segunda-feira, 5 de novembro de 2012

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 06/11/2012

6 de Novembro de 2012

 

Lucas 14,15-24

Comentário do Evangelho

Disponibilidade encontrada nos pobres

Esta parábola dos convidados para um grande jantar encerra os ensinamentos de Jesus por ocasião da refeição em casa de um chefe dos fariseus. Jesus já havia dirigido uma advertência aos presentes, quanto ao seu comportamento, e outra ao fariseu que o convidara, destacando a prioridade dos pobres para serem convidados. Agora, na parábola, chama a atenção para as diferentes disponibilidades destes convidados: enquanto os ricos e acomodados, atrelados a seus negócios e suas preocupações, se desinteressam pelo convite ao jantar, são os pobres e excluídos, livres e disponíveis, que, prontamente, o aceitam. Assim se alcança a bem-aventurança do banquete do Reino de Deus.
José raimundo Oliva


Vivendo a Palavra

O jantar continua preparado e o convite valendo. Os chamados, ‘as muitas pessoas’, não são só aquelas daquele tempo: somos nós, hoje, e são também os homens e mulheres de todos os tempos... Que desculpas apresentamos para nos escusar de atender ao convite? Casamos? Compramos bois? Quem sabe, mais algumas terras?

Reflexão

Todas as pessoas são convidadas para participar do banquete do Reino de Deus, porém nem todos respondem a esse convite de modo positivo. Por que? Porque existem muitos interesses em jogo e a maioria das pessoas não coloca Deus em primeiro lugar na sua vida, de modo outros valores passam a ter maior importância para ela. Porém aquelas pessoas que nada possuem, os desvalidos e excluídos deste mundo, são os primeiros a reconhecer a importância do Reino de Deus em suas vidas e sempre respondem de forma positiva ao convite que lhes é feito por Deus. Por isso, os pequenos estão sempre presentes no banquete do Reino dos céus.


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1. Estou ocupado, tente mais tarde...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Comprei um terreno...comprei cinco juntas de bois...comprar, consumir, TER... Até parece que os dois primeiros convidados especiais para a grande ceia, eram da pós modernidade, que não tem tempo para mais nada, trabalhar, negociar, produzir, comprar, adquirir, até parece que o sentido da vida está apenas nessas coisas...Agenda repleta, seminários, cursos, palestras, reuniões, encontros, planejamentos, e ninguém para se pergunta o por que de tudo isso, qual o sentido de se viver, de estar vivo e se relacionar com as pessoas?

Deus faz um convite a cada homem, para uma ceia porque tem algo especial para lhe falar, tem algo a lhe oferecer, que está acima de todas essas coisas, quer mostrar-lhe o sentido da vida, a razão do existir, quer que o homem o conheça de perto e experimente seu amor e sua graça...mas, o homem está muito ocupado e vai prorrogando a sua experiência com Deus presente em Jesus Cristo, sente algo dentro de si, parece que Deus insiste em lhe dizer algo, mas vai empurrando com a barriga, não quer parar para pensar, e nem pode, precisa produzir e consumir...para ser feliz.

Esses convidados chegaram até a pedir desculpas, tentando justificar a recusa ao convite. É o homem da pós-modernidade, adepto do Neo-ateísmo, em seu diálogo com esse Ser Transcendente, que ele ainda não conhece "Olha, Desculpa Senhor, eu sei que o Senhor existe, mas na minha vida não há espaço para o Senhor, tenho que estudar, trabalhar, produzir, consumir, eu sou muito especial e importante, para gastar o meu precioso tempo com religião, Igreja, comunidade....imagine eu, perder meu domingão para ir no banquete da sua Palavra e da Eucaristia..."

Já os pobres, aleijados, cegos e coxos, que faziam pontos nas esquinas e becos, nas quebradas da vida, uma gentalha desqualificada, considerada impura, que nem no templo podiam entrar e estavam longe do Deus de Israel e da sua Salvação, justamente por não serem importantes, estavam com a "Agenda Livre" , e como nunca tinham sido convidados para nada, pela condição inferior, moralmente e socialmente falando, ficaram surpresos mas aceitaram o convite e como eram numerosos, encheram a casa do Homem que estava oferecendo o banquete...

