segunda-feira, 21 de maio de 2012

Santa Rita de Cássia - 22 de Maio


Santa Rita de CássiaNasceu na Itália, em Cássia, no ano de 1380. Seu grande desejo era consagrar-se numa vida religiosa. Mas, segundo os costumes de seu tempo, ela foi entregue em matrimônio para Paulo Ferdinando.

Tiveram dois filhos, e ela como mãe buscou educá-los na fé e no amor. Porém, eles foram influenciados pelo pai, que antes de se casar se apresentava com uma boa índole, mas depois se mostrou fanfarrão, traidor, entregue aos vícios. E seus filhos o acompanharam.


Rita então, chorava, orava, intercedia e sempre dava bom exemplo.

Seu esposo acabou sendo assassinado. Não demorou muito, seus filhos também morreram.

Seu refúgio era Jesus Cristo. A santa de hoje viveu os impossíveis de sua vida se refugiando no Senhor.

Rita quis ser religiosa. Já era uma esposa santa, tornou-se uma viúva santa e depois uma religiosa.

Ela recebeu um estigma na testa, que a fez sofrer muito, devido a humilhação que sentia, pois cheirava mal e incomodava aos outros. E teve que viver resguardada.

Morreu com 76 anos, após uma dura enfermidade que a fez sofrer por 4 anos.

Hoje ela intercede pelos impossíveis de nossa vida.

Santa Rita de Cássia, rogai por nós!



Santa Rita de Cássia
1381-1457

Rita nasceu no ano de 1381, na província de Umbria, Itália, exatamente na cidade de Cássia. Rita, ainda na infância, manifestou sua vocação religiosa. Diferenciando-se das outras crianças, ao invés de brincar e aprontar as peraltices da idade, preferia ficar isolada em seu quarto, rezando. 
Para atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita casou-se com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser bom e responsável. Mas, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de Rita. 
Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal idéia da cabeça dos filhos e que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança. 
Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana. As duas primeiras investidas para ingressar na Ordem foram mal-sucedidas. Segundo a tradição, ela pediu de forma tão fervorosa a intervenção da graça divina que os seus santos de devoção, Agostinho, João Batista e Nicolau, apareceram e a conduziram para dentro dos portões do convento das monjas agostinianas. A partir desse milagre ela foi aceita. 
Ela se entregou, completamente, a uma vida de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas. Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo, estigma que a acompanhou durante quatorze anos, mantido até o fim da vida em silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade. 
Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900. 
A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a "santa das causas impossíveis". O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente.

Santa Rita de Cássia 


Não são poucos os santos que chegaram à santidade por meio de um longo processo de aperfeiçoamento espiritual através do que os moralistas acharam os "três estados de vida": casamento, viuvez, vida religiosa. Na idade Moderna, poderíamos lembrar, entre outros, de S. Francisco de Borja, governador e duque, que se fez jesuíta depois de perder a esposa e casar seus filhos, chegando a ser terceiro geral da Companhia de Jesus; S. Afonso Rodrigues, também jesuíta, após a morte de sua esposa a de suas duas filhas; Santa Francisca Romana, fundadora das Oblatas de Maria; Santa Luíza de Marillac, fundadora das Irmãs da Caridade; Santa Francisca Fremiot de Chantal, fundadora das Salesas...
Santa Rita de Cássia (1381-1457) petenceu a este grupo, pois ela também foi casada, Viúva e religiosa. Há, contudo, uma diferença fundamental entre ela e os Santos acima mencionados: o casamento não foi para ela, como para Francisco de Borja ou Luíza de Marillac, uma etapa de harmonioso crescimento espiritual, mas um período de terrível provação.
Casada aos treze anos, teve de suportar durante dezoito longos anos os excessos de um marido duro e cruel. Quando morreu assassinado, Rita ofereceu a Deus a vida de seus dois filhos, João e Paulo Maria, determinados a vingar a morte do pai. Os dois morreram antes de consumar a vingança. Pede então ser admitida no convento das freiras agostinianas. E-lhe negado por não ser virgem. Insiste três vezes. A lenda revestiu poeticamente esse fato, fazendo-a ser introduzida no convento milagrosamente por seus três santos protetores. Por isso é invocada como advogada dos impossíveis.

Santa Rita de Cássia, Padroeira dos Impossíveis

Santa Rita de Cássia nasceu em Cássia na Itália, em um 22 de maio. Seu verdadeiro nome era Margarida, mas desde muito pequena lhe diziam Rita. Desde seu nascimento, a santa começou a demonstrar porque ia ser chamada a "advogada dos impossíveis", pois sua mãe era estéril e não podia conceber nenhum filho. Sem embargo, suas contínuas orações e penitências lhe permitiram obter a graça de Deus de dar à luz a uma maravilhosa e piedosa filha.
Desde seus primeiros anos, a santa demonstrava constantemente sua piedade e seu desejo de consagrar-se à vida religiosa; seu maior gosto era dedicar-se à oração e à caridade fraterna com o próximo. Entretanto, por decisão e obediência aos seus pais, Santa Rita contraiu matrimônio. O esposo da santa resultou ser uma pessoa de caráter difícil e sumamente violento que constantemente agredia e humilhava a Santa Rita entretanto, ela suportou o gênio feroz deste homem por 18 anos, com a mais refinada paciência, sem reclamar, sem recorrer às autoridades civis para pedir sanções e oferecendo todo este martírio pela conversão dos pecadores e entre eles, seu esposo, e logo seus dois filhos, que tambbém tinha herdado o gênio rebelde do seu pai.
A paciência e a oração de Santa Rita deram seus frutos, e pouco antes da morte de seu esposo, e logo de seus dois filhos, se converteram de coração. Agora já sem esposo e sem filhos, Rita se dedicou a obras de caridade e a passar longos lapsos dedicados à oração e à meditação. Desejava ser religiosa, mas as comunidades de freiras lhe respondiam que elas somente recebiam a jovens solteiras. Ela aproveitou este intervalo de tempo para espiritualizar-se mais e dedicar-se com maior esmero a socorrer aos necessitados.
Afinal as irmãs Agustinianas fizeram uma exceção e aceitaram-na em sua comunidade.
Uma vez admitida como religiosa se dedicou com a mais estrita atitude a cumprir tudo o que mandavam os regulamentos da Congregação e a obedecer a suas superioras com alegria e prontidão em tudo. Ademais, se dedicou a tender às irmãs enfermas e a rezar pela conversão dos pecadores e obteve prodígios a longa distância.
Santa Rito caiu muito doente, falecendo no dia 22 de maio de 1457. Seu corpo se conserva incorrupto.



Santa Rita de Cássia

Comemoração litúrgica: 22 de maio.  

