quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 28/02/2024

ANO B


Mt 20,17-28

Comentário do Evangelho

Solicitação de um privilégio

É o terceiro anúncio da paixão no evangelho segundo Mateus. Já o dissemos: o anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus é uma prolepse que interessa, sobretudo, ao ouvinte ou leitor do evangelho. A mãe dos filhos de Zebedeu, juntamente com seus dois filhos, entra em cena para pedir um favor que, na verdade, é a solicitação de um privilégio: "Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda". O pedido dela é fruto da incompreensão. A verdadeira recompensa está em participar da vida de Jesus e de sua paixão, pois "ao discípulo basta ser como o Mestre" (Mt 10,25), que "não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos".
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, transforma-me em servidor de meus semelhantes, fazendo-me sempre pronto a doar minha vida para que o teu amor chegue até eles.
Fonte: Paulinas em 27/02/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

O Filho do Homem veio para servir


São Marcos, que escreveu antes, diz que Tiago e João pediram a Jesus os primeiros lugares no Reino dos Céus. São Mateus, que escreveu depois, talvez percebendo o constrangimento gerado pela cena, disse que não foram eles que pediram, mas a mãe deles. Uma boa saída de São Mateus. Poder e prestígio sobem à cabeça até dos apóstolos. É preciso ouvir continuamente Jesus dizendo: “Entre vós não será assim!”; “O maior é aquele que serve!”.
nego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

O texto nos consola e anima, porque João e Tiago, que conhecemos como os mártires tão admirados, mostram-se aqui humanos como nós, em busca de posições privilegiadas no Reino que Jesus anuncia. Mas o Mestre adverte “Entre vocês não deve ser assim...” Temos que ser diferentes.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/02/2013

VIVENDO A PALAVRA

Acompanhamos Jesus naquela que seria a sua última subida para Jerusalém. É tempo para ouvir as derradeiras lições do Mestre. Ele fala daquilo que Ele sempre foi e sempre fez: servir; aceitar com humilde a perseguição, sem trair a Verdade; entregar a Vida por Amor aos irmãos. Esta é a nossa diretriz de discípulos missionários.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/03/2020

Reflexão

Nós todos, que nos dizemos discípulos e discípulas de Jesus, não podemos deixar os critérios do Evangelho para viver segundo os critérios do mundo. No mundo, autoridade significa ocasião para a tirania, a opressão e a busca da satisfação dos próprios interesses, sejam de quais naturezas forem. O próprio Jesus nos fala que entre nós não deve ser assim. Ele é o modelo de autoridade para todos nós, pois sendo verdadeiro Deus, o Senhor de tudo, se fez servidor dos homens e despojou-se de tudo, desde a sua condição divina até a sua vida humana, para nos resgatar e nos fazer participantes da vida divina.
Fonte: CNBB em 27/02/2013

Reflexão

Jesus chama de lado seus apóstolos para confidenciar-lhes algo importante. Comunica-lhes que, em Jerusalém, ele será entregue aos chefes, que o condenarão à morte. Sua paixão é descrita com três verbos: será “desprezado, açoitado e crucificado”. Mas virá também sua glorificação: “no terceiro dia ele ressuscitará”. Cenário sombrio, capaz de despertar aflição entre seus amigos, mesmo porque o caminho do Mestre é o caminho dos discípulos. Não é o que pensam a esposa de Zebedeu e seus dois filhos, também apóstolos. Querem lugar de honra no Reino de Jesus, ao passo que ele lhes fala de sua morte na cruz. Os demais apóstolos também anseiam por ocupar os primeiros lugares. Negativo. Na comunidade de Jesus, “quem quiser tornar-se grande, seja aquele que serve” aos demais. Aí, o menor é o maior.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 28/02/2018

Reflexão

Jesus chama de lado seus apóstolos para confidenciar-lhes algo importante. Comunica-lhes que, em Jerusalém, ele será entregue aos chefes, que o condenarão à morte. Sua Paixão é descrita com três verbos: será “desprezado, açoitado e crucificado”. Mas virá também sua glorificação: “no terceiro dia ele ressuscitará”. Cenário sombrio, capaz de despertar aflição entre seus amigos, mesmo porque o caminho do Mestre é o caminho dos discípulos. Não é o que pensam a esposa de Zebedeu e seus dois filhos, também apóstolos. Querem lugar de honra no Reino de Jesus, ao passo que ele lhes fala de sua morte na cruz. Os demais apóstolos também anseiam por ocupar os primeiros lugares. Negativo. Na comunidade de Jesus, “quem quiser tornar-se grande, seja aquele que serve” aos demais. Aí, o menor é o maior.
Oração
Senhor e Mestre, a caminho de Jerusalém, falas da doação de tua própria vida. Enquanto isso, teus apóstolos discutem quem deles é o maior. Deixas claro que vieste para servir e que, no teu Reino, maior é o que serve a todos. Ajuda-nos, Senhor, a prestar generoso serviço à comunidade. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 11/03/2020

