ANO B
Jo 5,31-47
Comentário do Evangelho
As obras dão testemunho de Jesus
Como é habitual no evangelho segundo João, os temas desenvolvidos nesse trecho do discurso de Jesus já se encontram no prólogo e serão desenvolvidos ao longo de todo o evangelho. As obras de Jesus têm um caráter de sinal; se compreendidas como tal, elas conduzem a Deus. Por isso, as obras dão testemunho de Jesus, pois nelas se revela o desígnio salvífico de Deus. Mas não somente isso, pois a força do testemunho em favor de Jesus vem do Pai. A vontade do Pai está na origem e sustenta a missão de Jesus. Sendo assim, não basta simplesmente escutar Jesus, é preciso deixar-se iluminar e habitar por sua Palavra. A razão, de fato, da resistência dos judeus com relação a Jesus é a falta de fé em Deus (cf. vv. 37-38), e a falta de compreensão do verdadeiro sentido da Escritura (cf. v. 39). Toda a Escritura se destina e encontra seu sentido em Jesus Cristo (cf. v. 45-47). O fechamento nos próprios interesses e o desejo de honras mundanas (cf. v. 44) impedem os opositores de Jesus de reconhecerem que a vida de Deus “in-habita” em Jesus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me suficiente inteligência para descobrir, no testemunho de Jesus, sua condição de Filho enviado por ti, para a nossa salvação.
Fonte: Paulinas em 03/04/2014
Vivendo a Palavra
Para os filhos de Israel, o Pai dava testemunho do Filho através das obras que realizava. Para nós, o sinal é a sua ressurreição. Crer que o Pai está no Filho, o Filho está no Pai e os dois estão em nós é o caminho seguro para desde agora vivermos os sinais da Vida Eterna, que um dia será plena, no Reino de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/04/2014
VIVENDO A PALAVRA
Para os filhos de Israel, o Pai dava testemunho do Filho através das obras que realizava. Para nós, o sinal definitivo é a sua ressurreição. Crer que o Pai está no Filho, o Filho está no Pai e os dois estão em nós é o caminho seguro para, desde agora, vivermos os sinais da Vida Eterna, que um dia será plena, no Reino do nosso tão amado Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/03/2020
VIVENDO A PALAVRA
Nós queremos conhecer Jesus! «As Escrituras dão testemunho de Mim», Ele nos disse. Elas são o caminho privilegiado para nosso encontro pessoal com o Mestre. A partir desse encontro, cheios de gratidão e encantamento, passamos a ser discípulos missionários de sua Igreja, testemunhas vivas da Presença em nós do Reino do Pai Misericordioso.
Reflexão
Ninguém aceita gratuitamente algo como sendo verdadeiro. Só acreditamos que algo é verdadeiro quando temos um fundamento para isso. Assim as pessoas agem em relação a Jesus, exigem uma garantia de verdade a respeito de tudo o que ele fala para que creiam nela. Isso acontece em primeiro lugar porque não acreditam no amor e na ação do próprio Deus na vida das pessoas. Também acontece porque não são capazes de encontrar nas Sagradas Escrituras o testemunho de Jesus e de suas obras. Somente quem se abre a Deus e à sua revelação reconhece a verdade em Jesus.
Fonte: CNBB em 03/04/2014
Reflexão
As autoridades religiosas pedem um testemunho que garanta a missão de Jesus. Testemunho em causa própria não vale. Testemunhos a favor de Jesus não faltam: João Batista é seu precursor e o aponta como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”; as obras que Jesus realiza são as que o Pai lhe concede realizar; o próprio Pai dá testemunho de seu Filho Jesus (“Este é o meu Filho amado…”); enfim, as Escrituras, em particular Moisés, dão testemunho de Jesus. Mesmo diante de tantos testemunhos, seus adversários não se rendem. Têm os olhos vendados e os ouvidos tapados para a verdade. Fechados em seu mundo, contentam-se com os elogios recíprocos e dão testemunho em seu próprio benefício. Não aceitam Jesus, de quem vão se distanciando cada vez mais.