Também nesta data: Santa Quitéria e São casto

  
                                         Vista de perto,  se nos revela o rosto humaníssimo de uma mulher que não passou indiferente ante a tragédia da dor e  da miséria e da miséria material, moral e  social.  Sua vida terrena poderia ser de ontem como de hoje.  
                                         Rita nasceu em 1381 em Roccaporena,  um pequeno povoado perdido nas  montanhas Seus pais, anciãos, a educaram  no temor de Deus, e ela  respeitou a tal ponto a  autoridade paterna que abandonou o propósito de entrar no convento e aceitou unir-se em matrimônio com Paulo de Ferdinando, um jovem violento e  revoltado. As biografias da  santa nos pintam um quadro familiar muito comum:  uma mulher doce, obediente, atenta a  não chocar com a  susceptibilidade do marido,  cujas maldades ela conhece e sofre e reza em silêncio.  
                                         Sua bondade logrou finalmente transformar o coração de Paulo,  que mudou de vida e de costumes, porém,  sem fazer esquecer os  antigos rancores dos  inimigos que se havia buscado. Uma noite foi encontrado morto à beira do caminho.  Os dois filhos,  já  jovens,  juraram  vingar a morte do pai. Quando Rita se  deu conta da inutilidade de  seus esforços para convencê-los de que desistissem  de seus propósitos,  teve a  valentia de pedir a Deus que os levasse,  antes que manchassem suas vidas com um homicídio.  Sua oração, humanamente incompreensível,  foi ouvida.  E sem esposo e sem filhos,  Rita foi pedir sua entrada no convento das agostinianas de Cássia.  Porém,  seu pedido foi negado.  
                                         Voltou ao  seu lugar deserto e rezou intensamente a  seus três santos protetores, São João Batista, Santo Agostinho e  São Nicolas de Tolentino,  e uma noite sucedeu o prodígio.  Se lhe apareceram  os três  santos, lhe disseram  que os seguisse,  chegaram ao convento, abriram as portas e levaram a metade do coro, onde as  religiosas estavam rezando as orações da manhã. Assim, Rita pôde vestir o hábito das agostinianas, realizando o antigo desejo de entrega total a Deus. Se dedicou à penitência, à oração e ao amor de Cristo crucificado,  que a associou ainda visivelmente a sua paixão,  cravando-lhe na fronte uma espinha.  
                                         Este estigma milagroso, recebido durante um êxtase, marcou o rosto com um dolorosíssima chaga purulenta até sua morte, isto é, durante quatorze anos. A fama de sua santidade passou os limites de Cássia. As orações de Rita obtiveram prodigiosas curas e conversões. Para ela não pediu senão carregar sobre si as  dores do próximo. Morreu no mosteiro de Cássia em 1457. Pouco antes de morrer e de firmar seu testamento verbal às Irmãs do convento,  veio visitá-la uma sua parenta; a Santa agradeceu-lhe a visita e, ao se despedir pediu:
- Vá à horta que fica perto de tua casa, por amor de Jesus, e traga-me uma rosa.
                                         Como os campos encontravam-se cobertos pela neve e a vegetação inexistente, sua parenta imaginou que a Santa delirasse,  porém,  acatou o que ela pedira e  dirigiu-se ao local certa de que nada encontraria. Chegando à horta, encontrou uma linda rosa, que a levou à enferma;  Rita novamente lhe pediu que retornasse e lhe trouxesse dois figos que, também foram encontrados na figueira.  Esses fatos explicam a representação da imagem da Santa com rosas, figos, cachos de uvas e abelhas. A Santa Igreja, para  perpetuar o milagre das rosas, aprovou a Bênção das Rosas que se realiza  no dia da festa,   ou no dia 22 de cada mês, para alívio dos enfermos.
                                         Foi beatificada em 1627, ocasião em que seu corpo foi encontrado no mesmo estado em que estava no momento de sua morte, ocorrida há mais de cento e cinqüenta anos.  Seu corpo, desde 18 de maio de 1947, repousa no Santuário, numa urna de prata e cristal fabricada em 1930. As vestes que lhe serviam de mortalha estão tão perfeitas como no dia em que a envolveram..  Atualmente, os visitantes podem sentir um doce aroma que provém de seu corpo.
                                         Recentes exames médicos  afirmaram que sobre a testa, existem traços de uma ferida óssea (osteomielite).  O pé direito apresenta sinais de uma doença sofrida nos últimos anos, talvez uma inflamação no nervo ciático. Sua altura era de 1,57 m. O rosto, as mãos e os pés estão mumificados, enquanto sob o hábito da religiosa agostiniana existe, intacto, o seu esqueleto.  
                                         A sua beatificação ocorreu no ano de 1900,  sob o pontificado do Papa Leão XIII.  

ORAÇÕES À SANTA RITA DE CÁSSIA





PELA FAMÍLIA
Ó gloriosíssima Santa Rita, padroeira e advogada nossa, consolação das almas aflitas, modelo de esposa e mãe cristã. Vós que tivestes nesta vida um esposo terreno que purificou a Vossa virtude e agora sois esposa amantíssima de Jesus Cristo, alcançai-me de Deus a graça de conservar meu coração puro e limpo de todo pecado e levar com santa resignação a cruz do matrimônio.

Guardai, como anjo do paraíso, a religião e a piedade em minha casa e em minha família. Compadecei-vos de meu esposo e muito especialmente dos meus tenros e amados filhos. Não me abandoneis na vida e na morte para que, imitando Vossos exemplos e virtudes, possa gozar em Vossa amável companhia, da glória eterna. Amém!



SÚPLICA A SANTA RITA

Ó poderosa e gloriosa Santa Rita, eis a vossos pés uma alma desamparada que, necessitando de auxílio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida. Por causa da minha indignidade e de minhas infidelidades passadas, não ouso esperar que minhas preces cheguem a mover o coração de Deus e é por isto que sinto a necessidade de uma medianeira toda poderosa, e foi a vós que me dirigi, Santa Rita, com o incomparável título de "Santa das Causas Impossíveis e Desesperadas". Ó cara Santa, interessai-vos pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça de que tanto necessito e que ardentemente desejo. (fazer o pedido)
Não permitais que me afaste de vossos pés sem ser atendido. Se houver em mim algum obstáculo que me impeça de obter a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste; envolvei minha prece em vossos preciosos méritos e apresentai-a a vosso celeste esposo em união com a vossa. Assim, enriquecida por vós, esposa fidelíssima entre as mais fiéis, por vós que sentistes as dores da sua paixão, como poderá Deus repeli-la ou deixar de atendê-la?
Ó cara Santa Rita, que jamais diminua a confiança e esperança que em vós coloquei; fazei com que não seja vã a minha súplica; obtende-me de Deus o que peço; a todos farei, então, conhecer a bondade do vosso coração e a onipotência da vossa intercessão.
E vós, coração admirável de Jesus, que sempre vos mostrastes tão sensível às menores misérias da humanidade, deixai-vos enternecer pelas minhas necessidades e, sem olhar minha fraqueza e indignidade, concedei-me a graça que tanto desejo e que por mim e comigo vos pede vossa fiel esposa Santa Rita.
Oh! sim, pela fidelidade com que Santa Rita sempre correspondeu à graça divina, por todos esses dons com os quais quisestes cumular sua alma, por tudo quanto sofreu em sua vida de esposa, de mãe, e como participante de vossa dolorosa paixão, concedei-me esta graça que me é tão necessária.
E vós, ó Virgem Maria, como nossa boa Mãe do céu, depositária dos tesouros divinos e dispensadora de todas as graças, sustentai com vossa poderosa intercessão a de vossa grande devota Santa Rita, para me alcançar de Deus a graça desejada. Assim seja!



NOVENA DE SANTA RITA

PRIMEIRO DIA

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ó gloriosa Santa Rita, protetora nos casos impossíveis, diante de vós me prostro com humildade e confiança, a fim de que intercedais em meu favor junto do trono de Deus.
Compadecei-vos das minhas dificuldades e dores por aquela consolação celestial experimentada pelos vossos piedosos pais, quando, estéreis, dada a idade avançada que tinham, mereceram conceber-vos, qual dádiva preciosa do céu. Por isso e mais por aquele milagre das abelhas de doce sussurro, que enxamearam em derredor de vossos lábios ao recém-nascer, alcançai-me com o favor que imploro, a graça de compreender o sentido sobrenatural da dor, para poder utilizá-la em bem de minha salvação.

Três Pai Nossos, Ave e Glória.

Antífona – Exultou o espírito de Rita em Deus, seu Salvador, ao receber o Espinho de Cristo, seu Esposo.

V - Assinalastes, Senhor a vossa serva Rita.
R - Com o sinal da vossa caridade e paixão.

OREMOS
Ó Deus, que vos dignastes conceder à Santa Rita tamanha graça, que havendo ela vos imitado no amor de seus inimigos, trouxesse no coração e na fronte os sinais da vossa caridade e sofrimento, concedei, nós vos suplicamos, que pela sua intercessão e merecimentos amemos os nossos inimigos e, com o espinho da compunção, perenemente contemplemos as dores da vossa paixão. Por Cristo, Nosso Senhor Amém.

SEGUNDO DIA

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ó ditosa Santa Rita, advogada e consoladora dos atribulados, com grande confiança recorro à vossa intercessão a fim de que obtenhais de Deus o favor de que necessito.
Pela heróica submissão aos vossos pais e ao vosso diretor espiritual, mediante a qual sacrificastes o lírio da virginal pureza ao estado matrimonial; assim como pela dor que experimentastes ao deixar o doméstico e solitário abrigo onde tantas consolações gozastes em contínuo colóquio com Deus - oh ! por tantos motivos de sofrimento, vos rogo que me alcanceis com a graça que imploro, o desprendimento das coisas mundanas e a mais firme esperança nas divinas promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

TERCEIRO DIA

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ó Santa Rita, estupendo prodígio de fortaleza: com o coração nos lábios torno a pedir-vos que intercedais por mim a Deus, a fim de que, benigno, volva o seu olhar misericordioso sobre a minha atual atribulação.
Pelos gravíssimos insultos que recebestes, durante dezesseis anos de vosso esposo colérico e impetuoso, e pela dor que padecestes, quando barbaramente o mataram; e ainda mais pelo que sofrestes com a obstinada resolução dos vossos filhos determinados a vingar a morte do pai, peço-vos que obtenhais de Deus a necessária fortaleza para que a minha vontade, sempre animosa, nunca desfaleça no meio dos sofrimentos. Amém.