Reflexão

É a terceira predição de Jesus a respeito do seu futuro em Jerusalém: condenação, morte e ressurreição. Enquanto o Mestre anuncia seu fi m trágico, a mãe dos dois filhos sinaliza o desejo dos doze: um lugar privilegiado no Reino de Jesus. O homem de Nazaré chama a atenção para não seguirem o exemplo “das autoridades e dos grandes”, que dominam e se impõem sobre o povo, e propõe uma alternativa: que não haja mais últimos e primeiros nem privilegiados: “Entre vocês não deve ser assim”. Essa exigência dos discípulos mostra claramente que eles ainda estão longe de entender a proposta de Jesus: o importante – se existe no projeto de Jesus – é aquele que se coloca a serviço dos outros. O Mestre se apresenta como exemplo a ser seguido pelos seus: não patrão, mas servo; não ser servido, mas servir; doar a própria vida.
Oração
Senhor e Mestre, a caminho de Jerusalém, falas da doação de tua própria vida. Enquanto isso, teus apóstolos discutem quem deles é o maior. Deixas claro que vieste para servir e que, no teu Reino, maior é o que serve a todos. Ajuda-nos, Senhor, a prestar generoso serviço à comunidade. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 03/03/2021

Reflexão

A lógica do Reino de Deus subverte a lógica do mundo. Entre os seguidores de Jesus, como ele mesmo diz, se espera uma postura diferenciada, pois seus seguidores não são regidos pelas leis do mundo, mas pela lei do amor que reúne irmãos. Assumir esse caminho requer dos cristãos uma postura consciente e decidida. Não cabem aqui sentimentalismos, mas a certeza de que está sendo percorrido um caminho que, de fato, se decidiu percorrer. Escolher o serviço, do ponto de vista somente humano, não é aspiração de ninguém; desejamos, sim, privilégios e que sejamos servidos. Romper com essa forma de pensar significa nadar contra a correnteza e acreditar que as energias empenhadas nessa escolha estão sendo bem empregadas. No mínimo, seremos vistos como bobos; contudo, neste caso, ser bobo é estabelecer o novo para que o mundo seja melhor.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 16/03/2022

Reflexão

Jesus chama de lado seus apóstolos para confidenciar-lhes algo importante. Comunica-lhes que, em Jerusalém, ele será entregue aos chefes, que o condenarão à morte. Sua paixão é descrita com três verbos: será “desprezado, açoitado e crucificado”. Mas virá também sua glorificação: “no terceiro dia, ele ressuscitará”. Cenário sombrio, capaz de despertar aflição entre seus amigos, mesmo porque o caminho do Mestre é o caminho dos discípulos. Não é o que pensam a esposa de Zebedeu e seus dois filhos, também apóstolos. Querem lugar de honra no Reino de Jesus, ao passo que ele lhes fala de sua morte na cruz. Os demais apóstolos também anseiam por ocupar os primeiros lugares. Negativo. Na comunidade de Jesus, “quem quiser tornar-se grande, seja aquele que serve” aos demais. Aí, o menor é o maior.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve»

Rev. D. Francesc JORDANA i Soler
(Mirasol, Barcelona, Espanha)