Oração
Ó Jesus, nosso Mestre, muitos conterrâneos teus não reconhecem que foste enviado pelo Pai e que realizas as obras que o Pai te concedeu realizar. Tu os censuras pela dureza de coração. Senhor, faze-nos compreender as Escrituras e reconhecer que és o Filho de Deus. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 26/03/2020
Reflexão
Jesus continua esclarecendo a polêmica provocada pela cura do doente em dia de sábado. O Mestre continua defendendo sua ação e não se limita à autodefesa, mas apresenta quatro testemunhas em seu favor: o Pai, o Batista, as obras e a Escritura. Contra seus adversários, Jesus apresenta essas testemunhas que confirmam e aprovam sua prática libertadora. Um coração fechado ao amor de Deus não consegue se abrir para acolher Jesus e o seu projeto. Quando o amor e a verdade de Deus não estão em nós e quando procuramos a nossa própria glória, e não a de Deus, dificilmente conseguiremos ver a ação de Deus em Jesus, preferindo as trevas à luz. A comunidade que quiser ser testemunha fi el de Jesus terá de assumir sua proposta de vida e ação. Só a fé nos leva a ver em Jesus e nas pessoas o rosto de Deus.
Oração
Ó Jesus, nosso Mestre, muitos conterrâneos teus não reconhecem que foste enviado pelo Pai e que realizas as obras que o Pai te concedeu realizar. Tu os censuras pela dureza de coração. Senhor, faze-nos compreender as Escrituras e reconhecer que és o Filho de Deus. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Recadinho
As obras que faço dão testemunho da ação de Deus em mim? - Busco na Bíblia inspiração para dar testemunho da presença de Deus? - Como falo de Deus? Com exemplos ou com palavras? Ou com ambas? - Como a sociedade reconhece que sou cristão? - Agradeça a Deus o dom de ser membro vivo e ativo na Igreja.
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 03/04/2014
Comentário do Evangelho
VIM EM NOME DO MEU PAI
No confronto com os seus adversários, Jesus explicitou sua relação com o Pai. O tempo mostraria que suas palavras foram insuficientes para convencê-los. A revelação de Jesus exigia mentes e corações abertos, capazes de acolher a novidade que lhes era comunicada. Entretanto, a dureza de coração de seus inimigos levava-os a um ódio sempre crescente contra ele. Por conseguinte, o esforço de Jesus tinha um efeito contrário ao que ele desejava. Ao invés de gerar acolhida, provocava rejeição.
O testemunho em favor de Jesus provinha do Pai. Logo, suas palavras e sua ação estavam bem respaldadas. Não dependiam desta ou daquela instituição, nem de pessoa alguma. As obras realizadas por Jesus também depunham em seu favor. Por seu próprio conteúdo, revelavam a identidade dele, pois visavam proporcionar vida abundante para toda a humanidade. Também as Escrituras, quando lidas de maneira conveniente, davam testemunho dele. Elas apontavam para Jesus, cujo ministério situava-se no contexto da revelação de Deus.
Jesus detectou a raiz da rejeição a seu respeito, num certo espírito mundano que corroia o coração dos adversários, os quais buscavam a glória de si mesmos, não a do Pai. Se estivessem mais em comunhão com Deus, e menos preocupados em defender seus esquemas, sem dúvida chegariam a perceber quem era Jesus.
Oração
Pai, dá-me suficiente inteligência para descobrir, no testemunho de Jesus, sua condição de Filho enviado por ti, para a nossa salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Nós vos pedimos, ó Deus de bondade, que, corrigidos pela penitência e renovados pelas boas obras, possamos perseverar nos vossos mandamentos e chegar purificados às festas pascais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 03/04/2014
Meditando o evangelho
O PAI DÁ TESTEMUNHO DE JESUS
O sentimento de pertença ao Pai e a consciência de tê-lo a seu favor eram fundamentais na vida de Jesus. Afinal, ele não tinha nenhuma instituição a quem apelar para justificar sua ação. Não pertencia a nenhum dos partidos religiosos da época. Não era de família sacerdotal. Nem se apresentava com o título de rabi. Falando em termos humanos, Jesus era totalmente independente. Por conseguinte, seus inimigos não sabiam como classificá-lo e careciam de pistas para interpretar seu modo de proceder.
Na perspectiva do Filho de Deus, tudo se passava de maneira diferente. Ele tinha consciência de contar com o apoio do Pai em tudo quanto fazia. Por fidelidade a ele, sentia-se movido a ir adiante, sem retroceder, dispensando o reconhecimento e a glória do mundo. Bastava o que lhe era oferecido pelo Pai.
