Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor à Virgem Mãe de Deus: é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o cardeal Piazza: "O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual".
Carmelo (em hebraico, "carmo" significa vinha; e "elo" significa senhor; portanto, "Vinha do Senhor"): este nome nos aponta para a famosa montanha que fica na Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi pré-figurada pelo primeiro numa pequena nuvem (cf. I Rs 18,20-45). Estes profetas foram "participantes" da Obra Carmelita, que só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos, chegaram fugidos na Europa e elegeram São Simão Stock como seu superior geral; este, por sua vez, estava no dia 16 de julho intercedendo com o Terço, quando Nossa Senhora apareceu com um escapulário na mão e disse-lhe: "Recebe, meu filho, este escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno".
Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII chegou a escrever: "Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo - e ainda - escapulário não é 'carta-branca' para pecar; é uma 'lembrança' para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte". Neste dia de Nossa Senhora do Carmo, não há como não falar da história dos Carmelitas e do escapulário, pois onde estão os filhos aí está a amorosa Mãe.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!
Nossa Senhora do Carmo
Segundo a tradição narra,
o
profeta Elias, vendo uma
nuvenzinha, que se levantava no
mar, bem como uma
pegada de
homem, teria nela reconhecido
no símbolo, a figura da futura
Mãe do
Salvador. Os discípulos
de Elias, recordando aquela
visão do mestre, teriam
fundado
uma Congregação, com sede no
Monte Carmelita, com o fim
declarado de prestar
homenagens à Mãe do Mestre
declarado de prestar
homenagens à Mãe do Mestre
A festa de Nossa Senhora do Carmo é relacionada à
Ordem Carmelitana, cuja origem é bem antiga. Na Ordem Carmelitana tem-se a
tradição, segundo a qual o profeta Elias, vendo aquela nuvenzinha, que se
levantava no mar, bem como a pegada de homem, teria nela reconhecido no
símbolo, a figura da futura Mãe do Salvador. Os discípulos de Elias, recordando
aquela visão do mestre, teriam fundado uma Congregação, com sede no Monte
Carmelita, com o fim declarado de prestar homenagens à Mãe do Mestre. Essa
Congregação ter-se-ia conservado até os dias de Jesus Cristo e existido com o
Título Servas de Maria.
Manifestação de Maria a São Simão Stock
Historicamente documentadas são as seguintes datas da Ordem de Nossa Senhora do
Carmelo. Foi no século XII que o calabrez Bertoldo, com alguns companheiros, se
estabeleceu no Monte Carmelo. Não se sabe se encontraram lá a Congregação dos
Servos de Maria ou se fundaram uma deste nome; certo é que receberam em 1209
uma regra rigorosíssima, aprovada pelo Patriarca de Jerusalém - Alberto. Pelas
cruzadas esta Congregação tornou-se conhecida também na Europa. Dois nobres
fidalgos da Inglaterra convidaram alguns religiosos do Carmelo, para
acompanhá-los e fundar conventos na Inglaterra, o que fizeram.
Pela mesma época vivia no condado de Kent um eremita que, há vinte anos, vivia
em solidão, tendo por residência o tronco oco de uma árvore. O nome desse
eremita era Simão Stock. Atraído pela vida mortificada dos carmelitas
recém-chegados, como também pela devoção Mariana que aquela Ordem cultivava,
pediu admissão como noviço na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Em 1225, Simão
Stock foi eleito coadjutor Geral da Ordem, já então bastante conhecida e
espalhada.
O papa Honório III aprovou a regra da Ordem. Simão Stock visitou os Irmãos da
ordem no Monte Carmelo, e demorou-se com eles seis anos.
Um capítulo geral da Ordem, realizado em 1237, determinou a transferência para
a Europa de quase todos os religiosos, os quais, para se verem livres das
vexações dos Sarracenos, procuraram a Inglaterra, onde a Ordem possuía já 40
conventos.
No ano de 1245, foi Simão Stock eleito Superior Geral da Ordem e a regra teve
aprovação do Papa Inocêncio IV.
A Ordem de Nossa Senhora do Carmo, colocada sob a proteção da Santa Sé, começou
a ter, então, uma aceitação extraordinária no mundo católico. Para isto
concorreu poderosamente a Irmandade do Escapulário, que deve a fundação a Simão
Stock.