Hoje, a Igreja — inspirada pelo Espírito Santo— nos propõe neste tempo de Quaresma um texto onde Jesus sugere aos seus discípulos —e, portanto, também a nós— uma mudança de mentalidade. Jesus hoje inverte as visões humanas e terrenas de seus discípulos e lhes abre um novo horizonte de compreensão sobre qual deve ser o estilo de vida de seus seguidores.
Nossas inclinações naturais nos movem ao desejo de dominar as coisas e as pessoas, mandar e dar ordens, que seja feito o que nós gostamos, que as pessoas nos reconheçam um status, uma posição. Pois bem, o caminho que Jesus nos propõe é o oposto: «Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo» (Mt 20,26-27). “Servidor”, “escravo”: não podemos ficar no enunciado das palavras! As escutamos centena de vezes, e devemos ser capazes de entrar em contacto com a realidade, saber o que significa, e confrontar tal realidade com nossas atitudes e comportamentos.
O Concilio Vaticano II afirma que «o homem adquire sua plenitude através do serviço e a entrega aos demais». Neste caso, nos parece que damos a vida, quando realmente a estamos encontrando. O homem que não vive para servir não serve para viver. E nesta atitude, nosso modelo é o próprio Cristo — o homem plenamente homem— pois «Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos» (Mt 20,28).
Ser servidor, ser escravo, tal e como Jesus nos pede é impossível para nós. Está fora do alcance de nossa pobre vontade: devemos implorar; esperar e desejar intensamente que nos concedam esses dons. A Quaresma e suas práticas quaresmais —jejum, esmola e oração— nos lembram que para receber esses dons nós devemos dispor adequadamente.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Oh exuberante amor para com os homens! Cristo foi quem recebeu os cravos nas Suas imaculadas mãos e pés, sofrendo grandes dores, e a mim, sem sequer experimentar nenhuma dessas dores ou angústia, deu-se-me a salvação pela comunhão das Suas dores» (São Cirilo de Jerusalém)

- «Ao que arrisca o Senhor não o defrauda» (Francisco)

- «Jesus aceitou a profissão de fé de Pedro, que O reconhecia como o Messias, anunciando a paixão próxima do Filho do Homem. Revelou o conteúdo autêntico da sua realeza messiânica, ao mesmo tempo na identidade transcendente do Filho do Homem «que desceu do céu» (Jo 3, 13) e na sua missão redentora como Servo sofredor: «O Filho do Homem [...] não veio para ser servido, veio para servir e dar a vida como resgate pela multidão» (Mt 20, 28). Foi por isso que o verdadeiro sentido da sua realeza só se manifestou do cimo da Cruz» (Catecismo da Igreja Católica, nº 440)

Reflexão

O “sofrimento vicário” de Cristo

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, Jesus anuncia pela terceira vez a sua paixão e apresenta-se como esse “um” que obedecendo ao Pai, sofre oferecendo a salvação a “todos”. A teologia recente destacou a palavra “por”, comum aos quatro relatos da Eucaristia; uma palavra que pode ser considerada chave não apenas pela narração da Ultima Ceia, mas também da mesmíssima figura de Jesus Cristo.
“Por” conota uma “atitude pro-existência”: o Ser de Jesus não é um viver para si próprio, mas para os outros; e isto não apenas como um qualquer aspecto da sua existência mas como aquilo que se define mais intimamente. O seu ser é, enquanto ser, um “ser para”.
—O Filho do homem veio para dar a sua vida pela redenção de muitos! Este é o culto novo: Jesus atrai a humanidade à sua obediência vicária. Participar no Corpo e no Sangue de Cristo significa que Ele responde “por muitos” —por nós— e na Eucaristia, acolhe-nos entre esses “muitos”.

Meditação

Essa mãe não devia ter ouvido o que Jesus dissera sobre ser preso, condenado e crucificado. Para um rei assim não tinha sentido pedir postos de honra para os filhos. Mas os discípulos ouviram e não entenderam. Foi preciso Jesus dizer claramente: “Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo”. E nós, será que entendemos? A Comunidade é lugar de serviço, e não de prestígio ou distinção.
Oração
CONSERVAI, SENHOR, vossa família na prática das boas obras; e assim como nos confortais agora com vossos auxílios, conduzi-nos aos bens eternos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

Jesus adverte os Doze: «O Filho do Homem será entregue, mas no terceiro dia, ressuscitará»


Hoje ocorrem duas coisas. Em primeiro lugar, Jesus Cristo volta a anunciar sua paixão, morte e ressurreição… Mas os Apóstolos não se enterram! Porque Santiago e João, através de sua mãe, pedem ao Senhor ocupar assento «um a sua direita e outro a sua esquerda, em seu Reino».
—Não há gloria sem cruz; não há amor sem sacrifício. Quando aprenderemos que no amor não há atalhos?

Meditando o evangelho

O EXEMPLO DO FILHO DO HOMEM

Apesar do testemunho de Jesus, os discípulos estavam aferrados aos esquemas mundanos, mostrando-se pouco sensíveis aos ensinamentos do Mestre. O intento dos filhos de Zebedeu foi uma prova disto.
Fazendo ouvido de mercador, quando Jesus revelou seu destino de sofrimento e morte, estavam preocupados em garantir para si os melhores lugares no Reino a ser instaurado. Bem se vê que estavam longe de sintonizar com o Reino anunciado por Jesus, pois imaginavam um reino onde os chefes se tornam tiranos, e os grandes se tornam opressores, por estarem revestidos de autoridade.
No Reino almejado por Jesus, a grandeza consiste em pôr-se ao serviço do semelhante, de maneira despretensiosa, e o primeiro lugar será ocupado por quem se dispusera assumir a condição de servo. A tirania cede lugar ao serviço, e a opressão transforma-se em amor eficaz em benefício do próximo. Bastava contemplar o modo de proceder do Mestre Jesus que se autodenomina "Filho do Homem". Jamais buscara ser servido, como se a sua condição de enviado do Pai lhe desse este direito; tampouco teve a arrogância de se considerar superior a quem quer que seja. Manteve sempre sua postura de servo, consciente da missão recebida do Pai, a ponto de entregar a sua própria vida para que toda a humanidade obtivesse salvação. Dera o exemplo no qual os discípulos deveriam inspirar-se.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, transforma-me em servidor de meus semelhantes, fazendo-me sempre pronto a doar minha vida para que o teu amor chegue até eles.
Fonte: Dom Total em 28/02/2018

Meditando o evangelho

A LIÇÃO DO SERVIR

Os discípulos de Jesus não estavam isentos do vírus da ambição que afeta o coração humano.
Os filhos de Zebedeu, imaginando que Jesus haveria de restaurar o trono de Davi, deixaram-se levar pela ilusão de poder ocupar postos de destaque no reino a ser instaurado. A mãe deles encarregou-se de abordar Jesus para solicitar-lhe nada menos do que o lugar à direita e à esquerda do futuro rei.
Jesus chamou-os à realidade, fazendo-os refletir sobre o verdadeiro sentido de Reino. Eles, porém, acompanharam mal o raciocínio de Jesus. Quando o Mestre falava em beber o cálice, aludindo à sua futura paixão, imaginavam tratar-se da taça usada pelos reis. E se mostraram dispostos a beber do cálice do qual Jesus beberia. Este não se deu ao trabalho de desfazer o mal-entendido. Por sua vez, os discípulos não foram capazes de atinar para o sentido das palavras do Mestre: o futuro lhes reservava a mesma sorte dele.
O incidente deu margem para Jesus apresentar os sentimentos a serem acalentados no coração dos discípulos: quem quiser ser o maior, deve distinguir-se como servidor de todos; quem quiser ocupar um lugar de destaque, deve tornar-se como que escravo dos outros.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, tira do meu coração toda ambição egoísta e faze-me descobrir a alegria de servir.
Fonte: Dom Total em 11/03/2020 03/03/2021

Meditando o evangelho

DUAS ATITUDES CONTRASTANTES

É fácil perceber o contraste entre as duas atitudes apresentadas no Evangelho. Fica, em aberto, a questão: com qual delas mais nos identificamos?
A primeira atitude é a de Jesus, o Filho do Homem, cuja vida está a ponto de ser entregue, como sinal de seu total desprendimento e de sua absoluta fidelidade à vontade do Pai. Caminhando para a morte, tem consciência de não ter dado espaço ao egoísmo, em seu coração. Sua existência definiu-se como serviço generoso aos que viviam oprimidos pelo pecado e precisavam libertar-se.
Contrastando com Jesus, está a atitude dos filhos de Zebedeu. Ambiciosos, querem garantir um lugar de destaque no reino messiânico, que está para ser instaurado, e assim, receber honrarias e serem servidos. Têm apenas ideais de grandeza, postos a serviço do próprio egoísmo. Não lhes interessa o bem que poderão fazer, e sim, os benefícios dos quais irão usufruir. Não lhes passa pela cabeça sacrificarem-se pelos outros, mas exigir que os demais se sacrifiquem por eles.
O cristão, tem diante de si, estas duas possibilidades. A fidelidade à sua vocação cristã dependerá da capacidade de optar pela atitude de Jesus. Embora devendo passar pela cruz, esta é a atitude que corresponde à vontade de Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de desprendimento, não me deixes cair na tentação de buscar as honras deste mundo. E concede-me força para eu seguir sempre as pegadas de Jesus, o qual veio para servir.
Fonte: Dom Total em 16/03/2022

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Disputas por cargos influentes...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Os evangelhos são escritos produzidos muito tempo depois da morte de Jesus e não são portanto escritos sequenciais do tipo relatório fiel dos fatos e de tudo o que Jesus falou. O evangelho de hoje mostra muito bem isso.
A Mãe de Tiago e João vai falar com Jesus em um momento bastante impróprio (não se ela era muito influente junto a Jesus, ou se o evangelista, para não ficar feio para os dois irmãos “pidonhos”, inventou que a conversa foi com a Mãe. Veja bem...
Dá-se a impressão de que Jesus está ali falando com os doze sobre o trágico desfecho de sua vida e a mulher chega para fazer o pedido especial: um cargo de confiança no primeiro escalão do novo Reino. Se fosse assim, os demais discípulos iam olhar para ela e balançar a cabeça em reprovação. O mestre acabou de dizer que tudo vai dar errado, será humilhado, agredido, torturado e morto em uma cruz e os dois querem um cargo de honra? É no mínimo estranho um pedido desse.
Mas tratando-se de um escrito pós-pascal, como são todos os evangelhos, percebe-se que é um ensinamento. O pedido da Mãe dos dois rapazes sonhadores contrasta totalmente com a missão de Jesus e o modo como ele vai realizar a obra da Salvação, plantando definitivamente o Reino de Deus em meio aos homens, e que tem como fundamento o Amor do serviço e da doação da própria vida. Portanto, cargos de confiança ou de honra estão fora de cogitação.
Quando se lê que os outros dez se indignaram contra os dois, ninguém se iluda, achando que eles conheciam a verdade. Não! De modo algum... Mas é que perceberam que os dois irmãos espertos estavam querendo passar-lhe a perna.
Esse é contexto das comunidades de Mateus setenta a oitenta anos após a morte de Jesus, e podemos dizer, sem medo de errar, que é também o contexto das nossas comunidades cristãs implicando todos os ministérios, ordenados e não ordenados, pastorais e movimentos, onde há sim certas disputas acirradas por cargos influentes.
Jesus corrige-nos sobre esse mal entendido, essa interpretação equivocada sobre o Reino que Ele inaugurou, e sobre a Vida em Comunidade, ontem e hoje: Quem quiser ser grande, seja o servo de todos, e quem quiser o primeiro, se faça escravo de todos. Jesus não extingue os cargos e coordenações para os quais são necessários carismas e dons que o próprio Espírito concede, mas afirma que eles devem e precisam sempre ser exercidos como Serviço, gratuito e incondicional...
Em nossas comunidades há sim, pessoas generosas que dão testemunho e agem com esse espírito de serviço humilde, mas há também aqueles que têm a mesma conduta reprovável dos discípulos, naquele momento da reflexão de São Mateus. Pelos primeiros, louvemos a Deus, pelos demais, que não nos falte a misericórdia...

2. Manda que meus filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda - Mt 20,17-28
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Jesus será entregue às autoridades dos judeus. Elas o condenarão à morte e o entregarão aos pagãos, que zombarão dele, o açoitarão e crucificarão. Mas ele ressuscitará no terceiro dia. Parece que ninguém entendeu o que Jesus estava dizendo. A mãe de Tiago e João se aproxima e pede para eles os primeiros lugares no Reino de Jesus. Os outros apóstolos não gostaram do que ouviram, porque também queriam o primeiro lugar. Para quê? Para servir melhor?
Fonte: NPD Brasil em 11/03/2020

