quinta-feira, 22 de abril de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 22/04/2021

ANO B


Jo 6,44-51

Comentário do Evangelho

Para que o mundo tenha vida em plenitude.

Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança. Enquanto criaturas de Deus, cada um possui em si mesmo algo que o faz tender para ele. Esse dinamismo não suplanta a liberdade do ser humano, pois o homem pode resistir à atração de Deus, como pode, livremente, ceder a essa mesma atração. Por essa inclinação Deus nos faz viver. É o que Deus declara no livro do profeta Jeremias: “Com amor eterno eu te amei, por isso te atraí” (31,3). O Pai que nos amou primeiro é quem nos coloca no seguimento do seu Filho. Realiza a vontade de Deus quem aceita Jesus como enviado de Deus e permanece com ele. Na releitura cristã do Antigo Testamento, o maná era, como já dissemos, somente figura do pão que Deus, agora, dá ao seu povo. Nenhum alimento pode livrar quem quer que seja da morte. Somente o pão descido do céu é que livra da morte. O pão descido do céu é a carne de Jesus, isto é, a sua existência histórica e terrena, sua vida entregue para que o mundo tenha vida em plenitude. Ressuscitado dos mortos, o Senhor nos livra da morte eterna.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de docilidade ao Pai, reforça minha disposição para acolher os ensinamentos divinos e colocar-me, resolutamente, na busca do Ressuscitado.
Fonte: Paulinas em 08/05/2014

Vivendo a Palavra

Jesus recorre à parábola do pão para que cheguemos mais perto do seu Mistério. Ele não é mais apenas o maná, mas o Pão da Vida. Assim como o nosso corpo absorve o pão que comemos, devemos nos deixar encharcar pelo Cristo – Caminho, Verdade e Vida – enviado pelo Pai para caminhar conosco pelas estradas do seu Reino.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/05/2014

VIVENDO A PALAVRA

Não apenas hoje, mas em todos os dias da minha vida eu desejo ouvir novamente estas palavras Jesus. E mais do que tudo, desejo me alimentar do Pão da Vida – não pela recompensa prometida, mas para estar próximo do Mestre, ouvi-Lo, acolhê-Lo e anunciá-Lo aos que peregrinam ao meu lado com o testemunho de minha vida e o ardor de minhas palavras.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/04/2020

vIVENDO A PALAVRa

A certeza da nossa ressurreição não nos vem por méritos pessoais, mas pela misericórdia do Pai – inteiramente gratuita e imerecida! Acolhamos com alegria e gratidão, e anunciemos aos irmãos, a Boa Notícia trazida pelo Cristo Jesus: o Reino de Deus está bem perto – Ele já mora em nós – embora precise ainda ser conquistado. Convertamo-nos ao Caminho de Jesus!

Reflexão

Um dos elementos fundamentais na fé católica é o primado da graça. Se Deus não age, nós não podemos agir, nos tornamos incapazes de fazer o bem. Para nós, o bem maior é conhecer Jesus, sermos capazes de ir até ele, mas isso só é possível pela atuação da graça. Mas, se por um lado, a graça é necessária para chegarmos até Jesus, por outro lado, Deus respeita a nossa liberdade, de modo que associada à graça divina, deve estar a nossa procura de Cristo. De nada adianta a graça nos mostrar que Jesus é o Pão da vida descido do céu para ser alimento de vida eterna a todos nós, se nós não queremos vê-lo.
Fonte: CNBB em 08/05/2014