Em 16 de julho de 1251, estando em oração fervorosa, Nossa Senhora lhe
apareceu. Veio trazer-lhe um escapulário. "Meu dileto filho - disse-lhe a
Rainha do céu - eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem.
Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os
membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará
livre do fogo do inferno".
Simão Stock tratou então de divulgar a irmandade do escapulário e convidar o
mundo católico a participar dos grandes privilégios anexos. Entre os devotos do
escapulário de Nossa Senhora do Carmo, vêem-se Papas, Cardeais e Bispos. O
Escapulário teve uma aceitação favorável e universal entre o povo católico.
Neste sentido, só é comparável ao Rosário.
Oração a Nossa Senhora do Carmo
Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que
olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário, olhai
para mim benignamente e cobri-me com o manto da vossa maternal proteção.
Fortificai minha fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito
com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Ornai minha
alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho.
Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável
presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo
dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a
eternidade. Amém!
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=16&Mes=7
Nossa Senhora do Carmo
Na história da Igreja, a
ordem das Carmelitas é uma das mais antigas e tem como modelo e patriarca o
Profeta Elias. O culto a Maria, honrada como a Bem-aventurada Virgem do Carmo.
Na Sagrada Escritura fala-se da beleza do Monte Carmelo, onde o profeta Elias
defendeu a fé do povo de Israel no Deus vivo e verdadeiro. "Em lembrança
da visão que mostrou ao profeta a vinda desta Virgem sob a figura de uma
pequena nuvem que saía da terra e se dirigia para o Carmelo (Cf.1Rs 18,20-45),
os monges, no ano 93 da Encarnação do Filho de Deus, destruíram sua antiga casa
e construíram uma capela no monte Carmelo, perto da fonte de Elias, em honra
desta primeira Virgem voltada a Deus".
As gerações dos
monges se sucederam através dos tempos e expulsos pelos sarracenos no século
XIII, os monges que haviam recebido do patriarca de Jerusalém, Santo Alberto,
então bispo de Vercelas, uma regra aprovada em 1226 pelo Papa Honório III,
baseada no trabalho, na meditação das Escrituras, na devoção a Nossa Senhora,
na vida contemplativa e mística, se voltaram ao Ocidente e aí fundaram vários
mosteiros, superando várias dificuldades, podendo experimentar a proteção da
Virgem. O superior geral nesta época, era São Simão Stock. Quando em suas
orações pedia a Nossa Senhora proteção para a ordem dos Carmelitas dos
perseguidores, a Mãe de Deus apareceu acompanhada de multidão de anjos,
segurando nas mãos o escapulário da ordem e lhe disse: Eis o privilégio que dou
a ti e a todos os filhos do Carmelo: todo o que for revestido deste hábito será
salvo. Numa bula de 11 de fevereiro de 1950, o Papa Pio XII convidava a "pôr
em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário que está ao
alcance de todos", entendido como veste mariana, esse é de fato ótimo
símbolo da proteção da Mãe Celeste, o seu valor das orações da Igreja, da
confiança e amor dos que o usam.
Oremos: Por
intercessão de N.S.do Carmo protegei-nos de todos os perigos e dai-nos a graça
de termos uma boa morte, não nos deixeis abandonados ao nosso egoísmo,
indiferença, ódio e rancor. Protegei nossas famílias fazendo crescer em nossos
corações o amor aos nossos irmãos. Amém.
Nossa Senhora do Carmo
A ordem dos carmelitas, uma das mais antigas na
história da Igreja, embora considere o profeta Elias como o seu patriarca
modelo, não tem um verdadeiro fundador, mas tem um grande amor: o culto a
Maria, honrada como a Bem-aventurada Virgem do Carmo. "O Carmo - disse o
cardeal Piazza, carmelita - existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na
sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida
interior e espiritual." Elias e Maria estão unidos numa narração que tem
sabor de lenda. Refere o Livro das instituições dos primeiros monges: "Em
lembrança da visão que mostrou ao profeta a vinda desta Virgem sob a figura de
uma pequena nuvem que saía da terra e se dirigia para o Carmelo (cf. 1Rs
18,20-45) os monges, no ano 93 da Encarnação do Filho de Deus, destruíram sua
antiga casa e construíram uma capela sobre o monte Carmelo, perto da fonte de
Elias em honra desta primeira Virgem voltada a Deus.
