terça-feira, 29 de janeiro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 30/01/2019

ANO C


Mc 4,1-20

Comentário do Evangelho

Deus faz distinção de pessoas?

O texto pode ser dividido, fundamentalmente, em duas partes, a parábola (vv. 1-9) e a explicação da parábola (vv. 10-20). Parece-nos razoável pensar, ainda que não tenhamos acesso ao contexto originário, que a parábola tenha sido contada para responder a uma dificuldade: Deus faz distinção de pessoas? Por que a Palavra de Deus produz frutos em uns e em outros não? Pela parábola, Deus concede sua Palavra a todos indistintamente. A profundidade da acolhida é que permitirá à Palavra de Deus produzir em nós os seus frutos. A explicação é posterior à parábola e dispensa comentários.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o programa de ação missionária de Jesus inspire o meu desejo de estar a serviço dos mais pobres, sendo para eles portador de alegria e esperança.
Fonte: Paulinas em 30/01/2013

Vivendo a Palavra

A parábola desvenda a questão: como a Palavra de Deus – sempre firme – pode produzir resultados tão discrepantes em diferentes situações? Jesus ensina que a Palavra é uma semente que deve ser plantada e cultivada. Os frutos serão colhidos conforme a qualidade do terreno e o cuidado do agricultor.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/01/2013

VIVENDO A PALAVRA

A parábola desvenda a questão: como a Palavra de Deus – sempre firme – pode produzir resultados tão discrepantes em diferentes situações? Jesus ensina que a Palavra é uma semente que deve ser plantada e cultivada. A semente é sempre boa, mas os frutos serão colhidos conforme a qualidade do terreno e os cuidados do agricultor – que somos nós...

Reflexão

Entre as diversas formas muito utilizadas por Jesus para nos mostrar as realidades eternas, encontramos as parábolas. A partir das experiências do dia a dia das pessoas, Jesus vai mostrando as verdades do Reino. Hoje o evangelho nos mostra a parábola do semeador, pregada e explicada por Jesus, para mostrar a necessidade de acolhermos a sua mensagem de tal modo que ela produza muitos frutos para nós e para toda a Igreja. As parábolas nos mostram a necessidade de olharmos a vida e tudo o que nos cerca com os olhos da fé, a fim de que possamos tirar da realidade lições de vida que nos aproximem cada vez mais de Deus e nos ajudem a descobrir e realizar a sua vontade.
Fonte: CNBB em 30/01/2013

Reflexão

Jesus fala às multidões sobre uma experiência que ele vive diariamente na sua missão. O conteúdo de sua pregação é a Palavra de Deus, que ele distribui abundantemente. Constata, porém, que diante dela seus ouvintes apresentam reações diferentes. Há os que a acolhem e se deixam envolver por ela e, para serem coerentes, dispõem-se a mudar de vida. Outros ouvintes, porém, demonstram entusiasmo inicial, mas é de curta duração; outros ainda são indiferentes: não assumem compromisso com a Palavra, tampouco com o Mestre. Jesus, no entanto, é o incansável semeador da Palavra. Não mede esforços; ocupa todas as ocasiões e lugares (sinagoga, praça, montanha, beira-mar) para ensinar a multidão. Que o Senhor transforme o nosso coração em terra fértil, onde a Palavra produza copiosos frutos!
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

