ANO B
Mt 8,5-17
Comentário do Evangelho
A fé na palavra do Senhor
Nós já o dissemos antes que este episódio, presente também em Lucas e João (Lc 7,1-10; Jo 4,46-53), é a ocasião de afirmar a universalidade da salvação trazida por Jesus e a eficácia de sua palavra. No centro do episódio está a fé do centurião na palavra do Senhor, que o cristão deve imitar.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, a solidariedade de Jesus com os doentes e sofredores foi exemplar. Faze-me também ser solidário com quem necessita ser libertado de suas opressões.
Fonte: Paulinas em 29/06/2013
Vivendo a Palavra
...muitos virão do oriente e do ocidente... e aqui nós podemos nos incluir, desde que cultivemos em nossos corações uma fé parecida com a daquele oficial romano. Ele acreditou e teve a intuição privilegiada do Mistério da Encarnação: em Jesus de Nazaré estava o Filho Unigênito do Pai, o Cristo prometido e esperado.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/06/2013
VIVENDO A PALAVRA
O oficial romano compreendeu que Jesus encarnava a Palavra de Deus. Se a sua humanidade lhe impunha limites, a divindade transcendia o espaço e o tempo e, mesmo sem a presença física, a onipresença do Espírito que habitava nele tinha o poder para curar o servo. E o sinal realizado confirmou a sua fé.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/07/2017
vIVENDO A PALAVRa
O oficial romano sabia – por sua Fé –, que Jesus era mais do que aquele corpo humano que se podia ver: nele habitava o transcendente, nele agia o Espírito de Deus, a Palavra Criadora, que não estava submetida aos limites de tempo e espaço. A cura poderia acontecer pelo simples ordenar do Mestre, sem a sua presença física junto ao servo doente; como, de fato, foi o que aconteceu!
Reflexão
Ele tomou as nossas dores e carregou sobre si as nossas enfermidades. Jesus é solidário com todos os que sofrem e é sempre uma presença de amor em suas vidas. A sua presença manifesta o amor que Deus tem pelo gênero humano. Quem tem fé verdadeira é sempre capaz de ver a presença de Jesus na sua própria vida, principalmente nos momentos de sofrimento e de dor, e sente os efeitos dessa presença amorosa. O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que manifesta a todos os que sofrem esta presença e esta solidariedade de Jesus, e o faz através do serviço, ou seja, tornando-se ele próprio uma extensão do braço amoroso de Jesus que atua nos momentos difíceis da vida de todos.
Fonte: CNBB em 29/06/2013
Reflexão
Centurião, em cuja casa um judeu observante da Lei não podia entrar, era o chefe de cem soldados a serviço dos romanos. Um deles aproxima-se de Jesus e lhe pede a cura de seu empregado. Jesus diz que irá à casa dele. Porém, constatando o alto grau de fé do centurião, Jesus o elogia. Destaca-o como figura exemplar para todos os povos: “Em Israel não encontrei ninguém que tivesse tanta fé”. Jesus segue fazendo prodígios: cura a sogra de Pedro e, ao entardecer, cura todos os doentes que lhe são apresentados, além de expulsar muitos demônios. O Reino de Deus se manifesta concretamente em Jesus, que “assumiu nossas fraquezas e carregou nossas doenças”.
Oração
Ó Jesus Mestre, a distância, com uma simples frase, curas o empregado do centurião. Depois, dás saúde à sogra de Pedro. Enfim, “com uma palavra”, expulsas os espíritos e curas “todos os que estavam doentes”. Senhor, renova nossa vida com a força de tua palavra. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Meditação
Nos momentos difíceis, procuro me aproximar mais de Jesus, que me conforta? - Procuro escutar o que Ele tem para me dizer? - Ou faço parte daqueles que acham que Deus fala só em meio a situações boas e felizes? - Quando preciso do milagre da cura interior de meus males do coração, sei olhar para meus irmãos que estão a meu lado buscando a fortaleza de que necessito? - Diante de tantos milagres realizados por Jesus, só posso me convencer de que Ele é a Verdade e a Vida e me conduz por seus caminhos. Obrigado, Senhor!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 29/06/2013
Meditando o evangelho
O MESSIAS SOLIDÁRIO
Um traço característico da ação de Jesus foi a sua solidariedade com os pobres e sofredores. O Evangelho recorre à figura do Servo de Javé, descrita por Isaías, para compreender este aspecto do ser de Jesus. Referindo-se a este Servo, o profeta constatava: "Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e assumiu nossas doenças". Tomou o lugar dos sofredores, aceitando expiar-lhes as culpas e pecados, já que a doença era interpretada como uma forma de punição divina devida a alguma ofensa feita a Deus. A isto se dá o nome de sacrifício vicário.
A ação de Jesus espelha-se na solidariedade do Servo. Existe, porém, uma diferença entre ambos. Jesus cuidou de eliminar tudo quanto massacrava o ser humano, privando-o de sua dignidade. Sua ação libertadora visava restaurar a humanidade, oprimida pelas doenças e enfermidades, e seus respectivos preconceitos, em suma, o ser humano oprimido pelo mal. Assim, a ação de Jesus foi mais efetiva do que o sacrifício vicário do Servo.
A solidariedade do Mestre colocou-o em contato com toda sorte de pessoas atribuladas: o soldado romano, a cuja casa predispôs-se a ir, para curar-lhe o servo, embora ambos fossem pagãos; a sogra de Pedro, cuja mão tocou, para curá-la da febre, embora o preconceito dos rabinos contra as mulheres impedisse um tal gesto; os possessos, endemoninhados e enfermos, aos quais curou com uma palavra cheia de poder.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, a solidariedade de Jesus com os doentes e sofredores foi exemplar. Faze-me também ser solidário com quem necessita ser libertado de suas opressões.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. EU NÃO SOU DIGNO!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Vários elementos da cena evangélica são dignos de nota. Quem se aproxima de Jesus é um pagão, militar romano, em serviço na Palestina. Jesus não se deixa levar pelo preconceito judaico contra os pagãos e o acolhe. O centurião não pediu algo para si ou para algum de seus familiares ou pessoas mais próximas. Ele suplicou a cura de seu servo. São raros gestos deste tipo. Os superiores, em geral, não se importam com seus subalternos.
O centurião confessa sua indignidade de receber Jesus em sua casa. Certamente, não porque vivesse na pobreza. Reconhecendo a alta dignidade do Senhor, ele se sabia indigno de poder privar de sua intimidade. Acolher alguém em casa era sinal de profunda comunhão. É também possível que, tendo conhecimento da força do poder taumatúrgico de Jesus, pensasse em dispensá-lo da fadiga de ir até sua casa. A palavra de Jesus podia surtir efeito mesmo à distância.
É notável também a declaração de Jesus. Jamais, entre seus concidadãos judeus, havia encontrado uma fé assim tão pura e profunda. Diante destas experiências, Jesus foi percebendo a boa vontade dos pagãos para acolher o evangelho anunciado por ele. Ou seja, a salvação não estava destinada apenas ao judeus. Também os gentios estavam em condições de usufrir de seus benefícios. A atitude do centurião era um exemplo disto.
Oração
Senhor Jesus, dá-me uma fé pura e profunda, como a do centurião, que me leve a reconhecer a grandeza de teu poder e minha indignidade de aproximar-me de ti.
Fonte: NPD Brasil em 29/06/2013
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Um exemplo de Fé, que não veio da Comunidade...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Há dois anos, acompanhei o meu pároco em visita ao Hospital, levando a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, que todos os anos visita a nossa cidade. Fomos escoltados por uma viatura da PM e ao chegar no Hospital, o Sargento que estava na viatura aproximou-se do Padre e pediu para tirar uma foto com a imagem e que também queria uma bênção sobre ele.