Essa casa é precisamente o coração de Deus, que em Jesus escancarou-se ao homem, para nele entrar e tornar-se íntimo de Deus, em uma vida de comunhão e amor, que começa nesta vida e que se eternizará um dia....Os muito importantes, e eternamente ocupados, inclusive em nossas comunidades, sempre correm o risco de recusar o convite, porque tão ocupados estão em seus trabalhos, que não têm tempo de curtirem Deus na sua intimidade que ele nos oferece em Jesus, em um amor que nos forma, nos modela e nos transforma na relação com  o próximo.

2. Disponibilidade encontrada nos pobres
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

VIDE ACIMA 

Oração
Pai, tu me convidas cada dia para participar das alegrias de teu Reino. Que eu saiba acolher teu convite paterno, fazendo-me solidário com os pobres e os deserdados deste mundo.


3. O BANQUETE DO REINO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A resposta ao convite do Reino não pode ser adiada indefinidamente. Nem é sensato ficar se desculpando, pois esta é uma forma de rejeitá-lo. A paciência de Deus tem limites. Seu projeto de salvação não será frustrado pela má vontade humana.

A parábola do banquete sublinha a necessidade de assumir uma atitude responsável diante do apelo de Deus. Os convidados para a festa eram pessoas de gabarito: latifundiários, pecuaristas, homens respeitáveis. Quando chamados para o banquete, cada qual encontrou uma desculpa. As preocupações mundanas impediu-os de participar da alegria do Reino de Deus. E o apelo de Deus ficou sem resposta, pois exigia que superassem o apego desmedido às suas propriedades e se abrissem para a partilha e a comunhão. Eis uma grave falta de consideração para com Deus.

Quem preparara o banquete não se deu por vencido: mandou que a sala ficasse cheia de todos quantos fossem encontrados pelo caminho: pobres, aleijados, cegos e coxos. Esses não tinham como recusar o convite, seja porque necessitavam de alimento, seja porque não tinham nada que os impedisse de ir imediatamente.

A conclusão é clara. Quem tem o coração apegado aos bens deste mundo não tem tempo para Deus. Só responde ao convite e participa das alegrias do Reino quem se coloca, como pobre, diante de Deus.

Oração 
Senhor Jesus, dá-me um coração livre, que saiba desapegar-se de tudo quanto me impede de responder, imediatamente, ao teu chamado.

Você aceita o convite de Deus à conversão?

