quinta-feira, 24 de junho de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 24/06/2021

ANO B


Lc 1,57-66.80

Comentário do Evangelho

Deus cumpre o que promete

Os vizinhos se alegram com o nascimento de João (v. 58), precursor do Messias. Esta alegria já havia sido prometida quando do anúncio do anjo a Zacarias, no Templo: “… muitos se alegrarão com o seu nascimento” (Lc 1,14). Deus cumpre o que promete. O acordo entre Isabel e Zacarias sobre o nome do menino (vv. 60.63) mostra que o nome de João (= Deus concedeu a sua graça) é de origem divina (cf. 1,13). Recebendo esta revelação como Palavra de Deus, a boca de Zacarias se abre para bendizer Deus: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel…” (1,67).
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, toma-me sob a tua proteção e robustece-me com o teu Espírito, de modo que eu possa cumprir, com coragem e fidelidade, as tarefas do Reino que me são confiadas.
Fonte: Paulinas em 24/06/2013

Comentário do Evangelho

O que Deus promete, ele o cumpre.

Na releitura cristã da Escritura predomina o esquema promessa-cumprimento. Também no interior do evangelho de Lucas esse esquema aparece com relativa frequência. O que Deus promete, ele o cumpre. É o caso do evangelho da festa de hoje. Os vizinhos reconhecem a ação de Deus na concepção e no nascimento de João Batista e se alegram por Isabel, pois o Senhor a tinha tirado do opróbrio. Essa alegria havia sido objeto de promessa quando o anjo anunciou o nascimento de João a Zacarias, no Templo de Jerusalém (Lc 1,14). Outro aspecto é a mudez de Zacarias e o nome imposto ao menino. O nome a ser dado ao menino é imposição do mensageiro celeste (1,13), uma forma de dizer de sua eleição divina. A mudez de Zacarias é consequência de sua incredulidade (1,20) e, ao mesmo tempo, sinal da intervenção de Deus (1,21-22). A língua de Zacarias se soltará quando da realização da promessa (1,20). O acordo entre Isabel e Zacarias sobre o nome do menino (vv. 60.63) realiza a promessa e indica que o nome “João” (= Deus concedeu a sua graça) é de origem divina. Recebendo essa revelação como Palavra de Deus, a boca de Zacarias se abre e sua língua se solta para bendizer Deus (v. 67).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, toma-me sob a tua proteção e robustece-me com o teu Espírito, de modo que eu possa cumprir, com coragem e fidelidade, as tarefas do Reino que me são confiadas.
Fonte: Paulinas em 24/06/2014

Vivendo a Palavra

Lembrar João Batista nos leva a ouvi-lo dizendo que era chegada a hora do antigo ceder lugar ao Novo; hora dele diminuir para Jesus crescer. O tempo da promessa chegava ao fim e o Reino de Deus despontava. Não esqueçamos a lição de João, apegando-nos às coisas passadas. Deus se manifesta no tempo que chamamos hoje. Procuremos encontrá-lo e partilhá-lo com os irmãos!
Fonte: Arquidiocese BH em 24/06/2013

Vivendo a Palavra

«O que será que esse menino vai ser?» A história nos conta que com aquela criança se aproximava a plenitude dos tempos. O Pai Misericordioso logo enviaria o Filho Unigênito para fazer conosco sua experiência de humanidade. João Batista nos ensina a honrar o passado, vivendo o presente na certeza do futuro glorioso junto ao Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/06/2014 24/06/2017

VIVENDO A PALAVRA

E todos ficavam pensando: «O que será que esse menino vai ser?» A história nos conta que naquela criança se aproximava a plenitude dos tempos. Ele era o Precursor! O Pai Misericordioso logo enviaria o Filho Unigênito para fazer em Jesus de Nazaré sua experiência de humanidade. João Batista nos ensina a honrar o passado, vivendo o presente na certeza do futuro glorioso junto ao Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/06/2020

vIVENDO A PALAVRa

João Batista foi um dos sinais de que chegara para nós a ‘plenitude dos tempos’. O Precursor prometido pelos profetas veio preparar os caminhos do Senhor. Iluminado pelo Espírito desde o ventre materno, João deixou para nós o seu exemplo de sobriedade no viver, de discernimento na proclamação do Reino de Deus e de coragem na denúncia dos pecados do anti-Reino.