Reflexão

Pai e Filho trabalham em perfeita sintonia, com o mesmo objetivo: levar as pessoas a crer em Jesus, para que tenham vida plena. Não é possível ao ser humano alcançar diretamente a Deus; o que dele temos é uma vaga noção. Quem tem condições de nos revelar o Pai é seu Filho Jesus Cristo, que dele procede. O Pai apresenta ao mundo o Filho amado; Jesus, por sua vez, nos fala de sua origem: “Só aquele que vem de Deus é que viu o Pai”. Prosseguindo o discurso sobre o pão descido do céu, Jesus dá um passo a mais, dizendo que o pão que ele dará é sua carne. Na cultura bíblica, carne é o mesmo que pessoa humana: “O Verbo se fez carne”. Ele é o Cordeiro de Deus que vai se sacrificar por amor, morrendo na cruz. Há aqui forte alusão à Eucaristia, alimento espiritual do cristão.
Oração
Ó Jesus, que disseste: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu”, faze-nos assimilar o conteúdo profundo de tuas palavras. Com gratidão, te bendizemos porque quiseste permanecer entre nós por meio da Eucaristia: “O pão que eu vou dar é a minha carne, para que o mundo tenha a vida”. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 30/04/2020

Reflexão

O evangelista continua o discurso do “pão da vida”. O texto de hoje mostra a necessidade de escutar o Pai para se deixar atrair por ele e assim se colocar no caminho com o Filho, o qual conhece bem o Pai, pois desceu de junto dele. Jesus vem de Deus e assume a condição humana, e a humanidade pode conhecê-lo e também a seu Pai. Jesus é o pão que sustenta a vida que perdura até a eternidade, o que o maná não era capaz de fazer. O pão que Jesus nos oferece é a sua própria carne. Ele se entregou totalmente a Deus e à humanidade, derramando seu sangue, pendurado na cruz. Esgotou sua vida (carne e sangue) em favor da vida da humanidade. Esse dom da própria vida é celebrado na refeição eucarística. Pela eucaristia estabelecemos as relações entre nós e Jesus e percebemos o vínculo que une o Filho a seu Pai.
Oração
Ó Jesus, que disseste: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu”, faze-nos assimilar o conteúdo profundo de tuas palavras. Com gratidão, te bendizemos porque quiseste permanecer entre nós por meio da eucaristia: “O pão que eu vou dar é a minha carne, para que o mundo tenha a vida”. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Recadinho

Como é sua fé? - Que lugar ocupa a Eucaristia em sua vida? - O que você mais pede a Deus? - Você se dirige frequentemente a Deus? Como? - Que lugar ocupam as coisas de Deus em sua vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 08/05/2014

Comentário do Evangelho

O ENSINAMENTO DO PAI

É o Pai quem tem a iniciativa na dinâmica da fé dos cristãos. No seu amor, elege o ser humano para ser objeto de sua revelação, e o convida a aderir ao Filho Jesus. Só vai a Jesus quem é escolhido e impelido pelo Pai. Só se entrega a Jesus quem se deixa guiar pelo Pai. E tudo quanto o Pai realiza está em função de guiar a humanidade para o Filho. O ato de fé no Senhor Jesus é, portanto, indício de obediência ao ensinamento do Pai e de submissão à sua vontade.
A incredulidade configura-se como rebeldia contra o Pai. Não se trata de mera oposição a Jesus, numa atitude sem maiores conseqüências. Nem, tampouco, pode ser considerada como uma fatalidade na vida das pessoas, numa espécie de anulação de sua liberdade.
No ato de fé, está implicada a liberdade humana. Instruído pelo Pai, cabe ao ser humano acolher ou não a instrução recebida. Se a acolhe, sem dúvida será capaz de reconhecer em Jesus o enviado do Pai. Se a rejeita, não somente se tornará um adversário do Filho, mas também do Pai. Não é possível acolher a moção do Pai, mas fechar-se para o Filho. Ou seja, não dá para ficar no meio do caminho. Quem recebeu o ensinamento do Pai, necessariamente, irá a Jesus.
Oração
Espírito de docilidade ao Pai, reforça minha disposição para acolher os ensinamentos divinos e colocar-me, resolutamente, na busca do Ressuscitado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus eterno e onipotente, que nestes dias vos mostrais tão generoso, dai-nos sentir mais de perto o vosso amor paterno para que, libertados das trevas do erro, sigamos com firmeza a luz da verdade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 08/05/2014