Nossa Senhora do Carmo
Comemoração litúrgica - 16 de julho.
Também nesta data: Santa Maria Madalena Postel, São Vitalino e Santo Hilarino.
A festa de Nossa Senhora do Carmo prende-se intimamente à Ordem Carmelitana, cuja origem remonta aos tempos antigos, envolvidos em nuvens de venerandas lendas. A Ordem dos Carmelitas tem por propósito especial o culto da Mãe de Deus, Maria Santíssima, e pretende ter origem nos tempos do profeta Elias.
Está fora de dúvida que o paganismo anti-cristão não estava sem conhecimento das promessas messiânicas. A Mãe do Salvador vêmo-la preconizada pelas Sibilas, simbolizada pelas imagens de Isis e venerada nos mistérios pagãos. Suposto isto,causaria estranheza, se o povo de Deus, possuidor das profecias mais claras e especializadas sobre a Mãe-Virgem, a vencedora da serpente, não tivesse tido palavra, instituição nenhuma, que dissesse respeito à Mãe do Salvador. Não é a intenção de querer alegar os argumentos pró e contra desta piedosa opinião ou digamos mesmo, convicção dos religiosos Carmelitas.
De fato, na Ordem Carmelitana é guardada a tradição, segundo a qual o profeta Elias, vendo aquela nuvenzinha, que se levantava no mar, bem como a pegada de homem, teria nela reconhecido o símbolo, a figura da futura Mãe do Salvador. Diz mais a tradição, que os discípulos de Elias, em lembrança daquela visão do mestre, teriam fundado uma Congregação, com sede no Monte Carmelita, com o fim declarado de prestar homenagens à Mãe do Mestre. Essa Congregação ter-se-ia conservado até os dias de Jesus Cristo e existido com o Título Servas de Maria.
Santa Teresa, a grande Santa da Ordem Carmelitana, reconhece no profeta Elias o fundador da Ordem. As visões da bem-aventurada Ana Catarina Emerich sobre a vida de Maria Santíssima, ocupam-se minuciosamente da Congregação dos Servos de Maria, no Antigo testamento.
Segundo uma piedosa tradição, autorizada pela liturgia, no dia de Pentecostes, um grupo de homens, devotos dos santos profetas Elias e Eliseu, preparado por São João Batista para o Advento do Salvador, abraçaram o cristianismo e erigiram no Monte Carmelo um santuário à Santíssima Virgem, naquele mesmo lugar, onde Elias vira aparecer aquela nuvenzinha, anunciadora da fecundidade da Mãe de Deus. Adotaram eles o nome de Irmãos da Bem-Aventurada Maria do “Monte Carmelo”.
MANIFESTAÇÃO DE NOSSA SENHORA A SÃO SIMÃO STOCK
Historicamente documentadas são as seguintes datas da Ordem de Nossa Senhora do Carmelo. Foi no século XII que o calabrez Bertoldo, com alguns companheiros, se estabeleceu no Monte Carmelo. Não se sabe se encontraram lá a Congregação dos Servos de Maria ou se fundaram uma deste nome; certo é que receberam em 1209 uma regra rigorosíssima, aprovada pelo Patriarca de Jerusalém – Alberto. Pelas cruzadas esta Congregação tornou-se conhecida também na Europa. Dois nobres fidalgos da Inglaterra convidaram alguns religiosos do Carmelo, para acompanhá-los e fundar conventos na Inglaterra, o que fizeram.
Pela mesma época vivia no condado de Kent um eremita que, havia vinte anos, habitava na solidão, tendo por residência o tronco oco de uma árvore. O nome desse eremita era Simão Stock. Atraído pela vida mortificada dos carmelitas recém-chegados, como também pela devoção Mariana que aquela Ordem cultivava, pediu admissão como noviço na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Em 1225, Simão Stock foi eleito coadjutor Geral da Ordem, já então bastante conhecida e espalhada.
A Ordem começou a sofrer muita oposição, e Simão Stock fez uma viagem para Roma. Honório III, avisado em misteriosa visão que teve de Nossa Senhora, não só recebeu com toda deferência os religiosos carmelitas, mas aprovou novamente a regra da Ordem. Simão Stock visitou depois os Irmãos da ordem no Monte Carmelo, e demorou-se com eles seis anos.
