quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Os Santos Inocentes - 28 de Dezembro




A festa de hoje, instituída pelo Papa São Pio V, ajuda-nos a viver com profundidade este tempo da Oitava do Natal. Esta festa encontra o seu fundamento nas Sagradas Escrituras. Quando os Magos chegaram a Belém, guiados por uma estrela misteriosa, "encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-No e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes - ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: 'Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar'. E ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito. E lá esteve até à morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor por meio do profeta, que disse: 'Do Egito chamarei o meu filho'. Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e arredores, de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. Então se cumpriu o que estava predito pelo profeta Jeremias: 'Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem'" (Mt 2,11-20) Quanto ao número de assassinados, os Gregos e o jesuíta Salmerón (1612) diziam ter sido 14.000; os Sírios 64.000; o martirológio de Haguenau (Baixo Reno) 144.000. Calcula-se hoje que terão sido cerca de vinte ao todo. Foram muitas as Igrejas que pretenderam possuir relíquias deles.
Na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a festa dos Inocentes ficou sendo a destes. Começava nas vésperas de 27 de dezembro e acabava no dia seguinte. Tendo escolhido entre si um "bispo", estes cantorzinhos apoderavam-se das estolas dos cônegos e cantavam em vez deles. A este bispo improvisado competia presidir aos ofícios, entoar o Inviatório e o Te Deum e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores. Só lhes era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo do Magnificat: Derrubou os poderosos do trono, no fim das segundas vésperas. Depois, o "derrubado" oferecia um banquete aos colegas, a expensas do cabido, e voltava com eles para os seus bancos. Esta extravagante cerimônia também esteve em uso em Portugal, principalmente nas comunidades religiosas.
A festa de hoje também é um convite a refletirmos sobre a situação atual desses milhões de "pequenos inocentes": crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência. Rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades, para que se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às nossas crianças, pois delas é o Reino dos Céus. Por estes pequeninos, sobretudo, é que nós cristãos aspiramos a um mundo mais justo e solidário.
Santos Inocentes, rogai por nós!

Santos Inocentes, padroeiros das crianças abandonadas

Mártires (Festa

Origens

A festa de hoje, instituída pelo Papa São Pio V, ajuda-nos a viver com profundidade este tempo da Oitava do Natal. Esta festa encontra o seu fundamento nas Sagradas Escrituras.

Os Magos

Quando os Magos chegaram a Belém, guiados por uma estrela misteriosa, encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-No. Abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes — ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não retornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra.

O Anjo no sonho de José

Tendo eles partido, eis que um Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: ‘Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar’. E ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito.

Santos Inocentes: Vítimas de um tirano rei

A Ira de Herodes

E lá esteve até a morte de Herodes, cumprindo-se, deste modo, o que tinha sido dito pelo Senhor, por meio do profeta, que disse: ‘Do Egito chamarei o meu filho’. Então, Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e arredores, de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. Então, cumpriu-se o que estava predito pelo profeta Jeremias: ‘Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem'” (Mt 2,11-20)

A Morte de Inocentes

Quanto ao número de assassinados, os Gregos e o jesuíta Salmerón (1612) diziam ter sido 14.000; os Sírios 64.000; o martirológio de Haguenau (Baixo Reno) 144.000. Calcula-se hoje que terão sido cerca de vinte ao todo. Foram muitas as Igrejas que pretenderam possuir relíquias deles.

A Celebração dos Santos Inocentes

A Festa

Na Idade Média, nos bispados que possuíam escola de meninos de coro, a festa dos Santos Inocentes ficou sendo a destes. Começava às vésperas de 27 de dezembro e acabava no dia seguinte. Tendo escolhido entre si um “bispo”, estes cantorezinhos apoderaram-se das estolas dos cônegos e cantavam em vez deles. A este bispo improvisado competia presidir aos ofícios, entoar o Inviatório e o Te Deum e desempenhar outras funções que a liturgia reserva aos prelados maiores. Só lhes era retirado o báculo pastoral ao entoar-se o versículo do Magnificat: Derrubou os poderosos do trono, no fim das segundas vésperas.