HOMILIA DIÁRIA

No Reino dos Céus, o maior tem de ser aquele que serve a todos

Postado por: homilia
fevereiro 27th, 2013

Deus educa-nos à prática do bem e da humildade. Entregando sua vida ao Pai, Jesus preparava os discípulos para o anúncio do Reino: “Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos mestres da Lei. Eles o condenarão à morte”.
Mestre toma a decisão livre e também responsável. Digo “livre e responsável”, porque só os homens livres é que são responsáveis pelos seus atos. E o viver de Jesus entre nós foi uma liberdade total na obediência à vontade de Deus, Seu Pai. Chegada a hora crucial, Cristo decide dirigir-se para Jerusalém para fazer Seu anúncio e consumar os mistérios pascais. Para tanto, o Mestre empenha-se em esclarecer aos Seus discípulos sobre os riscos que lá o aguardam, pois sabia que os chefes judeus haviam decidido a Sua morte.
Por outro lado, vemos os discípulos como que desconhecendo tudo o que Jesus falava. E o mais grave é que eles pensavam que Jesus – dirigindo-se para Jerusalém – consolidaria o poder político anunciado pelos profetas, o que também não passava de um mal entendido sobre o real messianismo do Ungido do Senhor. É o que eles esperavam e expressavam nos bastidores como sendo a “glória”.
Portanto, pensavam tomar parte do poder político de Jesus e, talvez, até serem nomeados “ministros”, “senadores”, “governadores” enfim.
Jesus, porém, descarta o poder político, caracterizado como opressor e tirânico. No Reino dos Céus, o maior tem de ser aquele que serve a todos. O primeiro tem de ser o último. Cristo renova nos discípulos a proposta de consagrarem sua vida ao serviço dos mais necessitados, pelo que os excluídos são reintegrados na vida e Deus é glorificado. Pois o Seu ministério é de comunhão. É partilha e serviço. É vida e compromisso.
De outra parte, a mãe dos filhos de Zebedeu faz-lhe um pedido de privilégio, de destaque para seus filhos, porque, também ela pensava, se fizer um pedido Àquele que em breve terá “a faca e o queijo na mão”, os meus filhos terão um cargo importantíssimo no Seu governo. Todavia, Jesus mostra-lhe como eles podem conseguir. Será à custa de muito sacrifício. O cálice de fel, de mortificação, de jejum, de penitência e oração.
Estando nós no tempo da Quaresma, não podemos nem devemos almejar outro cálice, senão o de conversão e misericórdia.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 27/02/2013

HOMILIA DIÁRIA

Devemos ser um cristão servidor e seguidor dos passos de Jesus

A Igreja precisa de pessoas com espírito de serviço e doação

“Quem quiser tornar-se grande, torna-se vosso servidor; quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos.” (Mt 20, 17-28)

Nós gostamos dos primeiros lugares, da exaltação, gostamos de que as pessoas nos sirvam, mas, a lógica evangélica de quem é seguidor de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo não é ser servido, ser exaltado, ser curtido, ser o mais importante e sempre lembrado, a lógica de quem segue Jesus Cristo é a de seguir os Seus passos.
Jesus Cristo lavou os pés dos Seus discípulos, cuidou dos doentes e dos enfermos, dos últimos, dos desprezados e dos humilhados. Ele colocou-se aos pés dos homens e desceu ao pó da terra, para dela (misturada a sua saliva) retirar a cura para tantas enfermidades e doenças da humanidade.
Se nós queremos salvar a humanidade não é nos engrandecendo, exaltando ou nos elevando, porque a salvação está em quem abaixa-se, humilha-se, a salvação está em quem sabe descer, servir, em que se coloca aos pés dos outros.
A salvação não vem pela cabeça. É muita cabeça pensando e muita gente querendo ser mais do que o outro. A salvação vem pelos pés, depois ela sobe. Então, para salvar coração e cabeça, é preciso descer para servir e se colocar a serviço dos outros. E, muitas vezes, em nossas comunidades o que mais faltam são seguidores – pessoas que tem o espírito de serviço e doação.
Temos que começar pela nossa própria casa, a obrigação de cuidar da casa não é da mãe, da empregada e seja lá de quem for. Acho uma tremenda humilhação e falta de consideração, ter alguém em nossa casa, seja a mãe ou seja a pessoa que está lá para fazer o serviço da casa, e muitos de nós não serem capazes de colocar nem a louça que comeu na pia. A pessoa levantar da cama e não ser capaz de dobrar a sua coberta. Ninguém tem escravo e nem empregado e as pessoas que nos “servem” têm de ser bem tratadas, amadas e cuidadas, e não não querer colocar essas pessoas abaixo de nós.
Não podemos servir resto de comida para as pessoas, ninguém tem direito a resto; não podemos dar para as pessoas as coisas que não nos servem mais, isso é próprio de gente que tem nariz empinado, que se sente mais importante do que os outros. Não podemos admitir que um filho dentro de uma casa, não seja capaz de pegar a sua roupa e a colocar na máquina ou no local em que se recolhe para poder lavar. Não podemos pensar que, em uma casa, mesmo que trabalhemos fora, não possamos colaborar com o cuidado da nossa própria casa.
Servir é atitude de quem serve a Jesus. Servir não é na Igreja: fazer uma leitura bonita, mostrar minha voz de cantor, ou que, sou isso ou aquilo. Servir é, acima de tudo, ter atitude de humildade em todas as situações de vida. Humildade nos salva, porque o veneno do orgulho nos perde e nos perde muito.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 28/02/2018

HOMILIA DIÁRIA

Doemos a nossa vida em favor dos irmãos

“Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos.” (Mateus 20,26-28)