Um capítulo geral da Ordem, realizado em 1237, determinou a transferência para a Europa de quase todos os religiosos, os quais, para se verem livres das vexações dos Sarracenos, procuraram a Inglaterra, onde a Ordem possuía já 40 conventos.
No ano de 1245, foi Simão Stock eleito Superior Geral da Ordem e a regra teve aprovação do Papa Inocêncio IV.
A Ordem de Nossa Senhora do Carmo, colocada sob a proteção da Santa Sé, começou a ter, então, uma aceitação extraordinária no mundo católico. Para isto concorreu poderosamente a Irmandade do Escapulário, que deve a fundação a Simão Stock.
Homem de grandes virtudes, privilegiado por Deus com os dons da profecia e dos milagres, empregou Simão Stock toda energia para propagar, na Ordem e no mundo inteiro, o culto mariano. Sendo devotíssimo a Maria Santíssima, desejava obter da Rainha celestial um penhor visível de sua benevolência e maternal proteção. Foi aos 16 de julho de 1251 que, estando em oração fervorosa, a renovar o pedido, Nossa Senhora se dignou aparecer-lhe. Rodeada de espíritos celestes, veio trazer-lhe um escapulário. “Meu dileto filho – disse-lhe a Rainha do céu – eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno".
Estando-lhe assim satisfeita a maior aspiração, Simão Stock tratou então de divulgar a irmandade do escapulário e convidar o mundo católico a participar dos grandes privilégios anexos. Extraordinária foi a afluência a tão útil instituição. Entre os devotos do escapulário de Nossa Senhora do Carmo, vêem-se Papas, Cardeais e Bispos. Numerosos tem sido os príncipes que pediram ser inscritos na irmandade, como Eduardo III da Inglaterra, os imperadores da Alemanha, Fernando I e II e reis da Espanha, de Portugal e da França, além de muitas rainhas e princesas de diversas nações. O Escapulário teve uma aceitação favorável e universal entre o povo católico. Neste sentido, só é comparável ao Rosário. Como este, também teve adversários; como o Rosário, também o escapulário tem sido agredido com todas as armas da impiedade, da malícia, do escárnio e do ódio. Mas também, como o Rosário tem experimentado o efeito poderosíssimo da proteção da Mãe de Deus; só assim é explicável o fato de ter o escapulário passado incólume através de 750 anos e, hoje em dia, mais do que nunca, gozar da predileção do povo cristão.
Se bem que a visão que São Simão Stock afirma ter tido de Nossa Senhora, não possuía o valor da autoridade de artigo de fé, tão averiguada se apresenta, que desfaz qualquer dúvida que a respeito possa subsistir.
É Relatada com todas as minúcias pelo confessor do Santo, padre Swainton. Aprovada por muitos Papas, a irmandade do escapulário foi grandemente elogiada por Benedito XIV; mais de cem escritores dos séculos 13, 14 e 15, dos quais alguns não pertenciam à Ordem Carmelitana, se referem à visão de Simão Stock como a um fato que não admite dúvida. As universidades mais célebres, as de Paris e Salamanca, declaram-se igualmente a favor.
Dois decretos da Cúria Pontifícia, exarados pelos cardeais Belarmino e de Torres, declararam autêntica e verídica a biografia de São Simão Stock, que contém a narração da maravilhosa visão.
PRIVILÉGIOS CONCEDIDOS PELA VIRGEM MÃE A QUEM USAR O ESCAPULÁRIO
Dois são os privilégios da irmandade do escapulário, privilégios deveras extraordinários, que mereceram à instituição tão grande simpatia por parte do povo cristão. O primeiro desses privilégios Maria Santíssima frisou-o bem, quando, no ato da entrega do escapulário disse ao seu servo São Simão Stock: “É este o sinal do privilégio, que alcancei para ti e para todos os filhos do Carmelo. Todos aqueles que estiverem revestidos com este hábito, ver-se-ão salvos do fogo do inferno”. O sentido desse privilégio é este: Maria Santíssima prometem a todos os que usam o hábito do Carmo, sua proteção especial, principalmente na hora da morte, que decide a história da humanidade. O pecador, portanto, por mais miserável que seja, pondo a confiança em Maria Santíssima e vestindo seu hábito, tendo aliás a intenção firme de sair do estado do pecado, pode seguramente contar com o auxílio de Nossa Senhora, a qual lhe alcançará a graça da conversão e da perseverança. O escapulário não é um amuleto que assegure, sob qualquer hipótese, a salvação de quem o usar. Contam-se milhares as conversões de pecadores na hora da morte, atribuídas unicamente ao escapulário de Nossa Senhora do Carmo; muitos também são os casos que mostram à evidência, que privilégio nenhum favorece a quem, de maneira nenhuma, se quer separar do pecado e levar uma vida digna e cristã. Santo Agostinho diz a verdade, quando ensina: “Deus, que nos criou sem nossa cooperação, não nos pode salvar sem que o queiramos e desejemos”. Quem não quer deixar de ofender a Deus, morrerá na impenitência; e se Maria Santíssima não ver a possibilidade alguma de arrancar a alma do pecador aos vícios e paixões, fará com que na hora da morte, por uma casualidade qualquer, não se encontre o hábito salvador, o que se tem dado muitas vezes.
