ANO B
Mt 9,1-8
Comentário do Evangelho
O perdão dos pecados
No bloco de dez milagres coletados por Mateus, nos capítulos 8 e 9 de seu evangelho, temos, hoje, a narrativa de cura de um paralítico. Mateus resume a narrativa de Marcos, rica em pitorescos detalhes. No texto se percebe que o essencial é o perdão dos pecados, sendo a cura apenas o seu sinal. As elites religiosas das sinagogas e do Templo humilhavam e mantinham o povo submisso, imputando-lhes o caráter de "pecador" por não observarem as centenas de preceitos da Lei. A própria doença era considerada como fruto do pecado. A libertação do pecado só poderia ser feita no Templo, mediante ofertas, em nome de Deus. Agora, o homem paralítico, considerado pecador, está libertado por Jesus, pode mover-se e ter iniciativas. Em Jesus, Deus dá aos humanos o poder de libertar-se dos pecados, e no amor e na prática da justiça, transformar o mundo.
José Raimundo oliva
Oração
Pai, que minha fé ilimitada em teu Filho Jesus seja penhor de perdão e cura. Que o poder de Jesus me cure a partir do meu interior.
Fonte: Paulinas em 05/07/2012
Comentário do Evangelho
“Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!”
O mal não só desfigura o ser humano, mas faz com que ele sinta Deus distante. Este mesmo relato encontra-se em Marcos e Lucas, com traços típicos de cada um dos evangelistas (Mc 2,1-12; Lc 5,17-26). A paralisia é uma doença incurável; é como se a pessoa fosse um “morto vivo”, como dizemos coloquialmente. O ponto de partida tem de ser a fé capaz de reconhecer que para Deus nada é impossível. É esta fé, da qual Jesus se admira, que impulsiona aqueles anônimos a levarem o paralítico diante de Jesus. Na antiguidade bíblica, a enfermidade está ligada ao pecado. Por esta razão, a cura é precedida pela palavra que liberta: “Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!” (v. 2). Em Marcos 2,7, é sugerido que só Deus pode perdoar pecados. Por isso, os letrados dizem que ele blasfema. Mas a blasfêmia não está no perdão oferecido; o mal está no pensamento dos opositores de Jesus, que se recusam a reconhecer que ele é o Filho do Homem e tem o poder de perdoar os pecados. A Igreja, povo que o Senhor reúne, é o lugar do perdão e da reconciliação. A comunidade cristã é a comunidade dos reconciliados.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que minha fé ilimitada em teu Filho Jesus seja penhor de perdão e cura. Que o poder de Jesus me cure a partir do meu interior.
Fonte: Paulinas em 04/07/2013
Vivendo a Palavra
A Boa Notícia trazida por Jesus – o Evangelho – nos permite viver em todos os momentos de nossa existência a expectativa da cura dos nossos males e a certeza do perdão, não por nossos méritos, mas pela simples gratuidade do Pai Misericordioso que nos espera no seu Reino para o abraço definitivo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/07/2012
Vivendo a Palavra
A leitura do Evangelho deixa clara a missão da Igreja, dos discípulos evangelizadores de Jesus Cristo: o cuidado dos irmãos em sua inteireza – corpo, mente, coração e espírito – curando, ensinando, acolhendo e vivendo juntos a extraordinária experiência do Reino de Deus já nesta terra, ainda que não em sua plenitude.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/07/2013
VIVENDO A PALAVRA
A Boa Notícia trazida por Jesus – o Evangelho – nos permite viver em todos os momentos de nossa existência a expectativa da cura dos nossos males e a certeza do perdão, não por nossos méritos, mas pela simples gratuidade do Pai Misericordioso. Ele não apenas nos espera no seu Reino para o abraço definitivo, como já caminha conosco desde agora.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/07/2018
VIVENDO A PALAVRA
Quantos de nós nos encontramos paralisados e impotentes diante das imposições da sociedade de consumo e do individualismo? Quantos de nós nos lembramos de colocar nas mãos do Senhor a cura dos nossos males? O Evangelho nos consola e enche de Esperança: procurando seguir o Caminho de Jesus, também nós ouviremos dele as doces Palavras: – «Coragem, filho! Os seus pecados estão perdoados. Levante-se e ande!»
Fonte: Arquidiocese BH em 02/07/2020
Reflexão
Onde é mais fácil que vejamos a ação de Deus na nossa vida, quando Deus realiza uma cura ou nos concede alguma graça pela qual suplicamos ou fizemos promessas ou quando ele perdoa os nossos pecados? É claro que ao lermos este texto, afirmamos que é quando ele perdoa nossos pecados, mas a gente não vê as pessoas celebrarem ações de graças quando são perdoadas e sempre vemos celebrações em ação de graças por curas, conquistas e coisas do gênero. Isto tudo nos mostra que intelectualmente sabemos as coisas certas, mas existencialmente vivemos subordinados aos valores do mundo, de modo que somos pessoas divididas entre o que falamos e o que de fato acreditamos. O Evangelho de hoje é para todos nós um convite: precisamos de fato enxergar mais além para valorizarmos mais os verdadeiros dons que Deus nos concede.
Fonte: CNBB em 05/07/2012 e 04/07/2013
Reflexão
Certamente Jesus tinha intenção de curar o paralítico. Mas, começa pelo lado mais oculto: os pecados. A cura indica que já está presente o Reino de Deus, que inclui também a remoção do pecado. Os doutores da Lei reagem imediatamente. Sabiam que perdoar pecados era competência somente de Deus. Como pode Jesus ter tal pretensão? Ora, assim como o Filho de Deus tem o poder sobre doenças, forças da natureza e até sobre a morte, por que não perdoaria pecados? Para ficar claro que o “Filho do Homem” recebeu de Deus o poder de perdoar pecados, Jesus ordena ao paralítico que vá para casa, carregando sua maca. Escândalo para os doutores da Lei, que continuam cegos diante do Messias, e alegria para as multidões que glorificavam a Deus, pelo poder dado a Jesus, que o estenderá aos apóstolos.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 05/07/2018
Reflexão
Certamente Jesus tinha intenção de curar o paralítico. Mas começa pelo lado mais oculto: os pecados. A cura indica que já está presente o Reino de Deus, que inclui também a remoção do pecado. Os doutores da Lei reagem imediatamente. Sabiam que perdoar pecados era competência somente de Deus. Como pode Jesus ter tal pretensão? Ora, assim como o Filho de Deus tem o poder sobre doenças, forças da natureza e até sobre a morte, por que não perdoaria pecados? Para ficar claro que o “Filho do Homem” recebeu de Deus o poder de perdoar pecados, Jesus ordena ao paralítico que vá para casa, carregando sua maca. Escândalo para os doutores da Lei, que continuam cegos diante do Messias, e alegria para as multidões, que glorificavam a Deus, pelo poder dado a Jesus, que o estenderá aos apóstolos.
Oração
Ó Jesus, “Filho do Homem”, visível é a imensa fé dos que depõem o paralítico a teus pés. Surpreendente é tua escolha: antes de curá-lo, tu lhe concedes o perdão dos pecados. Para ele, libertação e alegria. Para as multidões aí presentes, um misto de medo, reverência e admiração. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 02/07/2020
Reflexão
Temos o caso de um paralítico sendo carregado até Jesus. O Mestre se admira da fé dessas pessoas e proclama o paralítico livre dos pecados. A mentalidade daquele tempo via a doença como causa dos males. Portanto, o paralítico, uma vez perdoados seus pecados, está livre também de sua deficiência. Como sempre, os doutores da Lei questionam o gesto de Jesus. A seguir, o Mestre convida o paralítico a carregar sua própria maca e ir para casa. Um paralítico é dependente das pessoas; com seu gesto, Jesus proclama autonomia e liberdade às pessoas. Muito interessante a conclusão do Evangelho: Deus deu às pessoas a autoridade de realizar os mesmos gestos de Jesus. Quem perdoa é Deus, mediante as pessoas. E todos têm o poder e a responsabilidade de fazer o bem, como o Mestre fez. A fé das pessoas consegue realizar sinais maravilhosos.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 30/06/2022
Meditação
Peço a Deus o dom da coragem diante das dificuldades? - Em que sentido o coração de Jesus me atrai? - Dou glória a Deus pelo amor que nutre para comigo? - Sou corajoso(a)? - Pense em algum exemplo pelo qual pode manifestar coragem.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário 04/07/2013
Meditando o evangelho
PODER DIVINO DADO À HUMANIDADE
Os mestres da Lei foram incapazes de compreender as ações de Jesus. Fidelíssimos à tradição, sabiam distinguir claramente entre ação divina e ação humana, ou seja, aquilo que só a Deus compete fazer, e aquilo que é permitido ao ser humano operar.
Contudo, aplicado a Jesus, este esquema era insuficiente. Sem titubear, ele realizava o que não compete ao ser humano: perdoar os pecados e curar. Ao perdoar os pecados, colocava-se no lugar do próprio Deus, a quem se ofende com as ações pecaminosas. Ao curar, restituía a vida, dom divino para a humanidade, sobre o qual somente Deus tinha poder.
No julgamento apressado dos mestres da Lei, a ação de Jesus tinha a conotação de blasfêmia. Era um insulto a Deus e uma usurpação de seu poder. Nada mais digno de censura!
As multidões, talvez menos viciadas pelo rigorismo da tradição teológica, estavam mais abertas para compreender o que se passava com Jesus. E glorificavam a Deus por ter dado à humanidade um tal poder. Isto significava reconhecer a divindade da ação de Jesus, embora sendo ele um ser humano. E mais, reconheciam que Deus não se atinha aos esquemas nos quais os mestres da Lei queriam enquadrá-lo. Ele estava agindo, no seio da humanidade, por meio de Jesus. Por isso, era possível identificar nas ações do Mestre o amor de Deus atuando na história humana. Era isso exatamente o que os mestres da Lei recusavam-se a aceitar.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de abertura para o Senhor, liberta-me da rigidez teológica que me impede de reconhecer, nos gestos de Jesus, o amor de Deus derramando-se na nossa história.
Fonte: Dom Total em 05/07/2018, 02/07/2020 e 30/06/2022
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Jesus faz Barba e Cabelo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
É até temeroso usar certas expressões como esta, para falar de Jesus, muitos pensam que seria banalizar a sua pessoa e ação, mais banalizado do que Jesus já foi, a partir da sua encarnação, e depois com a morte horrível na cruz, tudo por que? Para estar perto do homem, para amá-lo, comunicar a misericórdia de Deus e o Salvá-lo. Às vezes uma expressão assim, é melhor compreendida e toca mais fundo coração de alguém, do que frases muito batidas, mas que não dizem nada para a vida do ouvinte. Bom, mas vamos ao texto.
Se não entendermos que a Força da Salvação, da Graça Santificante e da Misericórdia de Deus, plenamente manifestadas em Jesus, é maior e mais poderosa do que nossos pecadinhos e pecadões, se não compreendermos que a Palavra penetra fundo chegando no centro da nossa vida, onde outras mensagens não conseguem com a mesma eficácia, permanecemos paralíticos como este homem, ficamos paralisados em nossos pecados, temos medo de encarar o mundo e confrontar a Força do Mal nele presente, como vimos no evangelho de ontem. Tem muito cristão paralítico, que não anda nem desanda, não se abre realmente para a Boa Nova, porque tem medo de perder algo, ainda mais com esse espírito consumista que infesta o coração do homem desse tempo. Paralíticos que atrapalham a vida da comunidade, que não deixa a pastoral caminhar, que faz de um Movimento Religioso algo tão mesquinho, desvirtuando do seu verdadeiro papel.
Tudo isso por quê? Não se acredita que Deus é tão misericordioso desse jeito, não se crê que esse amor de Deus por nós manifestado em Jesus, é realmente grandioso e infinito, paralisia é não conseguir amar com a mesma intensidade de Jesus, fazendo apenas uma “Meia Boca” do seu mandamento maior, dado ás vésperas da sua paixão, Coração amarrado que parece Mula empacadeira, não entende aquilo que é essencial no Cristianismo, na Comunidade de Mateus tinha gente assim, nas nossas também, não na Patagônia, como sempre se diz por aí, está na hora da gente assumir, não é?
Diante de Jesus não tem conversa fiada, a comunidade sentia-se incomodada com a presença daquele paralítico em meio dela, mas tinham Fé e esperança de que Jesus o iria libertar daquela paralisia do coração, que é a pior de todas.
Bom, havia uma paralisia Física sim, mas essa foi Café pequeno para o Poder de Jesus, entretanto, para o Judeu, deficiência física era consequência do pecado. O amor de Jesus e a Misericórdia do Pai, envolveu aquele homem naquele momento e o tornou liberto de qualquer mal que o aprisionava. Então uns Escribas, sempre eles, esses doutores que sabem tudo, mas ao mesmo tempo não sabem nada, ficaram horrorizados em seu íntimo, mas foram descobertos por Jesus, admitiam até o milagre da deficiência, mas restituir ao homem o poder de amar e sentir-se amado por Deus, aí já era demais.
Muita gente hoje em dia busca uma cura de doenças que abalam a saúde, mas não se dispõe a curar também o coração, para amarem mais, para serem mais igreja, para serem mais corajosos e menos “Frouxos” em seu testemunho. E Jesus manifestou externamente aquilo que já havia realizado interiormente naquele homem. O homem levantou-se e foi para sua casa, onde o amor é essencial na relação entre as pessoas, é na casa e na Família que se aprende a amar como Jesus. O Povo glorificou a Deus, reconhecendo algo Divino em Jesus, os Escribas ruminaram sua raiva, e eu aqui, disse para mim mesmo, com uma enorme alegria no coração: “O meu Senhor sempre Vence, Ele sempre faz Barba e Cabelo, aqui dentro do meu coração”.
2. Coragem, filho, teus pecados estão perdoados! - Mt 9,1-8
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
É mais fácil dizer que os pecados de um paralítico estão perdoados do que fazê-lo andar, porque a transformação interior não é imediatamente visível como o é a cura de uma paralisia. O ensinamento dos escribas unia as enfermidades ao pecado. Uma doença era castigo de algum pecado cometido. Os pecados do paralítico foram perdoados e ele continuou paralítico. Depois Jesus o curou também da paralisia. Eliminada a causa, devia desaparecer o efeito. Jesus, porém, dissocia a enfermidade da culpa. Entendamos o pecado como qualquer ação má que alguém comete prejudicando a si mesmo e aos outros. O pecado pode ter como consequência a enfermidade, mas nem toda enfermidade é consequência do pecado, ao menos não de um pecado pessoal. A paralisia pode ter sido causada pela maldade de alguém, por más condições de trabalho, por algum acidente imprevisto. Não é bom emitir julgamentos precipitados, como fizeram os escribas.
3. PERDÃO E CURA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
A declaração de que os pecados do homem paralítico estavam perdoados causou espanto nos adversários de Jesus. Parecia-lhes ser uma ofensa a Deus o que ouviam. Como alguém, no caso Jesus, tinha a ousadia de usurpar um poder divino? O gesto de Jesus era inaceitável para eles. Não passava de uma autêntica blasfêmia.
Jesus não se dobrou a esta interpretação maldosa e errada de sua ação. E se declarou capaz de fazer algo ainda mais divino: curar a paralisia daquele homem. Demonstrando seu poder de curar, Jesus manifestou sua condição de Filho do homem, revestido com poderes conferidos pelo Pai, para agir em nome do Pai. Jesus, que perdoou os pecados daquele homem, também o libertou de sua limitação física. Portanto, ao agir, Jesus não se prevalece de um poder que não lhe pertence. Ele não é um inimigo de Deus. Antes, é o instrumento escolhido por Deus para que a humanidade se beneficiasse da ação divina de perdoar os pecados e curar as pessoas de seus males.
O duplo gesto de Jesus dá-se na mais total fidelidade a Deus, sem que lhe seja feita concorrência ou que seus poderes sejam usurpados. Contemplar os gestos poderosos de Jesus correspondia a ver Deus prodigalizando a humanidade com seus bens. Porém, os inimigos de Jesus se recusavam a curvar-se diante da evidência.
Oração
Senhor Jesus, que eu contemple nos teus gestos poderosos a prodigalidade do amor do Deus derramado sobre a humanidade.
Fonte: NPD Brasil em 02/07/2020
HOMILIA DIÁRIA
Que o perdão de Jesus nos cure a partir do nosso interior
Postado por: homilia
julho 5th, 2012
A cura do paralítico nos é contada também pelos evangelistas Marcos (2,1-12) e Lucas (5,17-26). No entanto, Mateus apresenta essa história com mais particularidades.
Na sua versão, Mateus estiliza a cena reduzindo-a ao essencial, omitindo todos os particulares. A chave para descobrir sua intenção está nas palavras de Jesus: “Vendo a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: ‘Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados’”. Neste texto, Mateus quer afirmar que Jesus tem o poder de perdoar os pecados. A cura do paralítico comprova esse poder.
Além de ter o poder de perdoar os pecados, Jesus demonstra ter um poder mais forte de penetrar os pensamentos dos escribas, sem que alguém Lhe contasse, e disse-lhes: “Por que pensais mal em vossos corações?”.
Por sua vez, Jesus possui um conhecimento sobre-humano, sobrenatural, doado a Ele pelo Espírito Santo. Em outros momentos, Ele dirá: “Vocês veem as aparências. Eu vejo o coração”. Este conhecimento sobrenatural do Senhor demonstra que Ele tem também uma dignidade única e que justifica o Seu poder também único, aquele de perdoar os pecados.
Quando Jesus quer demonstrar que tem poder sobre o pecado, o paralítico passa para o segundo plano, como se não Lhe interessasse mais a cura daquele homem, mas sim nosso conhecimento de que o Filho do Homem tem o poder de perdoar os pecados.
A razão da cura do paralítico, o qual ouviu as palavras de Jesus: “Levanta-te, toma a maca e volta para tua casa”, é demonstrar a saúde eterna; o perdão dos pecados é mais importante do que a saúde do corpo.
Mateus, além de demonstrar o poder de Jesus, quer realçar a fé daquela multidão que se aproximou d’Ele, atraída a Ele justamente por causa deste poder. Fé tão grande que venceu todas as dificuldades. Fé que é confiança ilimitada no poder de Jesus, posto a serviço do ser humano.
O poder que o Senhor Jesus tem de perdoar os pecados foi passado aos seus discípulos-apóstolos, quando, ao ressuscitar dos mortos e aparecendo-lhes, disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós”. Depois destas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (João 20, 21-23).
Jesus pergunta a Pedro: “No dizer do povo, quem é o Filho do homem?” E aos seus discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Respondeu Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”. Então, Jesus disse a Pedro: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus: Tudo o que ligares na Terra, será ligado nos céus, e tudo o que desligares na Terra, será desligado nos céus” (Mt 16,13-19).
Portanto, a Igreja de Cristo – e nela os homens escolhidos por Ele – tem a missão de administrar o sacramento do perdão. Não são eles que perdoam, mas é o Senhor que o faz na pessoa do sacerdote. Este poder de perdoar os pecados é inseparável da pessoa de Cristo e da Sua Igreja una, santa, católica e apostólica.
