segunda-feira, 16 de julho de 2018

LEITURA ORANTE DO DIA - 15/07/2018



LEITURA ORANTE

Mc 6,7-13 - Jesus chama e envia à missão


Preparo-me ao encontro com Deus mediante sua Palavra,
rezando com todos que se encontram neste espaço:
Vem, Espírito Santo, aos nossos corações,
e concede-nos, por intercessão de Maria,
a graça de ler e reler as Escrituras.
Concede-nos, Espírito Santo,
a graça de reconhecer a obra de Deus atuante na História
e a sua presença de misericórdia.
Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mc 6,7-13, e observo pessoas
que Jesus chama e o que lhes recomenda.
Ele chamou os doze discípulos e os enviou dois a dois, dando-lhes autoridade para expulsar espíritos maus. Deu ordem para não levarem nada na viagem, somente uma bengala para se apoiar. Não deviam levar comida, nem sacola, nem dinheiro. Deviam calçar sandálias e não levar nem uma túnica a mais. Disse ainda:
- Quando vocês entrarem numa cidade, fiquem hospedados na casa em que forem recebidos até saírem daquela cidade. Mas, se em algum lugar as pessoas não quiserem recebê-los, nem ouvi-los, vão embora. E na saída sacudam o pó das suas sandálias, como sinal de protesto contra aquela gente.
Então os discípulos foram e anunciaram que todos deviam se arrepender dos seus pecados. Eles expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes, pondo azeite na cabeça deles.
Refletindo
Jesus não chamou para seu grupo os mais preparados do seu tempo, mas, os mais disponíveis.  Chamou simples pescadores - Pedro, André, Tiago, João. Chamou o cobrador de impostos. Chamou gente simples. Não significa que discriminou os mais capacitados. Apenas, significa que os corações  mais simples estão livres de muitas preocupações. E os chamados recebem o mesmo poder de Jesus: anunciar o Reino, expulsar os espíritos maus e curar todas as doenças, uma missão de libertar as pessoas de todos os males. Rejeitar os apóstolos é rejeitar a salvação.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Sou livre para seguir Jesus?
Pelo batismo todo cristão é chamado a seguir Jesus de acordo com seu estado de vida.
Meditando
Os bispos, em Aparecida, falaram deste chamado:
"A admiração pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam uma resposta consciente e livre desde o mais íntimo do coração do discípulo, uma adesão de toda sua pessoa ao saber que Cristo o chama por seu nome (cf. Jo 10,3). É um "sim" que compromete radicalmente a liberdade do discípulo a se entregar a Jesus, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14,6). É uma resposta de amor a quem o amou primeiro "até o extremo" (cf. Jo 13,1). A resposta do discípulo amadurece neste amor de Jesus: "Te seguirei por onde quer que vás" (Lc 9,57). (DAp 136).

3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com a Venerável Mestra Tecla Merlo:
Senhor,
sei que tu me amas.
Tudo dispões para o meu bem...
Sei que pensas em mim continuamente,
sei que queres me ajudar e podes me ajudar.
Tu o prometestes e não falhas.
Eu creio.
(Lembrar uma pessoa ou situação que precisa da graça especial de Deus)
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ouça: Eu te seguirei - Pe. Zezinho, scj

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
"Somos chamados a encarnar o Evangelho no coração do mundo"(DGAE CNBB). Meu novo olhar me leva a viver a missão de apóstolo e missionário onde quer que esteja.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br

Leitura Orante
15° Domingo Tempo Comum, 15 de julho de 2018


Conhece-se os seguidores de Jesus pelos pés.

“E Ele percorria os povoados da região, ensinando” (Mc 6,6)

Texto Bíblico: Marcos 6,7-13

1 – O que diz o texto?

Jesus, o Homem dos Caminhos, chama para uma Vida nova. Chama na vida e para a vida e põe as pessoas em movimento, a caminho. A “pegada” que Ele deixa ao passar é sua própria Vida partilhada.
Ele é o inspirador de toda itinerância; com sua peregrinação Ele abre possibilidade de outros caminhos.
Jesus, o homem que se definiu, tem um sonho, um projeto (Reino). E surge diante dos outros com força pessoal capaz de sacudi-los e colocá-los em movimento. Ele “passa” e sua presença os atrai arrancando-os da acomodação.
Faz-se do chamado um caminho, quando se partilha a vida com quem chamou. Responder ao chamado feito por Jesus significa tornar esse chamado um caminho de entrega e de serviço.
Jesus nos apresenta uma causa muito nobre e, com seu chamado, rompe nosso estreito mundo e despertas em nós ricas possibilidades, reacende o que de mais nobre há em cada um e amplia nosso horizonte de vida. Para isso é preciso sair dos templos que pretendem fechar e aprisionar o Espírito, para dirigir-nos aos caminhos do mundo, para entrar em sintonia com o Coração e o Manancial da Vida, “em espírito e verdade”, tocando a carne concreta da Humanidade e da Mãe Terra.
“Chamado - resposta” implica, pois, um encontro comprometedor. O modo de ser de Jesus, transparente e livre, ativa nossa vida atrofiada e estreita e nos capacita a olhar amplos horizontes: seu povo, seu mundo dividido e excluído... A ressonância de seu chamado nos predispõe a encontrar motivações saudáveis e maduras que nos permitam peregrinar e viver no contexto atual com amor, entusiasmo e criatividade.
Jesus envia seus discípulos com o necessário para caminhar: cajado, sandálias e uma túnica. Não precisam de mais nada para ser testemunha do essencial. Jesus quer vê-los livres e sem ataduras, sempre disponíveis, sem instalar-se no bem-estar, confiando na força do Evangelho.
“O discípulo-missionário é um des-centrado: o centro é Jesus Cristo que convoca e envia. O discípulo é enviado para as periferias existenciais. A posição do discípulo-missionário não é a de centro, mas de periferias: vive em tensão para as periferias”. (Papa Francisco)

2 – O que o texto diz para mim?

“Adeptos, adeptas do Caminho”: assim eram conhecidos os primeiros seguidores e seguidoras de Jesus. (At 9,2)
Assim também quer Jesus que eu seja sua seguidora, sempre em caminho, em todos os lugares, em todas as casas de passagem, disposta a parar e conversar, pronta ao encontro e à solidariedade com todos os que vão e vem pela vida.
Como seria bom voltar a recuperar o sentido desta expressão (“adeptos do Caminho”), pois ela me convida a continuar percorrendo o caminho cotidiano da existência de uma maneira cristificada; e isto é algo fundamental para o encontro profundo com o outro, com as alegrias e os sofrimentos daqueles que se encontram às margens, com a novidade e a surpresa da senda da vida, com o desafio de prosseguir confiando na Boa Notícia de Jesus, que se manteve sempre em caminho pelas estradas da Palestina, para levantar os feridos, oprimidos e excluídos do sistema social e religioso.
Hoje como ontem, sair, caminhar, deslocar-se, ser itinerante... tem sentido, porque significa ir ao encontro do novo e do diferente. “Sair” é também uma experiência constitutiva da natureza humana porque tem um ar transformador. Cada um, ao longo do caminho, experimenta “novos modos” de habitar a existência, de olhar-se, pensar e relacionar-se. A itinerância permite ir mais além de si mesmo para encontrar outras maneiras de viver, para entrar em outras terras prometidas, para aproximar-se de outras pessoas, povos, culturas, onde encontrar o sentido de vida; sobretudo, possibilita ir ao encontro d’Aquele que me transcende e sempre se revelou Peregrino.
A vida humana, neste sentido, é caminho, com um ponto de partida, uma meta, um trajeto e um horizonte. Caminho, palavra familiar e também humilde que evoca a existência de uma origem e um destino e, entre ambos, de uma aventura: a aventura de meu caminhar, feita de desafios e extravios, e também de encontros e de momentos inesquecíveis me conforta ao longo do percurso.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

Sou “peregrina” neste “êxodo de mim mesma para Deus”, no qual me “adentro em terra estranha, despojada dos suportes usuais da existência, desprovida de todo amparo que não seja o da caridade...” (Tellechea Idógoras).
Quem caminha calcula seu trajeto, suas próprias forças, fadigas, planeja suas paradas. Por outra parte, decide correr o risco de sair de sua zona de conforto, para abrirse à paisagem de novas relações, ao inesperado e inexplorado, a novos encontros e sensações, a confiar e percorrer a própria existência.
O caminho é um processo de mudança pessoal, um lugar pedagógico de cura, de aprendizagens, abertas ao assombro, a um olhar dinamizador, à liberdade de pensamento e de ação. Ele me move a dilatar o coração e interessar-me pela situação das demais pessoas, a aproximar-me dos samaritanos e das samaritanas que encontro nas idas e vindas. Porque o caminho é a ocasião, o Kairós, o tempo pedagógico de um movimento que vivifica, deixa pegada e sabor de um outro sentir.
Posso dizer que na Igreja são imprescindíveis os itinerantes, os peregrinos do Reino de Deus, como o próprio Jesus, que enviou discípulos e discípulas pelos caminhos e povos, sem nenhuma estrutura de apoio a não ser um coração disposto a não querer outra riqueza a não ser o fermento de nova humanidade.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Quê significa “fronteiras geográficas e existenciais”?
Senhor, preciso sair dos limites conhecidos; sair de minhas seguranças para adentrar-me no terreno do incerto; sair dos espaços onde me sinto forte para arriscar-me a transitar por lugares onde sou frágil; sair do inquestionável para enfrentar o novo...
É decisivo estar disposta a abrir espaços em minha história a novas pessoas e situações, novos encontros, novas experiências... Porque sempre há algo diferente e inesperado que pode me enriquecer...
A vida está cheia de possibilidades e surpresas; inumeráveis caminhos que posso percorrer; pessoas instigantes que aparecem em minha vida; desafios, encontros, aprendizagens, motivos para celebrar, lições que aprenderei e me fará um pouco mais lúcida, mais humana e mais simples...
A periferia passa a ser terra privilegiada onde nasce o “novo”, por obra do Espírito. Ali aparece o broto original do “nunca visto”, que em sua pequenez de fermento profético torna-se um desafio ao imobilismo petrificado e um questionamento à ordem estabelecida.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

Com os itinerantes Jesus iniciou um movimento a serviço do Reino e Ele mesmo foi um itinerante. Não permaneceu numa casa, não se fechou em um lugar, não fundou uma instituição vinculada a um tipo de templo, sinagoga ou santuário, mas foi percorrendo, com um grupo de discípulos e discípulas amigos e amigas, também itinerantes, os povoados e aldeias da Galiléia, anunciando e tornando presente o Reino. Jesus os tirou de seus lugares estáveis, de suas simples redes da margem do mar, e os fez itinerantes através de outros e amplos caminhos e mares, para assim encontrar-se com os caminhantes, os perdidos e expulsos, e iniciar com eles a grande Marcha da Vida.
Na minha vida acontece algo de verdadeiro e belo quando me disponho a buscar dentro de mim mesma a razão da minha existência.
No “mapa espiritual” de meu interior ainda existe uma “terra desconhecida”, que proporciona interesse à vida, suscita curiosidade, me põe a caminho...
Grandes surpresas interiores estão à minha espera, e a capacidade de continuar procurando é que dá sentido ao esforço e vigor à vida.

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: Marcos 6,7-13
Pe. Adroaldo Palaoro, sj

Sugestão:
Música: Caminhos e Jornadas Fx 04 (1.58)
Autor: Pe. Zezinho, scj
Intérprete: Pe. Zezinho, SCJ
Coro: Fernandinho, Ringo, Angela Márcia, Caio Flavio, Silvinha Araujo, Roberto Merli, Dalva de S. Tenorio, Márcia M. Carvalho
CD: Ir ao povo
Gravadora: Paulinas Comep

http://www.nospassosdepaulo.com.br/2018/07/leitura-orante-15-domingo-tempo-comum.html

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