Reflexão

O nascimento de João Batista nos mostra a atuação de Deus na história e que nem sempre entendemos esta atuação ou os nossos projetos são os mesmos dele. Quando existe discordância entre a vontade de Deus e a nossa vontade, nós nos tornamos limitados e incapazes de viver plenamente na graça divina e de comunicar esta graça aos nossos irmãos e irmãs, mas quando a nossa vida é conforme a vontade de Deus, a graça divina atua em nós, a mão do Senhor está conosco e a nossa boca se abre para anunciar suas maravilhas e proclamar os seus louvores.
Fonte: CNBB em 24/06/2013 e 24/06/2014

Reflexão

Na solenidade da natividade de João Batista, o evangelho não podia ser outro. Ele nos traz justamente o relato do nascimento do precursor, que tem muitos traços em comum com o do nascimento de Jesus. O nascimento de João é uma bênção para os pais, já idosos, e Isabel estéril, e motivo de alegria para a vizinhança. Ainda hoje São João é celebrado com muita festa e alegria pelo povo brasileiro. O nome João, proposto pela mãe e confirmado pelo pai, significa “Deus é misericórdia”. Com a chegada de João, Deus confirma sua misericórdia para com os pobres. Eles são os portadores do amor misericordioso de Deus Pai. Lá nas periferias, longe do centro político e religioso, nasce a esperança do povo. Com o aparecimento de uma criança, surgem a esperança e a dúvida: o que será dessa criança? Sim, essa criança será o futuro anunciador da misericórdia divina e o precursor do Messias. Ele cresce e se fortalece no Espírito do Senhor e, no deserto, se prepara para assumir sua missão, que era preparar o povo para a chegada de Jesus. Abre os caminhos para que o Mestre chegue.
Oração
Ó divino Salvador, o Pai celeste preparou com muito zelo o nascimento do teu precursor, João Batista. Vizinhos e parentes de sua mãe, Isabel, exultaram de alegria, porque Deus usou de misericórdia com ela, que era idosa e estéril. Bendito seja Deus pelas maravilhas que realiza para nos salvar. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 24/06/2020

Refleo

Poucos versículos, porém densos de conteúdo. Jesus causa uma reviravolta na sociedade do seu tempo. Os leprosos carregavam o peso da marginalização religiosa e social. Por sua condição de impuros, e conforme o que se ensinava na sinagoga, eles pensavam estar excluídos do acesso ao Reino de Deus. Um desses infelizes percebe em Jesus a predileção pelos abandonados, a manifestação da bondade de Deus, o cumprimento da promessa de libertação dos oprimidos. Rompe a barreira e encurta a distância que o separa do Mestre, que lhe favorece a aproximação e lhe atende o pedido: “Estendeu a mão e, tocando nele, Jesus disse: ‘Eu quero. Fique purificado'”. Em torno de Jesus fervilha a vida, o mal se retrai, irrompe o mundo novo: é o encontro da misericórdia de Deus com a fé do ser humano.
Oração
Ó Jesus, nosso Libertador, admirável é teu modo carinhoso de acolher o leproso; mais admirável ainda é tua liberdade em tocar nele, já que tal gesto era contrário às Leis da época. Tua salvação leva em consideração, antes de tudo, a pessoa que te busca de coração sincero. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Recadinho

João Batista é a “voz no deserto!” Você tem muitas oportunidades de ser a voz de Deus no contexto em que vive? - Você cumpre com amor as tarefas que Deus lhe dá? - Tem consciência de que Deus está presente nas tribulações de sua vida? - Você procura levar sempre a Boa Nova do Evangelho? - Em que ambientes atua?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em  24/06/2013 e 24/06/2014