Postado por: homilia

novembro 6th, 2012


Estamos diante de um texto que nos relata o convite ao grande banquete que prefigura aquele do qual, um dia, participaremos eternamente. Dentre os vários aspectos que se pode destacar estão os servos enviados pelo dono da casa, os convidados ao banquete e, por último, as consequências do “aceitá-lo” ou “não”.
De duas formas foram enviados os servos. Primeiro, um convite; logo, um segundo convite para o dono da festa estar seguro da presença dos convidados. Evidentemente, os servos eram os profetas. Temos as palavras de Isaías (cf. 41,8), na qual vemos que todo o povo de Israel era considerado como servo: “Mas tu Israel, servo meu, tu Jacó a quem escolhi, descendente de Abraão, meu amigo”. Porém, como enviados – não como acolhidos ou escolhidos – os verdadeiros servos são os profetas, segundo Jeremias 7,25: “Desde o dia em que vossos pais saíram da terra do Egito até hoje, enviei-vos todos os meus servos, os profetas, todos os dias, começando de madrugada, eu os enviei”.
A primeira leva corresponde aos profetas do Antigo Testamento. De modo especial a João Batista, que começou declarando que “o Reino está à vista” (cf. Mt 3,2) e enviado como mensageiro segundo Mc 1,2. Como segunda leva, temos o próprio Jesus e Seus apóstolos, a quem o próprio Senhor enviou em missão (cf. Mt 10,1; Mc 3,13 e Lc 9,2). Tanto num caso como noutro, os convivas não aceitaram o banquete.
Os convivas eram o povo judeu, representado pelos seus dirigentes. Deduzimos isto pelo próprio comentário de Jesus sobre a conduta dos fariseus e escribas: “Não entrais nem deixais entrar os que querem fazê-lo” (Mt 23,13). Os fatos, ajustando-nos ao tempo histórico de Jesus, dão razão ao desenvolvimento da parábola: João, o primeiro arauto do Reino, foi decapitado pelo tetrarca da Galileia e os chefes dos sacerdotes e os anciãos não reconheceram sua função profética (cf. Mt 21,27.32). O próprio Jesus, em cuja pessoa radicava o Reino, foi rejeitado e morto por instigação dos dirigentes, o Grande Sinédrio (cf. Mt 29,16-19). Os discípulos também foram perseguidos, como Estevão e São Tiago Maior. E até Pedro, que se livrou de modo especial da morte.
Ao saber o rei como foram tratados os seus servos, montou em cólera e enviou soldados para destruírem aqueles homicidas e queimarem a sua cidade. Jesus descreve o castigo brutal que era devido a uma cidade rebelde segundo os costumes da época. Os homens eram mortos ou escravizados. A cidade era entregue às chamas. Evidentemente, é o que aconteceu com Jerusalém diante da qual Jesus chorou exclamando: “Deitarão por terra a ti e a teus filhos no meio de ti, e não deixarás de ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste o tempo em que foste visitada” (Lc 18,44). E o mesmo acontecerá conosco se não aceitarmos o convite à conversão!
Há duas partes na parábola que devemos distinguir e diferenciar para entendê-la melhor: a primeira é sobre a rejeição dos judeus, especialmente de seus dirigentes, que ainda perdura como referência atual de que as palavras de Jesus têm força total: “Nenhum dos convivas provará meu jantar” (Lc 13,24).
No Reino, haverá sempre pessoas indignas, a mistura do joio com o trigo do capítulo 13 de Mateus. Nem todos terão a veste limpa que era exigida nas bodas – que significa que a bondade deve ser a marca dos convivas novos, como também é a marca de Deus, pois essa bondade divina nos atinge não só como um exemplo a imitar, mas também como um mandato a cumprir. Por isso dirá Jesus: “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36).
Talvez a melhor explicação sobre a veste nupcial seja a dada por Paulo em 1 Cor 6,9 sobre os herdeiros do Reino – aqueles que entraram, mas não puderam permanecer: “Nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os pederastas, nem os ladrões, nem os gananciosos, nem os beberrões, nem os caluniadores, nem os rapaces herdarão o reino de Deus”.
Outra passagem que não podemos esquecer é a que vimos, anteriormente, sobre os eleitos do Cordeiro (Primeira Leitura). O amor está como “motor último” dessas virtudes que alguns chamam passivas, mas que exigem uma fortaleza inusitada. Com elas imitamos a Deus rico em misericórdia (cf. Ef 2,4) e o Verbo que, sendo rico, despojou-se da glória de sua divindade mostrando a humilde condição humana e “humilhou-se, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz” (Fp 2, 6-8).
Padre Bantu Mendonça
Leitura orante 
Lc 14,15-24 - Convidados para a festa do Reino

Introdução

Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui na web, em torno da Palavra.

Juntos, rezamos ou cantamos o Salmo 94:

(Se, em grupo, pode ser rezado em dois coros ou um solista e os demais repetem)

- Venham, ó nações, ao Senhor cantar (bis)

- Ao Deus do universo, venham festejar (bis)

- Seu amor por nós, firme para sempre (bis)

- Sua fidelidade dura eternamente (bis)

- Toda a terra aclame, cante ao Senhor (bis)

- Sirva com alegria, venha com fervor (bis)

- Nossas mãos orantes para o céu subindo (bis)
- Cheguem como oferenda ao som deste hino (bis)
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito (bis)
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito (bis)

1. Leitura (Verdade) 

O que diz o texto do dia? 

Leio atentamente, na Bíblia,  o texto 
Lc 14,15-24
e observo o sentido da parábola contada por Jesus. 