TAREFA IMPORTANTE

A parábola do semeador é uma metáfora da missão de proclamar a palavra de Deus. Tarefa importante, tanto na vida de Jesus quanto na vida dos discípulos do Reino. A parábola é tecida com elementos iluminadores do ministério da palavra.
Ao pregador compete proclamar a palavra sem fazer uma seleção prévia de seus ouvintes. Cada ser humano, quem quer que seja, tem o direito de receber em seu coração esta semente divina.
Por outro lado, o pregador não deve se iludir com a expectativa de ver seu esforço cem por cento bem sucedido. Antes, deve considerar-se recompensado mesmo com o bom êxito de uma pequena parte de sua missão. O confronto com o insucesso jamais deverá levá-lo a omitir-se, ou deixá-lo abatido. Isto é normal na dinâmica da evangelização.
O pregador deve estar consciente de que exerce sua missão num mundo hostil à Palavra de Deus. Os bens deste mundo, as paixões, as limitações pessoais e também as perseguições podem levar a perder anos de esforço missionário.
Sobretudo deve ter claro que o senhor do Reino é Deus. Só ele sabe em que coração a Palavra frutificou; sabe avaliar a proporção dos frutos, como também definir onde a semeadura fracassou. Basta que o ministro cumpra sua missão de proclamar a Palavra, com todo empenho. Tudo o mais, fica por conta de Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que eu jamais me canse de proclamar a tua Palavra, mesmo com o risco de ver meu esforço fracassar. Que eu esteja bem consciente de que o Reino te pertence.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Porque as sementes frutificam ou não
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Em um primeiro momento poderíamos pensar que “Aqueles que recebem a semente em terra boa, somos todos nós cristãos, que a ouvimos e a celebramos em nossas comunidades” e que todos os outros tipos de solo são anúncios feitos em ambiente fora da Igreja. Ao incorramos nesse grave erro!
Jesus está falando exatamente do nosso coração, que comporta todos esses tipos de solos impróprios para fazer a semente da Palavra brotar e se desenvolver. Certamente pensamos que há pessoas que no seu coração só tem terra boa, que acolhe a Palavra e frutifica, e que há outras que tem no coração solos sempre impróprios para acolher a Palavra. Esse também é um grave erro.
O que a explicação dessa Parábola nos convida, é a olharmos unicamente para nós pois é do nosso coração que ela está falando. Não pensemos que Deus fala somente em nossas comunidades, quando a Palavra é proclamada e depois o Ministro da Palavra, seja ele Padre, Diácono ou Leigo, a explica para nós. Claro que a celebração da Palavra em nossas comunidades é um encontro privilegiado com a Palavra de Deus, celebrada solenemente. Mas Deus não tem apenas um canal para se comunicar com as pessoas.
No dia a dia, Ele nos fala através de outras pessoas, que nem sempre são da nossa igreja, ele nos fala através dos acontecimentos mais banais do nosso dia a dia e é, exatamente nesses momentos que o nosso coração deve acolher a Palavra para que ela frutifique. Conduzindo o nosso veículo estamos no dia a dia sujeitos a Lei do Trânsito, que nos obriga a ter um relacionamento gentil e Cortez com os demais condutores e os pedestres.
O condutor Cristão não se move na sua relação com os outros, regido por essa lei, mas sim porque é alguém comprometido com a Vida e por isso a sua conduta no trânsito é sempre pautada por essa Verdade. Eis aí a Palavra de Deus caindo em terra boa e frutificando, quando isso ocorre na prática. A Esposa e Mãe de Família, ou o Esposo e Pai de Família, que rege suas relações familiares pelos valores do evangelho, defendendo a Vida e a Dignidade das Pessoas, dando aos filhos uma formação cristã, é alguém que acolheu a Palavra na terra boa do seu coração e que está frutificando.
Enfim, dependendo da circunstância e do momento, as nossas atitudes testemunham que tipo de solo temos no coração. Temos que admitir que inúmeras vezes na semana, nosso coração esteve com terra seca, pedregosa, cheia de espinhos, a Palavra veio mas não encontrou acolhida em nós, e nem disposição para vivê-la.

2. A Palavra produz fruto em tempo oportuno
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Saia com o semeador e não volte. Vença todos os obstáculos até encontrar terra boa. Ele perseverou pacientemente e não desistiu. A Palavra produz fruto em tempo oportuno.