Meditando o evangelho

ATRAÍDOS PELO PAI

A acolhida de Jesus na fé é obra do Pai no coração do discípulo. Por isso, Jesus proclamava: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai". A salvação acontece neste processo de inter-relação que abrange o Pai, o Filho e o discípulo.
É possível descrever esta dinâmica do discipulado. Quem se predispõe a ser discípulo deve ter suficiente boa vontade a ponto de fazer-se sensível à moção de Deus que o convoca a deixar de lado o egoísmo e a abrir-se para o amor. O primeiro passo consistirá em escutar o apelo de Deus que o interpela a assumir um novo projeto de vida. O passo seguinte será a firme decisão de deixar-se mover e conduzir pela graça, dispondo-se a trilhar os caminhos que lhe serão apresentados, sem colocar dificuldades. Disto resultará o encontro com Jesus, encarnação do amor do Pai na história humana, e a conseqüente transformação da própria vida. Assim, cabe ao discípulo cooperar com o Pai nesta obra de encontro com Jesus e não tomar iniciativa por conta própria.
Esta é a forma pela qual a humanidade continua a ser instruída pelo Pai. Daí a necessidade de ouvir o Filho e tornar-se seu imitador. É a melhor forma de deixar-se interpelar pela Palavra de Deus e ser guiado por ela.
Em suma, deixado à própria sorte, o discípulo jamais encontrará o caminho para Deus. A missão de Jesus é ajudá-lo nesta tarefa.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que eu seja movido por ti, no processo de encontro com Jesus, para que, tendo-o encontrado, ele me instrua sempre mais a respeito de ti.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Só Aquele que vem de Deus é que viu o Pai...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Confesso que quando vou a algum lugar desconhecido mesmo com GPS acabo me perdendo, normalmente porque há outros caminhos e modos de se chegar a este lugar, e o que temos de fazer é ver qual é o melhor caminho, o mais curto e fácil... Mas já conheci lugares que só há um caminho de acesso, os demais caminhos passam por perto, mas não dão acesso ao lugar. O acesso do homem a Deus tem um único e Verdadeiro caminho: Jesus Cristo! É único e verdadeiro por uma razão muito simples: Só Ele veio de Deus, Só Ele viu o Pai, todas as demais definições sobre Deus - Pai, não merecem confiança e crédito, e usando uma linguagem bem de hoje, apenas a Revelação de Jesus sobre o Pai têm o certificado de garantia e autenticidade, o resto é imitação grotesca, se a Revelação não for cristã, não merece nenhum crédito.
É o próprio Pai que atrai a todos os homens, e esta atração é Jesus Cristo. Muitos existem que querem inventar um Deus diferente do Deus Cristão, principalmente na pós modernidade, tentando adequar Deus ao consumismo, um Deus que satisfaz plenamente o Cliente, em certas igrejas que asseguram ter entre seus ministros os Porta-Vozes Oficiais da Vontade Divina, e ainda usam Jesus Cristo, que nas mãos desses gananciosos torna-se apenas um garoto propaganda da Fé.
E o que faz Jesus Cristo, único caminho, único acesso para se chegar ao Pai? Fecha-se em uma comunhão egoísta na Vida de Deus, deixando os homens a incumbência de descobrirem por si só esse caminho? Não, de modo algum! E aqui está o Amor Divino em toda sua magnitude...
Jesus não é só o caminho, ele nos ajuda a caminhar, Jesus não é só a Verdade, ele nos ajuda a encontra-la, Jesus não é só a Vida, ele nos possibilita termos essa Vida, por isso se faz Pão, se dá e se entrega a cada Homem que Nele professa a sua Fé.
E o Pão enquanto alimento, se transforma em parte do nosso ser, e daí podemos experimenta-lo e senti-lo em nós, e cada vez mais por ele próprio, alimentados e maduros em nossa Fé, vamos nos configurando a Ele, vivendo assim mergulhados na Vida de Deus e ao mesmo tempo permitindo que Deus mergulhe em nós...
E assim, aquele que é eterno penetra no mortal, e aquele que é mortal, penetra no que é Eterno e ganha a Vida Eterna para sempre.