Todavia, Jesus não se prevaleceu de sua condição de enviado. A fidelidade ao querer do Pai norteou seu agir. Nada mais lhe interessava, senão ser reconhecido como fiel pelo Pai.
Apesar das adversidades, sentia-se motivado a seguir adiante. Além do Pai, as Escrituras também o apoiavam. Nelas encontrava luzes que justificavam o rumo dado à sua vida. E não tinha dúvida de estar no caminho certo. Ele não corria o risco de agir como um impostor, que evoca Deus para, no fundo, impor sua vontade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, creio que o Pai testemunha a teu favor, e quero também colocar-me do teu lado.
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. As Testemunhas Fiéis...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
As comunidades Joaninas e a comunidade Judaica estavam sempre em conflito por causa de Jesus. A rejeição por Jesus, da parte do Judaísmo era algo definitivo e sem chances de uma abertura ao novo através do diálogo. O anúncio do Evangelho supõe do ouvinte uma abertura ao diálogo.
O evangelho de hoje apresenta três fontes importantes sobre as quais estava fundamentada a Fé cristã por aqueles tempos, o testemunho de João Batista sobre Jesus, o Pai de Jesus que realizou obras e falou Nele á toda humanidade, e a escritura que sempre trouxe em si, mesmo na escritura antiga, imagens prefiguradas de Jesus.
O evangelista projeta no passado essa rejeição a Jesus Cristo, lembrando-se de sua injusta condenação onde às falsas testemunhas tiveram credibilidade diante do Sinédrio, que desprezou essas fontes fidedignas sobre Jesus, preferindo acreditar em uma mentira.
Pode-se pois, aqui compreender que o Judaísmo tradicional e ultra conservador fazia uma releitura equivocada do Antigo Testamento. Eles não conseguiam ver nenhuma relação entre Jesus e o Deus da Antiga Aliança. Houve até mesmo uma heresia que falava em dois deuses, um do antigo testamento e um do Novo Testamento.
Entretanto, muito mais do que essa releitura equivocada das escrituras antigas, na realidade o Judaísmo tradicional não queria mudanças no modo de pensar e nas normas e preceitos antigos, principalmente porque iriam perder alguns privilégios conquistados na estrutura da Religião tradicional. A Divindade de Jesus é confirmada pelo Pai nas obras que Ele faz, curas, libertação de pessoas possessas do mal, ressurreição de mortos. Eram sinais mais que evidentes da Divindade de Cristo.
Podemos hoje cometer esse mesmo pecado, quando temos medo de dialogar com o mundo, como determina o Concílio Vaticano II, quando preferimos a prática tradicional de ser Igreja, usando ainda métodos arcaicos de evangelização, que não estão convencendo. Quando nas pastorais buscamos aquelas que nos dão ostentação e status, menosprezando as pastorais sociais que é imagem da Igreja da Caridade.
Lideranças religiosas e lideranças pastorais que se fecham em uma religião cheirando a mofo, querendo impor ao mundo sua prática religiosa e seu modo de pensar. É bem provável que no fundo estejam defendendo algumas conveniências e interesses particulares e para isso, muitas vezes usam Dogmas e Doutrinas, exatamente como fazia a comunidade judaica primitiva.
2. As obras que eu faço dão testemunho de mim, pois mostram que o Pai me enviou - Jo 5,31-47
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
As obras que o Pai lhe concedeu realizar dão testemunho em favor de Jesus. O testemunho é completo e perfeito. A fé também deve ser completa e perfeita.
Fonte: NPD Brasil em 26/03/2020
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. As Testemunhas Fiéis...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
As comunidades Joaninas e a comunidade Judaica estavam sempre em conflito por causa de Jesus. A rejeição por Jesus, da parte do Judaísmo era algo definitivo e sem chances de uma abertura ao novo, aquela novidade trazida por Jesus.
O evangelho de hoje apresenta três fontes importantes sobre as quais estava fundamentada a Fé cristã por aqueles tempos, o testemunho de João Batista sobre Jesus, o Pai de Jesus que realizou obras e falou Nele á toda humanidade, e a escritura que sempre trouxe em si, mesmo na escritura antiga, elementos cristológicos que não deixavam dúvidas sobre a Filiação Divina de Jesus.