QUARTO DIA

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ó Santa Rita, modelo de mansidão e intercessora poderosa nos casos impossíveis, de todo o coração me dirijo, outra vez a vossa valiosa proteção, para suplicar-vos auxilio nesta minha grande necessidade.
Pela profunda humildade com que superastes as repetidas repulsas da Superiora do Convento de Cássia, até merecerdes o milagre extraordinário de ser introduzida no mosteiro, a portas fechadas, pelos santos protetores, obtende-me de Deus que resiste aos soberbos e com os humildes distribui as suas dádivas, a graça de alcançar uma verdadeira humildade que me seja fundamento de todas as virtudes. Amém.

QUINTO DIA

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ó Santa Rita vítima da caridade, pelo amor divino de que ora vos inflamais no céu escutai as minhas preces e tornai-as aceitáveis ao Senhor fazendo com que, benigno, volva o olhar, não sobre a minha indignidade, mas sobre a grande necessidade que me angustia.
Por todas as lágrimas que derramastes pelos pecadores, ocasião em que se vos manifestou a eficiência da oração para afastar da terra os divinos castigos que provocamos, rogai também por min ao Senhor, para que eu me torne digno de receber, com o favor que almejo, um verdadeira zelo e um constante amor pelas almas resgatadas pelo preciosíssimo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

SEXTO DIA

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ó Santa Rita, perfeito modelo de obediência, favorecida com o dom dos milagres para serdes invocada nas extremas necessidades da vida pelos filhos da dor, - por amor da exatíssima obediência com que durante um ano inteiro regastes um lenho seco, de que milagrosamente brotou robustíssima videira, e bem assim pelos muitos milagres que Deus operou para premiar a vossa submissão às ordens dos vossos superiores - ó minha doce advogada, alcançai-me de Deus que eu submeta sempre a minha vontade ao seu divino querer, repetindo com a mente e o coração as palavras de Nosso Senhor "- Não a minha, mas a vossa vontade se faça!" Amém.

SÉTIMO DIA

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ó Santa Rita, verdadeira mártir do Redentor, novamente vos imploro e não cessarei de fazê-lo até que me tenhais alcançado do vosso Divino Esposo a graça que tanto almejo.
Pelo dulcíssimo êxtase e pela acerba dor que sofrestes, quando em penhor de afeto o celeste Esposo vos transpassou a fronte com um dos espinhos de sua coroa alcançai-me do divino Redentor a graça que venho pedindo, e a de meditar frutuosamente a sua amarga paixão. Amém.

OITAVO DIA

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ó afortunadíssima Santa Rita, que tão privilegiada fostes na terra, com grande amor e confiança venho rogar-vos que me tornei propício o Senhor Deus, concedendo-me a graça que imploro.
Pelos suavíssimos colóquios que de continuamente gozastes com Jesus e Maria, e pela vossa freqüente familiaridade com os bem-aventurados Anjos. Oh! alcançai-me de Jesus e Maria, a quem tanto amastes na terra, a graça que espero, e especialmente a de vê-los benignos nesta vida e favoráveis no momento da minha morte. Amém.

NONO DIA

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ó querida Santa Rita, angustiado pela desventura, a vós me recomendo para que me não abandoneis junto do trono do Altíssimo, nesta tribulação demasiado amarga.
Eu vo-lo peço ditoso momento em que a vossa alma se apresentou perante o divino Juiz, rica de méritos, rica de virtudes; pelo inefável convite de aditar-vos na beatífica eternidade; pelos numerosos prodígios operados por Deus, mediante a vossa intercessão; assim pelo fausto anúncio do sino do mosteiro, o qual tangido por mãos angélicas, durante horas soou, magnificando o vosso ingresso triunfal no céu.
Ó minha querida advogada e doce protetora, em vós, depois de Deus, ponho o meu refúgio na minha atual necessidade. Com a encomenda da vida passada, alcançai-me o perdão de todos os meus pecados, para que me seja dado encontrar-me convosco um ma no céu. Amém.

ORAÇÃO PARA O DIA DO ENCERRAMENTO

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Angustiado e com a alma oprimida por graves infortúnios, apresento-me perante a vossa santa imagem, ó minha advogada, Santa Rita, para que não cesseis de interceder por mim.
Agora, que sois ditosa na fruição do Sumo Bem, orai por mim, para que Deus se digne de conceder-me a graça que infatigavelmente solicito, a fim de poder repetir com alegria e em verdade que sois de fato a "Advogada dos casos desesperados e impossíveis." Amém.


Santa Rita de Cássia
Santa Rita Cascia.jpg
Santa Rita de Cássia
Monja Agostiniana
Nascimento1381 em RoccaporenaItália
Morte22 de maio de 1457 (76 anos) emCássiaItália
Veneração porIgreja Católica
Beatificação1627Roma por: Papa Urbano VIII
Canonização24 de Maio de 1900Roma por: Papa Leão XIII
PrincipaltemploBasílica de Santa RitaCássia
Festa litúrgica22 de Maio
AtribuiçõesCrucifixorosas
Padroeiradas Causas impossíveis, dos doentese das mães
Santa Rita de Cássia
Santa Rita de Cássia, nascida Rita Lotti (Roccaporena1381 — Cássia22 de maio de 1457), foi uma monjaagostiniana da diocese de EspoletoItália. Foi beatificada em 1627canonizada em 1900 

Biografia



Filha única, foi mãe, viúva, religiosa e estigmatizada. Nasceu em maio do ano 1381, um ano depois da morte de Santa Catarina de Siena. A casa natal de Santa Rita está perto de Cássia, entre as montanhas, a umas quarenta milhas deAssis, na Úmbria, região do centro da Itália que mais santos tinha dado à Igreja (São Benedito, Santa Escolástica, São Francisco, Santa Clara, Santa Ângela, São Gabriel, Santa Clara de Montefalco, São Valentim e muitos mais).

Sua vida começou em tempo de guerras, terremotos, conquistas e rebeliões. Países invadiam países, cidades atacavam as cidades vizinhas, vizinhos lutavam com os vizinhos, irmão contra irmão. Os problemas do mundo pareciam maiores que a política e os governos eram capazes de resolver. Nascida de devotos pais, Antonio Mancini e Amata Ferri, que se conheciam como os "Pacificadores de Jesus Cristo", pois os chamavam para apaziguar brigas entre vizinhos.

Eles não necessitavam de discursos poderosos nem discussões diplomáticas, somente apelavam a Jesus. Sentiam que somente assim se podem apaziguar as almas. Apesar da idade avançada de Amata (62 anos), nem por isso deixavam de confiar em Deus e foi assim que Deus, acredita-se, atendeu às suas preces: conta a história que um anjo apareceu a ela e lhe revelou que daria à luz uma menina que seria a admiração de todos, escolhida por Deus para manifestar a todos os seus prodígios.
O matrimônio

Seus pais, sem ter aprendido a ler ou escrever, ensinaram a Rita desde menina tudo acerca de Jesus, a Virgem Maria e os mais conhecidos santos. Rita, igual a Santa Catarina de Siena, nunca foi à escola para aprender a escrever ou a ler (A Santa Catarina foi, conforme se crê, dada a graça de ler milagrosamente por Jesus Cristo); para Santa Rita seu único livro era o crucifixo.

Ela queria ser religiosa durante toda sua vida, mas seus pais, Antônio e Amata, avançados em idade, escolheram para ela um esposo, Paolo Ferdinando, o que não foi uma decisão muito sábia. Mas Rita obedeceu. Os católicos creem que quis Deus assim dar-nos nela o exemplo de uma admirável esposa, cheia de virtude, ainda nas mais difíceis circunstâncias.

Depois do matrimônio, seu esposo demonstrou ser bebedor, mulherengo e abusador. Ela padeceu no longo período de dezoito anos que viveu com seu esposo. Muitas vezes bebeu o "cálice da amargura" até a última gota, incontáveis foram os atos de paciência e resignação que praticou, as lágrimas ardentes que derramou. Injuriada sem motivo, não tinha uma palavra de ressentimento; espancada, não se queixava e era tão obediente que nem à igreja ia sem a permissão de seu brutal marido.

