terça-feira, 30 de outubro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 30/10/2018

ANO B


Lc 13,18-21

Comentário do Evangelho

Como Deus se manifesta

Estas duas singelas parábolas se assemelham. Uma fala da minúscula semente que se transforma em grande arbusto e abriga os pássaros, e a outra descreve a transformação que uma pequena quantidade de fermento produz em uma grande massa de farinha.
Um entendimento triunfalista destas parábolas seria no sentido de que a partir de um humilde início o Reino crescerá e sua influência se estenderá amplamente. Assim sendo, o Reino, iniciado por Jesus e alguns discípulos, com o tempo atingiria grande esplendor. Seria de se esperar que, dois mil anos depois, o Reino estaria plenamente manifesto e glorioso, em todo o mundo. Contudo, a realidade com que nos deparamos mostra grandes contradições entre muitos que pretendem falar em nome do Reino de Deus.
Outro entendimento é sobre o modo de presença do Reino. Desde o tempo de Jesus e em todos os tempos, esta presença se faz de maneira oculta, à margem dos processos históricos ostensivos e gloriosos das nações e religiões. A proclamação das bem-aventuranças, particularmente, desvela onde se faz presente este Reino de Deus: entre os humildes, empobrecidos e excluídos. Estes são as aves que fazem ninhos nos ramos do Reino. E são aqueles cujas vidas são levedadas pelo fermento do amor.
José Raimundo Oliva
Oração
Senhor, faze de mim instrumento de teu Reino para que ele chegue a todas as pessoas, sem exceção, mormente os pobres e marginalizados.
Fonte: Paulinas em 30/10/2012

Vivendo a Palavra

Assim é o Reino do Céu: como a semente da mostarda lançada à terra, o Reino desenvolve em nós uma força que nos supera e, como o fermento na massa, o Reino é capaz de modificar nossa vida, transformando fragilidade em ousadia de discípulos do Mestre da Galiléia, de operários da Messe do Senhor.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/10/2012

VIVENDO A PALAVRA

Assim é o nosso Pai Misericordioso: como a semente da mostarda lançada à terra, o Reino desenvolve em nós uma força que nos supera e, como o fermento na massa, o Reino é capaz de modificar nossa vida, transformando fragilidade em ousadia de discípulos do Mestre da Galileia, de operários da Messe do Senhor.

Reflexão

Muitas vezes falamos que o Reino de Deus é sobrenatural, mas queremos que ele se manifeste em coisas naturais grandiosas. Isto demonstra que na verdade vemos a sua grandiosidade, mas não percebemos a sua natureza, o que faz com que a grandiosidade seja vista a partir da materialidade, o que é um erro, e não a partir da grandiosidade que Deus faz a partir do pequeno, do grão de mostarda ou da levedura do fermento, ou seja, das pequenas coisas que surpreendem os que olham com o olhar da fé a realidade. Deus escolhe as coisas pequenas do mundo para revelar o Reino, e nos mostra a força do seu braço a partir das transformações que os pequenos realizam no dia a dia.
Fonte: CNBB em 30/10/2012

Reflexão

A semente de mostarda e o fermento, aparentemente insignificantes, são elementos que encerram promessa de crescimento e grandeza. Contêm vitalidade. O Reino de Deus é assim: traz na sua essência o dinamismo do Espírito Santo. Ninguém vê nem conhece o processo de crescimento do Reino e da Igreja, mas os resultados aparecem. É no coração das pessoas que se dá o movimento de adesão a Cristo. E isso se dá em ritmo lento, empenhativo. Jesus não se impõe; simplesmente propõe e aguarda com paciência a resposta positiva dos seus possíveis discípulos. Pessoas humildes e frágeis constituem o germe da salvação universal: com o poder de Deus, tornam-se capazes de cristianizar a grande massa humana. Cabe-nos perseverar na prática cotidiana do bem. No devido tempo, os frutos surgirão.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