O evangelista projeta no passado essa rejeição a Jesus Cristo, lembrando de sua injusta condenação onde as falsas testemunhas tiveram credibilidade diante do Sinédrio, que desprezou essas fontes fidedignas sobre Jesus, preferindo acreditar em uma mentira. Podemos aqui compreender que o Judaísmo tradicional e ultraconservador fazia uma releitura equivocada do Antigo Testamento e não conseguiam ver nenhuma relação entre Jesus e o Deus da Antiga Aliança. Houve até mesmo uma heresia que falava em dois deuses, um do antigo testamento e um do Novo Testamento.
Entretanto, muito mais do que essa releitura equivocada das escrituras antigas, na realidade o Judaísmo tradicional não queria mudanças no modo de pensar e nas normas e preceitos antigos, principalmente porque iriam perder alguns privilégios conquistados na estrutura da Religião tradicional.
Podemos hoje cometer esse mesmo pecado, quando temos medo de dialogar com o mundo, como determina o Concílio Vaticano II, quando preferimos a prática tradicional de ser Igreja, usando ainda métodos arcaicos de evangelização, que não estão convencendo.
Lideranças religiosas e lideranças pastorais que se fecham em uma religião cheirando a mofo, querendo impor ao mundo sua prática religiosa e seu modo de pensar, é bem provável que no fundo estejam defendendo algumas conveniências e interesses particulares e para isso, muitas vezes usam Dogmas e Doutrinas, exatamente como fazia a comunidade judaica primitiva.
2. As obras que eu faço dão testemunho de mim, pois mostram que o Pai me enviou - Jo 5,31-47
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Abrir o Evangelho, ouvir bem o que Jesus diz, prestar atenção ao seu modo de viver e às obras que ele faz, para ser em nosso tempo como ele foi no seu.
HOMILIA
JESUS É A ÚLTIMA PALAVRA DO PAI
Assim como hoje, existiam no tempo de Jesus, pessoas que ouviram seus ensinamentos, presenciaram seus milagres, mas mesmo assim tinham dúvidas. E eram judeus, como Jesus! Hoje, eles não acreditam que Jesus é, de fato, o Filho de Deus. E continuam esperando a primeira vinda do Messias Salvador, anunciado pelos profetas do Antigo Testamento. Também existem muitos não-judeus, que não acreditam que Jesus é o Filho de Deus, e nem acreditam em seu poder. Se você é uma destas pessoas, no Evangelho de hoje Jesus fala diretamente para você!
Jesus cita dois profetas famosos e conhecidos de todos, na época: João Batista e Moisés. Os dois vieram para anunciar a vinda do Messias Salvador. Pois bem, Jesus se apresenta como esse Messias! Quem não acreditar nesses dois profetas, também não acreditará em Jesus. Eles dão testemunho de Jesus. Mas o maior testemunho de Jesus é o próprio Pai, que lhe enviou. Mas quem de vocês já ouviu a voz de Deus? Deus não fala da forma que conhecemos. Deus fala através dos milagres que Jesus realizou e realiza ainda hoje, para quem lhe pede.
Mas no Evangelho de hoje, Jesus não se dirige aos desentendidos. Ele se dirige àqueles que estudam a Bíblia, mas que mesmo assim não acreditam que Ele é o Filho de Deus! E afirma categoricamente: "Mas eu sei que não tendes em vós o amor de Deus." Ou seja, quem não consegue enxergar os milagres realizados por Jesus como sendo obras de Deus Seu Pai, é porque tem o coração endurecido. E num coração endurecido não existe o Amor. E se Deus é Amor, então essa pessoa não tem o Amor de Deus. Essa é a pior tristeza que um ser humano pode ter na vida: a falta do Amor que vem de Deus.