A mansidão, a docilidade e a prudência da esposa, porém, suavizaram aquela rude impetuosidade, conseguindo transformar em manso cordeiro aquele leão furioso. Com que eloquência ensinava às suas vizinhas casadas o modo de manter a paz e a harmonia com seus esposos. Elas, admiradas por nunca terem visto divergências em casa de Rita, iam com frequência consolar-se com ela e expor os dissabores e ultrajes que recebiam de seus maridos.
À imitação de Santa Mônica, Rita lhes respondia: "Lembrai que, desde o momento em que recebemos nossos esposos, como maridos, aceitamo-los como nossos donos e senhores, e assim lhes devemos amor, obediência e respeito, pois isso significa ser casadas! Notai que não tem menos culpa a mulher que fala mal de seu marido do que o marido que, com incorreto proceder, dá ensejo à mulher para que fale mal". Por isso, não permitia que em sua presença se murmurasse dos defeitos alheios. Por esse meio conseguiu desterrar de muitos o péssimo costume de falar mal dos outros.
Encontrou sua fortaleza em Jesus Cristo, em uma vida de oração, sofrimento e silêncio. Tiveram dois gêmeos, os quais herdaram o temperamento do pai. Rita se preocupou e orou por eles. Depois de vinte anos de matrimônio e oração por parte de Rita, o esposo se converteu, pediu-lhe perdão e lhe prometeu mudar sua forma de ser. Rita perdoou e ele deixou sua antiga vida de pecado. Passava o tempo com Rita nos caminhos de Deus.
Isso não durou muito, porque, enquanto seu esposo havia se reformado, não foi assim com seus antigos amigos e inimigos. Uma noite, Paolo não chegou em casa. Antes de sua conversão, isso não teria sido estranho, mas no Paolo reformado isso não era normal. Rita sabia que algo havia ocorrido. No dia seguinte, encontraram-no assassinado.
Sua pena foi aumentada quando seus dois filhos, que eram maiores, juraram vingar a morte de seu pai. As súplicas não conseguiram dissuadi-los. Foi então que Santa Rita compreendeu que mais vale salvar a alma que viver muito tempo: rogou ao Senhor que salvasse as almas de seus dois filhos e que tirasse suas vidas antes que se perdessem para a eternidade por cometer um pecado mortal. O Senhor aparentemente respondeu a suas orações: os dois padeceram de uma enfermidade fatal.
Durante o tempo de enfermidade, a mãe lhes falou docemente de amor e do perdão. Antes de morrer, conseguiram perdoar aos assassinos de seu pai. Rita esteve convencida de que eles estavam com seu pai no céu.

Entrada na vida religiosa


Ao estar sozinha, não se deixou vencer pela tristeza e pelo sofrimento. Santa Rita quis entrar no convento com as irmãs agostinianas, mas não era fácil conseguir. Não queriam uma mulher que havia estado casada. A morte violenta de seu esposo deixou uma sombra de dúvida. Ela se voltou de novo a Jesus em oração. Ocorreu então o que se crê como um milagre. Uma noite, enquanto Rita dormia profundamente, ouviu que a chamavam: "Rita, Rita, Rita!" Isso ocorreu três vezes, na terceira vez Rita abriu a porta e ali estavamSanto AgostinhoSão Nicolau Tolentino e São João Batista, de qual ela havia sido devota desde muito menina.

Eles lhe pediram que os seguissem. Depois de correr pelas ruas de Roccaporena, no pico de Scoglio, onde Rita sempre ia orar, sentiu que a levantaram no ar e a empurravam suavemente. Encontrou-se acima do monastério de Santa Maria Madalena em Cássia. Então caiu em êxtase. Quando saiu do êxtase, encontrou-se dentro do monastério, embora todas as portas estivessem trancadas. Ante aquele milagre, as monjas agostinianas não lhe puderam negar entrada.

Finalmente aceita na ordem, consta que ali teria plantado uma roseira (ainda existente), que todos os anos dá flores em pleno inverno. É admitida e faz a profissão nesse mesmo ano de 1417, e ali passa quarenta anos de consagração a Deus.


Suas provações


Durante seu primeiro ano, Rita foi posta à prova por suas superioras. Foi-lhe dada a passagem da Escritura do jovem rico para que meditasse. Um dia, Rita foi posta à prova por sua Madre Superiora. Para colocar à prova a obediência da noviça, a superiora do convento ordenou-lhe que regasse de manhã e à tarde um galho seco, provavelmente um ramo de videira ressequido e já destinado ao fogo. Rita não ofereceu dificuldade alguma e de manhã e de tarde, com admirável simplicidade, cumpria essa tarefa, enquanto as irmãs a observavam com irônico sorriso. Isso durou cerca de um ano, segundo algumas biografias da santa.

Rita o fez obedientemente e de boa maneira. Uma manhã, a planta se havia convertido em uma videira com flores e deu uvas que se usaram para o vinho sacramental. Desde esse dia segue dando uvas.


Amor à Paixão de Cristo




Rita meditava muitas horas na paixão de Cristo, meditava nos insultos, nos desprezos, nas ingratidões que sofreu em seu caminho ao Calvário. Durante a Quaresma do ano 1443, foi a Cássia um pregador chamado Santiago de Monte Brandone, que deu um sermão sobre a paixão de Cristo que tocou tanto a Rita que, a seu retorno ao monastério, pediu fervorosamente ao Senhor ser participante de seus sofrimentos na cruz.

Dum modo especial exercitava-se na contemplação dos mistérios da Paixão e Morte de Jesus, a tanto chegou o seu amor na consideração das dores de Jesus que, um dia, prostrada aos pés do Crucificado, pediu amorosamente ao Senhor que lhe fizesse sentir um pouco daquela imensa dor que ele havia sofrido pregado na cruz. Conforme a história, da coroa que cingia a cabeça da imagem do Redentor, desprendeu-se um espinho, que se cravou na fronte da santa, causando-lhe intensíssimas dores até à morte.
Aquela ferida era, na verdade, fonte de celestiais doçuras para a santa, mas, ao mesmo tempo, de desgosto para as religiosas, que não podiam suportar a vista daquela repugnante ferida, vendo-se, por esse motivo, obrigada a viver isolada de suas amadas irmãs. A santa aceitou isso como um novo favor do céu, ficando, assim, livre para tratar mais intimamente com Deus. Ali redobrou as suas penitências, os seus jejuns e as suas orações, esforçando-se em unir-se mais estreitamente com Jesus, seu celestial esposo.
A maioria dos santos que têm recebido esse dom exalam uma fragrância celestial. As chagas de Santa Rita, sem dúvida, exalavam um odor pútrido, pelo que devia afastar-se das pessoas. Por quinze anos viveu sozinha, longe de suas irmãs monjas. O Senhor lhe deu uma trégua quando quis ir a Roma para o primeiro ano santo. Desapareceu o estigma de sua cabeça durante o tempo que durou a peregrinação. Tão pronto quanto chegou de novo a casa, o estigma voltou a aparecer e teve que se afastar de novo das irmãs.
Em sua vida, teve muitas chamadas, mas ante tudo foi uma mãe tanto física como espiritualmente. Quando estava no leito de morte, pediu ao Senhor que lhe desse um sinal para saber que seus filhos estavam no céu. A meados de inverno, recebeu uma rosa do jardim perto de sua casa em Roccaporena. Pediu um segundo sinal. Desta vez recebeu um figo do jardim de sua casa em Roccaporena, ao final do inverno.
Os últimos anos de sua vida foram de expiação. Uma enfermidade grave e dolorosa a deixou imóvel sobre sua humilde cama de palha durante quatro anos. Ela observou como seu corpo se consumia com paz e confiança em Deus.

As rosas de Santa Rita

Durante a enfermidade, a pedido seu lhe apresentaram algumas rosas que haviam brotado de maneira prodigiosa no frio inverno em sua horta de Rocaporena. Ela as aceitou sorrindo como um dom de Deus.


A morte da santa


Santa Rita percorreu o caminho da perfeição, a via purgativa, a iluminativa e a unitiva. Conheceu o sofrimento e em tudo cresceu em caridade e confiança em Deus. O crucifixo foi seu melhor mestre. "Chegou o tempo, minhas queridas irmãs, de sair deste mundo. Deus assim o quer. Muito vos ofendi por não vos ter amado e obedecido como era de minha obrigação, com toda minha alma vos peço perdão de todas as negligências e descuidos. Reconheço que vos tenho molestado por causa desta ferida da fronte, rogo-vos que tenhais piedade das minhas fragilidades. Perdoai minhas ignorâncias e rogai a Deus por mim, para que minha alma alcance a paz e a misericórdia da clemência divina."

No convento, só se ouviam os soluços das freiras, mas o sino começou a tocar aparentemente sozinho, anunciando a sua partida deste mundo. Era o dia 22 de maio de 1457 e contava a santa 76 anos de idade. Era o fim de uma vida cheia de sofrimentos. As religiosas pensavam com horror no odor fétido de sua chaga, mas o seu rosto pálido começou a tomar viva cor, a ferida cicatrizou-se e de seu corpo começou a exalar um delicioso perfume.