Pai, que minha fé, ilimitada em Seu Filho Jesus, seja penhor de perdão e cura. Que o perdão do Senhor me cure a partir do meu interior.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 05/07/2012
HOMILIA DIÁRIA
Deus nos liberta de toda e qualquer paralisia
Permita que, no dia de hoje, Deus o liberte, cure-o de toda e qualquer paralisia, de tudo aquilo que o impede de ir ao encontro d’Ele.
“Apresentaram-lhe, então, um paralítico deitado numa cama. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: ‘Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!’.” (Mt 9,2)
Que obra admirável do Senhor! Por ter compaixão não só daquele povo, mas daquele que o povo trazia. Aquele paralítico tinha muita vontade de andar, muita disposição, mas algo o paralisava, o mantinha preso, impedia-o de ir adiante.
Quantos de nós estão paralisados, presos, com os pés detidos e não conseguem ir ao encontro de Deus! Na sua casa, muitas vezes, você se encontra prostrado, sem forças… Há dias em que você se levanta e diz: “Hoje, não estou com vontade de fazer nada”. Parece que há uma força terrível nos paralisando. Você sabe que precisa ir ao encontro do seu próximo, sabe que precisa ir ao encontro daqueles que estão sofrendo, mas não tem forças nem para pegar um telefone e ligar para a pessoa. Você está paralisado.
Permita que, no dia de hoje, Deus o liberte, cure-o de toda e qualquer paralisia, de tudo aquilo que o impede de ir ao encontro d’Ele; depois, que Ele o liberte daquilo que o impede de crescer como ser humano, como pessoa, de crescer na fé e na espiritualidade. Que o Senhor também desamarre seu pé daquilo que não o permite ir ao encontro do próximo.
Que o Senhor, hoje, pela sua fé, o liberte de toda e qualquer paralisia.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 04/07/2013
HOMILIA DIÁRIA
Cristo nos levanta de todo o desânimo
Coloquemos em Cristo a nossa confiança, porque Ele nos levanta de todo desânimo e nos coloca em pé
“Apresentaram-lhe, então, um paralítico deitado numa cama. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: ‘Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!'.” (Mateus 9,2)
Jesus olha com muito amor e compaixão para a situação daquele paralítico, porque, estando paralisado em cima daquela cama, ele estava desanimado, sem forças nem ânimo para prosseguir, para ir adiante, para olhar para outra dimensão da vida.
Sabemos que, de fato, é isso que as paralisias realizam em nossa vida, e aqui não me detenho para a paralisia física, porque eu conheço algumas pessoas que têm algum tipo de paralisia no corpo, mas nada segura essas pessoas, pois elas têm fé, ânimo e ressuscitaram dessa situação que, um dia, paralisou sua vida. Eu conheço pessoas que têm duas pernas e o corpo perfeito, mas estão paralisadas pelo desânimo, pelo desencanto com a vida, estão paralisadas, porque passaram por algum momento de frustração na vida, foram derrotadas e impactadas por algo negativo que aconteceu.
Deus não nos quer paralisados, Ele não nos quer paralíticos, Ele quer que levantemos da cama, do leito e de tudo aquilo que têm colocado a nossa vida para baixo. Onde estamos colocando o nosso coração? Onde estamos colocando a nossa motivação e a nossa razão de viver?
Quando colocamos a nossa razão de viver, a motivação em coisas humanas e materiais, mais cedo ou mais tarde, conhecemos um profundo desânimo, e em algumas pessoas até um grande fracasso. As coisas materiais e as realidades humanas vão e vêm.