Há uma "sabedoria de Deus, misteriosa e oculta, que, desde antes dos séculos, Deus antecipadamente nos destinou". Esta sabedoria de Deus é Cristo; Ele é "poder de Deus e sabedoria de Deus". No Filho, com efeito, "encontram-se escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento"; oculto no mistério, destinado previamente, desde antes dos séculos, Ele é o que foi predestinado e prefigurado na Lei e nos profetas. Por isso, os profetas tinham o nome de "videntes"; viam Aquele que estava escondido e desconhecido dos outros. Também Abraão "viu o seu dia e rejubilou". Para Ezequiel, os céus abriram-se, enquanto para o povo pecador permaneciam cerrados. "Retirai o véu de cima dos meus olhos, diz David, e contemplarei as maravilhas da vossa lei". Na verdade, a lei é espiritual e, para compreendê-la, é preciso que seja "afastado o véu" e que "a glória de Deus seja contemplada de rosto descoberto". No Apocalipse, mostra-se um livro fechado com sete selos. Quantos homens hoje, que se pretendem instruídos, têm nas mãos um Livro selado! São incapazes de o abrir, a menos que seja aberto por "Aquele que tem a chave de David; se Ele abrir, ninguém o fechará e, se Ele fechar, ninguém o abrirá". Nos Atos dos Apóstolos, o eunuco lia o profeta Isaías; contudo, ignorava Aquele que venerava no livro sem O conhecer. Surge Filipe: mostra-nos o Pai e isto nos basta! Jesus mostra-lhe oculto pela letra: há tanto tempo que estou convosco e não me conheces? Eu e o Pai somos Um.
Compreende, pois, que não podes comprometer-te com as Sagradas Escrituras sem teres um guia que te mostre o caminho. E este guia é a Última Palavra de Deus. Não espere outros sinais. Em Jesus tu tens tudo o que precisas para ser feliz para sempre. Se ainda tens dúvidas eu mostro-te o caminho. Hoje Jesus bate à tua porta e te diz venha e siga-me, pois Eu e o Pai somos Um. Venha que te mostrarei o caminho que te conduz à vida eterna.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 03/04/2014
HOMILIA DIÁRIA
Que muitos creiam em Deus com nosso testemunho de vida!
Que muitos creiam na obra de Deus Pai por intermédio de nosso testemunho de vida! Muitas vezes, nós falamos bastante, mas nossas obras não testemunham aquilo que nós cremos e acreditamos.
”As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou” (João 5,36).
Mais uma vez, nós olhamos – por intermédio do Evangelho segundo São João 5, 36 – como muitos judeus querem se opor à ação e à obra de Jesus. Afinal de contas o Senhor incomodava. O que Ele fazia, falava, realizava, Seus prodígios e Seus milagres eram causa de muito incômodo.
Mas deixe-me dizer a vocês: Jesus diz que as obras que Ele realiza, Ele não as realiza por Si mesmo, mas por causa do Pai, que O enviou. E mais ainda: as obras d’Ele dão testemunho de que Ele é o enviado do Pai. Primeiro, nós precisamos olhar para Jesus, e quando nós olhamos para Ele, nós vemos a Sua ação e o Seu ministério no meio de nós e podemos entender muito bem a presença do Pai, no meio de nós, por intermédio d’Ele [Jesus].
Um Pai que nos ama, e nos ama em Jesus, cuidando de nossas doenças e de nossas enfermidades. Um Pai que nos cura, um Pai que nos abençoa, um Pai que nos liberta; um Pai que não nos deixa cativos e presos ao poder do maligno! Jesus, ao agir no meio de nós, expulsa todas as obras das trevas e nos liberta do cativeiro do maligno, para que possamos, por intermédio das obras, glorificar a Deus.
Não são apenas as palavras de Jesus Cristo que têm poder e eficácia, porque palavras sem obras são palavras mortas. É o testemunho da vida de Jesus, a coerência d’Ele, o amor d’Ele para com os pobres e para com os pequeninos e pecadores que nos dão a convicção de que Ele é o enviado do Pai.
Eu e você somos também convidados e chamados, pelo batismo, a testemunhar essa graça maravilhosa de que nós também somos continuadores da obra do Pai na Pessoa do Senhor Jesus. Não adianta falar de Jesus, não adianta falar bonito do Reino de Deus, se as obras não testemunham aquilo que nós cremos e acreditamos!
Deixe-me dizer a você: que nossas obras falem por si e que as palavras se calem; pois, muitas vezes, nós falamos bastante, mas nossas obras não testemunham aquilo que nós cremos e acreditamos! Que outros possam acreditar na obra de Deus Pai por intermédio de nosso testemunho de vida!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 03/04/2014
HOMILIA DIÁRIA
Nossa primeira obrigação é com a nossa casa
“O Senhor falou a Moisés: ‘Vai, desce, pois corrompeu-se o teu povo, que tiraste da terra do Egito. Bem depressa desviaram-se do caminho que lhes prescrevi. Fizeram para si um bezerro de metal fundido, inclinaram-se em adoração diante dele e ofereceram-lhe sacrifícios’” (Êx 32,7-8).