Uma das religiosas, Catarina Mancini, que tinha um braço paralítico, quis abraçá-la e assim o fez porque o seu braço ficou curado pela santa. As freiras revestiram o corpo com o hábito de sua ordem e o transportaram para a capela interior do mosteiro. A ferida do estigma na fronte desapareceu e em lugar apareceu uma mancha vermelha como um rubi, a qual tinha uma deliciosa fragrância.

Devia ter sido velada no convento, mas pela multidão tão grande se necessitou da igreja. Permaneceu ali e a fragrância nunca desapareceu, até os dias atuais permanece e a todos encanta. Por isso, nunca a enterraram. O ataúde de madeira que tinha originalmente foi trocado por um de cristal e ficou exposto para veneração dos fiéis desde então. Multidões, todavia, acodem em peregrinação a honrar a santa e pedir sua intercessão ante seu corpo que permanece incorrupto.
Leão XIII a canonizou em 1900.

Grandes milagres


Em Pergola, lugarejo da Úmbria, havia uma casa pertencente a uma das mais ilustres famílias da Itália, que, pela grande devoção que tinha a Santa Rita, fazia-lhe todos os anos a festa na igreja de Santo Agostinho. Estavam casados há mais de dezoito anos, mas viviam tristes porque não tinham filhos. Recorreram a Santa Rita com fervorosas súplicas, para que lhes alcançasse de Deus o que lhe pediam. O Senhor atendeu a suas orações, dando-lhes dois filhos, que foram a consolação dos pais e a honra da família.

Na cidade de Valença, no ano de 1688, Santa Rita restituiu a visão a uma menina cega de nascimento, no fim de uma novena que os pais da criança lhe fizeram.

A Bernardino, filho de Tibério, restituiu Santa Rita a visão de um dos olhos, que tinha perdido por causa de uma ferida: entrando no sepulcro da santa, saiu livre do mal de que padecia.

Uma mulher nobre, chamada Mateia de César, natural de Rocha, que era surda-muda desde a sua primeira idade, fez uma promessa a Santa Rita. Passou a ouvir e logo falou.
Francisca, natural de Fucella, surda de cinco anos, pela intercessão de Santa Rita, conseguiu ouvir, após lhe rezar três Ave-Marias.
No ano de 1457, um homem, natural de Ocone, tremendamente aflito de pedras nos rins, recorreu a Santa Rita e logo se viu livre de tão penoso mal.
A mãe da menina Josefa Maria prometeu a Santa Rita vestir-lhe um hábito igual ao da santa se a livrasse de um terrível mal do coração. Concedeu-lhe a santa imediatamente a graça.
Não é menor a graça que recebeu uma criança chamada Ana, cuja garganta foi atravessada por um alfinete, que lhe impedia a respiração. Sendo-lhe aplicada com grande fé uma estampa da santa , no mesmo tempo expeliu o alfinete pela boca.
Lúcia tinha um filho de pés e mãos entrevados havia muitos anos: untou-os com azeite da lâmpada de Santa Rita e invocou o seu patrocínio; levantou-se o menino completamente são.
No grande terremoto que sofreram alguns lugares da Itália, em 12 de maio de 1730, contam que o corpo de Santa Rita levantou-se da urna em que estava e, suspenso no ar por espaço de várias horas, reprimiu o golpe do espantoso terremoto, que na cidade de Cássia não passou de ameaça. Esse fato foi confirmado pelo bispo do lugar e divulgado por toda a Europa.
Outro espantoso fato ocorrido foi quando o superior da Ordem Agostiniana foi visitar o corpo de Santa Rita e o corpo se levantou da urna, suspenso no ar, em sinal de respeito ao superior da ordem.
Essas maravilhas e outras muitas estão arroladas no processo de beatificação de Santa Rita de Cássia.

Hagiológio

Muitos são os sinais sobrenaturais atribuídos a Rita de Cássia, descritos na Hagiografia, além dos já indicados. Teria, na noite de sexta-feira da Paixão, recebido um dos espinhos da coroa de Cristo. Os crentes lhe atribuem outros milagres, ligados às frias terras montanhosas onde viveu, como o de que abelhas brancas teriam ornado seu berço e abelhas negras seu leito de morte. 


Oração de Santa Rita de Cássia


(Santa Rita é invocada em especial para causas impossíveis)

Ó Poderosa e gloriosa Santa Rita, eis a vossos pés uma alma desamparada que, necessitando de auxílio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida por vós que tem o título de santa dos casos impossíveis e desesperados. Ó cara santa, interessai-vos pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça de que tanto necessito (faça o pedido). Não permitais que tenha de me afastar de vossos pés sem ser atendido. Se houver em mim algum obstáculo que me impeça de alcançar a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste. Envolvei o meu pedido em vossos preciosos méritos e apresentai-o a vosso celeste esposo, Jesus, em união com a vossa prece. Ó Santa Rita, eu ponho em vós toda a minha confiança. Por vosso intermédio, espero tranqüilamente a graça que vos peço. Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por nós.

Curiosidades


Santa Rita é, juntamente à Santa Filomena, uma das padroeiras do município de Codó, no Maranhão. Ela também é padroeira do município de Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul. Na entrada deste município há uma escultura da santa construída pelo artista plástico Vinicius Cassiano.

Santa Rita é a padroeira do município de Santa Cruz, no Rio Grande do Norte, sendo no Nordeste considerada a Madrinha dos Sertões. Nesse município está localizada uma imagem de Santa Rita de 56 metros de altura, sendo a maior estátua católica do mundo e a maior estátua das Américas, superando com folga o Cristo Redentor (com apenas 38 metros) e até a estátua da liberdade (44 metros). Santa Rita de Cássia é a padroeira da cidade de Santa Rita do Passa Quatro, São Paulo, cujo aniversário é 22 de Maio, dia do falecimento da Santa.


Fac-Símile


O Santuário Arquidiocesano de Santa Rita de Cássia em Santa Rita de Caldas (MG), possui um fac-símile do verdadeiro corpo da Santa Rita. É uma cópia idêntica do verdadeiro corpo da santa, que nunca foi enterrado e encontra-se exposto no Santuário Mosteiro de Santa Rita de Cássia na cidade de Cássia, na Itália.

Também no Santuário Arquidiocesano de Santa Rita do Sapucaí(MG), conta com algumas relíquias de Santa Rita de Cássia. Trazida da cidade de Cássia, na Itália, do mosteiro onde Santa Rita completou seus dias na terra, no ano de 1957 a relíquia “ex-ossibus”, ou seja, uma partícula óssea de seu corpo, onde também foram enviadas para o Brasil, como parte das celebrações do quinto centenário de sua morte, a relíquia do véu do hábito da Santa e uma imagem em madeira fac-símile do corpo da Santa, que está na Capela da Urna no Santuário. Também faz parte do patrimônio do Santuário de Santa Rita a imagem centenária, esculpida em Portugal e exposta no Presbitério do templo, além da “Imagem Fundadora”, que está em uma redoma de vidro em um local reservado nas dependências do Santuário e também tem origem portuguesa.

Recentemente foi inaugurado em Mogi Guaçu/SP um santuário em homenagem à Santa Rita de Cássia, onde também há um fac-simile do verdadeiro corpo, juntamente com uma relíquia da Santa.

 http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Rita_de_C%C3%A1ssia



Santa Rita advogada das causas impossíveis

Santa Rita de Cássia

Santa Rita de Cássia é uma das Santas mais amadas de hoje, objeto de uma extraordinária devoção popular, porque amada pelo povo que a sente muito perto pela sua espetacular "normalidade" de existência quotidiana vivida por Ela, antes de tudo como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana. A veneração por esta pequena freira de Cássia não parece diminuir, ao contrário, se intensifica com o tempo, acompanhada da curas, conversões, perfumes e outras coisas.

A Santa Rita a vida não a poupou de nada:
  • Muito jovem foi dada em esposa a um homem iroso e brutal com o qual teve dois filhos, todavia com o seu doce amor e paixão conseguiu transformar o caráter do marido e fazê-lo mais dócil.
  • Santa Rita conviveu e dividiu a dura vida das pessoas do seu pequeno bairro.
  • O marido foi assassinado e dentro de pouco tempo os filhos também o seguiram na sepultura.
  • Ela porém não se abandonou à dor, à desesperação, ao rancor e ao desejo de se vingar, ao contrário conseguiu em modo heróico a afogar a sua dor através do perdão aos assassinos do marido. Fez de tudo para que a familia do marido fizesse as pazes com os assassinos, interrompendo assim a espiral deódio que se era criada.
  • Entrou em convento e viveu os últimos 40 anos de vida em assídua contemplação, penitência e oração, completamente dada ao Senhor.
  • Santa Rita, 15 anos antes de morrer, recebeu a singular "espinha" daquela chaga dolorosa que lhe foi estampada na testa, que incessantemente lhe causou terríveis dores e os sofrimentos inauditos da coroação de espinhas.
A Sua foi uma vida de cruz, suportou a dor que lhe apertava a alma e lacerava as carnes porque compreendeu a sabedoria da Cruz. Assim trocou a dor em uma incredível expressão de amor que doa sem pedir e a transformou em uma força enorme de elevação espiritual. Era aquele amor que loda Deus apesar dos sofrimentos: em uma forma mais pura e maior da caridade.