Colocamos no Senhor a nossa confiança, e a partir da nossa confiança n’Ele, caminhamos na vida sem nos apoiar em pessoas nem em coisas, realizando o que precisamos realizar, fazendo o melhor daquilo que precisamos fazer e não nos deixamos desanimar quando algo errado acontecer, quando alguma coisa não tiver êxito. Seremos sempre vitoriosos quando tivermos Cristo crucificado na cruz como nosso referencial de vida, pois Ele transforma toda a morte em ressurreição, todo o desalento em vida nova. Coloquemos em Cristo a nossa confiança, porque Ele nos levanta de todo o desânimo e nos coloca em pé.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 05/07/2018
HOMILIA DIÁRIA
O poder do pecado paralisa a nossa vida
“Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados, — disse, então, ao paralítico — ‘Levanta-te, pega a tua cama e vai para a tua casa’.” (Mateus 9,6)
Jesus tem poder, mas o poder d’Ele não é simplesmente o de levantar de uma cama aquele que está doente, como se isso fosse um ato mágico. Não! Ele tem poder sobre as doenças, enfermidades, sobre a natureza humana, mas, sobretudo, sobre aquilo que corrói e estraga, que debilita e paralisa a nossa natureza. Ele tem o poder de perdoar os pecados.
Não é simplesmente receber o perdão dos pecados: “Deus me perdoou”, é muito mais do que isso. É interromper aquilo que o pecado está causando em nós, porque precisamos reconhecer, e é com humildade que podemos realmente reconhecer esse fato.
O pecado nos paralisa, nos torna incapazes de enxergar aquilo que está dentro de nós e ao nosso lado. Estamos tantas vezes imobilizados para fazer o bem, para promover o Reino dos Céus porque os nossos pecados vão nos atrofiando, nos paralisando e nos deixando cada vez mais incapazes de ir para frente.
Esses homens, movidos por tamanha fé, levaram o paralítico até Jesus. Sim, ele poderia ter diversos motivos para explicar a sua paralisia. Podia ser uma paralisia infantil, uma paralisia porque sofreu algum acidente ou passou por algum trauma. É que o mais importante não é o físico, primeiro cuidamos da alma e do coração, porque o físico vai ser resgatado.
O pecado nos paralisa, nos torna incapazes de enxergar aquilo que está dentro de nós e ao nosso lado
Muitas vezes, estamos cuidando do nosso físico até em demasia, alguns não estão cuidando de jeito nenhum e é uma pena, pois precisam cuidar. Agora, é importante dizer que, se não cuidarmos do coração, ele continua atrofiado, paralisado, entretido e metido dentro do pecado, a vida continua paralisada do mesmo jeito, não chegamos até Deus.
Deus chega até nós, mas não conseguimos ir até Ele, porque as nossas pernas e o nosso interior estão imobilizados. Então, precisamos permitir que Jesus irrompa com o poder do pecado na nossa vida. É preciso receber o perdão e romper com o pecado para não continuarmos paralisados.
Veja o que acontece ao nosso lado, em nossa casa e no nosso mundo; não conseguimos avançar no diálogo, na compreensão, no perdão, na misericórdia e no entendimento. Estamos sempre paralisados no meio do caminho, porque sempre entra na frente algum pecado. Entra o ressentimento, a mágoa, a agressão, a incompreensão, sempre está entrando a minha visão, fruto da minha soberba e do meu orgulho, não sei abaixar a cabeça, o outro também não sabe, de modo que, muitas coisas na vida paralisam. Os relacionamentos paralisam, os casamentos estão paralisados, os sentimentos de amor entre os seres humanos estão corrompidos pela força do pecado.
Que Jesus não só perdoe os nossos pecados, porque Ele tem poder de perdoá-los, mas também rompa com toda força de paralisia que o pecado exerce em nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 02/07/2020
HOMILIA DIÁRIA
Experimente a força curadora do perdão de Deus
“Naquele tempo, entrando em um barco, Jesus atravessou para a outra margem do lago e foi para a sua cidade. Apresentaram-lhe, então, um paralítico deitado numa cama. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: ‘Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!’. Então alguns mestres da Lei pensaram: ‘Esse homem está blasfemando!’” (Mateus 9,1-3)
Veja, meus irmãos, essa Palavra que nos é dada hoje: Jesus perdoa, antes de tudo, os pecados que são capazes de paralisar o coração humano. Se existe algo que é capaz de paralisar o coração humano, chama-se pecado. Nenhuma parada cardíaca pode paralisar o coração humano, porque ele vai continuar batendo na vida eterna, mas o pecado sim, o pecado pode paralisar o nosso coração.