Extravagante Cerimônia

Depois, o “derrubado” oferecia um banquete aos colegas, a expensas do cabido, e voltava com eles para os seus bancos. Esta extravagante cerimônia também esteve em uso em Portugal, principalmente nas comunidades religiosas.

Um convite para reflexão

A festa de hoje também é um convite a refletirmos sobre a situação atual desses milhões de “pequenos inocentes”: crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência. Rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades, para que se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às nossas crianças, pois delas é o Reino dos Céus. Por esses pequeninos, sobretudo, é que nós cristãos aspiramos a um mundo mais justo e solidário.

Minha oração

“Pela injustiça humana, tantas almas tornaram-se mártires dando a vida em lugar do Cristo, as almas pedimos a intercessão e a gratidão por tão grande entrega. Olhai para nós, nossas fragilidades, nossas necessidades e cuidai da nossa salvação. Amém.”

Santos Inocentes, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 28 de dezembro

Em Alexandria, no Egipto, São Teonas, bispo, que foi mestre e predecessor de São Pedro mártir. († 300)
- Comemoração de Santo António, monge, que levou vida solitária e, sendo já ancião, se recolheu no mosteiro de Lérins, na Provença. († c. 520)
- Em Matélica, nas Marcas, região da Itália, a Beata Matias Nazzaréni, abadessa da Ordem das Clarissas. († c. 1326)
- Em Lião, na França, o dia natal de São Francisco de Sales, bispo de Genebra, cuja memória se celebra no dia do seu sepultamento em Annecy. († 1622)
- Em Roma, São Gaspar del Búfalo, presbítero, que lutou denodadamente pela liberdade da Igreja que fundou as Congregações de Missionários e das Irmãs Missionárias. († 1837)
- Em Nápoles, na Itália, Santa Catarina Volpicélli, virgem, que fundou o Instituto das Escravas do Sagrado Coração. († 1894)
- Em Kiev, na Ucrânia, o Beato Gregório Khomysyn, bispo de Ivano-Frankivsk e mártir. († 1945)

Fonte:
Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
- Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007]
- Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]
- Martirológio Romano

– Produção e edição: Melody de Paulo

– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

Santos Inocentes

A festividade dos santos Inocentes
aparece já no calendário cartaginês do
século IV, e pouco depois no
'Sacramentário leoniano'
Mártires
Um trágico episódio de sangue é narrado apenas pelo evangelista Mateus, que se dirige principalmente aos leitores provenientes do judaísmo, com a intenção de demonstrar que em Jesus se cumpriram as antigas profecias, até aquela do grito de dor de Raquel chorando os próprios filhos.
Os meninos de Belém e dos arredores, que o suspeitoso e sanguinário Herodes mandou matar, com a esperança de suprimir o Messias-rei, são as primícias dos redimidos e santificados pelo Salvador Jesus, segundo sua própria promessa: "Aquele que tiver perdido a sua vida por minha causa a encontrará".
A festividade dos santos Inocentes aparece já no calendário cartaginês do século IV, e pouco depois no 'Sacramentário leoniano'. O poeta Prudêncio, de cujos textos é tirada a liturgia deste dia, chama-os justamente 'Flores martyrum', as primeiras flores germinadas em torno do berço do Redentor, quais 'comites Christi'.
Retirado do livro: 'Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente', Paulinas Editora.
Fonte: Paulinas em 2015