Olhamos para Jesus, o servo servidor, Aquele que, de fato, serve a todos. Ele não veio ao nosso meio para ser cortejado e elevado, mas Ele se coloca aos pés dos homens, Ele serve toda a humanidade: pobres, doentes, enfermos, sofredores e pecadores. Tamanho é o amor do nosso Deus por nós.
Quando Jesus, na última Ceia, lava os pés dos Seus discípulos, Ele sintetiza o que fez em toda a Sua vida: Ele serviu a todos. E quem quiser segui-Lo precisa aprender a escola do serviço, precisa entrar na escola da caridade. A escola que nos ensina a nos colocar aos pés uns dos outros, não querer ser o maior, o grande, não querer tornar-se o mais importante, não querer elevar-se, não querer títulos, não buscar reconhecimentos, mas se colocar no último lugar, se colocar no lugar daquele que serve sem esperar nada em troca.
Vivemos na sociedade onde tudo que se faz tem um interesse, até as pessoas quando vão servir aos outros, estão servindo por interesses, para receber algo em troca, para ter reconhecimento, para ser valorizado, para buscar as honrarias humanas.
O servidor do Evangelho tudo faz por amor, a sua recompensa e motivação é o amor; o seu impulso é o amor divino no seu coração. Ele aparece para servir e desaparece quando é para ser reconhecido. Ele aparece para se colocar à disposição e desaparece para a hora das honrarias.

Dar a vida é doar o esforço, é doar o melhor de si, é doar-se por inteiro para que o outro seja cuidado, amado e valorizado

O servo servidor, a exemplo de Jesus, nosso Mestre e Senhor, é aquele que não busca o primeiro lugar, é aquele que não busca os aplausos humanos, é aquele que não busca simplesmente levar vantagens sobre os outros. A única vantagem para ele é poder doar-se mais, servir mais, estar ao serviço dos outros. Essa é a graça, é o sentido e a razão de ser daquele que se faz discípulo seguidor de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Dar a vida é muito mais do que estar presente, vivo em algum lugar; dar a vida é doar o esforço, é doar o melhor de si, é doar a própria honra e doar-se por inteiro para que o outro seja cuidado, amado, valorizado e tenha vida.
Jesus deu a vida por nós! Aprendamos com Ele a dar, doar e entregar a nossa vida em favor dos irmãos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 11/03/2020

HOMILIA DIÁRIA

O sentido da vida é servir ao próximo

“Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos.” (Mateus 20,26-28)

Olhamos o exemplo do Evangelho de hoje,  quando a mãe dos filhos de Zebedeu, Tiago e João, dois discípulos, inclusive muito próximos de Jesus, vai fazer um pedido que pode parecer inusitado, mas é o anseio de muitas mães de quererem ver seus filhos valorizados e exaltados; de quererem ver seus filhos na frente, ver seus filhos mais importantes de que os outros.
Fico olhando, muitas vezes, o quanto muitos pais e mães gostam de contar vantagens sobre seus filhos: “Ele é o primeiro na escola”, “Ele se sobressai”, “Ele é capaz disso, daquilo…”. É uma lista de orgulho e de vantagens. Cada mãe e cada pai tem o direito de se orgulhar do seu filho e da sua filha, só tome cuidado para que esses sentimentos não se encham de vaidades e soberba, tome cuidado para que esses sentimentos de exaltação não sirvam para humilhar outros.
Para Deus, o maior não é aquele que se exalta, e sim aquele que se humilha, para Deus o maior é aquele que aprende que tudo que sabe, que tudo que tem, dispõe para servir os outros.

Que possamos aprender com o Mestre Jesus que o sentido da vida é servir

Na sociedade das vantagens, como a nossa em que vivemos, as pessoas querem se sobressaírem com aquilo que têm, com aquilo que podem ou aquilo que conquistaram. É a sociedade onde as pessoas querem destacar as suas conquistas materiais, seus troféus, seus títulos, seus prêmios, suas contas bancárias, suas viagens.
As pessoas querem se sobressaírem a partir de suas referências materiais e, muitas vezes, os filhos são alimentados por esses sentimentos. Na escola, querem prevalecer sobre seus colegas, nas conversas querem se sobressaírem: “Estive em mais lugares”, “Conheci mais isso”, e assim por diante. Esses sentimentos são mundanos e devem ser purificados do nosso coração.
Que beleza é ver numa conversa a pessoa ter a capacidade e a coragem de falar das suas dificuldades, das suas lutas, das suas conquistas, mas também dos seus fracassos e das suas derrotas; admitir que na vida não está sempre tendo êxitos naquilo que realiza. Aqui não é uma questão de viver chorando, se lamentando ou se colocando como vítima, é uma questão de ser humilde, de não querer se sobressair aos outros, é uma questão de não querer se colocar acima dos outros. É uma questão de se perceber e não ser aquela pessoa chata e inconveniente que sempre nas suas conversas só conta vantagens.
É difícil uma pessoa verdadeiramente humilde, nos tempos em que vivemos. Querer achar que leva vantagem em tudo é a maior das ilusões e enganos, é a pessoa quem engana a si mesma e, ao mesmo tempo, quer viver também enganando e iludindo os outros.
Que possamos aprender com o Mestre Jesus que o sentido da vida é servir. Se temos de contar algo para os outros, é como estamos servindo, como estamos nos colocando à disposição e ajudando o mundo a ser melhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 03/03/2021