O Segundo privilégio é o tal chamado “privilégio sabatino”. Um decreto da Santa Inquisição romana, datado de 20 de janeiro de 1613, dá aos sacerdotes da Ordem Carmelitana autorização para pregar a seguinte doutrina: “O povo cristão pode crer no auxílio que experimentarão as almas dos Irmãos e membros da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, auxílio este, segundo o qual todos aqueles que morrerem na graça do Senhor, tendo em vida usado o escapulário, conservado a castidade própria do estado, recitado o Ofício Parvo de Nossa Senhora, ou se não souberem ler, tiverem observado fielmente o jejum eclesiástico, bem como a abstinência nas quartas-feiras e sábados (exceto se a festa de Natal cair num destes dias), serão socorridos por uma proteção extraordinária da Santíssima virgem, no primeiro sábado que se lhe seguir ao trânsito, por ser sábado o dia da semana consagrado a Nossa Senhora (Bula sabatina de João XXII. 3, III 1322)
Desse privilégio faz menção o ofício divino da Festa de Nossa Senhora do Carmo, aprovado pelo Papa clemente X e Benedito XIII.
“A bem-aventurada Virgem – diz o ofício – não se limitou a cumular de privilégios aqui na terra e na Ordem Carmelitana. Com carinho verdadeiramente maternal, ela, cujo poder e misericórdia em toda parte são muito grandes, consola também, como piedosamente se crê, aqueles filhos no Purgatório, alcançando-lhes o mais breve possível a feliz entrada na Pátria Celestial”.
Para se tornar membro da Irmandade, é necessário que se cumpra as seguintes condições:
1. Inscrição no registro da Irmandade.
2. Ter recebido o escapulário das mãos de um sacerdote habilitado para fazer a recepção e usá-lo com devoção. No caso da mudança de um escapulário velho e gasto por um novo não carece a bênção. Quem, por descuido, deixou de usar por algum tempo o escapulário, participa dos privilégios da Irmandade, logo que se resolver a pô-lo novamente.
3. Convém rezar diariamente algumas orações marianas, como sejam: A ladainha lauretana ou seis Pai-Nossos e Ave-Marias ou sejam, ainda, o Símbolo dos Apóstolos (Credo), seguida da recitação de um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e Glória. As bulas pontifícias nada prescrevem a este respeito desde o princípio, porém, se tem observado a praxe de fazer essas devoções diárias.
4. O privilégio sabatino exige ainda que se conserve a castidade própria do estado de cada um, e que se rezem as horas marianas. Quem não puder cumprir esta segunda condição, observe a abstinência de carnes nas quartas-feiras e sábados. As duas obrigações de recitar o ofício mariano e a abstinência de carne nas quartas-feiras e sábados podem, se para isso subsistirem razões suficientes, ser comutadas em outras equivalentes.
5. Aos sábados, o papa Pio X concedeu o seguinte privilégio: Para se tornarem membros da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, é suficiente que usem um escapulário bento por um sacerdote que possua a faculdade respectiva. Não se exige para eles a cerimônia da recepção e da inscrição no registro da irmandade. Como os demais membros, também devem rezar diariamente algumas orações em honra de Maria Santíssima. (4-1-1908).
A Irmandade de Nossa Senhora do Carmo é enriquecida de muitas indulgências, podendo todas ser aplicadas às almas do Purgatório, com exceção da indulgência plenária na hora da morte.