Santos Inocentes



Somente a monstruosidade de uma mente assassina, cruel e desumana, poderia conceber o plano executado pelo sanguinário rei Herodes: eliminar todas os meninos nascidos no mesmo período do nascimento de Jesus para evitar que vivesse o rei dos judeus. Pois foi isso que esse tirano arquitetou e fez.
Impossível calcular o número de crianças arrancadas dos braços maternos e depois trucidadas. Todos esses pequeninos se tornaram os "santos inocentes", cultuados e venerados pelo Povo de Deus. Eles tiveram seu sangue derramado em nome de Cristo, sem nem mesmo poderem "confessar" sua crença.
Quem narrou para a história foi o apóstolo Mateus, em seu Evangelho. Os reis magos procuraram Herodes, perguntando onde poderiam encontrar o recém-nascido rei dos judeus para saudá-lo. O rei consultou, então, os sacerdotes e sábios do reino, obtendo a resposta de que ele teria nascido em Belém de Judá, Palestina.
Herodes, fingindo apoiar os magos em sua missão, pediu-lhes que, depois de encontrarem o "tal rei dos judeus", voltassem e lhe dessem notícias confirmando o fato e o local onde poderia ser encontrado, pois "também queria adorá-lo".
Claro que os reis do Oriente não traíram Jesus. Depois de visitá-lo na manjedoura, um anjo os visitou em sonho avisando que o Menino-Deus corria perigo de vida e que deveriam voltar para suas terras por outro caminho. O encontro com o rei Herodes devia ser evitado.
Eles ouviram e obedeceram. Mas o tirano, ao perceber que havia sido enganado, decretou a morte de todos os meninos com menos de dois anos de idade nascidos na região. O decreto foi executado à risca pelos soldados do seu exército.
A festa aos Santos Inocentes acontece desde o século IV. O culto foi confirmado pelo papa Pio V, agora santo, para marcar o cumprimento de uma das mais antigas profecias, revelada pelo profeta Jeremias: a de que "Raquel choraria a morte de seus filhos" quando o Messias chegasse.
Esses pequeninos inocentes de tenra idade, de alma pura, escreveram a primeira página do álbum de ouro dos mártires cristãos e mereceram a glória eterna, segundo a promessa de Jesus. A Igreja preferiu indicar a festa dos Santos Inocentes para o dia 28 de dezembro por ser uma data próxima à Natividade de Jesus, uma vez que tudo aconteceu após a visita dos reis magos. A escolha foi proposital, pois quis que os Santinhos Inocentes alegrassem, com sua presença, a manjedoura do Menino Jesus.
Fonte: Catolicanet em 2015

Santos Inocentes Mártires

O dia de hoje se comemora as Crianças Inocentes que o cruel Herodes mandou matar.
Conforme destaca o Evangelho de São Mateus, Herodes chamou os Sumos Sacerdotes para lhes perguntar em que lugar exato ia nascer o rei do Israel, que os profetas haviam anunciado. Eles lhe responderam: "Tem que ser em Belém, porque assim o anunciou o profeta Miquéias dizendo: "E você, Belém, não é a menor entre as cidades de Judá, porque de ti sairá o chefe que será o pastor de meu povo de Israel" (Miq. 5, 1).
Então Herodes se propôs averiguar exatamente onde estava o menino, para depois mandar a seus soldados a que o matassem. E fingindo disse aos Reis Magos: - "Vão e averigúem a respeito desse menino, quando o encontrarem retornam e me informam isso, para ir eu também a adorá-lo". Os magos se foram a Belém guiados pela estrela que lhes apareceu outra vez, ao sair de Jerusalém, e cheios de alegria encontraram ao Divino Menino Jesus junto à Virgem Maria e São José; adoraram-no e lhe ofereceram seus presentes de ouro, incenso e mirra. Em sonhos receberam o aviso divino de que não voltassem para Jerusalém e retornaram a seus países por outros caminhos, e o pérfido Herodes ficou sem saber onde estava o recém-nascido. Isto o enfureceu até o extremo, por isso rodeou com seu exército a pequena cidade de Belém, e deu a ordem de matar a todos os garotinhos menores de dois anos, na cidade e arredores.
O próprio evangelista São Mateus afirmará que nesse dia se cumpriu o que tinha avisado o profeta Jeremías: "Uma gritaria se ouça em Ramá (perto de Belém), é Raquel (a esposa de Israel) que chora a seus filhos, e não quer consolar, porque já não existem" (Jer. 31, 15).

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