuais, 60 por cento delas são meninas.
O Chanceler da Pontifícia Academia das Ciências, Dom Marcelo
Sánchez-Sorondo, assinalou que "é muito importante" responder a este
desejo do Papa e que estão muito agradecidos que o Santo Padre "tenha
identificado um dos dramas sociais mais importantes de nosso tempo" conforme
informou a Rádio Vaticano.
Dom Sánchez-Sorondo disse que ninguém pode negar que o tráfico de
pessoas "é um terrível delito contra a dignidade humana e uma grave
violação dos direitos humanos fundamentais".
Mencionou também que o tráfico de órgãos humanos será um dos temas
abordados neste encontro e recordou que o Concílio Vaticano II já afirmava que
"a escravidão, a prostituição, o mercado de mulheres e de jovens, ou ainda
as ignominiosas condições de trabalho" onde as pessoas são tratadas como
instrumentos são "vergonhosos".
O Beato João Paulo II dizia
que "o aumento alarmante do comércio de seres humanos é um dos prementes
problemas econômicos, sociais e políticos associados ao processo de
globalização".
O Bispo Sánchez-Sorondo afirma também que frente a este problema
"as ciências naturais podem oferecer novos instrumentos a serem utilizados
contra essa nova forma de escravidão, quais um registro digital para comparar o
DNA das crianças desaparecidas não identificadas
(inclusive nos casos de adoção ilegal) com o de seus familiares que tenham
denunciado o desaparecimento delas".
Dom Sánchez-Sorondo indicou que "alguns observadores defendem
que, daqui a poucos anos, o tráfico de pessoas superará o tráfico de drogas e
de armas, tornando-se assim a atividade criminosa mais lucrativa do
mundo".
A maioria das vítimas de exploração sexual é de origem asiática,
latino-americana e dos países de origem soviética.
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