TERÇO MISSIONÁRIO
ROSÁRIO
Somos, mais uma vez, convocados
para renovar o nosso compromisso de cristãos batizados, de anunciar o
Evangelho. E, somente por um encontro com o amor de Deus, que nos leva a viver
em comunhão com Ele, pela mudança da “maneira de ser”, poderemos oferecer aos
irmãos um testemunho credível e a razão de nossa esperança (1Pd 3,15).
João Paulo II, em sua Carta Encíclica Redemptoris Missio, referiu-se à citação
do Concílio Vaticano II: “o homem contemporâneo acredita mais nas testemunhas
do que nos mestres” (L.G. 9; c.10-18), isto é, mais na experiência do que na
doutrina, mais na vida e nos fatos do que nas teorias. O testemunho da vida
cristã é a primeira e insubstituível forma de missão.
Relembremos, então, os verbos provocadores à Missão: “Vinde e vede” (Jo 1,39);
“Ide primeiro às ovelhas perdidas” (Mt 10,6); “Ide anunciar aos meus
irmãos” (Mt 28,10); “Ide a todos e anunciai e batizai” (Mt 28,19);
“Vinde, ó benditos de meu Pai, e recebei o prêmio que vos foi reservado” (Mt
15,34). Antes, porém, necessário se faz “ir ao encontro dos outros e fazê-los
felizes” (Mt 25,31-46) .
E tudo isto está
implícito no Documento de Aparecida da V Conferência Geral do Episcopado
Latino-Americano e do Caribe: “O discípulo fundamentado na rocha da Palavra de
Deus, sente-se motivado a levar a Boa-Nova da salvação aos irmãos. Discipulado
e missão são como as duas faces da mesma moeda: quando o discípulo está
apaixonado por Cristo, não pode deixar de anunciar ao mundo que só ele nos
salva (At 4,12). De fato, o discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há
esperança, não há amor, não há futuro. Essa é a tarefa essencial da
evangelização, incluindo a opção preferencial pelos pobres, a promoção humana,
integral e a autêntica libertação cristã! (D.A. 146).
Meus irmãos e irmãs, cada vez mais se torna grande o nosso compromisso
missionário. Como Igreja, não podemos ser omissos, insensíveis, quando vemos
uma sociedade que não conhece a força transformadora do Evangelho, muitas
vezes, por que nós, cristãos, não temos coragem de dizer, denunciar e anunciar
que “só Cristo e seu projeto de vida para todos é que pode dar sentido a este
mundo e pacificar os ânimos de tantos corações atribulados”.
Ser missionário está na constituição do nosso ser, de nossa pertença a Cristo.
Aonde somos enviados, o cenário tem se mostrado sempre mais desafiador. Como
Igreja Samaritana, ouçamos, pois, o gemido de crianças abandonadas, jovens
drogados e, muitas vezes, exterminados, adolescentes grávidas, desassistidas e
prostituídas; tristes realidades que nós não devemos ignorar e passar adiante,
como se a dor e o sofrimento dessa gente, nossos irmãos, não nos dissessem
nada.
Igreja Missionária e Samaritana, a serviço do povo de Deus, comprometida com a
força libertadora do Evangelho que, sustentada pela Graça do Santo Espírito, é
testemunha fiel do amor do Pai, plenamente manifestado no Filho Jesus que, num
gesto de entrega total, “amou os que estavam no mundo até o fim”, é o que
queremos ser em nossa querida Arquidiocese ou onde estivermos em comunhão com
nossa Mãe Católica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário