sábado, 8 de setembro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 08/09/2018

ANO B


Mt 1,18-23

Comentário do Evangelho

Manso e humilde de coração

Cada evangelista tem características próprias que refletem as fontes de onde colheram suas narrativas e a cultura e os problemas das comunidades para as quais redigem seus evangelhos. Mateus, redigindo para uma comunidade de cristãos oriundos do judaísmo, faz uma inculturação de Jesus na tradição do Primeiro Testamento. Por sua genealogia, José é inserido na linhagem davídica, e pela acolhida de José a Maria, o menino, Jesus, que foi concebido, torna-se um herdeiro messiânico. Contudo, Jesus rejeitou esta expectativa messiânica de poder, no estilo davídico. Manso e humilde de coração, Jesus vem revelar o amor e a misericórdia do Pai, acolhedor a todos os povos e nações.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que a presença de teu Filho Jesus, na História, leve à plenitude a obra de tua criação, fazendo desabrochar, em cada coração humano, o amor para o qual foi criado.
Fonte: Paulinas em 08/09/2012

Vivendo a Palavra

Nós nos alegramos hoje pelo nascimento de Maria. Mateus, remetendo a origem de Jesus a Abraão, mostra sua humanidade: uma árvore genealógica parecida com a de muitos... até que chega a plenitude dos tempos e nasce Maria, eleita pelo Pai para conceber em seu seio o Filho Unigênito.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/09/2012

Reflexão

Jesus se insere na história da humanidade e, ao fazê-lo, também passa a ter uma história. Ele é verdadeiramente homem e assume em tudo a condição humana, menos o pecado. Ao comemorarmos o nascimento da Virgem Maria, estamos comemorando um fato da história do próprio Cristo, pois o seu nascimento está condicionado ao dela, uma vez que ele é seu descendente, já que ela é sua mãe. Com isso, podemos perceber o Senhor da história se inserindo e agindo na própria história da humanidade, para nela realizar o seu plano de amor e salvação.
Fonte: CNBB em 08/09/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Natividade de Nossa Senhora
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há em Hebreus 6 uma afirmação maravilhosa de definição sobre a Fé, ao dizer que ter fé é conseguir enxergar as realidades invisíveis. Hoje no calendário Litúrgico da Igreja celebra-se a Festa da Natividade de Nossa Senhora, e o evangelho dá um grande ênfase em Maria e José, pessoas que, a exemplo de Abraão, deixaram-se mover pela Fé, vislumbrando o Plano de Deus para realizar a Salvação do Homem, e ocupando com humildade o papel ou a missão que Deus lhes reservara.
Abraão, Maria e José não são visionários, simplesmente olham os acontecimentos da sua vida com os olhos da Fé. Tenho um padre amigo que sempre diz algo muito verdadeiro a esse respeito: Fé é aceitação, mesmo quando as coisas não acontecem como havíamos planejado.
Deus não invade a Vida de ninguém, mas faz uma proposta que não pode ser interpretada apenas á luz da razão, essa proposta fará sentido na medida em que a Fé iluminar a razão. Maria era desposada com José e já tinha planos em sua vida, o mesmo acontecia com José, que não é um mero figurante nessa história, mas pela sua Fidelidade a Deus, movido pela Fé aceitou um fato que a simples razão rejeitaria. A noiva apareceu grávida, José a rejeitou secretamente não tornando o fato público para não difamá-la, mas em um sonho o anjo do Senhor revela toda a verdade, a criança foi gerada pelo Espírito Santo, e José deverá dar-lhe o nome de Jesus, que significa aquele que vai salvar o povo dos seus pecados.
Humanamente falando é uma história absurda, sem pé e nem cabeça, assim é a Força da Fé, através da qual o próprio Deus vai interpretando para quem crer, os acontecimentos da história e da sua vida. No fundo a questão é crer ou não crer.
Se na antiga aliança a Fé do Patriarca Abraão permanece como uma referência para as três maiores religiões da terra, São José é o Patriarca da Nova Aliança, e consequentemente da Igreja, ele também acreditou piamente nas promessas de Deus, e que agora com a sua colaboração tão importante, iria se cumprir. Poderíamos dizer que sem a participação de José, a Missão de Maria ficaria comprometida, pois ao assumir a paternidade da criança diante da sociedade judaica, São José afirma e professa que Jesus é o Verbo Divino, gerado pelo próprio Deus, e ainda legitima a sua descendência da estirpe de Davi.
Fonte: NPD Brasil em 08/09/2012

HOMILIA DIÁRIA

Qual o segredo da vida de Maria?

Postado por: homilia
setembro 8th, 2012

Hoje, a liturgia celebra a Natividade de Nossa Senhora, ou seja, o aniversário de Maria. Só alguns santos, pela participação singular na história da salvação, têm celebração da memória do dia do nascimento e do dia da morte. João Batista e Nossa Senhora se unem a Jesus, o Senhor, nesta particularidade.
Este é o dia em que Deus começa a pôr em prática o Seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Esta “casa”, que é Maria, foi construída com sete colunas, ou seja, os dons do Espírito Santo. Conta-nos a tradição que os pais de Nossa Senhora – Joaquim e Ana – já eram velhos e não tinham filhos; visitados por Deus em sua honestidade e fidelidade ao Senhor, Ana ficou grávida de Maria, a qual, ao nascer, logo cedo foi apresentada no Templo e consagrada ao Senhor. Maria é escolhida por Ele desde o ventre de sua mãe, tornando-a Imaculada, sem a mancha do pecado original em vista da missão que ela teria: ser a Mãe do Salvador.
“José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo” (cf. Lc 1, 20). Este é o segredo da vida de Maria; desde seu nascimento, sua vocação era caminhar com seu Filho até a cruz e também no nascimento da Igreja em Pentecostes. O segredo da vida de Nossa Senhora é ser conduzida pelo Espírito Santo. Maria nada fez sem a ação do Espírito de Deus, por isso, Ele é a “cheia de graça”.
Era esposa e mãe, educadora, dona de casa guiada, conduzida pela ação de Deus. Dócil e obediente, ao mesmo tempo em que educava e ensinava, era submissa a Jesus e Sua missão: “Fazei tudo que Ele vos disser”, disse Maria, nas Bodas de Caná, àqueles que serviam (cf. Jo 2, 5).
Celebrar o aniversário da Mãe de Jesus é celebrar sua participação na história da salvação, sua vocação e o mistério da escolha de Deus sobre a humanidade. O desígnio salvífico de Deus passa pelo ‘sim’ de cada pessoa, de cada filho e filha. O Senhor nos criou sem nós, mas ‘não pode’ nos salvar sem a nossa participação. Isso fala de amor, de liberdade. Cabe a nós – como à Virgem Maria – ser, cada vez mais, dóceis e abertos à ação do Espírito Santo de Deus, porque tamanha foi a fecundidade de Nossa Senhora que gerou o Salvador do mundo. Por meio dela “Deus está conosco”.
Nela, tudo foi feito pelo Espírito Santo! Em você, o Espírito de Deus encontra lugar para agir e conduzir sua vida à vontade do Senhor para o bem de todos?
Oração: Oh, Maria Santíssima, eleita e destinada ao eterno pela augustíssima Trindade para mãe do Unigênito Filho do Pai, anunciada pelos profetas, esperada dos patriarcas e desejada de todas as gentes, sacrário e templo vivo do Espírito Santo, sol sem mancha, porque fostes concebida sem pecado original, senhora do Céu e da Terra, rainha dos céus e dos anjos! Nós, humildemente prostrados, vos veneramos e nos alegramos da solene comemoração anual de vosso felicíssimo nascimento. E do mais íntimo de nosso coração vos suplicamos que vos digneis, benigna, vir a nascer, espiritualmente, em nossas almas para que, cativadas estas por vossa amabilidade e doçura, vivam sempre unidas ao vosso dulcíssimo e amabilíssimo Coração. Amém!
Padre Luizinho – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 08/09/2012

Oração Final
Pai Santo, dá-nos especial veneração pela Mãe de Jesus. Que o seu exemplo de humilde aceitação da tua Santa Vontade nos ensine a viver, sempre agradecidos, os dons que recebemos de tua Misericórdia. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/09/2012

OU

Mt 1,1-16.18-23

VIVENDO A PALAVRA

Nós nos alegramos hoje com o nascimento de Maria – ela foi gente como a gente! Mateus, remetendo a origem de Jesus até Abraão, mostra sua humanidade: uma árvore genealógica parecida com a nossa… até que chega a plenitude dos tempos e nasce Maria, eleita pelo Pai para conceber em seu seio Jesus de Nazaré, em quem o Cristo, Filho Unigênito do Pai se fez carne.

Reflexão

A comemoração da Natividade de Maria tem origem no século V. Segundo a tradição, foi construída em Jerusalém uma igreja no lugar onde havia a casa de Joaquim e Ana, pais de Maria. Mais tarde, outra igreja foi aí edificada e recebia grande número de peregrinos que iam venerar o nascimento de Maria. No Ocidente, a festa foi acolhida pela Igreja de Roma ao longo do século VII. Difundida por toda a Europa, tornou-se, a partir da Idade Média, uma festa muito valorizada. Ao contemplar o nascimento de Maria, São João Damasceno exclama: “Formou-se um céu sobre a terra, porque está para iniciar a salvação”. Deus olha e admira a menina que descansa tranquila nos braços de Sant’Ana e a prepara para o futuro: um dia ela dará à luz aquele que o universo não pode conter.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

A HUMANIDADE DO MESSIAS

A genealogia de Jesus contém elementos importantes para a correta compreensão de sua identidade. Seu objetivo é mostrar a inserção de Jesus na história do povo de Israel e fazer sua presença, na história humana, ligar-se com a longa história da salvação da humanidade. Jesus, portanto, é apresentado como verdadeiro homem e não como um ser estranho, vindo do céu, não se sabe bem como.
A sucessão de gerações, que prepara a vinda do Messias Jesus, é um retrato da humanidade a ser salva por ele. Repassando a lista de nomes, encontramos gente de todo tipo: piedosos e ímpios, pessoas de comportamento correto e gente de vida não recomendável, operadores de justiça e indivíduos sem escrúpulos no trato com os semelhantes, judeus e estrangeiros, homens e mulheres. Todos eles formam o substrato humano no qual nasceu Jesus. Esta é a humanidade carente de salvação, para a qual ele foi enviado pelo Pai.
Jesus, porém, é apresentado como dom salvífico do Pai para a humanidade. O fato da concepção virginal aponta nesta direção. Quando a lista chega em José, diz-se que ele é o esposo de Maria da qual nasceu Jesus. A sucessão pela linha masculina é rompida, ficando implícito que o Pai de Jesus é o próprio Deus. Ou seja, a salvação não é obra do ser humano. Ela é oferecida pelo Pai por meio do Messias Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu saiba reconhecer, em tua humanidade, a presença da salvação oferecida pelo Pai, como dom gratuito a todos nós.

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos especial veneração pela Mãe de Jesus e nossa Mãe. Que o exemplo dado por ela de humilde aceitação da tua Santa Vontade nos ensine a viver, sempre agradecidos, os dons que recebemos de tua Misericórdia. Pelo mesmo Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão em Jesus de Nazaré e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário