segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 12/12/2021

ANO C


3º DOMINGO DO ADVENTO

Ano C - Roxo ou Róseo

Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias.” Lc 3,16

Lc 3,10-18

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A proximidade do Senhor enche o coração de alegria. João Batista continua a provocar pois , sendo cristãos, assumimos uma vida conforme o ensinamento de nosso Senhor. Dessa maneira, egoísmo, violência e injustiças não podem fazer parte do nosso agir cotidiano. É necessário abandonar as trevas e caminhar em direção à luz que é Jesus.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: O Natal que se aproxima deve ser entendido como a presença de Deus no meio do povo, é iniciativa divina que possibilita-nos participar de sua salvação. Eis o sentido principal do “Domingo da Alegria”, esta exultação manifesta-se no coração dos homens e mulheres que aguardam a vinda do Deus menino. Alegremo-nos todos no Senhor pois ele está perto!

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, hoje a Igreja antecipa seu júbilo pela proximidade da chegada do Senhor no Natal. Alegrar-se no Senhor é o grande convite que a Liturgia hoje nos faz. Alegrar-se na certeza de que o Senhor sustenta a nossa existência, dá sentido às nossas dores e é nosso consolador. Neste domingo sairemos daqui com a convicção da fé que nos afirma que Deus não nos abandona e está presente no seu Filho que veio pessoalmente ao nosso encontro. Portanto, alegremo-nos no Senhor!

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: O tema deste 3º Domingo pode girar à volta da pergunta: "e nós, que devemos fazer?" Preparar o "caminho" por onde o Senhor vem significa questionar os nossos limites, o nosso egoísmo e comodismo e operar uma verdadeira transformação da nossa vida no sentido de Deus. O Evangelho sugere três aspectos onde essa transformação é necessária: é preciso sair do nosso egoísmo e aprender a partilhar; é preciso quebrar os esquemas de exploração e de imoralidade e proceder com justiça; é preciso renunciar à violência e à prepotência e respeitar absolutamente a dignidade dos nossos irmãos. O Evangelho avisa-nos, ainda, que o cristão é "batizado no Espírito", recebe de Deus vida nova e tem de viver de acordo com essa dinâmica. A primeira leitura sugere que, no início, no meio e no fim desse "caminho de conversão", espera-nos o Deus que nos ama. O seu amor não só perdoa as nossas faltas, mas provoca a conversão, transforma-nos e renova-nos. Daí o convite à alegria: Deus está no meio de nós, ama-nos e, apesar de tudo, insiste em fazer caminho conosco. A segunda leitura insiste nas atitudes corretas que devem marcar a vida de todos os que querem acolher o Senhor: alegria, bondade, oração.
Fonte: NPD Brasil em 16/12/2018

ELE É A ALEGRIA VERDADEIRA...

A espera, característica essencial deste tempo, tem como marca a dimensão penitencial, esta “é expressão do desapego àquilo que nos prende e disponibilidade àquilo que virá” (G. Gutierrez). Tal vigilância não se dá em meio a prato ou tristeza, mas transcorre em clima de alegria e júbilo tendo sempre em vista o Senhor que vem, prêmio eterno de quem n’Ele espera. O terceiro Domingo do Advento recorda-nos, assim, a alegria, leva o nome de Domingo Gaudete (Alegria): imbuídos da palavra do Apóstolo “alegramo-nos no Senhor” na certeza de que Ele se aproxima!
Insistindo ainda na figura de João Batista como precursor necessário de Jesus, São Lucas o apresenta como modelo de modéstia e lucidez referente à sua função. O profeta João responde com simplicidade e sobriedade aos questionamentos de seus discípulos, enfatizando que a conversão deve ser vivenciada concretamente na relação com o próximo. Todos são chamados à prática do Amor, solidariedade, respeito mútuo, segundo suas condições e estado de vida.
É nobre a atitude de João ao evitar enganos, renunciando o título de messias: ele tem clareza de sua missão e aponta, com seu testemunho, o salvador que há de vir.
O Concílio Vaticano II, levando a cabo sua empreita de estabelecer efetivo diálogo entre Igreja e mundo moderno, recorda-nos a necessidade de que a mesma supere posturas “auto- -referenciais” (A Igreja como substituta de Jesus), assumindo a dimensão de serva do mesmo, presente, de modo particular, nos mais necessitados. A comunidade cristão é, fundamentalmente, mediação, devendo assim, à exemplo de João, conduzir à Cristo!
Texto: Equipe Diocesana - Diocese de Apucarana - PR
Fonte: NPD Brasil em 16/12/2018

O QUE DEVEMOS FAZER?

Neste 3° Domingo do Advento, ouvimos como João Batista prepara o povo para acolher bem o Salvador. A missão da Igreja, como a de João Batista, é “preparar os caminhos do Senhor”, chamando as pessoas à conversão e a remover da vida tudo o que atrapalha o encontro com o Deus Salvador que vem ao nosso encontro. A Igreja aponta para Cristo e para Deus e prepara o povo para o encontro com Ele.
As pessoas aproximavam-se de João Batista e perguntavam: que devemos fazer? Esta pergunta sai de nossa consciência, que procura o bem e a verdade. João responde que cada um cumpra bem os seus deveres, respeitando as pessoas, não fazendo injustiça ou violência contra ninguém, não sendo gananciosos, nem desonestos. “Fazer dignos frutos de penitência” é converter o coração para Deus.
Nossa consciência aponta para os caminhos bons, que Deus não esconde a ninguém. A verdade e a prática do bem levam a Deus. A maldade, a falsidade e o desrespeito não levam a Deus: ao contrário, atrapalham e precisam ser tiradas do caminho de nossa vida... Preparemo-nos para celebrar o Natal com o coração purifica e convertido para Deus.
Hoje, em todo o Brasil, a Igreja Católica faz a Coleta da Campanha Nacional para a Evangelização. Aquilo que se recolhe servirá para apoiar a formação de pessoas e para custear os meios necessários para a evangelização. A promoção da evangelização requer recursos materiais e pessoas preparadas nas paróquias, dioceses e organizações pastorais.
Apoiar o trabalho evangelizador da Igreja é um dever para todo católico. Hoje temos a ocasião de fazer um gesto concreto e generoso de apoio à evangelização na Arquidiocese de São Paulo e em todo o Brasil. A doação de cada um ajudará a Igreja a anunciar o Evangelho e a preparar as pessoas para o encontro com o Senhor. Com a doação de cada um, a Igreja continuará a preparar os que fazem o trabalho de João Batista...
Hoje também iniciamos a Novena litúrgica do Natal, em preparação ao Natal que se aproxima; procuremos rezar mais intensamente e preparar-nos espiritualmente para a comemoração do nascimento de Jesus, nosso Salvador. Quem ainda não fez sua Confissão para o Natal, procure um padre nas igrejas, para se confessar. Preparemos o ambiente de nossas casas para bem celebrar o Natal, como testemunho de nossa fé em Cristo.
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo
Fonte: NPD Brasil em 16/12/2018