Santa Rita difundiu a alegria do PERDÃO imediato e generoso, da PAZ amada e por isso a persegue como bem supremo, do AMOR fraterno intenso e sincero, da extrema CONFIANÇA em Deus, completa e filial, da CRUZ levada com Cristo e por Cristo. Ela nos exorta a confiar em Deus para que se faça em nós os desenhos divinos.

A força de Santa Rita està na capacidade de falar a cada coração, de partecipar a todos os nossos problemas. Por quanto se possa sentir infeliz, ore con confiança nela que não deixarà di transformar as suas orações em súplicas ardentes e agradáveis ao Senhor. A Sua intercessão é tanto potente que o povo devoto a chama "Santa das causas impossíveis, advogada das causas desesperadas".

Santa Rita proseguiu neste caminho entusiasmante à descoberta desta humilde senhora que con o seu exemplo é ainda hoje a nossa grande mestra. Pedimos a Ela que interceda pelas nossas tribulações, as necessidade e as angústias, mas principalmente que nos ensine a aceitar os sofrimentos sem compromissos, a capacidade de perdoar de coração e nos faça fixar o pensamento e o coração em Deus "a fim de que entre as coisas mutáveis do mundo, os nossos corações sejam fixos lá onde está a verdadeira alegria".

A Vida de Santa Rita de Cássia

Rita nasceu provavelmente no ano 1381 em Roccaporena, uma aldeia situada na Prefeitura de Cássia na provincia de Perugia, da Antonio Lotti e Amata Ferri. Os seus pais eram crentes e a situação econômica não era das melhores, mas decorosa e tranquila.

A história de S. Rita foi repleta de eventos extraordinários e um destes se mostrou na sua infancia.
A criança, talvez deixada por alguns minutos sozinha em uma cesta na roça enquanto os seus pais trabalhavam na terra, foi circundada da um enxame de abelhas. Estes insetos recobriram a menina mas estranhamente não a picaram. Um caipira, que no mesmo momento havia ferido a mão com a enxada e estava correndo para ir curar-se, passou na frente da cesta onde estava deitada Rita. Viu as abelhas que rodeavam a criança, começou a mandá-las embora e con grande estupor, a medida que movia o braço, a ferida se cicatrizava completamente.

A tradição nos diz que Rita tinha uma precoce vocação religiosa e que um Anjo descia do céu para visitá-La quando ia rezar em uma pequena mansarda.

S. RITA ACEITA DE CASAR
Rita teria desejado ser monja todavia ainda jovem (a 13 anos) os pais, já idosos, a prometeram em casamento a Paulo Ferdinando Mancini, um homem conhecido pelo seu caráter iroso e brutal. S. Rita, habituada ao dover não opôs resistência e se casou com o jovem oficial que comandava a guarnição de Collegiacone, presumivelmente entre os 17-18 anos, isto é em torno aos anos 1387-1388.

Do casamento entre Rita e Paulo nasceram dois filhos gêmeos; Giangiacomo Antonio e Paulo Maria que tiveram todo o amor, a ternura e os cuidados da mãe. Rita conseguiu com o seu doce amor e tanta paciência a transformar o caráter do marido, o fazendo ser mais dócil.

A vida conjugal de S. Rita, passado 18 anos, foi tragicamente terminada com o assassinato do marido, durante a noite, na Torre de Collegiacone a alguns kilometros de Roccaporena quando voltava para Cássia.

O PERDÃO
Rita ficou muito aflita pela atrocidade do acontecimento, procurou proteção e conforto na oração com assíduas e ardentes preces no pedir a Deus o perdão dos assassinos do seu marido.
Contemporaneamente, S. Rita formulou uma ação para chegar à pacificação, a partir dos seus filhos, que sentiam como um dever a vingança pela morte do pai.
Rita se deu conta que a vontade dos filhos não era di perdão, então a Santa implorou ao Senhor oferecendo a vida dos seus filhos, a fim de não vê-los manchados de sangue. "Eles morreram antes de completar um ano da morte do pai"...

Quando S. Rita ficou sózinha, tinha pouco mais de 30 anos e sentiu reflorescer no seu coração o desejo de seguir aquila vocação que na juventude tinha desejado realizar.

S. RITA SE TRANSFORMA EM MONJA
Rita pediu para entrar como monja no Mosteiro de S. Maria Madalena, mas por três vezes lhe foi negado, porque viúva de um homem assassinado.
A legenda narra que S. Rita conseguiu superar todos os impedimentos e portas fechadas graças à intercessão de S. João Batista, S. Agostinho e S. Nicola de Tolentino que a ajudaram a voar da “Rocha” até o Convento de Cássia em um modo a Ela incomprensível. As monjas convencidas do prodígio e do seu sorriso, a acolheram e lá Rita permaneceu por 40 anos submersa na oração.

O MILAGRE SINGULAR DA ESPINHA
Era sexta-feira Santa de 1432, S. Rita voltou ao Covento profundamente confusa, depois de ter escutado um predicador reinvocar com ardor os sofrimentos da morte de Jesus e permaneceu orando na frente do crucifixo em contemplação. In um momento de amor S. Rita pediu a Jesus de condividir pelo menos em parte, os Seus sofrimentos. Aconteceu então o prodígio: S. Rita foi perfurada por uma espinha da coroa de Jesus, na testa. Foi um espasmo sem fim. S. Rita teve a ferida na testa por 15 anos como sigilo de amor.

VIDA DE SOFRIMENTO
Para Rita os últimos 15 anos foram de sofrimento sem trégua, a sua perseverança na oração a levava a passar até 15 dias correntes na sua cela "sem falar com ninguém se não com Deus", além do mais usava também o cilicio que lhe dava tanto sofrimento, submetia o seu corpo a muitas mortificações: dormia no chão até que se adoentou e ficou doente até os últimos anos da sua vida.

O PRODÍGIO DA ROSA
Após 5 meses da morte de Rita, um dia de inverno com a temperatura rígida e um manto de neve cobria tudo, uma parente lhe foi visitar e antes de ir embora perguntou à Santa se Ela desejava alguma coisa, Rita respondeu que teria desejado uma rosa da sua horta. Quando voltou a Roccaporena a parente foi à horta e grande foi a sua surpresa quando viu uma belíssima rosa, a colheu e a levou a Rita.

Assim S. Rita foi denominada a Santa da "Espinha" e a Santa da "Rosa".

S. Rita ante de fechar os olhos para sempre, teve a visão de Jesus e da Virgem Maria que a convidavam no Paraíso. Uma monja viu a sua alma subir ao céu acompanhada de Anjos e contemporaneamente os sinos da igreja começaram a tocar sozinhos, enquanto um perfume suavíssimo se espalhou por todo os Mosteiro e do seu quarto viram uma luz luminosa como se fosse entrado o Sol. Era o dia 22 Maio de 1447.

S. Rita da Cássia foi beatificada 180 anos depois da sua subida aos céus e proclamada Santa após 453 anos da sua morte.

Quarenta seis Milagres

Da biografia de Padre Cavallucci, reproduzida no primeiro volume da Documentação ritiana antiga, se observa que já daquela época perto da arca de Rita se viam "muitas imagens de prata, de cera, de figuras em madeira e em tela, de ferros, de correntes de escravos, pontas de espingardas quebradas", tudo "fedelmente registrado dos Tabeliões na presença de testemunhas.

