segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

LEITURA ORANTE DO DIA - 14/01/2018



LEITURA ORANTE

Jo 1,35-42 - Achamos o Messias


- A nós todos que nos encontramos na web, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, creio com viva fé
que estais aqui presente, junto de mim,
para indicar-me o caminho que leva ao Pai.
Iluminai minha mente, movei meu coração,
para que esta Leitura Orante produza em mim frutos de vida.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na minha BíbliaJo 1,35-42
No dia seguinte, João estava outra vez ali com dois dos seus discípulos. Quando viu Jesus passar, disse:
- Aí está o Cordeiro de Deus!
Quando os dois discípulos de João ouviram isso, saíram seguindo Jesus. Então Jesus olhou para trás, viu que eles o seguiam e perguntou:
- O que é que vocês estão procurando?
Eles perguntaram:
- Rabi, onde é que o senhor mora? ("Rabi" quer dizer "mestre".)
- Venham ver! - disse Jesus.
Então eles foram, viram onde Jesus estava morando e ficaram com ele o resto daquele dia. Isso aconteceu mais ou menos às quatro horas da tarde.
André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois homens que tinham ouvido João falar a respeito de Jesus e por isso o haviam seguido. A primeira coisa que André fez foi procurar o seu irmão Simão e dizer a ele:
- Achamos o Messias. ("Messias" quer dizer "Cristo".)
Então André levou o seu irmão a Jesus. Jesus olhou para Simão e disse:
- Você é Simão, filho de João, mas de agora em diante o seu nome será Cefas. ("Cefas" é o mesmo que "Pedro" e quer dizer "pedra".)
Refletindo
João indica a dois de seus discípulos o Cordeiro de Deus. É Jesus que está passando e os discípulos o seguem querendo saber onde ele morava.  Jesus os  convida a virem com Ele. Eles foram e ficaram com o Mestre o dia todo. Jesus os quer tornar testemunhas do que vêem. O Evangelho diz que eram 4 horas da tarde. Quase final do dia. Um dos discípulos era André que, ao encontrar  seu irmão Simão Pedro lhe diz: "Encontramos o Messias". Mais ainda: o apresenta a Jesus. Simão ganha, então, o nome de Cefas que quer dizer "pedra". Este Evangelho nos diz ainda que a missão começa em casa, em família: André apresenta Jesus a Simão.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Quais outros textos este me recorda?
Qual palavra mais me toca o coração?
Costumo reservar tempo para estar com Jesus?
O Mestre começa seu círculo de colaboradores. E, até hoje, a Igreja continua convidando, convocando, enviando discípulos e missionários.
Meditando
Disseram os bispos, em Aparecida:
"Nestes últimos tempos, Deus nos tem falado por meio de Jesus seu Filho (Hb 1,1ss), com quem chega à plenitude dos tempos (cf. Gl 4,4). Deus, que é Santo e nos ama, nos chama por meio de Jesus a ser santos (cf. Ef 1,4-5)." (DAp 130).
Como me encontro nesta missão?
Tenho a missão de ser santo ou santa, qualquer que seja minha vocação: leiga, religiosa ou para o ministério sacerdotal.
Como vivo este chamado?

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo:
Jesus Mestre,
agradeço-vos pelas luzes que me destes na Palavra.
Perdoai-me, pelos limites
que me impediram de fazê-la melhor.
Desejo viver o convívio com o Mestre Jesus Cristo,
com a vossa graça. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou testemunhar pela vida meus encontros com o Mestre.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva,fsp
patricia.silva@paulinas.com.br

Leitura Orante
2º Domingo do Tempo Comum, 14 de janeiro de 2018


A BUSCA VITAL

“Quê buscais?” (João 1,38)

Texto Bíblico: João 1,35-40

1 – O que diz o texto?

Um dos temas importantes do quarto evangelho é o da busca-encontro de Jesus. Ao leitor atento não passa desapercebido que a primeira palavra que o autor do evangelho põe na boca de Jesus é uma pergunta: “Quê buscais?”
Na realidade, parece que no ser humano tudo começa com a busca, pois é ela que põe em marcha todo o processo existencial. No princípio, sem saber bem o quê, ele busca “estar bem”, “sentir-se melhor”... E projeta a busca “fora”, naqueles objetos, pessoas, títulos, bens, ocupações..., que poderiam satisfazer sua sensação de carência e conferir-lhe maior segurança.
Mais cedo ou mais tarde, a vida lhe mostrará que nada que está fora é capaz de “plenificá-lo”, fazendo-o suspeitar que seja preciso dirigir o olhar para o seu interior.
Quem busca, entra em um movimento inspirador, criativo, despertando os melhores recursos da própria interioridade. É a busca que dá sentido e calor à própria vida. Quem não busca, vive um processo continuo de atrofia de sua própria humanidade, pois a busca é o dinamismo que mais nos humaniza.
Viver é desafiador na medida em que viver é buscar. A dinâmica da busca marca a caminhada humana e define os rumos da vida. Vive-se em permanente busca e só à medida que se vive para buscar é que a vida se torna, de verdade, vida, com mais sabor e sentido. O que se busca define e determina o que é a vida da pessoa. “Diga-me o que buscas e dir-te-ei quem és”.
Jesus não chama para seguir uma religião, uma doutrina, nem faz proselitismo... Ele desencadeia um movimento e o seu modo de viver a todos seduz para identificar-se com Ele e com sua proposta de vida. Aqui não se trata de adesão a um programa nem a um projeto, senão do convite a um seguimento (“vinde e vede”), no calor e intimidade de uma relação pessoal que é dirigida a cada um em particular. Para isso requer-se uma resposta sem reservas, sempre mais criativa e ousada.
João evangelista quer deixar claro que há maneiras de seguir a Jesus que não são as mais adequadas. A pergunta – “onde moras?” - não significa querer saber o lugar ou a casa onde habita Jesus, mas buscar uma identificação com a atitude vital d’Ele.
Poderíamos ampliar a pergunta dos discípulos de João Batista: “Mestre, onde vives, ou seja, onde estão tuas raízes; quê é que te dá Vida; quê é o que te vivifica; diga-nos onde está a Fonte, para que nós possamos permanecer enraizados, sempre bebendo dela?”
“...e permaneceram com Ele naquele dia”: é a mesma expressão que João utiliza para dizer que o Pai permanece no Filho e o Filho permanece no Pai; ou que Jesus e sua Palavra permanecem em nós e nós somos chamados a permanecer n’Ele. Permanecer enraizados somente na pessoa de Jesus e no sonho do Reino como o melhor legado que podemos oferecer aos nossos contemporâneos, sacudidos por tormentas que os afundam sem poderem vislumbrar um novo horizonte e um novo sentido para suas vidas.
Reconhecido em sua identidade, consciente de seu lugar e missão junto ao povo de Deus, o(a) seguidor(a) de Jesus continuamente mantém “fixo seus olhos fixos n’Ele” e deixa ressoar em seu interior sua pergunta radical: “o que vocês estão buscando?”