Meditando o evangelho

SOB A PROTEÇÃO DO SENHOR

O texto evangélico sublinha a intensa manifestação divina nos fatos ligados ao nascimento de João Batista, a quem seria confiada a tarefa de preparar os caminhos do Messias Jesus. E isto, a tal ponto que, por toda a redondeza, espalhou-se um temor divino, levando o povo a se perguntar: “O que será que esse menino vai ser?”
A mudez inexplicada de seu pai Zacarias foi um evidente indício de que algo maravilhoso estava acontecendo. Ele só voltou a falar quando cumpriu a ordem divina de dar ao filho o nome de João, que significa “Deus é favorável”, embora sua parentela julgasse que o mais normal seria chamá-lo de Zacarias, como o pai.
O parto de Isabel também foi interpretado como “demonstração de uma grande misericórdia do Senhor” para com ela. De fato, sem a ajuda divina jamais poderia conceber e dar à luz, dado a sua idade avançada e sua esterilidade.
A proteção divina dispensada a João Batista enquadrava-se no projeto de Deus de confiar-lhe a tarefa de preparar o povo para acolher o Messias, predispondo-o à conversão. A gravidade desta tarefa exigia que fosse “robustecido” pelo próprio Espírito, de modo a capacitar-se para o cumprimento do desígnio divino.
João Batista soube corresponder à ação do Espírito. Sua vida haveria de ser um testemunho fulgurante de temor a Deus, de cujos caminhos jamais se desviou, mesmo devendo padecer o martírio.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, toma-me sob a tua proteção e robustece-me com o teu Espírito, de modo que eu possa cumprir, com coragem e fidelidade, as tarefas do Reino que me são confiadas.
Fonte: Dom Total em 24/06/2014 24/06/2020