O GRÃO DE MOSTARDA E O FERMENTO

A caminho de Jerusalém, Jesus alertou os discípulos a respeito do que estavam para enfrentar, servindo-se de duas pequenas parábolas. Assim, oferecia a seus seguidores elementos para interpretarem a paixão e a morte de cruz, e, também, os convidava a não nutrir falsas expectativas a respeito do Mestre.
O grão de mostarda que, de insignificante, se torna uma árvore frondosa serve como símbolo das dimensões iniciais modestas do Reino anunciado e vivido por Jesus e o destino glorioso que lhe está reservado. Não é possível, portanto, atingir a glória, sem experimentar a derrota, a cruz e a morte. Seria ilusório esperar que Jesus implantasse o Reino de Deus, fazendo-o entrar na história humana de maneira esplendorosa, sem passar pelo crivo do sofrimento. Mas, também, a cruz não deveria levar os discípulos a perder suas esperanças. Ela era uma etapa necessária de um processo muito maior.
A pitada de fermento usada por uma mulher para fermentar uma grande quantidade de farinha apontava para o modo como o Reino atuava na História. Sua dimensão pequenina e seu escondimento seriam compensados pela intensidade de seu efeito. O pré-requisito para atuar consistia em perder-se. Aí o Reino revelaria sua verdadeira grandeza. Não a que vem da imposição de si mesmo sobre as pessoas, mas a que as transforma por dentro.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, faze-me crescer na compreensão da dinâmica do Reino, cuja grandeza consiste em transformar a história humana, a partir de seu interior.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Reino do Céu é como um filetezinho d’água
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Certa ocasião em minha adolescência, eu fui conhecer a nascente de um grande rio e fiquei admirado, pois o filete que saia do Olho d'água, próximo a uma rocha, não dava nem meio palmo, sendo que há muitos quilômetros dali, havia pontos em que, de uma margem quase que não conseguia se enxergar a outra, tornando-se grandioso e imponente.
Jesus falava com gente simples da roça, que conhecia o grão de mostarda, tão pequenina que era quase invisível a olho nu, sem exagero. Depois provavelmente aproximou-se do grupo algumas Donas de casa especialistas em fazer pão caseiro, e imediatamente comparou o Reino de Deus a uma pitadinha de fermento, que embora insignificante em sua quantidade, consegue levitar toda a massa, desaparecendo no meio dela...Eis aí o prenúncio de um Reino que vai começar pequeno, insignificante e sem valor, para ser no final de uma grandeza tamanha que envolverá toda a terra.
Jesus começou com 12 discípulos, depois enviou 72, e a coisa foi crescendo e assim chegou até nós nos dias de hoje. Qual a lição que podemos tirar desse Evangelho? Que o Reino é mais consistente nas pequenas comunidades, nos pequenos grupos, que se tornam fermento na massa, e são capazes de mudar até as estruturas. Isso não é marxismo, isso é o mais puro cristianismo.
Experimente ser diferente e dar um sabor novo, imitando Jesus Cristo, aí no seu trabalho, na sua família ou no seu pequeno grupo ou equipe e irá comprovar tudo o que Jesus está falando nesse evangelho. E não se esqueçam: projetos megalomaníacos não combinam com o Reino de Deus, Palavras de Jesus... Podes crer...

2. Com que poderei comparar o Reino de Deus?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Chegamos ao fim da longa segunda etapa da subida a Jerusalém. Duas pequenas parábolas encerram o trajeto: a parábola do grão de mostarda e a parábola do fermento na massa. As duas parábolas concluem bem tudo o que aconteceu nesta segunda etapa. Tendo começado com o aprendizado da oração, ficam sabendo agora que o seguimento de Jesus e a missão são como o fermento silencioso que se esconde no meio da massa e faz com que a massa cresça. Assim também o pequeno grão de mostarda que dará um arbusto capaz de abrigar os pássaros. Às vezes nossa presença pode parecer inútil, o que fazemos pode representar muito pouco diante das grandes necessidades do mundo, o que pensamos não se realiza, o que vemos ninguém vê e, no entanto, o fermento, que é a graça de Deus, está agindo. No fim teremos um belo arbusto cheio de ninhos gerando vidas. Não somos capazes de avaliar o alcance da graça de Deus. Graça de Deus significa a presença de Deus na nossa vida e no nosso mundo. A gente não o vê, mas ele está no meio de nós. Muitos o rejeitam e negam até a sua existência, mas ele está sempre por perto esperando o momento do encontro. O encontro será confirmação de fé para alguns e surpresa para outros, mas será um encontro alegre para todos. Sem terem visto o grão da mostarda, todos os pássaros fizeram seu ninho nos ramos do arbusto que nasceu.

