quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 10/01/2019

ANO C


Lc 4,14-22a

Comentário do Evangelho

Quem é Jesus?

O episódio de hoje se situa na primeira parte do evangelho de Lucas, chamada ministério de Jesus na Galileia. A leitura na sinagoga de Nazaré de trechos do livro do profeta Isaías serve como critério para responder, ao longo de toda a seção, à pergunta: "Quem é Jesus?". Diante de tantos detalhes apresentados pelo narrador, a omissão de que Jesus fez a leitura chama a atenção. Parece que Marcos queria fazer o ouvinte ou o leitor do evangelho compreender que, mais do que a leitura, o importante é a interpretação de Jesus: "Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir" (v. 21). Nele, Deus cumpriu sua promessa.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o programa de ação missionária de Jesus inspire o meu desejo de estar a serviço dos mais pobres, sendo para eles portador de alegria e esperança.
Fonte: Paulinas em 10/01/2013

Vivendo a Palavra

O texto lido por Jesus na sinagoga é o verdadeiro resumo de sua missão. Ele passou toda a vida e a entregou para cumpri-la. Ressuscitado, delegou à sua Igreja – que hoje somos nós – a tarefa de levá-la adiante. Não deixemos que este ‘programa’ seja apenas uma bela leitura de domingo, mas que seja a diretriz para a nossa vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/01/2013

VIVENDO A PALAVRA

O texto lido por Jesus na sinagoga é o verdadeiro resumo de sua missão. Ele passou toda a vida e morreu para cumpri-la. Ressuscitado, delegou à sua Igreja – que hoje somos nós – a tarefa de levá-la adiante. Não deixemos que este ‘programa’ seja apenas uma bela leitura de domingo, mas que seja a diretriz para todos os dias da nossa vida.

Reflexão

Jesus é enviado por Deus, ungido e consagrado pelo Espírito Santo para a missão evangelizadora, que implica não somente na salvação da alma, mas na libertação integral da pessoa humana. Isso significa para nós que a missão da Igreja, que é continuadora da missão do próprio Cristo, não pode ser reduzida à dimensão espiritual da pessoa humana, mas deve levar em conta a pessoa humana como um todo, considerando todas as dimensões da existência humana. Sendo assim, todos os problemas relacionados à existência humana são de competência da Igreja e objetos da ação evangelizadora.
Fonte: CNBB em 10/01/2013

Reflexão

No Evangelho de Lucas, o Espírito Santo se manifesta na origem das ações de Jesus, como no episódio aqui narrado. Na sinagoga, casa de oração e catequese, Jesus faz a leitura do profeta Isaías. O texto desenha os traços do Messias, o Libertador, aquele que fará reviver todos os marginalizados da sociedade. Após a leitura, em atitude de quem ensina (senta-se), Jesus proclama solenemente: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura”. Em outras palavras: eu sou o Messias anunciado pelo profeta. A reação dos conterrâneos de Jesus a princípio é de entusiasmo, depois será de dúvida, e finalmente de desprezo e agressão. Em outra ocasião, Jesus dirá: “Um profeta só não é estimado em sua pátria e em sua família” (Mt 13,57).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