Meditando o evangelho

O DESTINO DO BATISTA

O nascimento de João Batista corresponde a um passo decisivo em direção ao cumprimento da promessa divina, de conceder ao mundo um Salvador.
A importância da presença do Precursor, na história humana, é visível no conjunto dos fatos que circundam o seu nascimento. Seus pais era idosos. Sua mãe, estéril, quando concebeu. A mudez inexplicável do pai, Zacarias, apontava para alguma experiência, extremamente forte, feita no Templo, relacionada com a gravidez de Isabel.
As divergências em torno do nome a ser dado à criança foram fora do comum. Quiseram dar-lhe o nome de Zacarias, que significa Deus se lembra. O pai, porém, insistiu para que se chamasse João, que significa Deus é propício, conforme as instruções que tinha recebido. A decisão a respeito do nome do recém-nascido foi, para Zacarias, penhor de graças. Com isso pôde recobrar a fala e bendizer publicamente a Deus.
Este conjunto de fatos explica o porque da perplexidade e do espanto de parentes e vizinhos, a respeito do futuro do menino. Podia-se notar como "a mão do Senhor estava com ele", guiando-o desde a mais tenra idade. Se já agora estava acontecendo isso, o que seria de seu futuro? Coisas grandiosas lhe estavam reservadas!
Desde o início, as comunidades cristãs souberam reconhecer a importância de João. Apesar da provisoriedade de sua missão, ela foi relevante, por estar relacionada com o Messias Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito providente, faze-me compreender que minha vida está nas mãos do Pai. Inspira-me a ser, como João Batista, sempre fiel à vontade divina.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. JOÃO É O SEU NOME
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A Igreja, desde seus primórdios, reconheceu a grandeza da figura de João Batista, dada sua estreita ligação com a pessoa de Jesus. Aliás, a importância do Batista provém da pessoa de Jesus: sua missão consistiu em ser precursor do Messias.
O nascimento de João Batista foi todo envolto de mistério divino. A notícia de sua concepção foi dada pelo Anjo do Senhor a seu pai Zacarias, quando este desempenhava suas funções sacerdotais, no templo. Tratava-se de um fato formidável, pois Zacarias e sua esposa eram de idade avançada, com o agravante de Isabel ser estéril. A incredulidade de Zacarias foi punida com a privação da fala, até que a Palavra de Deus se cumprisse. Tudo se realizou conforme fora anunciado pelo Anjo. Os próprios vizinhos e parentes reconheceram que Deus havia cumulado de misericórdia aquela família.
Quando se tratou de dar um nome ao menino, novamente aconteceu um fato maravilhoso. Muitos queriam que se chamasse Zacarias, como o pai. Todavia, em conformidade com a ordem do Anjo, Isabel recusou. Seu nome seria João, que significa "Deus é favorável". Quando Zacarias confirmou o nome dado por Isabel, sua língua se soltou e ele começou a falar normalmente. Então, os parentes e vizinhos, tomados de temor sagrado, reconheceram que a mão de Deus estava com aquele menino.
Oração
Senhor Jesus, que a figura de João Batista inspire minha tarefa de preparar os corações para receber-te.
Fonte: NPD Brasil em 24/06/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Ele vai se chamar João - Lc 1,57-66.80
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Neste dia nasceu um menino que foi forte e corajoso. Nunca vestiu seda nem saiu embriagado do palácio real. Chamamos a sede de um governo de “paço municipal”. João Batista seria o homem de muitos passos e de nenhum paço. Foi numa festa neste último que decidiram interromper-lhe os passos. Vestido de pelos de camelo e alimentado de mel silvestre e gafanhotos, este menino teve muita coisa a dizer ao mundo do seu tempo e ao de todos os tempos. Por isso, cantou seu pai, ao recuperar a fala: “E tu, menino, serás profeta do Altíssimo, pois irás andando à frente do Senhor para aplainar e preparar os seus caminhos”. Iria andando, abrindo caminho, com a difícil tarefa de aplainar o que era áspero.
Fonte: NPD Brasil em 24/06/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. COMPLETOU-SE O TEMPO...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nossa vida de fé é marcada por muitas promessas, a primeira delas no Batismo, quando pais e padrinhos, falando por nós prometem e se comprometem em professar uma fé viva, capaz de um testemunho autêntico diante do filho ou do afilhado, e na unção crismal prometemos acolher em nossa vida o dom do Espírito Santo e deixarmo-nos conduzir por ele.