Achei interessante porque na sua profissão de policial graduado, certamente atua com rigor com os marginais, demonstra ser alguém firme, e até insensível, que só crê no poder que exerce na sociedade, entretanto, na hora da bênção, tendo nas mãos a imagem de Nossa Senhora, eu o vi derramando lágrimas, emocionando até mesmo os seus dois comandados. Mas logo depois voltou a ser o sargento rigoroso e disciplinado, orientando o trânsito e abrindo espaço para passarmos em meio a centenas de pessoas que ali estavam mais a nossa frente à entrada do Hospital.
Associei esse episódio ao evangelho de hoje. Com certeza os discípulos de Jesus não “morriam de amores” pelos oficiais romanos, afinal, eles representavam o poder institucional, talvez até pensassem em alguma represália quando o viram aproximar-se de Jesus, mas naquele dia ele não estava a serviço, embora estivesse fardado. E o homem que comandava Cem soldados SUPLICOU a Jesus, por um servo que estava enfermo. Ele não pertencia à comunidade Israelita, nada conhecia das promessas dos Profetas ou das Leis de Moisés. Era apenas alguém a serviço do Sistema, mas...tinha um coração aberto e disponível ao dom da Fé e reconhece algo especial em Jesus de Nazaré, diferente dos líderes religiosos que tinham o coração fechado ao transcendente.
Por causa disso, sua relação com o próximo é diferente, vem suplicar a Jesus pelo seu servo, alguém que está a seu serviço e que se encontra gravemente enfermo e paralítico em uma cama. Jesus vê tudo isso naquele Centurião Romano e corresponde com generosidade “Eu irei e o curarei”. E aqui mais uma surpresa para todos... ir á casa de um oficial certamente era algo que dava status, afinal, ele era alguém importante. Mas o Centurião inverte esse quadro, considera-se indigno da Graça que está para alcançar, não é da comunidade, não frequenta o tempo ou a sinagoga, não oferta o dízimo e nem é piedoso.
Sente-=se pequeno diante daquele que seu coração descobriu e experimentou, aquele que tudo pode… e manifesta mais uma vez a sua Fé autêntica, desprovida de qualquer merecimento, porque se trata de um dom. “Senhor, não sou digno que entreis em minha casa, mas dizei uma só palavra e meu servo ficará curado”.
E o seu testemunho de Fé foi exaltado por Jesus que o contrapõe a Israel e suas tradições patriarcais. E a Igreja, Sábia Mestra, adotou essas palavras para nos colocar diante da Grandeza de um Deus que se rebaixa diante do Homem na Eucaristia, “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa, mas dizeis uma só palavra e minha alma será salva”. Esse é o canto do Centurião, que perpassa já três milênios de história, na boca dos que creem mas sabem que a Fé é dom, dado com a Graça imerecida...
2. Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu criado ficará curado - Mt 8,5-17
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Jesus curou o leproso e agora cura o servo de um centurião romano e, logo em seguida, cura também a sogra de Pedro, que estava com febre. Curou ainda muitos possessos e enfermos que o procuraram no fim do dia. Jesus assim procedia para cumprir o que havia sido dito pelo profeta Isaías: “Assumiu nossas dores e carregou nossas enfermidades”. Que ele nos alivie dos males do corpo e da alma.
HOMÍLIA DIÁRIA
Para Jesus nada é impossível
Que, hoje, possamos ultrapassar a miséria que há em nós, por causa dos nossos pecados, e possamos, com nossa fé, proclamar que para Jesus nada é impossível.
“Um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: ‘Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia’. Jesus respondeu: ‘Vou curá-lo’. O oficial disse: ‘Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado’” (Mt 8,5-8).
Nós olhamos, hoje, para o Senhor misericordioso, bondoso, que se compadece daqueles que sofrem de qualquer doença, de qualquer enfermidade, sobretudo daqueles cujo pecado causa paralisia em suas vidas. O Senhor tem piedade de nós.
Hoje, nós olhamos para o Senhor e queremos também olhar para este oficial romano, porque ele era um pagão, não pertencia ao povo judeu. No entanto, ele tinha confiança, convicção naquilo que Jesus podia fazer por seu empregado que estava doente.
