sexta-feira, 15 de agosto de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 15/08/2025

ANO C


Mt 19,3-12

Comentário do Evangelho

Matrimônio, Divórcio e Celibato: O Ensinamento de Jesus


Ao viajar da Galileia para a Judeia, Jesus cura grandes multidões, o que provoca inveja nos fariseus, que se aproximam dele para testá-lo a respeito do divórcio e do adultério. O Mestre recorre às Escrituras mais antigas (Gn 1,27; 2,24) para fundamentar a indissolubilidade do matrimônio, afirmando que homem e mulher se tornam uma só carne porque foi Deus quem os uniu. Os fariseus insistem na questão do divórcio, uma prática comum no Antigo Testamento e permitida em Deuteronômio 24,1. Jesus os corrige, explicando que a permissão de Moisés se deu devido à dureza dos corações, que destrói a união de amor que Deus sempre desejou. Apenas uma união ilegítima justifica um novo casamento. Caso contrário, comete-se adultério. Quando questionado pelos discípulos, Jesus encerra seu ensinamento falando sobre o celibato. Ele menciona três tipos de eunucos: os nascidos assim, os castrados e aqueles que escolhem viver o celibato por amor ao Reino de Deus, confiando em Sua graça. Assim, tanto o matrimônio quanto o celibato são dons dados por Deus, que devem ser acolhidos com alegria e vividos com compromisso irrevogável.
https://catequisar.com.br/liturgia/matrimonio-divorcio-e-celibato-o-ensinamento-de-jesus/

Comentário do Evangelho

Alguns fariseus aproximaram-se dele e para pô-lo à prova: "É permitido ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?"


Na ida da Galileia para a Judeia, Jesus cura grandes multidões. Isso desperta inveja nos fariseus que se aproximam dele para prová-lo acerca do divórcio e do adultério. O Mestre recorre da autoridade da tradição mais antiga (Gn 1,27; 2,24) para fundamentar a indissolubilidade do matrimônio. Homem e mulher se tornam uma só carne porque foi Deus quem os uniu. Os fariseus insistem sobre o divórcio, comum no Antigo Testamento e legitimado em Deuteronômio 24,1. Jesus os contesta justificando a permissão de Moisés em vista da dureza dos corações, que destrói a união de amor sempre querida por Deus. Somente uma união ilegítima permite um novo e legítimo casamento. Do contrário, comete-se adultério. Indagado pelos discípulos, Jesus conclui seu ensinamento falando sobre o celibato. Entre as categorias de eunucos por nascença ou por castração, Jesus acrescenta uma terceira, marcada pela liberdade de aceitar a capacidade de Deus em fazê-lo eunuco para o serviço ao Reino. Logo, matrimônio e celibato, mais que opções de vida, são dons irrevogáveis dados por Deus, que devem ser assumidos com alegria.
Pe. Jackson Câmara Silva, INJ, ‘A Bíblia dia a dia 2025’, Paulinas.
Fontes: https://www.facebook.com/ParoquiaSantaCruzCampinas e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/alguns-fariseus-aproximaram-se-dele-e-para-po-lo-a-prova-e-permitido-ao-homem-repudiar-sua-mulher-por-qualquer-motivo-15-08-2025

Reflexão

A Igreja, fiel ao Evangelho de Cristo, não pode proclamar outra coisa que não seja a indissolubilidade do matrimônio, não apenas em virtude do mandato do Senhor – “Que o ser humano não separe o que Deus uniu” -, mas também porque o divórcio afeta o plano salvífico de Deus, pois fere todos os que se veem envolvidos nesse doloroso processo: cônjuges, filhos, parentes mais próximos. O discípulo de Jesus é convidado a inverter esse flagelo social, lembrando que o matrimônio é essencialmente o sacramento da fidelidade ao amor, à semelhança da fidelidade de Cristo para com a humanidade, a ponto de morrer por amor a ela. Nas dificuldades, os esposos cristãos deveriam sempre recordar que Deus age em favor de todo aquele que lhe é fiel, tal como foi ele quem conduziu, lutou e libertou seu povo ao longo da história da salvação. Deus nos prepara e nos guia para conquistarmos o Reino definitivo e para o edificarmos já no nosso cotidiano. Saber valorizar a família é um elemento essencial nesse processo.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/15-sexta-feira-10/