UM PROGRAMA DE AÇÃO

Um culto na sinagoga da cidade onde fora educado ofereceu a Jesus a oportunidade de apresentar uma espécie de programa pelo qual pautaria sua ação missionária.
O ponto de partida foi um texto do Antigo Testamento. Desta forma, deixaria claro que sua ação se respaldava nas promessas feitas por Deus ao povo de Israel. Sua intenção era a de se manter fiel à tradição religiosa do povo, embora dando-lhe uma nova roupagem.
Tendo se servido de um oráculo profético, Jesus se incluía na lista dos grandes profetas do passado. Como aqueles, não cederia aos caprichos e às pressões dos adversários. Realizaria a sua missão, mesmo correndo o risco de perder a própria vida.
A referência à unção do Espírito do Senhor tornava evidente de onde iria haurir a força necessária para não esmorecer. Sob a proteção do Espírito, estaria em condições para realizar a tarefa que lhe cabia. Daí sua atitude humilde diante da sabedoria de suas palavras e do poder extraordinário manifestado por seus gestos poderosos.
Enfim, o texto profético serviu para indicar a linha de ação de Jesus. Tratava-se de colocar-se a serviço dos pobres e oprimidos, para restituir-lhes a vida e a alegria de viver, apresentando-se como sinal da misericórdia divina que consola os corações abatidos. Portanto, tudo quanto iria fazer teria como objetivo restaurar a humanidade, segundo o projeto original de Deus. Com a chegada de Jesus, “o ano da graça do Senhor” cumpria-se na história humana.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que o programa de ação missionária de Jesus inspire o meu desejo de estar a serviço dos mais pobres, sendo para eles portador de alegria e esperança.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A PALAVRA ENCARNADA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Ao visitar Nazaré, cidade onde havia se criado, Jesus foi participar de uma celebração na sua comunidade, onde sempre fazia uma leitura e depois ajudava o povo a refletir, como fazem hoje nossos ministros leigos, que celebram a Palavra.
Podemos até imaginar a alegria do chefe da sinagoga quando viu Jesus chegar, ele era muito querido na comunidade, não só por ser uma pessoa simples, mas porque falava muito bem e demonstrava uma sabedoria superior aos sacerdotes, escribas e fariseus, sua catequese era bem prática e logo cativava. Por isso, ao vê-lo entrar na comunidade, o chefe da sinagoga foi logo pedindo para que ele fizesse uma leitura, porque parece que, como acontece em nossas comunidades, naquele dia o leitor escalado não apareceu.
Jesus escolheu o livro do profeta Isaias que era o seu preferido, porque já o havia lido várias vezes e tinha a nítida impressão de que o texto falava dele.
Conforme Lucas que escreveu este evangelho de maneira ordenada e após muito estudo, por este tempo Jesus estava iniciando o seu ministério, já havia sido batizado e enfrentara com muita coragem o diabo, que no deserto tentou desviá-lo da sua missão.
A verdade é que Jesus tinha uma grande vontade de sair pelo mundo, ajudando as pessoas e falando de uma coisa que sentia em seu coração, foi com certeza por isso que naquele dia voltou à comunidade, e quando já no ambão, começou a ler o profeta Isaias, na passagem onde diz “O Espírito do senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para levar a Boa notícia aos pobres, anunciar a libertação aos cativos e aos cegos e anunciar um ano de graças do Senhor”, seu coração começou a bater mais forte, percebeu que Deus não apenas falava para ele, mas falava dele, da sua vida, da sua história e da sua missão. Ele já havia sentido muito forte a presença desse Espírito de Deus no dia do seu batismo, e no confronto com o diabo no deserto, sentiu toda a força que o espírito lhe dava.
Nessa celebração as coisas ficaram muitas claras para ele: a libertação com que tanto sonhava junto com seu povo, ia muito além de uma libertação política, a palavra tinha a força de libertar o homem também e principalmente do mal que havia no coração, e que impedia de amar a Deus e aos irmãos. A opressão e a escravidão do seu povo era conseqüência de todo esse mal que havia dentro de cada homem, não só dos opressores. Precisava dizer isso aos pobres, aos cegos e oprimidos, que um tempo novo estava começando, com essa verdade que o Pai revelara através do profeta.
Todos olhavam fixamente para ele à espera da homilia, o mesmo espírito que o havia ungido acabara de transformá-lo na palavra Viva de Deus e por isso, sentando-se como faziam os grandes Mestres, disse: “Hoje se cumpriu essa passagem que acabastes de ouvir”
Também nós cristãos freqüentamos a celebração da palavra em nossas comunidades onde as leituras, mais do que falar para nós falam de nós, pois a história de Jesus é a nossa história, também nós recebemos a graça de Deus em nosso batismo, também nós recebemos a unção do Espírito Santo, não para termos ataques de histeria e entrarmos em transe, mas para termos a mesma coragem de Jesus para cumprir a nossa missão, anunciar a boa notícia aos pobres, oferecer a palavra libertadora a quem está cego e cativo, e falar de um tempo novo onde Deus manifesta todo o seu amor ao homem que o busca.
Para que haja essa interação entre nós e a palavra, é necessário que nossas celebrações sejam bem participadas e preparadas, de maneira bem organizada pensando em todos os detalhes e aí podemos apreender com o escriba Esdras que na primeira leitura nos oferece um ótimo roteiro para celebração da palavra de Deus, onde a assembléia, tocada pela palavra, corresponde com gestos que manifestam o que está no coração, diferente da liturgia do “oba-oba”, muito usada para se atrair multidões, e que ás vezes, com tantos gestos e movimentos, acaba ficando vazia justamente por não ser uma manifestação espontânea do que se tem no coração tocado pela palavra de Deus.