2. O pão que eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo - Jo 6,44-51
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus afirmou com insistência: “Eu sou o Pão da Vida. Aqui está o Pão que desce do céu. Eu sou o Pão vivo que desceu do céu”. Jesus se compara com o pão que comemos como alimento. Hoje o ouvimos dizer que o pão que ele dará é a sua carne, entregue pela vida do mundo. Ele está falando de alguma coisa que ainda vai acontecer. “O pão que eu darei” no futuro, na última ceia e na cruz. Este pão é a carne de Jesus, seu corpo, entregue à morte de cruz para que o mundo tenha vida. Não se trata evidentemente de um gesto puramente ritual e menos ainda de um comer físico. Trata-se de um ato de fé consciente e de um amor ativo que unem a nossa vida à vida de Jesus.
Trata-se de uma nova criatura alimentada com um novo alimento para a vida do mundo. Trata-se da presença real de Jesus nas espécies consagradas de pão e vinho. Se ele está realmente presente, alguma coisa acontece. Sua simples presença é significativa e transformadora. Assim será a nossa, alimentados por ele. Seremos presença simples, significativa e transformadora no meio do mundo em que vivemos.
Fonte: NPD Brasil em 30/04/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Fé: um chamado especial de Deus.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Para ser um Médico, é preciso a pessoa querer, fazer os estudos básicos e depois a Faculdade especializando na área em que se quer, depende unicamente da pessoa, sua vontade e seu empenho nesse sentido. O mesmo se diga de qualquer profissão quando se faz o discernimento vocacional, e depois vai se aprimorando no caminho que se escolheu. Mas para ser um Homem ou Mulher de Fé, nada há que o ser humano possa fazer. Não depende da sua vontade e nem da sua decisão, a Fé é um chamado pessoal que Deus nos faz. Ninguém pode vir a Jesus se o Pai que o enviou, não atrair a pessoa. A iniciativa é sempre de Deus.
Entretanto, pelo Batismo Deus chama as pessoas a viverem a Fé que recebem como Dom no dia do Batismo. Mas então o que compete ao homem? Quando se fala em atração, não é como a Jiboia que atrai a sua presa com o olhar, hipnotizando e tirando dela toda liberdade, Deus não exerce sobre nós uma atração fatal, isso é, para se viver a Fé é preciso acolhê-la e consentir, dando assim uma resposta positiva ao chamado Divino. Deus manifestado em Jesus Cristo nos propõe vivermos segundo a Fé, a decisão é só nossa. Também não dá para pegar uma “carona” na Fé do “outro” com quem convivo. Ter Fé e celebra-la é crer na Vida Eterna, naquela Vida após a morte, que em Cristo Jesus já está presente em nossa vida.
Mas mesmo esta Fé, enquanto Dom Divino, precisa ser alimentada. As vezes na Comunidade, colocamos a motivação de nossa Fé em algumas pessoas, que julgamos especiais, santas e ungidas, seja lá um sacerdote, um Diácono, um Ministro, um coordenador de grupo ou pastoral. Um belo dia descobrimos que essa pessoa não é tão boa como pensamos, é bastante imperfeita e pecadora. E a nossa Fé vai por água abaixo. Quantos casos assim já testemunhei. Isso ocorre porque nos iludimos achando que algumas pessoas têm um canal exclusivo com a Trindade Santa e o Espírito Santo.
Os pregadores da Palavra, que fazem homilia ou palestras evangelizadoras, devem pensar sempre como João Batista “É preciso que ele cresça e eu desapareça”, Anunciar e falar somente de Jesus, ser apenas uma voz que clama no deserto e não colocar-se como exemplo a ser seguido, não exaltar a sua espiritualidade e o seu trabalho missionário, para que as pessoas o admirem, não apresentar-se como pessoas de oração poderosa, diante da qual Deus se curva para fazer a “sua” Vontade.
Conheci um tipo assim, que ao final da palestra dava seu cartãozinho para quem quisesse oração diante de alguma necessidade: Era tiro e queda! Infelizmente perdeu-se na Vida levando uma Fé fantasiosa demais, e quando veio as tribulações abandonou tudo, Igreja, Fé, Movimento, e os irmãos e irmãs, para quem era um modelo de vida.
Então quem é o único Mediador? Aquele que viu Deus e desceu do Céu para revela-lo aos homens? Jesus Cristo, o único e Verdadeiro. Ele é o pão que nos sustenta em nossas fraquezas, é o alimento que nos preenche e nos sacia, conduzindo-nos muito além do ponto final da existência humana que é a morte. Só Jesus e ninguém mais. O evangelho de hoje é um convite a migrarmos da Fé popular e Devocionista a uma Fé bem mais consistente que age em Cristo, por Cristo em Cristo, empenhando-se ao máximo naquilo que faz, porém com a consciência de que os resultados são frutos da pura Graça Divina, operante e santificante.