Comentário do Evangelho

Anúncio libertador e coerente

João Batista faz seu anúncio profético nas regiões vizinhas da Judeia ("além do Jordão", conforme o evangelho de João - 1,28; 3,26; 10,40), inaugurando um forte movimento renovador, a partir da ruptura com a doutrina e o culto do Templo de Jerusalém e com a sua linhagem sacerdotal. Com seu anúncio libertador e coerente, atrai as multidões e reúne discípulos em torno de si. O próprio Jesus vem de sua cidade, Nazaré da Galileia, para ser batizado por João.
João, com o rito simbólico de seu batismo, conclamava o povo à conversão (metanóia). Conversão significa mudança de vida, mudança de comportamento e de valores. Em relação a algumas outras práticas religiosas de abluções (purificação com água) existentes, o batismo de João era uma inovação. Ele significava um compromisso com a prática da justiça, através da qual o pecado é removido. Assim, fica descartada a tradição segundo a qual se devia buscar a purificação dos pecados através de ofertas e sacrifícios de animais a serem praticados pelos sacerdotes do Templo de Jerusalém.
Àqueles que a ele vinham, julgando-se justificados e salvos por serem "filhos de Abraão", João incitava à conversão com uma nova prática de vida, dizendo-lhes: "Produzi fruto digno de arrependimento e não penseis que basta dizer: 'Temos por pai a Abraão'. Pois eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão".
Em resposta às multidões que o procuravam, João apresenta o essencial da nova prática a ser assumida a partir do compromisso do batismo. Com as recomendações de partilhar as túnicas e a comida, não cobrar nada além do estabelecido (aos publicanos), de não maltratar a ninguém, não fazer falsas denúncias e não extorquir dinheiro (aos soldados), fica caracterizada a efetiva conversão pelo amor e pela prática da justiça, na solidariedade com os mais fracos e empobrecidos.
Jesus se fez discípulo de João, contudo, amplia seu movimento com um novo caráter. O seu anúncio inicial é o mesmo de João: a conversão ao Reino de Deus que está próximo. Entretanto, a sua novidade é o dom do Espírito e da vida eterna àqueles que aderirem ao Reino, que é a vida plena para todos. A prática da justiça, decorrente da conversão e do compromisso do batismo anunciado por João, alcança, assim, uma dimensão de participação na vida divina e de eternidade, no Espírito.
Depois da morte de João Batista, seus discípulos continuarão com um movimento em paralelo ao movimento que também foi iniciado por Jesus, conforme se pode perceber em várias passagens do Segundo Testamento. Ao escreverem as memórias de João Batista, os evangelistas, a fim de atrair para o movimento de Jesus aqueles que permaneciam fiéis como discípulos de João, procuram caracterizá-lo como alguém que conscientemente se coloca em posição subalterna a Jesus.
Em clima de expectativa do Advento, ao renovarmos a consciência da presença de Jesus encarnado entre nós, Filho de Deus e eterno, enchemo-nos de alegria. "O Senhor está a teu lado... apaixonado de amor por ti" (primeira leitura). "Alegrai-vos sempre no Senhor"!
José Raimundo Oliva
Oração
Espírito que converte para Deus, que eu permaneça atento aos apelos de conversão que me são dirigidos, para merecer ser acolhido no Reino proclamado pelo Messias Jesus.
Fonte: Paulinas em 16/12/2012

VIVENDO A PALAVRA

João Batista lembrava àqueles que o procuravam para o batismo, os deveres de seu estado. O viver humano honrado, discreto, generoso e atento aos irmãos deve ser a base sobre a qual assentamos a vivência da nossa fé, procurando seguir Jesus de Nazaré e dando testemunho da presença do Reino do Céu dentro de nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/12/2018

Reflexão

João Batista aparece anunciando a vinda de Jesus e aponta a maneira prática de recebê-lo. A pergunta que não pode faltar é esta: o que devemos fazer? João estabelece um compromisso a cada grupo que o procura. João diz que a melhor maneira de preparar o caminho para Jesus é empenhar-se por uma sociedade solidária, justa e não violenta. Ao povo que o procura, João diz que é necessário ser solidário com os necessitados: quem tem repartir com quem não tem. A partilha é fundamental para que aconteça a justiça divina e todos tenham condições de uma vida digna. Aos cobradores de impostos, João os convida a praticar a justiça: não cobrar além do estabelecido. A honestidade e a ética não podem ser esquecidas em nenhuma e qualquer administração, seja pública ou privada. Aos soldados, João responde que é preciso não agir com violência: não maltratar com violência nem fazer acusações falsas. A violência e a força opressora nunca foram solução para a paz. Abuso do poder e acusação falsa destroem a fraternidade comunitária e a democracia de um povo. João propõe a conversão pessoal, mas principalmente a conversão social: as injustiças que acontecem contra os direitos dos pobres e dos indefesos.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 16/12/2018

Reflexão

Com seu rigoroso estilo de vida e sua pregação focada no julgamento divino, João desinstala as multidões, que o procuram com vontade de mudar de conduta. João lhes propõe atitudes concretas: repartir roupa e comida (recomendação a todos); não cobrar além do estabelecido, nem falsificar o preço das mercadorias (aos cobradores de impostos); não maltratar ninguém, nem colocar o manto da mentira sobre o fato real (aos soldados). O que foge do critério da justiça é exploração, portanto atitude imoral e abominável. Por suas investidas contra os poderosos, João pagará alto preço. Em seu discurso, João apresenta Jesus como juiz, que batiza “com fogo”, “queimando” toda a injustiça das pessoas, mas, ao mesmo tempo, o mostra repleto da força transformadora do perdão e da graça, pois batiza “com o Espírito”.
Oração
Ó Jesus Messias, teu precursor João orienta várias categorias de pessoas sobre como esperar tua vinda. Trata-se de repartir roupa e alimento com o necessitado, não explorar o próximo, não maltratar ninguém com violência, não fazer acusações falsas. Boas indicações para autêntica mudança de vida. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Meditando o evangelho

TESTEMUNHO DA LUZ

A pessoa e a missão de Jesus é que definiram a identidade de João Batista. Este fora enviado por Deus para ser testemunho da luz. Mediante sua pregação, muitas pessoas teriam a chance de chegar à fé e serem iluminadas pela luz, que é Jesus. A atividade de João preparava a chegada de Jesus, predispondo as pessoas para recebê-lo.
O pressuposto de seu ministério era que a humanidade estava mergulhada nas trevas e, por isso, vagava errante pelo caminho do pecado e da injustiça. Se não lhes fosse oferecida uma luz, não teriam condições de superar esta situação. Entretanto, o Pai decidira resgatar o ser humano para a vida. E o fez, por meio de seu Filho Jesus, cujo ministério consistiria em ser luz para o ser humano, mostrando-lhe o caminho para o Pai.
João Batista compreendeu este projeto de Deus e se colocou a serviço dele. Sua condição de servidor do Messias estava arraigada em sua consciência. Não cedeu à tentação de pensar de si mesmo, além do que correspondia ao plano de Deus. Não lhe cabia nenhuma das identificações do Messias, em voga na teologia popular. Ele não era nem o Messias, nem Elias, nem algum dos profetas. Era, simplesmente, um servo de Deus e do seu Messias. Este título era suficiente para defini-lo. Tudo o mais não passava de especulação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, como João Batista, desejo colocar-me totalmente a teu serviço, dando ao mundo o testemunho de tua luz.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O SENHOR ESTÁ PRÓXIMO, ALEGRAI-VOS!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Alegria parece ser a palavra de ordem na liturgia desse terceiro domingo do advento, sentimento que o profeta Sofonias passa a seus conterrâneos, em um tempo em que não havia motivos para o povo se alegrar, porque a devassidão moral andava a solta. A Boa Nova do Profeta não é dirigida aos poderosos, mas ao povo simples da terra, um pequeno resto que irá sobrar, após tantas tragédias que estavam porvir sobre a nação.
A gente olha para a realidade que nos cerca e percebe que, de fato não há muito com o que se alegrar, pois a violência de todo tipo continua a avançar, dando-se a impressão de que nunca se acabará, entre os nossos governantes e legisladores a ética vai cada vez mais perdendo o seu espaço, corrupção e mentiras, falcatruas e impunidades, desigualdade social, carência na Educação, Saúde, agressão ao meio ambiente, em meio a tanto caos, o convite de São Paulo aos Filipenses “Alegrai-vos sempre no Senhor,eu repito, alegrai-vos!”... Parece não fazer sentido, alegrar-se com um Senhor, que não se importa com tantos males presentes na humanidade?
Pensar em um cristianismo mágico, que nos anestesia contra todos os males do mundo, fazendo-nos viver alienados das realidades humanas, a espera do tal “Dia do Senhor” anunciado pelo Profeta, parece que esse modo de pensar, ganha cada vez mais simpatizantes. Não importa essa vida, o que vale é a outra que ainda virá. Quem pensa assim, com certeza não vive, mas vegeta, uma vez que não encontra nenhum sentido naquilo que pensa ou faz, até a própria existência nada significa.
Somos hoje aquele povo de ontem, sonhando com melhorias na qualidade de vida, lutando para não perder o ânimo e a esperança, apesar de tudo... Acreditando que algo precisa ser mudado urgentemente, mas sempre se sentindo impotente diante desse grande desafio de mudar para melhor. João Batista anuncia algo novo que está para acontecer que irá estabelecer uma nova ordem política, social, econômica e até religiosa: está no meio do povo certo alguém, que fará a diferença, todos os que sonham com dias melhores, e que desejam mudar e reverter esse quadro deverão unir-se a Ele, o grande esperado, o Messias verdadeiramente.