2. Jesus começa a se manifestar publicamente
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus começa a se manifestar publicamente. Na sinagoga de Nazaré, anuncia o seu projeto. Ele veio para trazer uma Boa Notícia aos pobres. A Boa Notícia é o Reino de Deus em ação no nosso mundo hoje. Hoje se cumprem as Escrituras, hoje tem início para sempre o grande ano santo da libertação de todos os males. Da boca de Jesus saíam palavras cheias de graça. Nelas estão as respostas a todas as nossas interrogações. Resta-nos acompanhar Jesus e realizar com ele o seu projeto. São Lucas diz que Jesus voltou para a Galileia com a força do Espírito e que na sinagoga leu a passagem de Isaías que dizia “O Espírito do Senhor está sobre mim”. É o mesmo Espírito que recebemos no batismo para a realização do projeto de Jesus, que dá aos pobres uma Boa Notícia. A Boa Notícia traz alegria ao coração.

HOMILIA DIÁRIA

Imitemos a escolha de Jesus pelos mais necessitados

Postado por: homilia
janeiro 10th, 2013

São Marcos registra o início do ministério de Jesus com um fato histórico-temporal, no qual, depois de João ter sido preso, o versículo 13 terminou dizendo que Jesus foi tentado por Satanás, foi servido pelos anjos e não diz mais nada.
O Evangelho de Lucas, de maneira exclusiva, apresenta esta cena, na sinagoga de Nazaré, como sendo a fala inaugural e programática de Jesus, em seu ministério. Ao mencionar que Jesus ensinava “nas sinagogas deles”, Lucas sugere que o Senhor não se identificava com estas sinagogas.
A Bíblia registra que, antes da primeira época no ministério na Galileia, Jesus ministrou em Jerusalém e na Judeia (Jo 1,19 – 3,36).
Jesus faz uma escolha em seu ministério: Ele deixa Jerusalém e a região da Judeia, que era o centro político-religioso de Israel, e passa a ministrar na Galileia, região pobre e esquecida. Jesus fez a “opção Galileia”: deixa os grandes centros de poder e influência, e realiza sua obra entre os marginalizados e esquecidos da região mais pobre da Palestina.
Portanto, as narrativas dos milagres de Jesus, ao longo de seu ministério, são a expressão deste programa inaugural. É a prática salvífica dos oprimidos e excluídos, carentes e doentes, restaurando-lhes a dignidade e a vida, integrando-os na vida comunitária e social.
Como cristãos e cristãs, somos chamados a ser continuadores deste programa. Pois Ele nos convidou a segui-Lo: “Se alguém quiser seguir-me, pegue a sua cruz todos os dias e siga-me”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 10/01/2013

Oração Final
Pai Santo, envia o teu Espírito para consagrar tua Igreja. E nós anunciaremos a Boa Notícia aos pobres; proclamaremos a libertação aos presos; levaremos os cegos a recuperar a vista; libertaremos os oprimidos, e proclamaremos a chegada do ano de Graça. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/01/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, envia o teu Espírito para santificar a tua Igreja. E assim consagrados, nós anunciaremos a Boa Notícia aos pobres; levaremos liberdade aos presos; aos cegos, a recuperação da visão; aos oprimidos, a Paz; e proclamaremos a chegada do ano de Graça para todos. Pelo Cristo, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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