As palavras dele são de uma profunda fé, de uma profunda certeza daquilo que Jesus é capaz, daquilo que Ele alcança do coração do Pai amado.
“Senhor eu não sou digno.” Quem de nós é digno, quem de nós merece que o Senhor esteja em nós, aja em nós, opere em nós? Superando a nossa indignidade, temos um ato de fé. Podemos dizer como o centurião: “Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado” (Mt 8,8), o meu filho, a minha filha serão curados em Teu nome, Senhor”.
Que, hoje, possamos ultrapassar a miséria que há em nós, por causa dos nossos pecados, e possamos, com nossa fé, proclamar que para Jesus nada é impossível. Creiamos em Jesus e experimentemos o Seu poder.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 29/06/2013
HOMÍLIA DIÁRIA
Manifestemos a Deus o tamanho da nossa fé
A fé precisa mesmo estar entrelaçada com a humildade, porque, com a arrogância, não conseguimos nada, não chegamos até Deus
“Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado” (Mateus 8,8).
O oficial romano vai até Jesus suplicar pelo seu empregado que está enfermo. Duas coisas são importantíssimas: a primeira, o oficial romano era pagão, não pertencia ao contexto da religião judaica, em outras palavras, ele era um excluído, não fazia parte do povo eleito. A outra coisa é que ele não vai buscar uma cura, um milagre, uma graça para si, mas para o seu empregado. E talvez uma terceira coisa, e a mais importante delas, é o tamanho da sua fé. É uma fé que vem entrelaçada com a sua humildade e a sua confiança em Deus, na pessoa de Jesus Cristo.
O oficial se aproxima e diz: “Eu não sou digno, Senhor, de que entreis em minha casa, eu não sou merecedor, não tenho os créditos para que o Senhor entre em minha casa, mas eu creio, acredito que basta uma palavra Sua e o meu empregado será curado. Eu tenho ordens sobre ele. Eu o mando fazer isso, e ele faz; eu mando outros fazerem aquilo, eles fazem, mas quem tem poder sobre a alma, sobre a doença, a enfermidade e o mal é o Senhor, e eu creio firmemente nisso”.
Jesus fica admirado com a fé daquele homem, porque os que eram daquela religião não manifestaram tamanha fé, não manifestaram uma fé com tamanha grandeza, e aquele homem pagão, excluído, manifestou sua fé e confiança; ele acreditou que Jesus podia fazer algo por seu empregado. Por isso, o empregado ficou curado, por causa da fé de seu chefe.
Permita-me dizer ao seu coração: a fé precisa mesmo estar entrelaçada com a humildade, porque, com a arrogância, não conseguimos nada, não chegamos até Deus. Com a arrogância, mostramos que somos maus, que tudo podemos e assim por diante. Mas quando nos fazemos pequenos, quando nos colocamos debaixo da autoridade de Jesus, Ele tudo pode fazer por nós!
Eu creio e você também crê que a nossa fé é alimentada por uma profunda humildade de saber que Deus tudo pode, e em nossa miséria dependemos d’Ele.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Oração Final
Pai Santo, dá à tua Igreja o dom da fé. Que nós a vivamos intensamente e a anunciemos aos companheiros do caminho, enquanto avançamos pelo mundo em busca da plenitude do teu Reino de Amor. Dá-nos, Pai amado, a alegria de sentirmos tua presença misericordiosa em nós! Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/06/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, infunde em nós uma fé como a de Abraão, de Maria e do anônimo oficial romano para que proclamemos tua glória e nos alegremos em Ti, agradecidos porque realizas grandes obras em nosso favor. Nós te damos graças pela Vida e pela Esperança, mas aumenta, Pai querido, a nossa Fé! Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/07/2017
oRAÇÃO FINAl
Pai e Senhor nosso Deus, que Bondade tão grande a tua! Dá-nos fé, como deste àquele oficial romano. E nos dá também, Pai que tanto amamos, força e coragem para responder com nossa convivência fraterna a esse grande dom que nos ofereces – a Vida! –, proclamando ao mundo as maravilhas do teu Amor inefável. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
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