O “amém” ao receber a Eucaristia não deixa de ser também uma promessa, de viver sempre em comunhão com Jesus, e nos sacramentos da ordem ou do Matrimônio, prometemos viver um amor total de entrega e doação à Santa Igreja, ou um ao outro, na vida conjugal. Fazemos muitas promessas diante de Deus, antes de receber o sinal sacramental e sabemos muito bem, que por causa dos nossos pecados, muitas vezes quebramos promessas sagradas, quando acontecem as separações, o abandono da comunidade ou de uma vocação religiosa.
Não é de hoje que o homem não cumpre suas promessas diante de Deus, à Bíblia está repleta de relatos onde as pessoas, e próprio povo descumpriu algo prometido diante de Deus. Entretanto, não encontramos uma só palavra ou frase, no antigo ou no novo testamento, onde afirme que Deus deixou de cumprir alguma de suas promessas, feitas para o homem.
A natividade de João Batista, único santo que no calendário da Igreja, tem comemorado o seu nascimento, se reveste de fundamental importância na história da salvação, justamente por ser um elemento divisor entre o tempo chamado das promessas, e o tempo do cumprimento das mesmas.
Há na religiosidade do povo brasileiro uma prática que a modernidade não conseguiu matar: a de fazer promessas! Todas as promessas são feitas para Deus, mas com a intercessão dos santos. A história da Salvação teve início com uma promessa, feita pelo próprio Deus. Ele prometeu através de líderes como Moisés, dos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó, dos profetas e demais homens e mulheres de Deus.
“Terminou para Isabel o tempo da gravidez e ela deu a luz um filho...”. Este não é um nascimento qualquer de um israelita, Lucas faz questão de salientar que se completou o tempo de gestação, o tempo de espera, e o útero de Isabel, antes estéril e incapaz de gerar vida, tocado por Deus torna-se fértil, simbolizando de repente o coração de todo um povo, cansado de sofrer, de andar por caminhos errados, por atalhos que só levavam à morte, guiados por falsos líderes, toda a esperança que este povo guardava no coração nas promessas de Deus, irrompe agora como um lençol d’água que fura a rocha e flui à flor da terra, para saciar os sedentos de esperança e de vida nova.
João Batista é a resposta de Deus aos anseios do povo, após um silêncio de quase três séculos! Inspirados por Deus, todos os profetas haviam falado deste tempo novo, para consolar e fortalecer um povo desiludido, desmotivado, esmorecido e sem esperança, certamente esses profetas foram tidos como loucos, sonhadores, fantasiosos, mas muitos guardaram no coração essas promessas, e souberam transmiti-las de geração em geração, sem deixar morrer a esperança, o próprio Zacarias, sacerdote do templo e pai de João Batista, faz parte deste povo que espera, seu nome significa “Deus se recordou”.
A sua súbita mudez, longe de ser um castigo, é prenúncio do tempo feliz que com ele irá se iniciar, e ao apresentar a criança no templo, para ser circuncidado como era costume, ele confirma o nome de “João” que significa “Aquele que anuncia” e recuperando a voz, glorifica a Deus que visitou o seu povo. 
Que significado tem, para nós cristãos, a celebração do nascimento de João Batista neste 24 de Junho? Se ficarmos apenas na popularidade e nos festejos joaninos típicos desta data, iremos nos divertir muito, mas certamente não iremos aprender nenhuma lição.
O nosso povo, tanto quanto aquele povo de Israel, em meio aos sofrimentos físicos e morais, também tem guardado no coração essa esperança, de que um dia o bem supremo irá triunfar sobre as forças do mal, é verdade que conforme os dias vão passando, as vezes o desânimo vai tomando conta do coração de muitos que perderam a crença em Deus, no amor e na própria vida, são certas promessas mirabolantes que nunca se realizam, são líderes charlatães que iludem, enganam, roubam. São lideranças religiosas que não cumprem e nem honram seu papel de ministros de Deus, criando uma religião fantasiosa, que explora e cria tantas ilusões.
João vislumbra algo que ninguém tinha ainda vislumbrado: que o reino já estava no meio dos homens, na pessoa e na missão de Jesus de Nazaré. Anuncia a necessidade de uma mudança de mentalidade e de coração, para acolher este reino novo, que não se fundamenta em mentiras e fantasias, mas na Verdade que é Jesus Cristo, o Cordeiro que tira o pecado do mundo.
Olhando para a origem de João, seu nascimento e a missão de precursor do Messias, que Deus lhe confiou, podemos refletir sobre tais acontecimentos à luz do evangelho, e mais do que refletir, já está na hora de vivermos esse evangelho, que fala de um tempo novo, de um reino que já está entre nós e que consegue restituir ao coração humano toda essa Esperança que é Jesus de Nazaré, pois como João Batista, todos nós nascemos para ser os portadores e anunciadores dessa Boa Nova, ao homem descrente deste terceiro milênio.