Ora, um anúncio impactante como esse, provoca nas pessoas uma grande expectativa: o que devemos fazer? Será que está ao nosso alcance tomar uma atitude que signifique uma mudança? “Coitadinho de mim, como é que posso fazer algo que mude a política ou a economia, que possa melhorar á vida das pessoas, o que me compete fazer para mudar as coisas, inclusive na comunidade, pastoral ou movimento?
Por aquele tempo pensava-se que somente o tal do Messias, que estava para chegar, é que tinha poderes para operar as mudanças necessárias e desejadas pelo povo, em nossos tempos poderá também haver cristãos desinformados, que pensam dessa maneira. Entretanto o evangelho de hoje, eu até diria, de modo espetacular, anuncia que Deus vai intervir na história da humanidade, o Messias não vai vir para resolver todos os problemas do povo de Israel, melhor do que isso , ele virá para permanecer e caminhar com o seu povo, animando,encorajando, alimentando, essa Jerusalém desprezível aos olhos do mundo, formada por todos os homens de boa vontade, que percorrem sem medo o caminho do discipulado, é fraca apenas na aparência, porque no meio do seu povo, o Senhor caminha, abrindo caminho em meio a esse quadro caótico, anunciando a presença do seu Reino entre os homens.
Em alguma empreitada humana, de difícil realização, se temos ao nosso lado alguém forte, readquirimos a esperança perdida, redobramos o nosso ânimo abatido, é isso exatamente que acontece na vida do cristão. Mas qual seria o sinal de que o Senhor está conosco, e de que chegaremos vitoriosos ao final da nossa jornada? Exatamente a mudança nas relações, pautando-as pela justiça, lealdade, autenticidade, fraternidade e paz, isso não compete aos poderosos do mundo, mas a cada cristão em particular... Agindo assim, estaremos sinalizando a presença do Senhor entre nós, e ao mesmo tempo contribuindo para que, aos poucos, o reino de Deus, a quem servimos, torne-se visível e presente cada vez mais em nosso meio. Mas se a nossa atitude ainda não é essa, na relação principalmente na comunidade, então, em nossas celebrações falamos uma grande mentira quando respondemos ao Presidente da celebração, que “o Senhor está no meio de nós....”porque nossas comunidades devem ser, por excelência o lugar da alegria, que vem do amor e da comunhão vivida entre os irmãos e irmãs; (III Domingo do Advento Lucas 3,10 – 18)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Testemunho de João Batista
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A Palavra do Senhor foi dirigida a São João Batista no deserto, e ele clamou: “Preparem o caminho do Senhor. Todos verão a salvação de Deus”. No rio Jordão, ele batizava um batismo de conversão para o perdão dos pecados. Muita gente vinha até ele e perguntava o que fazer. As respostas eram diretas, e valem também para nós, se quisermos preparar o caminho do Senhor que vem no fim dos tempos, que vem no Natal, que vem diariamente na Eucaristia. Para que a Eucaristia não seja apenas rito, o que devemos fazer? Para todos ele dizia: “Partilhe o que você tem com quem não tem. Tem duas túnicas? Dê uma. Tem comida? Faça o mesmo”. Nenhuma dificuldade para nós, que conhecemos as perguntas que Jesus nos fará no dia do julgamento, como lemos em São Mateus: “Eu tive fome e você me deu de comer, eu tive sede e você me deu de beber, eu estava nu e você me vestiu”. Ouvimos agora a mesma coisa da boca de São João Batista.
Os publicanos, cobradores de impostos, também estavam por lá. A eles, dizia o Batista, “não cobrem mais do que foi estabelecido”. Não roubem, não desviem dinheiro que não é seu. Bastaria isso entre nós: que os que roubam entrassem nas águas e saíssem convertidos. Roubam os grandes, roubam os pequenos, e roubar torna-se uma cultura. Só não rouba quem não é esperto, e quando alguém devolve o que não é seu, sai no noticiário como algo extraordinário. Vieram também os soldados e ouviram de João que não deviam maltratar ninguém, que não deviam tomar dinheiro à força, nem fazer denúncias falsas e contentar-se com o próprio salário, esperando que o salário fosse justo. Acontecia o que supomos que aconteça em nossas pias batismais, que quem se faz batizar esteja disposto a mudar de vida.
Muitos pensavam que João fosse o Messias, mas não era. Ele mesmo anunciou que depois dele viria aquele que iria batizar com o Espírito Santo e com fogo. O Espírito Santo, o Amor na Trindade, se tornaria a vida de quem foi batizado; e o fogo purificaria a intenções e queimaria a palha. [...]
Fonte: NPD Brasil em 16/12/2018