HOMILIA DIÁRIA

Deixe-se vivificar pela força da Palavra de Deus

Postado por: homilia
janeiro 30th, 2013

Jesus narra a parábola do semeador e a explica aos seus discípulos. A semente semeada é a Palavra. São diversas as situações em que ela é ouvida. Uns a ouvem por mera curiosidade, sem compromisso; outros ouvem sinceramente, mas arrefecem seu ânimo diante dos riscos que podem correr. Há também osque a escutam, mas a esquecem logo, iludidos pelas falsas seduções dos sistemas de exploração deste mundo. Porém, Jesus nos chama a ouvir e acolher a Sua Palavra dando abundantes frutos de amor, misericórdia e justiça.
A história em si é simples: “Um semeador saiu a semear a sua semente, e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho, e foi pisada, e as aves do céu a comeram; E outra caiu sobre pedra, e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade; E outra caiu entre espinhos, e crescendo com ela os espinhos, a sufocaram; E outra caiu em boa terra; e, nascida, produziu fruto, cento por um.” (Lucas 8,5-8).
A explicação de Jesus é também fácil de entender: “A semente é a Palavra de Deus. A que caiu à beira do caminho são os que a ouviram; vem, a seguir, o diabo e arrebata-lhes do coração a Palavra, para não suceder que, crendo, sejam salvos. A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a Palavra, a recebem com alegria; estes não têm raiz, crêem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam. A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer. A que caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de bom e reto coração retêm a Palavra; estes frutificam com perseverança”(Lucas 8,11-15).
Alguém ensina as Escrituras a várias pessoas; a resposta dessas pessoas depende do estado do coração delas, isto é, de sua atitude. Consideremos o semeador, a semente e o solo.
O trabalho do semeador é colocar a semente no solo. Uma vez que a semente for deixada no celeiro, nunca produzirá uma safra, por isso seu trabalho é importante. Mas a identidade pessoal do semeador não é. O semeador nunca é chamado pelo nome nesta história. Nada nos é dito sobre sua aparência, sua capacidade, sua personalidade ou suas realizações. Ele simplesmente põe a semente em contato com o solo. A colheita depende da combinação do solo com a semente.
Aplicando-se espiritualmente, os seguidores de Cristo devem estar ensinando a Palavra. Quanto mais ela é plantada nos corações dos homens, maior será a colheita. Mas a identidade pessoal do professor não tem importância: “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma cousa, nem o que rega, mas Deus que dá o crescimento” (1 Coríntios 3,6-7).
A semente é a Palavra de Deus. Cada conversão é o resultado do assentamento do Evangelho dentro de um coração puro. A Palavra gera (Tiago 1,18), salva (Tiago 1,21), regenera (1 Pedro 1,23), liberta (João 8,32), produz fé (Romanos 10,17), santifica (João 17,17) e nos atrai a Deus (João 6,44-45).
Como o Evangelho se espalhava no primeiro século, foi-nos dito muito pouco sobre os homens que o divulgaram, porém, muito nos foi dito sobre a mensagem que eles disseminaram: estude o livro dos Atos dos Apóstolos e note que em cada cidade para onde os apóstolos viajaram, os homens eram convertidos como resultado da Palavra que era ensinada. A importância das Escrituras deve ser ressaltada ao máximo.
O fruto produzido depende da resposta à Palavra. É decisivamente importante ler, estudar e meditar sobre as Escrituras. A Palavra tem que vir habitar em nós (Colossenses 3,16), para ser implantada em nosso coração (Tiago 1,21). Temos de permitir que nossas ações, nossas palavras e nossas próprias vidas sejam formadas e moldadas pela Palavra de Deus.
Uma safra sempre depende da natureza da semente, não do tipo da pessoa que a plantou. Um pássaro pode plantar uma castanha: a árvore que nascer será um castanheiro, e não um pássaro. Isto significa que não é necessário tentar traçar uma linhagem ininterrupta de fiéis cristãos, recuando até o primeiro século. Há força e autoridade próprias da Palavra para produzir cristãos como aqueles do tempo dos apóstolos.