2. Ele vai se chamar João - Lc 1,57-66.80
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A liturgia celebra o nascimento de Jesus, de Maria e de João Batista. Jesus e João se encontraram no ventre de suas mães, na visita de Maria a Isabel. Foi um encontro que encheu o ambiente da alegria do Espírito Santo. “Que vai ser este menino?”, perguntaram quando Zacarias, seu pai, que estava mudo, voltou a falar e a louvar a Deus, depois de dizer que o nome do menino seria João. Esta é uma pergunta que pode e deve ser feita quando nasce uma criança: “O que vai ser essa menina, o que vai ser esse menino?”. O que será, será, diz a canção, e assim seria se a criança não fosse gente. Um animal viverá sempre no ambiente de seus instintos. A criança, que é ser humano, caminha para a humanização.

HOMILIA DIÁRIA

O profeta é uma seta que nos mostra o caminho

O profeta é uma seta que nos mostra o caminho. Ele é a voz que nos mostra a única palavra que nos liberta e nos salva: a Palavra eterna de Deus.

Nós, hoje, celebramos, com muito amor e devoção, a festa de São João Batista.
Hoje, celebramos o nascimento de João Batista aqui para a Terra. Em agosto, celebramos o seu nascimento para o céu, o seu martírio.
O nascimento de João Batista, no meio dos homens, tem um significado muito especial, pois ele foi santificado no ventre de sua mãe. No momento em que Isabel se encontrou com Maria, aquela que foi escolhida para ser a mãe de Jesus, uma criança exulta de alegria no ventre de Isabel e João Batista é santificado.
Ele nasceu com uma missão muito bem delineada, muito bem específica, pois foi o profeta escolhido ainda no ventre de sua mãe. Mas para que João Batista foi escolhido? Para preparar, abrir os caminhos, apontar a direção e nos dizer quem é o Cordeiro de Deus, aquele capaz de tirar o pecado do mundo, o pecado da nossa vida.
João Batista não veio anunciar a si mesmo nem chamar a luz sobre si. Ele veio mostrar que o único que salva e liberta, o único que batiza, no poder do Espírito, é Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
O profeta é uma seta que nos mostra o caminho. Ele é a voz que nos mostra a única palavra que nos liberta e nos salva: a Palavra eterna de Deus. Nós louvamos o Senhor pelo profeta tão humilde, nós O louvamos por um profeta tão cético como foi João Batista, o qual viveu retirado, que viveu uma vida mítica, dedicando-se exclusivamente à causa do reino, mostrar aos homens o caminho da Salvação: Jesus Cristo.
Que, hoje, possamos aprender com São João Batista o jeito de sermos também profetas, de mostrarmos aos homens e às mulheres o caminho da salvação. Que nós possamos ser aquela seta que nos mostra Jesus como o caminho, a verdade e a vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 24/06/2013

HOMILIA DIÁRIA

Retiremos do nosso coração todas as vaidades

João é um referencial para nossa sociedade tão cercada por vaidades humanas

“O que virá a ser este menino? De fato, a mão do Senhor estava com ele. E o menino crescia e se fortalecia em espírito. Ele vivia nos lugares desertos, até o dia em que se apresentou publicamente a Israel” (Lucas 1,66.80).

Celebramos, hoje, com toda a Igreja, o nascimento de João Batista, o filho de Zacarias e Isabel, esse casal estéril, idoso, mas temente a Deus, consagrado e entregue ao amor divino. Por isso, Deus os abençoou e permitiu a fecundidade mesmo em idade avançada. Mesmo que a condição genética não fosse a melhor, eles conceberam um filho e este foi consagrado ao Senhor Nosso Deus.
É Jesus quem vai nos dizer: “Entre os nascidos de mulher não houve ninguém maior do que João Batista; contudo, o menor no Reino dos Céus será maior do que ele” (Mateus 11,11). Por que João é maior? Por causa da sua humildade, da vida discreta e humilde que ele vivia. É João quem dizia: “Convém que ele cresça e eu diminua”. João veio antes para preparar os caminhos para o Senhor, para abrir as portas para que Ele passasse, mas para ele nenhuma glória, nenhum reconhecimento humano. João era um homem despojado, penitente; ele penitenciava o seu coração, para não ser levado pelo gosto das vaidades.
Ao longo da vida, vamos crescendo e nos tornando pessoas vaidosas. A nossa vaidade já começa no ventre de nossa mãe. Nossas mães nos dão muito amor e ternura, mas, muitas vezes, alimentam nossas vaidades, querem que nós sejamos as crianças mais lindas, querem que nós sejamos melhores que os outros em tantas coisas. Crescemos na vida alimentando o orgulho, o sentido da competitividade do mundo em que vivemos. Crescemos e nos deixamos ludibriar pelas vaidades do mundo.
João, o Batista, aquele que vai batizar, é para nós o exemplo da humildade, do serviço, da entrega e da abnegação por causa do Reino de Deus. João nasceu, viveu e morreu sem vaidades. Ele nasceu todo de Deus, viveu para Deus e morreu em Deus. João é para nossa sociedade, tão cercada por vaidades humanas, um referencial; nela, a humildade de coração e o despojamento se fazem necessários.
Celebremos o nascimento de João Batista. E já que se tem o costume de acender fogueiras para celebrar o nascimento de João, aproveitemos as fogueiras para queimar todos os sentimentos de vaidades humanas que estão em nosso coração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 24/06/2017

HOMILIA DIÁRIA

Consagremos nossas crianças na graça de Deus

“Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho (Lucas 1,57).