Reflexão

«Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe»

Fr. Roger J. LANDRY
(Hyannis, Massachusetts, Estados Unidos)

Hoje, Jesus responde às perguntas dos seus contemporâneos sobre o verdadeiro significado do matrimônio, ressaltando a indissolubilidade do mesmo.
Sua resposta, no entanto, também proporciona a base adequada para que nós, cristãos, possamos responder a aqueles cujos corações teimosos os obrigam a procurar a ampliação da definição de matrimônio para os casais homossexuais.
Ao fazer retroceder o matrimônio ao plano original de Deus, Jesus ressalta quatro aspectos relevantes pelos quais só se pode unir em matrimônio a um homem e uma mulher:

1) «O Criador, desde o início, os fez macho e fêmea» (Mt 19,4). Jesus nos ensina que, no plano divino, a masculinidade e a feminilidade têm um grande significado. Ignorar, pois, é ignorar o que somos.

2) «Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher» (Mt 19,5). No plano de Deus não é que o homem abandone os seus pais e vá embora com quem ele queira, mas sim com uma esposa.

3) «De maneira que já não são dois, e sim uma só carne» (Mt 19,6). Esta união corporal vai mais além da pouco duradoura união física que ocorre no ato conjugal. Refere-se à união duradoura que se apresenta quando um homem e uma mulher, através do seu amor, concebem uma nova vida que é o matrimônio perdurável ou união dos seus corpos. Logicamente, que um homem com outro homem, ou uma mulher com outra mulher, não pode ser considerado um único corpo dessa maneira.

4) «Pois o que Deus uniu, o homem não separe» (Mt 19,6). Deus mesmo uniu em matrimônio ao homem e à mulher e, sempre que tentamos separar o que Ele uniu, estaremos fazendo por nossa própria conta e por conta da sociedade.

Em sua catequese sobre Gênesis, o Papa João Paulo II disse: «Em sua resposta aos fariseus, Jesus Cristo comenta aos interlocutores a visão total do homem, sem o qual não é possível oferecer uma resposta adequada às perguntas relacionadas com o matrimônio».
Cada um de nós está chamado a ser o eco desta Palavra de Deus em nosso momento.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «A estatura e os hábitos do homem podem mudar, mas a sua natureza continua idêntica e a sua pessoa é a mesma» (São Vicente de Lerins)

- «Na narração bíblica surge a ideia de que o homem é de alguma forma, incompleto, constitutivamente no caminho para encontrar no outro a parte complementária para a sua integridade, quer dizer, a ideia de que apenas na comunhão com o outro sexo se pode considerar “completo”» (Bento XVI)

- «A estima pela virgindade por amor do Reino e o sentido cristão do matrimónio são inseparáveis e favorecem-se mutuamente» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.620)
Fonte: https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-08-16 (16/08/2024)

Reflexão

Sexualidade e matrimônio: são algo sagrado!

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, com o Evangelho, contemplamos a sexualidade como uma realidade central da criação. A diversidade sexual e o matrimônio (onde os esposos se doam mutuamente na sua distinção sexuada) são algo sagrado. Não é mero acaso que: 1. Deus altere a sua linguagem (“fala” na primeira pessoa do plural) quando se dispõe a criar o homem (“Façamos o homem à nossa semelhança”); 2. Cristo dignifique o matrimônio com a categoria de sacramento e assista a uma boda no início do seu ministério.
A palavra de Deus confirma esta tradição da Igreja. Além disso, lemos no “Génesis” que Deus nos criou à sua imagem, fazendo-nos “homem” e “mulher”. Quando duas pessoas se entregam mutuamente e, juntas, dão vida aos filhos, o sagrado também fica atingido: cada pessoa alberga o mistério divino. Assim, a convivência de homem e mulher também se insere no religioso, no sagrado, na responsabilidade perante Deus.
—Deus-Criador: tu és o “nós divino” que inspira e guia o “nós humano” (matrimônio).
Fonte: https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-08-16 (16/08/2024)