E Jesus, que é um grande conhecedor do coração, Ele é o cardiognosta, Ele sabe muito bem os segredos do nosso coração. Ele vai justamente naquele ponto. Jesus não tem o olhar periférico, Ele tem um olhar muito central, Ele vai ao nó da situação, ao miolo da situação, porque sabe que é lá, dentro do coração, que estão as realidades das quais precisamos muitas vezes nos libertar.
O perdão que Jesus dá é a força curadora que põe de novo o ser humano em movimento, no movimento da graça de Deus. É o perdão quem tira o homem da paralisia, é o perdão que faz o homem entrar de novo no movimento da graça do Senhor.
Uma pessoa que experimenta o perdão de Deus, ainda que ela esteja sobre uma cama, ela pode ser feliz
Quando Jesus realiza essa ação — porque Ele poderia ter dito: “Você está curado”, e aquele homem se levantaria e iria embora para a casa, mas era muito mais importante curar o coração daquele homem.
Quando Jesus faz esse gesto de perdoar os pecados daquele homem, era um absurdo para os judeus, porque o perdão naquela época era só um dia, no dia chamado “Yom Kipur”, o “dia do perdão”, e Jesus estava contrariando a lei judaica. Eles O acusaram de blasfêmia.
O olhar deles estava voltado para solucionar o problema, e não para uma mudança interior. O olhar daqueles homens não estava na mudança interior daquele homem, estava só no exterior, na cura física.
Uma pessoa que é reconciliada com Deus, uma pessoa que experimenta o perdão de Deus, ainda que ela esteja sobre uma cadeira de rodas, ainda que ela esteja sobre uma cama, ela pode ser feliz e ela pode ser livre.
Aqui, falo com muita caridade e com muito respeito às pessoas que dependem de uma cadeira de rodas para se locomover ou de alguém que esteja numa cama, que não possa mais se levantar. Falo com muito respeito, mas se o teu coração for de Cristo, se o teu coração estiver reconciliado com Deus, você é uma pessoa livre.
E é essa liberdade para a qual nós somos chamados. Porque muitos podem caminhar com suas próprias pernas, mas podem estar amarrados no coração e paralisados no coração, e isso é terrível, nosso Senhor não quer! Por isso Ele nos dá o Seu perdão, Ele nos oferece a Sua reconciliação para que nós tenhamos vida e a tenhamos vida em abundância.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 30/06/2022
Oração Final
Pai Santo, que a certeza de tua Presença em nós e entre nós nos transforme em fonte de Esperança, e sejamos capazes de alimentar e animar os nossos companheiros nesta jornada pelos caminhos deste mundo que, sabemos, já é parte do teu Reino de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/07/2012
Oração Final
Pai Santo, que deste a teu Filho o poder do perdão sem limites, dá-nos a graça de não julgarmos os nossos semelhantes para que não caiamos na tentação de condená-los. Que o nosso Amor seja espontâneo, indiscriminado, gratuito e libertador, te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/07/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a certeza de tua Presença em nós e entre nós nos transforme em fonte de Esperança, de Luz e de Amor. Assim seremos capazes de alimentar e animar os nossos companheiros de jornada pelos caminhos deste mundo que, agora sabemos, já é parte do teu Reino. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/07/2018
ORAÇÃO FINAL
Pai cheio de misericórdia, liberta-nos do medo, do respeito humano, do apego aos bens que a ferrugem consome, da ganância pelo poder e da busca insana e insensata dos prazeres que aviltam o ser humano. Ajuda-nos, amado Pai, a buscar com Esperança, Alegria e Gratidão o teu Reino de Amor. Nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/07/2020
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