REFLEXÕES DE HOJE

16 DE DEZEMBRO-DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 16/12/2018

HOMILIA DIÁRIA

Cristo vem transformar o mundo numa terra de paz e de verdadeira alegria

Postado por: homilia
dezembro 16th, 2012

O terceiro domingo do Advento tem um sabor de alegria. É o “domingo da alegria”, pedagogicamente colocado pela Igreja nesta proximidade do Natal. É como quem está fazendo uma viagem e, depois de uma boa caminhada, avista além da última curva da estrada o lugar para onde está viajando. Que alegria! E esse lugar para onde vamos caminhando é o Natal. É o nosso encontro com Deus, com o Messias, o Deus-conosco que veio morar em nossa terra: “Alegrai-vos, O Senhor está perto”.
A alegria é tão grande que, a Liturgia, para bem expressá-la, vai buscar uma página de Isaías, onde se fala da volta do exílio. É como se a Palestina, terra tradicionalmente árida como o deserto e a estepe, se cobrisse de uma exuberante vegetação, e por toda parte brotassem as flores, lembrando a majestosa beleza do Líbano e do Carmelo. Só mesmo Isaías, grande profeta e grande poeta, sabe dizer as coisas com tão cativante beleza.
Cristo vem transformar o mundo numa terra de paz e de verdadeira alegria. Isaías o diz com expressões vigorosas. Prevê os cegos recuperando a vista, os surdos recuperando a audição, os paralíticos readquirindo os movimentos, e até os mortos ressuscitando. E, particularmente precioso no meio de tudo isso, a Boa-nova sendo anunciada aos pobres. Tudo isso está no Evangelho, no lugar onde Jesus mostra aos discípulos de João Batista o que estava acontecendo ao redor dele. Era a resposta concreta que dava a esses discípulos, que lhe vinham perguntar se ele era o Messias ou se deviam esperar outro.
Notemos que as curas e as ressurreições anunciadas por Isaías são apenas sinais da ampla transformação moral que a doutrina de Jesus, vivificada pela sua morte e ressurreição, vinha realizar no mundo. A humanidade é como a terra árida do deserto, onde brotam os espinhos do pecado e de toda a maldade. Sobre ela cai a chuva do céu trazida por Jesus – gotejai, ó céus lá do alto, derramem as nuvens a justiça, e o mundo se transforma. Tudo são flores de vida e de virtude.
Essa transformação não acontece de repente. Ela pede de nós uma longa paciência: “Como a do agricultor que espera o precioso fruto da terra, aguardando pacientemente as chuvas do outono e as da primavera”.
Há um belo provérbio europeu que diz que os moinhos de Deus moem devagar. E é assim mesmo. Nós que vivemos num mundo caracterizado pelo ritmo da velocidade, da eletrônica, da informática, não sabemos mais descobrir como tudo o que se refere à vida, à saúde, à educação, ao cultivo do espírito tem que ser feito com respeitosa tranquilidade. Uma árvore não cresce de repente. Uma criança não se educa de repente. Não se faz um santo de repente. E, para sermos bem práticos, não se reforça de repente uma sociedade, sobretudo, quando nela cresceram e se desenvolveram longamente a corrupção e a irresponsabilidade. É preciso um trabalho persistente e confiante, onde todos colaborem. Com seriedade, com perseverança, com iluminada esperança.
E temos que dizer que esse é o trabalho que o Cristianismo se empenha em realizar ao longo dos séculos. E temos que reconhecer, sem falso otimismo, que muita coisa melhorou no mundo. No relacionamento das pessoas, na superação do radicalismo, no reconhecimento dos valores de cada um, na capacidade de diálogo, inclusive diálogo entre as nações, deixando cada vez mais para trás o recurso à guerra como único caminho para se resolverem os conflitos, no respeito à própria natureza, crescendo sempre mais a consciência de que é preciso defender os bens que são de todos, como a água, o verde e até o silêncio e a harmonia. E, se muita coisa continua errada – como atestam os assaltos e as violências de todo tipo – é porque os homens não estão aceitando a proclamação do Evangelho.
É porque nós, cristãos, não sabemos ser esse fermento na massa que modifica o mundo numa santificadora levedação espiritual. Não sabemos ser essa luz que ilumina pelo exemplo de sabedoria. Não sabemos ser o sal que tempera a sociedade com o sabor do bem e da virtude. Temos que aprender de São João Batista a não sermos caniços que o vento dobra, nem criaturas cheias de vaidade.
Espírito que converte para Deus, que eu permaneça atento aos apelos de conversão que me são dirigidos, para merecer ser acolhido no Reino proclamado pelo Messias Jesus.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 16/12/2012

