Maria Teresa Ledochowska
Bem-aventurada
1863-1922
Fundou o Instituto das Irmãs
Missionárias de São
Pedro
Claver Irmãs Claverianas
Maria Teresa Ledochowska nasceu no dia 29 de abril
de 1863, na Áustria. Os pais eram personalidades ilustres e pertenciam à
nobreza cristã polonesa, freqüentando várias cortes da Europa. A irmã mais
nova, Úrsula, anos mais tarde, também fundou uma congregação e depois foi
canonizada pela Igreja. Outro seu irmão, o padre Vladimir, foi o vigésimo sexto
diretor geral da Companhia de Jesus.
Maria Teresa tornou-se uma requintada fidalga, muito culta e fluente em vários
idiomas. Aos vinte e dois anos, era dama de honra da grã duquesa da Toscana,
que tinha residência na corte austríaca e não dispensava sua presença alegre e
brilhante. Apesar de conviver nesse ambiente de luxo e cheio de frivolidades, ela
possuía princípios morais e cristãos íntegros. Dedicava grande parte do seu
tempo à caridade, ajudando especialmente os pobres.
Certa ocasião, foi apresentada às Irmãs Missionárias Franciscanas de Maria, que
tinham encontro com a grã-duquesa. Logo em seguida recebeu um impresso de uma
conferência do cardeal Lavigérie, narrando seu árduo trabalho para libertar os
escravos da África e pedindo missionárias para ajudá-lo na evangelização.
Penalizada com a situação dos escravos, Maria Teresa sentiu o chamado de Deus e
abraçou aquela causa.
Em 1891, abandonou a corte, apesar da desaprovação de quase todos os amigos, e
ingressou na vida religiosa, sob a direção espiritual dos jesuítas. Depois, a
ela se juntaram Melania von Ernest e outras religiosas corajosas. Assim, em
1894 fundou o Instituto das Irmãs Missionárias de São Pedro Claver, ou melhor,
das Irmãs Claverianas, para dar apoio e orientação às missões africanas.
Maria Teresa, sempre brilhante e ativa, sabia que precisava divulgar muito mais
aquela Obra. Rezou muito e, inspirada pela Mãe de Deus, fundou uma tipografia e
passou a publicar dois boletins missionários mensais: o "Eco da
África", direcionado para os adultos, e o "Juventude Africana",
especial para os jovens, ambos editados em nove idiomas europeus. Ela mesma
escrevia os artigos e apelos para difundir a idéia missionária. Logo passou a
participar conferências em diversas línguas e paises. Foram centenas e centenas
até sua morte.
Sua incansável dedicação frutificou e pôde enviar aos missionários da África
milhões em dinheiro, numerosos objetos sagrados , além de milhares de livros
impressos em línguas indígenas africanas, utilizados para a catequização e
alfabetização dos nativos. Dirigiu o instituto por vinte e oito anos, em meio
às turbulências dos tempos e do sacrifício pessoal, até morrer, no dia 6 de
julho de 1922, em Roma, Itália.
Desde então, Maria Teresa, passou a ser invocada para interceder por graças e
milagres, principalmente nos paises africanos, aos quais dedicou toda a sua
vida de missionária. Em 1975, o papa Paulo VI beatificou aquela que era
conhecida em todo o mundo católico como a "Mãe dos Africanos" e a
declarou padroeira da Cooperação Missionária da Igreja na Polônia.
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