2. Eu sou o pão vivo que desceu do céu - Jo 6,44-51
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus é o pão vivo que desceu do céu. “Quem come deste pão viverá eternamente.” Ele é garantia da glória que esperamos. Dele nos alimentamos comungando na Santa Missa. Na Missa dominical, o Senhor continua sendo oferecido como vítima de sacrifício para a redenção do mundo. Quando a vítima era um cordeiro, de sua carne comiam os sacerdotes e os ofertantes. Alimentar-se da vítima sacrificada era sinal de íntima participação no sacrifício. Jesus é a vítima oferecida na mesa do altar. Refeição na mesma mesa é sinal de amizade. Quem come sua carne e bebe o seu sangue une-se intimamente a ele. A palavra “hóstia” significa “vítima”. Recebendo a hóstia entramos em íntima comunhão com Jesus, morto e ressuscitado. O pão que comemos na mesa do altar é o pão da vida, é o pão que nos mantém vivos. Quem está vivo se movimenta. A palavra “Missa” tem o significado de “envio”. Terminada a Missa, somos todos enviados ao mundo. Entramos em movimento, fortificados pelo alimento recebido, com força suficiente para carregar o irmão prostrado que encontraremos no caminho.

HOMILIA DIÁRIA

Jesus Cristo é a vitória de Deus em nossa vida!

Jesus Cristo nos reanima e nos dá ânimo novo e vida nova. Depositemos n’Ele a nossa esperança e a nossa confiança, porque Jesus é a vitória de Deus em nossa vida!

”Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo” (João 6, 51).

Jesus continua a nos ensinar o que acontece ou o que aconteceu com aqueles que se alimentam apenas do pão da terra, o pão francês, o pão da padaria, o pão que comemos todos os dias. Os nossos pais comeram o maná no deserto e, depois, morreram, desfaleceram e desanimaram, mas quem come deste pão (cf. Jo 6, 51 b) e se sacia deste pão tem a vida eterna!
Sabem, meu irmãos, hoje, eu gostaria de pegar um outro aspecto do sentido dessa vida que Jesus vem dar a nós: Porque o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo” (cf. João 6, 51), porque, quando nós nos saciamos dessa presença de Jesus entre nós, até aquilo que dentro de nós parece estar morto, adormecido, sem sentido e  tudo aquilo que dentro de nós se encontra sem motivação e sem perspectiva: “Por onde vou andar? O que eu vou fazer?”, Jesus reanima, dá um ânimo novo, dá uma vida nova. Cristo ressuscita ou suscita o novo de Deus em nós!
A cada dia nós precisamos encontrar um sentido para a nossa vida, a cada dia nós precisamos respirar, precisamos nos inspirar, nós precisamos ir para a frente, adiante e, muitas vezes, nos encontramos sem alento e desanimados. E quando o sentimento do fracasso toma conta de nós ou o medo se apodera da nossa vida e do nosso coração, nós até dizemos: ”Eu não vai dar conta! Isso não vai dar certo! Eu não vou conseguir!”.
Mas quando Jesus se apodera de nós, até podemos passar por dificuldades e ser vencidos e apanhar da vida, no entanto, a vida não nos derrota, porque a vida já foi vencida, a morte já foi derrotada e a vida se tornou vitoriosa n’Ele. Então a nossa vida começa a ser plena porque o Senhor Jesus está em nós e, por isso, a Sua Carne é, para nós, a vitória da vida, por isso a Sua Carne é para nós a certeza da vitória plena.
Depositemos n’Ele a nossa esperança e a nossa confiança, porque Jesus é a vitória de Deus em nossa vida!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Jesus é o pão da nossa vida

“Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo” (João 6,51).