Reflexão

O homem esteja “incompleto”, constitutivamente a caminho a fim de encontrar no outro a parte que falta para a sua totalidade

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, Jesus explica que a narração bíblica da criação fala da solidão do primeiro homem, Adão, querendo Deus pôr a seu lado um auxílio. Dentre todas as criaturas, nenhuma pôde ser para o homem aquela ajuda de que necessita, apesar de ter dado um nome a todos os animais selvagens, integrando-os assim no contexto da sua vida. Então, de uma costela do homem, Deus plasma a mulher...
Na base desta narração, é possível entrever concepções semelhantes às que aparecem no mito referido por Platão, segundo o qual o homem originariamente era esférico, porque completo em si mesmo e auto-suficiente. Mas, como punição pela sua soberba, foi dividido ao meio por Zeus, de tal modo que agora sempre anseia pela outra sua metade e caminha para ela a fim de reencontrar a sua globalidade.
—Na narração bíblica, não se fala de punição; porém, a ideia de que o homem de algum modo esteja incompleto, constitutivamente a caminho a fim de encontrar no outro a parte que falta para a sua totalidade.
Fonte: https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-08-16 (16/08/2024)

Reflexão

À imagem do Deus monoteísta corresponde o matrimónio monogâmico

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, vemos que só na comunhão com o outro sexo, o homem possa tornar-se “completo”: o “eros” (amor-paixão) está de certo modo enraizado na própria natureza do homem. Adão anda à procura e “deixa o pai e a mãe” para encontrar a mulher (cf. Gn 2,23-24); só no seu conjunto é que representam a totalidade humana, tornam-se “uma só carne”.
O segundo aspecto: numa orientação baseada na criação, o “eros” impele o homem ao matrimónio, a uma ligação caracterizada pela unicidade e para sempre. Deste modo, e somente assim, é que se realiza a sua finalidade íntima. À imagem do Deus monoteísta corresponde o matrimónio monogâmico. O matrimónio baseado num amor exclusivo e definitivo torna-se o ícone do relacionamento de Deus com o seu povo e, vice-versa, o modo de Deus amar torna-se a medida do amor humano.
—Esta estreita ligação entre “eros” e matrimônio na Bíblia quase não encontra paralelos literários fora da mesma.
Fonte: https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-08-16 (16/08/2024)

Comentário do Evangelho

O casamento implica amar com um coração nobre e generoso


Hoje, alguns fariseus querem preparar uma armadilha a Jesus. Mas, quanto ao tema do divórcio não se brinca. A dureza de coração, quer dizer, o egoísmo acaba por aprovar o divórcio. Um coração nobre não precisa de divórcios!
- Uma vez que Jesus não admite brincadeiras com o matrimônio, dá-nos uma norma para elevar o nível: se um marido não ama a sua mulher (ou vice-versa) com coração nobre e generoso, também comete adultério (está a abusar da outra pessoa).
Fonte: https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-08-16 (16/08/2024)

Meditação

A Palavra: dos ouvidos ao coração!

Josué resgata para o Povo sua própria história: um rosário interminável de unicamente gestos de amor de Deus para com eles, sem o mínimo sinal de divórcio. Criando-nos à sua imagem e segundo sua semelhança, nessa idêntica fidelidade amorosa quis que vivêssemos, aqui na terra, também no matrimônio: homem e mulher unindo-se de tal modo a não serem dois, “mas uma só carne”. O homem ter a mulher como sua carne, e a mulher igualmente em relação ao homem. Cada um amar o cônjuge, cuidar dele como ama e cuida de si. Sentir como feito a si o que faz para o cônjuge. O divórcio nem sequer foi pensado pelo Criador. Acontece quando, na fraqueza humana, o ideal divino torna-se impraticável.
Coleta
DEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, a quem, inspirados pelo Espírito Santo, ousamos chamar de Pai, fazei crescer em nossos corações o espírito de adoção filial, para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=15%2F08%2F2025&leitura=meditacao

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