Moisés estava na montanha sagrada, na presença de Deus, e foi ordenado a descer para ver a situação do povo que se corrompeu, que deixou o coração se inclinar para o mal, que se entregou para a profanação, para a idolatria e se afastou dos caminhos do Senhor.
Precisamos subir à “montanha sagrada” para orar, para estarmos na presença de Deus e ouvirmos o Senhor, nosso Deus, mas precisamos descer do nosso orgulho, da nossa soberba, precisamos descer até das montanhas altas que estejamos porque, muitas vezes, estamos numa montanha muita alta, como arautos voando ao encontro das coisas celestiais, e há toda uma corrupção envolvendo a nossa casa e a nossa família.
“Mãe, não fique somente no seu quarto rezando, não fique somente com o terço na mão, vá para o quarto do seu filho, vá ver como está o seu marido”. “Homem, vá ver como estão os seus filhos, vá ao encontro dos seus outros irmãos”. Às vezes, o mal está entrando dentro da nossa casa e não estamos percebendo.
Muitas vezes, estamos o tempo inteiro afunilados em nossas coisas, até nas coisas de Igreja, pois ficamos rezando o dia inteiro, temos muitos compromissos na igreja e não estamos vendo o que está acontecendo com os filhos e com a própria casa. Outras vezes, estamos viajando muito, são negócios e compromissos, até compromissos da Igreja.
Às vezes, o mal está entrando dentro da nossa casa e não estamos percebendo
Preste atenção: a nossa primeira obrigação é com a nossa casa, é cuidar dos nossos. Os nossos filhos estão passando por inquietações profundas e nem percebemos. De repente, as drogas estão dentro das nossas casas e nem estamos vendo.
Sei que, antes, as “drogas” eram “lá fora”, no mundo, então, protegiam os filhos para que eles não as conhecessem, mas, hoje, elas entram em nossa casa, por meio dos mecanismos eletrônicos, dos meios digitais; por meio de smartphones e computadores. Quantas “drogas” estão entrando na mente e no coração.
É triste ver os filhos passando longas horas, até madrugadas afora, em jogos eletrônicos, e os pais estão fazendo vista grossa. Aqui não é questão de acusar, e sim de olhar, pois é preocupante irmos ao encontro de uma família e uma criança vir nos cumprimentar com um celular na mão, com um jogo eletrônico que não sai da mão dela, e os nossos olhos estão vedados, estão fechados, estamos naquela postura de olhar para cima.
Estou dizendo: “Desce, meu filho, para olhar o que está acontecendo na sua casa”. Porque muitos demoraram para descer e, quando desceram, já era tarde. Quando Moisés desceu, a situação já estava dura, já estava quase tudo perdido. Moisés teve de fazer todo o trabalho de mediação. Desça para mediar, mas desça para intervir, para mudar a situação, desça para ver como as coisas estão acontecendo, para ser mão e voz de Deus cuidando da sua própria casa.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/nossa-primeira-obrigacao-e-com-nossa-casa/?sDia=26&sMes=3&sAno=2020 (26/03/2020)
Oração Final
Pai Santo, ainda que não possamos compreender o grande Mistério da Encarnação do teu Filho Unigênito, que o Espírito Santo nos faça agradecidos pelo Teu dom inefável e nos dê alegria e coragem para anunciá-lo ao Mundo. Nós te pedimos, Pai amado, pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/04/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ainda que não possamos compreender o Mistério da Encarnação do teu Filho Unigênito, que o Espírito Santo nos faça agradecidos por esse teu Dom inefável, e nos dê alegria e coragem para anunciá-lo ao Mundo. Nós Te pedimos, amado Pai, pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/03/2020
ORAÇÃO FINAL
Pai amado, envia o teu Espírito e inspira nossa Oração! Que ela seja sempre momentos densos e ricos, em que nos sentimos envolvidos por teu Amor. Como filhos muito queridos, sejamos iluminados para discernir qual é o nosso papel na evangelização dos nossos ambientes existenciais e para que tenhamos coragem de assumi-lo. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
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