Perto do sagrado corpo de Rita, continua o biográfo, "se veem muitos doentes e feridos serem curados de gravíssimas enfermidades, muitos cegos voltarem a ver, muitos mudos de nascença terem recebido a fala, mancos e defeituosos ficarem sãos"; além dos endemoninhados que vinham liberados e não faltava quem afirmava ter fugido da morte certa graças à intercessão da Freira Rita.
Nesta biografia são citados 46 milagres, os primeiros onze dos quais todos no ano 1457 o que se pode supor que sejam aqueles descritos pelo Tabelião Casciano Domenico Angeli. Eis:
  1. Battista D’Angelo de Colgiacone não avendo a luz nos olhos, mandou devotos para rezar ao Senhor Deus na frente do corpo da Beata Rita e por misericórdia infinita foi satisfeito, retornando-lhe a vista come antes.
  2. No dia 25 do mesmo mês Lucretia de Ser Pauolo de Colforcello, estava mal devido à grande idade e inchada por hidropisia, se fez conduzir na frente do corpo da Beata Rita, fazendo devotas orações, retornou sã como antes.
  3. Ainda no mesmo mês uma mulher chamada Cecca d’Antonio surda de um ouvido por cinco anos contínuos, invocando principalmente l’Onipotente Deus e a Beata Rita foi liberada com claríssimos sinais na presença de muitas pessoas.
  4. No dia 29 do mesmo mês. Salimene d’Antonio do Poggio tendo um dedo da mão insensível a muito tempo, encostando-o no corpo da Beata com grande reverência e humildade, devoção e fé, foi liberado na presença de muita gente e derramando muitas lágrimas, rendeu graças ao Senhor e à Beata Rita.
  5. No último dia de Maio de 1457. Giacomuccia de Leonardo da Ocone tormentada por muitos anos por uma gravíssima dor nas pernas e no corpo, nos dois últimos anos não se alimentava bem. Carregada nos braços foi levada até à presença do corpo da Beata e implorando ao Senhor e a Ela, ficando por oito dias na Igreja, foi liberada e com grandíssima alegria agradeceu a Deus em primeiro lugar e à Beata Rita.
  6. No mesmo dia Cecca de Gio da Biselli de Norcia tendo nascida muda, como comprovam os parentes e outras pessoas que vieram visitar o corpo da Beata, depois de tantas devotas orações, ela começou a falar e dizer Ave Maria e outras palavras, com grandíssimo estupor dos parentes e de tantas pessoas.
  7. No dia 2 de junho de 1457. Matteo do Re d’Ocone. Bernardo seu filho, tinha uma pedra na bexiga que lhe causava muita dor. Com grande devoção implorou à Beata Rita e seu filho foi liberado do sofrimento.
  8. No dia 3 do mesmo mês, Espirito d’Angelo de Cassia tinha sofrido por 4 anos de dores fortíssimas à ciática, rezando à Beata Rita, foi liberado.
  9. No dia 7 Mattia de Cancro da Rocca Indulsi de Norcia tendo nascita muda e levada aos seus parentes a fim de rezarem por ela, obteve a graça de Deus de poder falar com a língua livre e isto foi causa de estupor entre as pessoas que a escutaram falar e foram feitas procissões por todos os Sacerdotes e uma Pregação do R. P. Mestre Giovanni Pauletti de Cassia.
  10. No mesmo dia Cecco d’Antonio de Sao Cipriano de Matrice mudo de nascença, conduzido por seu pai ao corpo da Beata Rita, com ardentes orações, ficaram dois dias alì e recebendo a graça com grandíssimo estupor de todos.
  11. No dia 8 de junho de 1457. Lucia de Santi do Castel de Santa Maria de Norcia, cega de um olho a 15 anos e do outro quase não via nada, colocada a mão no corpo da Beata Rita, onde ficou por 15 dias em oração, foi finalmente iluminada dos dois olhos, com lágrimas e suspiros louvava e agradecia à Divina Majestade.

Como se pode constatar, as curas milagrosas são de diferentes doenças, inclusive cegueira e mutismo de nascença.
Os outros milagres foram entre os anos 1447 e 1603. Se trata de curas de doenças de todos os tipos: paralisias totais, pedra na bexiga, dificuldade de fala, feridas consideradas incuráveis e em putrefação, abcessos na garganta, loucura, ossos quebrados, feridas infeccionadas, hemorragias, possessões por "espíritos imundos", peste, cancer na garganta e outros.

Além de citar os milagres acertados e protocolados, o Padre Cavallucci informa que "ainda hoje nos nossos tempos, ao abrir a Caixa e a arca onde se incontra o corpo, se sente uma fragrança a qual parece feita de várias misturas odoríficas, sentindo-se até que a caixa està aberta, e que todas as vezes que o Nosso Senhor Jesus Cristo concede qualquer graça por intercessão da Beata Rita, este odor e esta fragrança se sente mais nos dias antes e depois que a caixa vem fechada, como aconteceu tantas vezes e que depois aparece alguém de outras cidades trazendo ofertas em agradecimento pelos votos deles...".

Os Cavallucci acrescenta ainda que as monjas do mosteiro tinham hábito de no mês de maio preparar pequenos pãezinhos que no dia da festa da freira Rita, o dia 22, distribuiam ai necessitados; e "por ter provado este pão" muitos vinham liberados das febres e de outras enfermidades.
Ainda: o ólio da lanterna que era costantemente acesa sobre a caixa de Rita, era tido como milagroso, por isso as monjas "davam o ólio desta lanterna a diversas pessoas a fim de que esfregassem nas partes doentes e doloridas e assim encontravam melhoras.

Carta do Papa João Paulo II

No sexto centenário do nascimento de Santa Rita

Ao venerável irmão
Ottorino Pietro Alberti
Arcebispo de Spoleto e Bispo de Norcia

Com a recente carta, relativa às celebrações ainda em fase per o VI Centenário do nascimento de Santa Rita da Cássia, Ela quis renovar-me o amável convite, já manifestado no mês de março do ano passado, porque com uma especial visita ou com outra iniziativa, participei de pessoa ao unanime coro de louvor que se eleva no mundo cristão em honra daquela, que o meu predecessor Leao XIII de v.m. chamou "a pérola preciosa da Umbria".
Tal pedido, que é compartilhada não somente pelos filhos das dioceses a Ela confidadas, mas dos tantos devotos da Santa, se incontra com o meu vivo desejo de não deixar passar o presente "Ano Ritiano" sem que eu lembre e exalte a sua mística e tanto querida figura. Por isso, unindo-me espiritualmente ao pelegrinos que veem em multidão da longe a Cássia, sou feliz em colocar uma flor de piedade e de veneração sobra a sua Tomba, em recordação dos exemplos das suas altas virtudes.
Agradeço à Providência Divina por algumas singulares conexões, que unem o presente Centenário e outras recorrências altamente sugestivas para que saiba ler na justa prospectiva os acontecimentos da história humana. Não esqueço, a visita que eu fiz em Norcia para celebrar, à quinze séculos do seu nascimento, o grande patriarca do monaquismo ocidental São Benedito. Nem posso omitir a recente abertura do Centenário de São Francisco de Assis. São duas figuras, estas, ao lado das quais a humilde Dona de Roccaporena se coloca como uma irmã caçula, quase a compor un "tríptico ideal" de radiante santidade, que atesta e junto solecita a aprofundar, no senso da coerência, a interminável quantidade de graças que provém da terra fecunda da Umbria Cristã.

Mas não posso deixar de lado uma outra feliz coincidência, o fato que Rita nasceu um ano depois da morte de Caterina da Siena, quase como um sinal de continuidade de maravilhoso significado espiritual.
E’ notório a todos como o itinerário terreno de Santa de Cássia se articula em diversos períodos de vida, cronologicamente sucessivos e – aquilo que interessa – dispostos em ordem ascendente, que mostra as diferentes fases de desenvolvimento da sua vida de união com Deus. Porque Rita é Santa? Não tanto pela fama dos prodígios que a devoção popular atribui à eficácia da sua intercessão junto a Deus onnipotente, quanto pela estupefaciente "normalidade" da esistência quoditiana, della vivida antes como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana.

Era uma desconhecida moça desta Terra, que no calor do ambiente familiar tinha pegado o hábito da doce piedade para com o Criador na visão, que è jà uma lição, do sugestivo cenário das montanhas apeninicas. Então, aonde estava a razão da sua santidade? E onde a heroicidade das suas virtudes? A sua vida era tranquila e sem notoriedade, quando, contra as suas pessoais preferências, abraçou o casamento. Assim ficou esposa, revelando-se como um verdadeiro anjo no ambiente matrimonial e conseguindo com ações resolutivas a transformar os maus hábitos do marido. Foi também mãe e contente pelo nascimento dos dois filhos, pelos quais, depois do assassinato do marido, tanto sofreu, no temor que nas almas dos seus filhos aparecesse a sombra de um desejo de vingança contra os assassinos do pai. Da sua parte, os tinha generosamente perdoado, determinando também a pacificação das familias.