HOMILIA DIÁRIA

Peça ao Senhor que purifique a sua oração

“Naquele tempo, enquanto Jesus subia para Jerusalém, Ele tomou os doze discípulos à parte e, durante a caminhada, disse-lhes: ‘Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos mestres da Lei. A mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. Jesus perguntou: ‘Que queres?’ Ela respondeu: ‘Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda’. Jesus, então, respondeu-lhe: ‘Não sabeis o que estais pedindo’.” (Mateus 20,17-18.20-22)

Muitas vezes é assim: não sabemos o que pedir. E uma das realidades mais purificadas neste tempo quaresmal, a nosso respeito, é a nossa experiência de oração, a forma como nós nos dirigimos a Deus, a maneira como nós nos colocamos diante de Deus.
Vejam vocês o absurdo: Jesus está falando abertamente aos Seus discípulos a respeito do Seu destino, e não era um destino qualquer. Jesus está falando de derrota, de perseguição, Ele está falando de sofrimento e da Sua morte. E termina esse discurso justamente falando sobre a vivência do Seu amor na sua profundidade. Porque quem ama tem de estar disposto a passar pela experiência da dor por causa do outro. Jesus está dando aos Seus discípulos a oportunidade de conhecer o Seu projeto de amor. Então, vem esse pedido da mãe dos filhos de Zebedeu.
Precisamos aprender muito ainda acerca da oração. A oração que nos coloca na vontade de Deus; a oração que não nos poupa, até mesmo das realidades de prova, das realidades duras de sofrimentos da nossa vida. Não podemos pegar da realidade só aquilo que nos agrada, seria muito bom que, no seguimento de Jesus, encontrássemos apenas um “mar de rosas”, mas precisamos também estar dispostos a acolher as contrariedades próprias da adesão a Jesus Cristo.

Peçamos ao Senhor que purifique a nossa oração, que alargue o nosso interior

Como eu disse: Jesus apresenta o seu projeto caracterizado dessa forma e aparece o pedido mais sem noção da história. Porque a mãe se dirige a Jesus totalmente equivocada porque tem uma imagem totalmente distorcida sobre o messianismo de Jesus. Que perigo para todos nós! Essa oração tão sem rumo é uma oração pretensiosa, é uma oração anestesiante porque Jesus está falando do sofrimento e ela está querendo um lugar à direita e à esquerda para os filhos. É uma oração interesseira porque ali estavam os doze discípulos e ela está preocupada com os dois filhos. É uma oração egoísta e uma oração nepotista, porque ela está atendendo às necessidades somente da sua família.
Quantas vezes a nossa oração também não passa por essas características: peço só por aquilo que me interessa, só aquilo que me convém, rezo só por aqueles que trago no meu coração, que nutro uma afeição, mas o convite é a expansão da nossa oração, é a expansão da nossa experiência de diálogo com Deus capaz também de acolher as contrariedades próprias de um discípulo de Jesus.
Peçamos ao Senhor que purifique a nossa oração, que alargue o nosso interior, para que a vontade de Deus seja acolhida por todos nós!
Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

Oração Final
Pai Santo, dá-nos força para não nos acomodarmos, coragem para nos tornarmos diferentes, discípulos missionários de tua Igreja, anunciadores do teu Reino de Amor já presente neste mundo, pois foi vivido e anunciado pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/02/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que o jejum, a esmola e a oração a que nos propomos nesta quaresma (e em toda nossa vida…) não sejam apenas ritos externos, mas esforço profundo para dominar nossas paixões, vivendo em harmonia com nós mesmos, com os irmãos, com a natureza e contigo, amado Pai. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/03/2020

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