Um dos que estavam à mesa ouviu isso e disse para Jesus: 
- Felizes os que irão sentar-se à mesa no Reino de Deus! 
Então Jesus lhe disse: 
- Certo homem convidou muita gente para uma festa que ia dar. Quando chegou a hora, mandou o seu empregado dizer aos convidados: "Venham, que tudo já está pronto!" 
- Mas eles, um por um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse ao empregado: "Comprei um sítio e tenho de dar uma olhada nele. Peço que me desculpe." 
- Outro disse: "Comprei cinco juntas de bois e preciso ver se trabalham bem. Peço que me desculpe." 
- E outro disse: "Acabei de casar e por isso não posso ir." 
- O empregado voltou e contou tudo ao patrão. Ele ficou com muita raiva e disse: "Vá depressa pelas ruas e pelos becos da cidade e traga os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos." 
- Mais tarde o empregado disse: "Patrão, já fiz o que o senhor mandou, mas ainda está sobrando lugar." 
- Aí o patrão respondeu: "Então vá pelas estradas e pelos caminhos e obrigue os que você encontrar ali a virem, a fim de que a minha casa fique cheia. Pois eu afirmo a vocês que nenhum dos que foram convidados provará o meu jantar!" 

Esta parábola contada por Jesus me ensina diversas coisas.
1º É um privilégio ser convidado para a festa do Reino, para a Aliança com Deus.
2º Os empregados são os apóstolos, os profetas, os discípulos e missionários.
3º Os que rejeitam o convite são os que preferem o ter, os bens materiais.
4º Os que estão pelas estradas e caminhos, e são convidados, são os mendigos, pobres, os que estão à margem, fora do convívio, "tanto bons como maus".
5º A exclusão, expressa nas palavras "nenhum provará meu jantar!" fala da conseqüência de quem renuncia à intimidade com Deus.


2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? 

Os bispos em, Aparecida, disseram:

"Por assim dizer, Deus Pai sai de si, para nos chamar a participar de sua vida e de sua glória. Mediante Israel, povo que fez seu, Deus nos revela seu projeto de vida. Cada vez que Israel procurou e necessitou de seu Deus, sobretudo nas desgraças nacionais, teve uma singular experiência de comunhão com Ele, que o fazia partícipe de sua verdade, sua vida e sua santidade. Por isso, não demorou em testemunhar que seu Deus - diferentemente dos ídolos - é o "Deus vivo" (Dt 5,26) que o liberta dos opressores (cf. Ex 3,7-10), que perdoa incansavelmente (cf. Ecl 34,6; Eclo 2,11) e que restitui a salvação perdida quando o povo, envolvido "nas redes da morte" (Sl 116,3), dirige-se a Ele suplicante (Cf. Is 38,16)."
 (DA 129). 

Deus continua nos fazendo convite de participação de sua vida. Como respondo?

3.Oração (Vida) 

O que o texto me leva a dizer a Deus? 

Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo 
 com a canção do padre Zezinho:

Vocação 

Se ouvires a voz do vento /Chamando sem cessar 
Se ouvires a voz do tempo /Mandando esperar. A decisão é tua /A decisão é tua 
São muitos os convidados /Quase ninguém tem tempo Se ouvires a voz de Deus /Chamando sem cessar 
Se ouvires a voz do mundo /Querendo te enganar
 

O trigo já se perdeu /Cresceu, ninguém colheu
 
E o mundo passando fome /De paz, de pão e de Deus

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 

Meu novo olhar é para perceber os convites de Deus e responder com a minha adesão. 


Bênção 


- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém. 
 - Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. 
Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. 

Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, 

Pai e Filho e Espírito Santo. 
Amém. 

Jesus Mestre, Verdade, Caminho, Vida, tende piedade de nós.

Ir. Patrícia Silva, fsp

http://www.paulinas.org.br/diafeliz/evangelho.aspx

Oração Final



Pai Santo, que o teu Espírito nos ajude a optar pelo essencial, aceitando o seu convite para o Banquete em teu Reino e abandonando a busca insensata pelos tesouros efêmeros, mas sedutores e enganadores que o mundo nos oferece. Faze-nos seguidores fieis do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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