Temos a graça de, com muita alegria, celebrarmos, hoje, o nascimento do filho de Isabel e Zacarias. O nascimento de João Batista representa um momento crucial para a história da salvação. João vai ser o último dos profetas do Antigo Testamento e o primeiro dos profetas do tempo da graça.
O precursor do Messias, aquele que vem preparar os caminhos de Jesus, é para nós sinal de luz e graça da presença amorosa de Deus no meio de nós.
Primeiro, toda vida significa graça e luz, todo nascimento, todo filho concebido é graça de Deus. Por isso, a primeira coisa que nos chama a atenção, hoje, é como devemos olhar com amor cada criança que está no ventre da sua mãe.
Isabel não podia engravidar, pois era estéril e estava em idade avançada. Às vezes, olho para mães desesperadas, desesperançosas, porque, por alguns motivos, também não podem engravidar.
Tenho de dizer não só para as mães, mas para os casais: vivam na serenidade da alma, e qualquer infertilidade entregue para Deus. Tenho orado para muitas mulheres alcançarem a gravidez, mas digo que só damos fruto na vida quando conseguimos vencer a ansiedade.
Com a ansiedade não alcançamos nada, e digo mais: o fruto não será tão saboroso quando ele vem da ansiedade da alma e do coração.

Consagremos nossas crianças, permitamos que elas sejam santificadas já no ventre de suas mães

Como se vence a ansiedade? Pela fé, pela confiança e jamais pelo desespero. Não estou me referindo somente à gravidez, mas a tantas outras coisas da nossa própria vida que não alcançamos, os frutos no trabalho e as coisas que realizamos, porque somos movidos pela ansiedade.
Segundo, não olhe para o fruto do outro: “Ela engravidou”; “Ela teve tantos filhos”. Olhe para você, ame-se como você é amada por Deus, e se alcançar a graça da gravidez pela calma, pela oração e pela confiança, bendito seja Deus. Se não é o caso, mais bendito seja Deus ainda, porque você alcançou o fruto da serenidade da alma. Se você vai adotar filhos ou adotar outro caminho na vida, entregue esse coração para Deus cuidar.
Hoje, invoco a intercessão de São João Batista por todas as mães, as que estão engravidando, as que já engravidaram, as que não conseguem engravidar, porque João veio como um sinal de Deus, e a vida é o dom maior de Deus.
Não basta engravidar e gerar filhos, é preciso cuidar desde o ventre da mãe. João foi santificado no ventre da sua mãe e já nasceu santificado.
Consagremos nossas crianças, permitamos que elas sejam santificadas já no ventre de suas mães. Louve a Deus como Zacarias louvou pelo nascimento de seu filho João Batista, porque nossos filhos precisam ser profetismo de Deus.
Toda vida nascida precisa ser profecia de Deus, para que a vida seja a grande profecia neste mundo. É preciso que amemos, cuidemos e valorizemos cada vida que vem a este mundo, para que as crianças cresçam na graça, na bênção e na proteção de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 24/06/2020

Oração Final
Pai Santo, faze-nos sóbrios, corajosos e fortes como João Batista. Que as seduções do mundo não nos vençam e que possamos nos manter fieis à Verdade, Caminho e Vida que foram vividos e ensinados pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/06/2013

Oração Final
Pai Santo, que a nossa admiração pela vida austera de João Batista nos encoraje a vencer as tentações da sociedade de consumo: o poder, o prazer e as riquezas desejados por nós sejam habitar na Tua Morada Santa em todos os dias da nossa vida, com os irmãos peregrinos que colocaste junto a nós. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/06/2014 24/06/2017

oRAÇÃO FINAl
Pai Admirável, que nos criaste, nós somos teus filhos! Neste tempo em que o medo, a incerteza e – apesar dos alertas da Natureza –, a sedução do consumismo nos envolvem, enfraquecendo a nossa Boa Vontade, nós Te pedimos que a lembrança de João Batista nos inspire e dê coragem para renovar a cada dia nossa opção pelo teu Reino de Amor. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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