Quando me aproximo de Jesus, quando toco no corpo de Jesus, é a carne d’Ele que nos foi dada. E onde Ele nos deu a Sua carne? Foi no alto da cruz, entregando o Seu corpo pregado nela.
Para alguns, a morte de Jesus seria um espetáculo, mas para nós é a salvação. Por isso, a Eucaristia é para nós o Calvário, mas não o Calvário que nos dá a morte, mas sim o que nos dá a vida e nos alimenta.
Quando olhamos para Jesus crucificado, do Seu lado aberto, sangue e água jorram; este é o modo como Deus nos alimenta. Ele nos alimenta com o Seu sangue – e o sangue é a vida da pessoa, é assim a compreensão judaica do sentido do sangue.
Jesus não nos dá sangue de animais, Ele nos dá o Seu próprio sangue para nos alimentar, Ele nos dá a Sua própria carne para ser o nosso alimento. Que bênção, porque, se perecemos inquietos e preocupados com o alimento da terra, Deus não se preocupa, porque Ele próprio se torna o nosso alimento, Ele próprio nos alimenta com a Sua carne e o Seu sangue.
Alimentemo-nos de Jesus, da Sua presença no meio de nós. Alimentemo-nos com o Pão vivo.

Só quem nos dá vida é Ele, o Pão da vida: Jesus

O pão que comemos na nossa mesa não tem vida, é um pão passivo; nós o comemos, saciamo-nos, mas ele não nos dá a vida. Até ficamos mais tempo de pé, porque nos alimentamos, mas pereceremos do mesmo jeito.
Quando Jesus diz que é o Pão vivo, é porque Ele nos dá a vida, d’Ele brota a vida, e a nossa vida se torna mais viva, intensa, verdadeira, autêntica e, acima de tudo, divina e sagrada, torna-se a vida em Deus, porque somos alimentados pelo próprio corpo de Deus.
Os nossos pais comeram o maná no deserto e morreram, nós também comeremos o pão de cada dia da padaria, do mercado e vamos morrer, vamos perecer. Mas quem d’Ele se alimenta jamais há de morrer e perecer, porque o Seu pão é carne para dar vida ao mundo, e o mundo está carecendo e perecendo por falta de vida. O mundo está desfalecendo, porque todas as coisas que inventaram, as mais modernas tecnologias até facilitaram a nossa vida, mas não nos dão vida. Só quem nos dá vida é Ele, o Pão da vida: Jesus.
Não desviemos o foco! As outras coisas nos atraem e nos roubam a atenção, mas só Jesus nos dá a salvação, por isso não tiremos d’Ele o nosso coração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 30/04/2020

Oração Final
Pai Santo, tua misericórdia excede nossa capacidade de compreensão. Mas, Pai amado, mesmo sem alcançar plenamente o teu Mistério, ensina-nos a ser agradecidos e dispostos a testemunhar com entusiasmo o teu gesto de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/05/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai amado, o mundo tenta nos seduzir com seus brilhos e promessas fugazes e enganosos. Dá-nos discernimento e força para nos mantermos centrados no Mistério Amoroso do Pão Eucarístico, fazendo dele o eixo da nossa existência, sempre atentos e cuidadosos com os peregrinos desta terra que estão ao nosso lado. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/04/2020

oRAÇÃO FINAl
Pai nosso, que desejamos honrar e amar, o vento bom que vem do nosso futuro de Paz junto a Ti mantém nossa Esperança. A certeza da Libertação justifica a Alegria e a Gratidão sentidas enquanto caminhamos nesta terra abençoada, desde agora saboreando os sinais do teu Amor Inefável de Pai que tem afeto materno. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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