Já viúva, ficou logo depois privada dos filhos e sendo livre de qualquer vínculo terreno, decediu de dar-se toda a Deus. Mas também sofreu provas e contradições, até que pode realizar o seu sonho da jovem, consagrando-se ao Senhor no Mosteiro de Santa Maria Madalena. A humilde existência, que aqui passou aproximadamente por 40 anos, foi reconhecida aos olhos do mundo e aberta somente na intimidade com Deus. Foram aqueles anos de assídua contemplação, anos de penitência e de orações, que chegaram ao clímax quando aquela chaga se estampou dolorida sobre a sua testa. Este sinal da espinha, apesar da dor física que lhe causava, foi como um sigilo dos seus sofrimentos interiores, mas foi sobretudo a prova da sua direta partecipação à Paixão de Cristo, no meio, por assim dizer, de um momento dramático, como foi aquele da coroação de espinhas no pretorio de Filato. (cfr. Mt 27,28; Me 15,17; Gv 19, 2.5)
E’ aqui, portanto, que precisa avistar o vértice da sua mística subida, aqui a profundidade de um sofrimento, que foi tal que determinou um sinal somático externo. E aqui ainda se descobre um significativo ponto de contacto entre os dois filhos da Umbria: Rita e Francisco. Na realidade, aquelas que foram as estigmas para o Pobrezinho, foi a espinha para Rita: isto è um sinal, aquelas e estas, de direta associação à Paixão redentora de Cristo Senhor, coroado por pungentes espinhas depois da cruel flagelação e, sucessivamente, perfurado por pregos e atacado com uma lança no Calvário. Tal associação aconteceu com os dois Santo na comum base daquele amor, que tem uma intrínseca força de união, e por aquela espinha dolorida, a Santa das rosas se transformou em símbolo vivente de amorosa compartecipação ao sofrimento do Salvador. Que a rosa do amor agora é fresca, quando è associada à espinha da dor! Assim foi com Cristo, modelo supremo; assim foi com Francisco; assim foi com Rita. Na verdade, Ela sofreu e amou: amou Deus e amou os homens; sofreu por amor a Deus e sofreu por causa dos homens.

Portanto, o gradual acontecimento dos vários estágios no seu caminho terreno revela Nela um paralelo crescimento de amor até aquela estigma que, enquanto da a medida adequada da sua elevação, explica ao mesmo tempo porque a sua doce figura trás tanta atração entre os fiéis, que celebram o seu nome e aclamam os poderes para com o trono de Deus. Filha espiritual de Santo Agostinho, Ela colocou em prática os seus ensinamentos, sem nem mesmo os ter lido nos livros. Ele que tinha recomendado às mulheres consagradas de "seguir" o Cordeiro onde for" e de "contemplar com os olhos interiores as chagas do Crocifixo, as cicatrizes do Redentor, o sangue do morrente (...), todo pesando sobre a balança da caridade" (cfr. De Sancta Virginitate, 52, 54, 55; PL 40, 428), foi obedecido "ad litteram" por Rita que, especialmente nos quarenta anos de clausura, demonstrou a continuidade e a força do contacto estabelecido com a vítima divina do Golgota.
A lição da Santa se concentra sobre estes elementos típicos de espiritualidade: a oferta do perdão e a aceitação dos sofrimentos, não através de uma forma de passiva aceitação ou como fruto de fraqueza feminina, mas pela força daquele amor para com Cristo, que proprio na recordação do episódio da coroação, padeceu junto com as outras humilhações, uma atroz parodia da sua nobreza.

Alimentado por esta cena, que não sem motivo a tradição da Igreja colocou ao centro dos "mistérios dolorosos" do Santo Rosário, o misticismo ritiano se unia ao mesmo ideal, vivido em primeira pessoa e não simplesmente anunciado, pelo Apóstolo Paulo: Ego…stigmata Domini lesu in corpore meo porto (Gai 6,17); Adimpleo ea, quae desunt passionimi Christi in carne meo prò corpore ejus, quod est Ecclesia (Col 1,24). Este outro elemento também precisa ser relevado, isto é, a destinação eclesial dos méritos da Santa: segregada do mundo e intimamente associada ao Cristo sofredor. Ela fez refluir na comunidade dos irmãos o fruto deste seu "perdoar".
Verdadeiramente Rita é ao mesmo tempo a "mulher forte" e a "virgem de grande sabedoria" das quais nos fala a Sagrada Escritura (Pro 31,10ss; Mt 25,1 ss), que em todos os estados de vida indica, e não a palavras, qual seja a estrada autentica à santidade como sequela fiél de Cristo até a cruz. Por isso a todos os seus devotos, espalhados por todo o mundo, quis repropor a doce figura com esperança que inspirando-se nela, queiram corresponder, cada um no seu estado de vida, à vocação cristã nas suas exigências de clareza, de testemunho e de coragem: sic luceat lux vostra coram hominibus... (Mt 5,16).
A este propósito confido a Ela a presente Carta que, na luz do Centenário Ritiano, Ela quererá levar ao conhecimento dos fiéis com o encorajamento e o conforto da Benedição Apostólica.

Do Vaticano, 10 de fevereiro de 1982, quarto do Pontificado.

Oração à Santa Rita

PADROEIRA DOS CASOS IMPOSSÍVEIS E DESESPERADOS

O Oh querida Santa Rita,
nossa Padroeira também nos casos impossíveis e Advogada nos casos desesperados,
faz que Deus me livre da minha presente aflição......., 
e afaste a ansiedade, que aperta forte o meu coração.

Pela angústia, que vos esperimentastes em tantas ocasiões,
tenhais compaixão da minha pessoa a vós devota,
que confidentemente pede o vosso intervento
junto ao Divino Coração do nosso Jesus Crocifixo.

Oh! querida Santa Rita,
guiais as minhas intenções
nestas minhas humildes orações e ferventes desejos.

Corrigendo a minha passada vida pecadora
e obtendo o perdão de todos os meus pecados,
tenho a doce esperança de gozar um dia
Deus no paraíso junto com vós para toda a eternidade.
Assim seja.

Santa Rita, Padroeira dos casos desesperados, reza por nós

Santa Rita, Advogada dos casos impossíveis, intercede por nós.

3 Padre nosso, Ave e Glória.



Santa Rita de Cássia
NascimentoNo ano de 1381
Local nascimentoRoccaporena (Úmbria, Itália)
OrdemAgostiniana
Local vidaCássia
EspiritualidadeDe seu nome de batismo Margherita originou o nome Rita, pelo qual é conhecida em todo mundo católico. Contrariada, fez o gosto dos pais: casou-se com um jovem temperamental e violento e tiveram dois filhos. Durante os 18 anos em que esteve casada, tudo fez para que a paz e a harmonia fossem mantidas mesmo tendo um marido brutal que lhe era infiel e a maltratava, até que conseguiu convertê-lo. Porém um ano após, este (Paulo Ferdinando) foi assassinado e seus dois filhos juraram vingar-se dos matadores. Rita pediu a Deus que tirasse a vida dos filhos antes que eles cometessem o pecado da vingança e assim perdessem a alma e mesmo em meio as angústias da perda, foi atendida: um raio os matou. Abalada pela morte do marido e dos filhos, quis recolher-se ao convento das agostinianas de Cássia, mas não foi aceita. Rezou, então, fervorosamente aos santos de sua devoção: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino. Contam os biógrafos que estes santos lhe apareceram de madrugada em sua casa e conduziram ao convento, mesmo com as portas do convento cerradas. Por 14 anos, até sua morte, trouxe na testa um estigma, associando-se assim à paixão de Cristo. Morreu no mosteiro de Cássia em 1457 e foi canonizada em 1900. É a padroeira das mulheres que sofrem com os maridos, e é também chamada "advogada das causas perdidas" e "Santa dos impossíveis".
Local morteCássia (Itália) - No mosteiro
MorteNo ano de 1457, aos 76 anos de idade
Fonte informaçãoArautos do Evangelho e Webcatolica
OraçãoÓ poderosa Santa Rita, chamada Santa dos impossíveis, advogada dos casos desesperados, auxiliadora da última hora, refúgio e abrigo da dor que arrasta para o abismo do pecado e da desesperação, com toda confiança no vosso poder junto ao Sagrado Coração de Jesus, a Vós recorro no caso difícil e imprevisto, que dolorosamente oprime o meu coração. Obtende-me a graça que desejo; (fazer o pedido) pois, sendo-me necessária a quero. Apresentada por vós a minha oração, o meu pedido, por vós que sois tão amada por Deus, certamente serei atendido. Dizei a Nosso Senhor que me valerei da graça para melhorar a minha vida e os meus costumes e para cantar na terra e no céu a divina misericórdia. (Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e 1 Glória ao Pai)
DevoçãoÀs chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo, sofrimentos de Sua Paixão e Morte
PadroeiroDas esposas que sofrem, casos desesperados
Outros Santos do diaSanta Joaquina de Vedruna (fund); Faustino, Timóteo e Venusto, Casto e Secundina, Emílio, Basilisco, Júlia, Quitéria (virgens); Fulco, Amâncio, Ausônio (confs); Romão (monge); Helena (virgem).
FONTE: ASJ

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