A Palavra de Deus contém força vivificante. O que é necessário são homens e mulheres que permitam que a Palavra cresça e produza frutos em suas vidas; pessoas com coragem para quebrar as tradições e os padrões religiosos em volta deles, para simplesmente seguir o ensinamento da Palavra de Deus. Hoje em dia, a Palavra tem sido frequentemente misturada com tanta tradição, doutrina e opinião que é quase irreconhecível. Mas se pusermos de lado todas as inovações dos homens e permitirmos que ela trabalhe, podemos nos tornar fiéis discípulos de Cristo justamente como aqueles que seguiram Jesus há quase dois mil anos. A continuidade depende da semente.
É perturbador notar que a mesma semente foi plantada em cada tipo de solo, mas os resultados foram muito diferentes. A mesma Palavra de Deus pode ser plantada em nossos dias, mas os resultados serão determinados pelo coração daquele que ouve.
Alguns são solos de beira de estrada, duro, impermeável. Eles não têm uma mente aberta e receptiva para permitir que a Palavra de Deus os transforme. O Evangelho nunca transformará corações como estes, porque eles não o permitem entrar.
As raízes das plantas, no solo pedregoso, nunca se aprofundam. Durante os tempos fáceis, os brotos podem parecer interessantes, mas, abaixo da superfície do terreno, as raízes não estão se desenvolvendo. Como resultado, vem uma pequena temporada seca ou um vento forte, e a planta murcha e morre. Os cristãos precisam desenvolver suas raízes por meio da fé em Cristo e do estudo da Palavra cada vez mais profundo. Tempos difíceis virão, e somente aqueles que tiverem desenvolvido suas raízes abaixo da superfície sobreviverão.
Quando se permite que ervas daninhas cresçam junto com a semente pura, nenhum fruto pode ser produzido. As ervas disputam a água, a luz solar e os nutrientes e, como resultado, sufocam a boa planta. Existe uma grande tentação a permitir que interesses mundanos dominem tanto nossa vida que não nos resta energia para devotar ao crescimento do Evangelho em nossas vidas.
Então, há o bom solo que produz fruto. A conclusão desta parábola é deixada para cada um escrever. Que espécie de solo é você?
“Eis que o semeador saiu a semear.” A cena é atual. Também agora, o semeador divino lança a sua semente. A obra da salvação continua a cumprir-se e o Senhor quer servir-se de nós: deseja que nós, os cristãos, abramos ao seu amor todos os caminhos da terra; convida-nos a propagar a mensagem divina, com a doutrina e com o exemplo, até aos confins do mundo. Pede-nos que cada um de nós, cidadãos da sociedade eclesial e da sociedade civil, seja outro Cristo, santificando o seu trabalho profissional e as suas obrigações de estado.
Se olharmos à nossa volta, para este mundo que amamos, porque foi feito por Deus, veremos que a parábola se realiza: a Palavra de Jesus é fecunda, suscita em muitas almas desejos de entrega e de fidelidade. A vida e o comportamento dos que servem ao Senhor mudaram a história, e mesmo muitos que não O conhecem se regem – talvez nem disso se aperceberem – por ideais nascidos do Cristianismo.
Vemos também que parte da semente cai em terra estéril ou entre espinhos e abrolhos: há corações que se fecham à luz da fé. Os ideais de paz, de reconciliação, embora aceitos e proclamados, são – não poucas vezes – desmentidos pelos fatos. Alguns empenham-se inutilmente em afogar a voz de Deus, impedindo a sua difusão por meio da força bruta ou com outra arma menos ruidosa, mas talvez mais cruel, porque insensibiliza o espírito: a indiferença.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 30/01/2013

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a profissão do jardineiro – aquele que sabe que não é dono da vida, mas que o seu cuidado pode torná-la possível e frutuosa. Que abramos para os irmãos o caminho da fonte e limpemos a bica, para que a água viva da tua Palavra possa ser bebida por todos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/01/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a profissão de jardineiro – aquele que sabe que não é o dono da vida, mas que com o seu cuidado pode torná-la possível e generosamente útil e florida para todos. Vamos abrir para os irmãos o caminho da fonte e limpar a bica, para que a água viva da tua Palavra, amado Pai, possa jorrar e ser bebida por todos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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