2 – O que o texto diz para mim?

No interior de cada um permanece aguçada a dinâmica da busca, aquela que mantém a vida de todo coração e o incita na direção do que vale, do que conta e do que é essencial. Como ser necessitado e carente, o ser humano se sente impulsionado a buscar para conseguir acalmar sua insatisfação existencial. Mas a busca não guarda relação só com a carência, senão que é, ao mesmo tempo, expressão do desejo (aspiração) que parece constituir a pessoa e que se manifesta em forma de dinamismo vital (“buscar o que quero e desejo” – Santo Inácio).
A diferença entre ambos os movimentos – o que nasce da carência e o que nasce do desejo – poderia se expressar deste modo: pelo primeiro, o ser humano busca apegar-se e apropriar-se de algo que percebe como “bom” para ele e que lhe dá segurança; no segundo, pelo contrário, o que se dá é o impulso a viver e a expressar a própria identidade profunda.
No primeiro caso, aqui fala do ego e seus movimentos egocentrados; no segundo, de minha verdadeira identidade, enquanto Plenitude que se transborda.
O coração de cada um foi feito para encontrar a razão mais profunda do seu viver; há uma inquietude latente em seu interior que o faz peregrino do sentido. Tão fundamental como é o respirar, toda pessoa precisa assumir sua condição de navegadora do infinito. Somos todos, por natureza, eternos buscadores e garimpeiros do novo. Por isso, buscar torna-se um hábito de vida.
Uma lógica de contínua busca deve permear o coração do(a) seguidor(a) de Jesus, para aprender a viver da busca d’Ele, e da busca de todos os outros, colocando-se a serviço da vida, unicamente por amor.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

A vida se torna mais vida na medida em que se vive para dar razão a essa busca. Uma busca que exercita o coração e o modula na sinfonia amorosa do coração de Deus. Ele é a única e completa razão da busca do coração humano.
Estar em busca é sair de meu ser atrofiado pelas preocupações individuais para me mover num horizonte maior de pré-ocupação pelo Reino; estar em busca é perguntar, é estar aberta para ser tocada pela mais profunda das graças: a gratidão diante de Deus.
Enquanto eu estiver identificada com o eu superficial (o ego perceberá como ser carente e me sentirei compelida a uma busca ansiosa daquilo que supostamente poderia completar-me). Quando eu chegar ao reconhecimento de minha verdadeira identidade, a busca deixa de ser estressante para ser repousante.
Cairei, então, na conta de que a Plenitude não é “algo” que devo alcançar ou um “prêmio” que me aguarda mais adiante; é o que já sou e sempre fui. Quando a pergunta de Jesus – “quê buscais?” ressoa em mim, aí é que descubro minha mais autêntica maneira de ser, minha originalidade, minha identidade... Na realidade, o que ando buscando é o meu “eu verdadeiro”, o “eu profundo”, a “identidade original”. A busca revela minha identidade profunda. Com outras palavras: o que busco não é diferente do que já sou. O buscador é o buscado.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Ao “ver Jesus”, estarei vendo quem eu sou, pois o encontro com Ele desvela meu “eu original”.
Senhor, quando não me identifico com o meu “eu carente”, emerge a plenitude que sou: a semente enterrada se descobre espiga transbordante.
Os dois primeiros discípulos não lhe perguntam por sua doutrina, por sua religião, mas por sua vida. E Jesus não responde com um discurso, mas com um convite à experiência de vida.
“Vinde e vede”, disse Jesus àqueles dois buscadores. “Entrai”, vinde à “Casa”, “reconhecei-vos na Vida que sois...; Vida que continuará se expandindo, movendo-vos a uma contínua busca, pois sois habitados por uma fome e sede de Plenitude”.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

Ter os olhos centrados em Jesus deixando-me impactar pelo Seu modo de viver, Sua paixão pelo Reino, Sua missão, Seu chamado.
Ter um olhar límpido e transparente na tentativa de se configurar ao olhar de Jesus.
Buscar e fixar os olhos em Jesus.
Sentir e perceber os olhos de Jesus fixos em mim.

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: João 1,35-40
Pe. Adroaldo Palaoro, sj – reflexão do Evangelho.
Desenho: Osmar Koxne

Sugestão:
Música: Quando o sol desaparece – Fx 02 - (03:27)
Autor: Antonio Cardoso
Intérprete: Antonio Cardoso
CD: Quando se vive um grande amor
Gravadora: Paulinas Comep

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