REFLEXÕES
O fim, pois, que a irmandade de Nossa Senhora do Carmo se propõe é: propagar o reino de Deus, por meio da devoção a Maria Santíssima, meditar nas virtudes da Mãe de Deus e imitá-las, merecer uma proteção especial de Nossa Senhora, em todos os perigos do corpo e da alma, alcançar-lhe bênção na hora da morte e a libertação das penas do Purgatório. O Escapulário é o hábito da salvação. Para que o possa ser, é preciso que seja a vestimenta da justiça. Se o maior interesse de Maria Santíssima é salvar almas, desejo maior não tem, senão que seus filhos se apliquem à prática das virtudes, do amor de Deus e do próximo, que sejam pacientes, humildes, mansos e puros e trabalhem pela santificação de sua alma.
A história da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo é uma epopéia de feitos maravilhosos, na ordem sobrenatural. O escapulário tem sido a salvação de milhares e milhares de cristãos nas suas necessidades espirituais e materiais. Para que nas mãos de Nossa Senhora possa ser efetivamente instrumento de salvação, indispensável é o renascimento espiritual de quem o leva, o cumprimento fiel dos deveres do estado de quem se diz devoto a Nossa Senhora do Carmo. Certamente, não é devoto a Maria Santíssima quem vive em pecado e ofende a Deus sem cessar.
ORAÇÃO À NOSSA SENHORA DO CARMO
Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto da vossa maternal proteção. Fortificai minha fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Ornai minha alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho. Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a eternidade.
Nossa Senhora do Carmo, libertai as benditas almas do purgatório. Amém!
(3 Ave-Marias e Glória ao Pai)
Nossa Senhora do Carmo | |
Ordem | Protetora das Carmelitas |
Espiritualidade | Venerada na ordem das irmãs carmelitas como a honrada e Bem-aventurada Virgem do Carmo, a historia de Nossa Senhora do Carmo está unida a um grupo de monges que foram expulsos do monte Carmelo pelos sarracenos e que peregrinaram até encontrar um local para fundar um mosteiro e as gerações dos monges se sucederam através dos tempos. No século XIII, entretanto, os muçulmanos invadiram a Terra Santa e os eremitas do Monte Carmelo fugiram para a Europa. Nessa época, tinham como superior geral São Simão Stock o qual, enquanto rezava pedindo a Nossa Senhora que protegesse a Ordem dos Carmelitas dos perseguidores, recebeu das mãos de Nossa Senhora do Carmo o escapulário. Aparecendo-lhe, disse-lhe: "Eis o privilégio que dou a ti e a todos os filhos do Carmelo: todo o que for revestido deste hábito será salvo". Em 1950, o papa Pio XII convidou os fiéis a colocar em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário, que está ao alcance de todos. |
Fonte informação | Santo nosso de cada dia, rogai por nós |
Oração | Ó bendita e Imaculada Virgem Maria, Honra e Esplendor do Carmelo! Concedei a vossa bênção para todos os que levam, com carinho, o vosso escapulário. Olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto de vossa maternal proteção. Dai-me forças para vencer com fé as contrariedades de cada dia. Iluminai o meu pensamento, o meu coração, a minha vida toda. Enchei-me com a sabedoria do vosso Filho Jesus. Acendei a minha fé. Fortalecei a minha esperança. Animai a minha caridade, o meu amor a Deus e ao próximo. Aumentai a minha fortaleza espiritual. Fazei-me verdadeiro apóstolo do vosso Filho Jesus, nosso Irmão. Que eu nunca falte a quem precisar de mim. Apresentai-me todos os dias à Trindade Santíssima. E que no céu possa estar convosco, louvando e agradecendo ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Nossa Senhora do Carmo, rogai pelas benditas almas do Purgatório. Amém. |
Devoção | A Santíssima Trindade, a plena Vontade de Deus |
Padroeiro | Do Chile |
Outros Santos do dia | Santa Justa e Rufina - padroeiras dos Oleiros); santa Abundância, Edburga, Elerico, Elvina (abd); Eustásio (bispo); Fausto (márt.); Generoso (abade); Justiniano, Gobão, Godulfo, Macário (márts.); M. Madalena Postel (vg); Milão, Manulfo (bispos); Sisenando de Córdoba, Tenemã (bispo); Teódoto e Eustásio (márts); Valentim (márt.); Vitaliano (bispos). FONTE: ASJ |
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