HOMILIA DIÁRIA

Superamos a injustiça indo ao encontro do próximo

Superar a injustiça é sairmos de nós para irmos ao encontro do outro. Superar a injustiça é não nos fecharmos no nosso mundo

“As multidões perguntavam a João: ‘Que devemos fazer?’” (Lucas 3,10)

A pergunta que as pessoas que acorriam a João Batista realizavam é também o questionamento que devemos fazer diante da Palavra de Deus que nos é apresentada: “O que devemos fazer?”.
Que precisamos nos converter é um fato, penso que nenhuma pessoa sensata tenha dúvida disso. O que devemos fazer para que a conversão aconteça em nós?
João está apontando o caminho de superar toda e qualquer injustiça, porque João respondia a todos que iam até ele: “Não tomai dinheiro a força de ninguém. Não façais falsas acusações. Sejam contentes com os vossos salários. Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem. Quem tiver comida, dê para quem não tem”. Nossa atitude deve ser, primeiro, reparar as injustiças que, muitas vezes, cometemos dentro de nossas casas, em nossas famílias.
Somos injustos quando falamos mal uns dos outros, quando não temos paciência um com o outro. Somos injustos quando não damos atenção que o outro merece de nós. Somos injustos quando deixamos os nossos sentimentos se basearem mais nos ressentimentos do que no sentimento do amor. Somos injustos quando não nos preocupamos com quem passa as diversas dificuldades da vida: os doentes, os enfermos, os pobres, os famintos, aqueles que estão desamparados pela vida.
Não podemos ficar cuidando da nossa vidinha, das nossas coisas, das nossas contas e despesas. Superar a injustiça é sairmos de nós para irmos ao encontro do outro. Superar injustiça é não se fechar no nosso mundo, mas nos abrirmos para os horizontes da realização humana mais plena que é a convivência de uns com os outros.
O Evangelho de hoje é um convite para nos abrirmos para Jesus. João estava batizando com água, mas ele mesmo disse: “Aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. Eu batizo com água, eu não sou digno nem de desamarrar as correias de suas sandálias, porque Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo”.
Quando Jesus nos batiza no Seu Espírito e o fogo d’Ele acende em nós, somos impelidos para a caridade. Muito cuidado para não achar que o fogo do Espírito é somente para orarmos em línguas ou para profetizarmos.
O fogo do Espírito arde em nós como ardeu no coração de João, e ele estava ali reparando as injustiças humanas. Quando o espírito arde em nós, tornamo-nos justos, queremos que a justiça aconteça e estamos buscando viver a verdade, por mais incômoda que seja.
Permitamos que esse Espírito, que esse fogo abrasador que vem do Alto nos impila, leve-nos adiante para cuidarmos uns dos outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/12/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós nos lembramos hoje que, no caminho de nossa vida, assim como neste Advento, há espaço para a alegria verdadeira, aquela que flui da certeza de sermos amados por Ti, que nos deste o dom maior: o Cristo Jesus, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/12/2018

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