HOMILIA DIÁRIA

Assuma a beleza do Reino dos Céus no seu dia a dia

Postado por: homilia
outubro 30th, 2012

Jesus usava os exemplos mais simples possíveis, e em outra passagem chega a dizer que explicava essas coisas em parábolas a fim de confundir os doutores, justamente porque os doutores não tinham contato com coisas simples como plantar sementes, preparar massa de pão ou de bolo; então eles tinham mais dificuldade de entender e, às vezes, se confundiam.
Hoje, Ele se desafia: “Com que poderei comparar o Reino dos Céus?” Primeiro, Ele compara com o homem que lança uma semente de mostarda no seu jardim. A semente gera uma árvore que os pássaros do céu fazem ninhos em seus galhos. Qualquer pessoa simples daquela época sabia que a semente de mostarda é a menor dentre todas as sementes, e que gera uma árvore enorme… E o que isso tem a ver com o Reino dos Céus? Veja que comparação linda: o homem que atirou a semente é o próprio Jesus; a semente é o Evangelho; o terreno é o nosso coração; e a árvore que vai crescendo a partir daquela semente é a nossa vida, que é próprio Reino dos Céus onde as aves do céu fazem ninho, ou seja, as crianças de todas as idades vêm se aconchegar aonde as pessoas vêm colher frutos para saciar sua fome de Deus, onde tantos vêm descansar à sua sombra quando estão cansados… E mesmo quando vem o lenhador e corta os seus galhos ou até o seu tronco, a árvore exala perfume sobre o machado que a feriu, mas não morre antes de espalhar novas sementes pelo mundo afora.
A segunda comparação foi com o fermento que se mistura com três porções de farinha até que tudo fique fermentado. Jesus entendia até de cozinha! Quem cozinha sabe que não é só jogar o fermento e pronto… Existe todo um processo para fazer o fermento penetrar na massa. E eu fico imaginando aquelas mulheres quando iam preparar o pão, fazendo as analogias a cada gesto durante a preparação do pão. A farinha é o nosso ser, e o fermento é o amor. Enquanto a massa vai sendo misturada com o fermento, ela precisa ser batida, amassada, deformada e remodelada, para que o fermento se misture e fique igualmente distribuído em toda a massa, para que no momento de ir ao fogo, o pão resista ao calor e cresça por igual.
Nós também precisamos ser amassados, deformados e remodelados para que o amor preencha todas as áreas da nossa vida. Enquanto houver áreas sem fermento, aquela área deverá ser amassada e sofrer um pouco mais, até que o fermento do amor entre nela. Tudo isso para que, no momento de ir ao fogo, o nosso pão cresça por igual sem áreas deformadas pela falta do fermento.
Você deve ter observado que essa reflexão ficou grande, mas poderia ter ficado ainda maior, pela beleza e riqueza deste Evangelho. Jesus também se desafiaria para encontrar uma comparação interessante, com algo que você está habituado a ver no seu cotidiano, só para fazer você entender o que é o Reino dos Céus e desejar – com todas as forças – fazer parte dele.
Senhor, faça com que eu seja instrumento de seu Reino para que ele chegue a todas as pessoas, sem exceção, mormente aos pobres e marginalizados.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 30/10/2012

Oração Final
Pai Santo, nós te damos graças pela semente que lançaste em nosso coração, pelo fermento que colocaste em nossa vida. Faze-nos, Pai amado, jardineiros da tua semente e massa acolhedora do teu fermento, para que produzamos frutos saborosos para o nosso próximo. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 30/10/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós te damos graças pela semente que lançaste em nosso coração e pelo fermento que colocaste em nossa vida. Faze-nos, amado Pai, jardineiros da tua semente e massa acolhedora do teu fermento, para que produzamos frutos saborosos para a nossa Comunidade. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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