quarta-feira, 4 de julho de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 04/07/2018

ANO B


Mt 8,28-34

Comentário do Evangelho

Jesus é proclamado vitorioso sobre o mal.

Toda a cena se desenvolve num ambiente de impureza: a região pagã dos gadarenos, os dois homens violentos dominados por espíritos impuros, a menção dos túmulos, mortos e porcos. O mal, ou os muitos males, que, por vezes, habita o ser humano, desfigura-o. Expulsando e dominando os espíritos impuros, Jesus é proclamado vitorioso sobre o mal e todas as suas manifestações. Até mesmo a pagãos a salvação de Jesus é realizada.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca-me bem junto de teu Filho Jesus, para que as forças do mal não prevaleçam contra mim nem me mantenham prisioneiro de seu poder opressor.
Fonte: Paulinas em 02/07/2014

Vivendo a Palavra

Visto por nós, através da lente da Ressurreição, o exorcismo de Jesus parece natural. Entretanto, para o povo da época, tanto poder causava medo e era preferível que o Mestre se afastasse do lugar. Ainda hoje, há quem tema o Senhor e se negue a aceitar sua presença amorosa em nós e no nosso meio.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/07/2014

VIVENDO A PALAVRA

Como aqueles dois possuídos pelo demônio, também nós não raras vezes vivemos no meio de túmulos – quando procuramos a companhia de mortos ou até nos tornamos um deles – afastando-nos do Caminho da Vida no Reino de Deus, para nos entregarmos às seduções do mundo.

Reflexão

Apesar de toda evidência do amor de Jesus, existem pessoas que não o aceitam, e fazem isso porque consideram a aceitação de Cristo e de suas exigências como perda de algo a que estão apegados como uma verdadeira idolatria. Para os gadarenos, parece que é melhor ficar com os porcos, mesmo que seja com o diabo junto, do que aceitar um irmão resgatado e reconhecer a manifestação do amor salvífico de Deus. De fato, rejeitar Jesus em vista de algum bem material constitui-se em uma atitude diabólica, uma verdadeira idolatria.
Fonte: CNBB em 02/07/2014

Recadinho

Você se preocupa em primeiro lugar com os bens espirituais? - É possível ficar indiferente à graça de Deus que age em nós? - Você acredita que Deus cura se não dos males físicos, pelo menos dos espirituais? - Você se desespera quando não consegue o milagre que tanto desejava? - Será que o que pede é realmente para seu bem espiritual?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 02/07/2014

Reflexão

O fato se dá em território pagão. Tendo vindo para libertar a todos, Jesus ultrapassa as fronteiras de Israel. Depara-se com uma cena desumana: vêm ao seu encontro dois endemoninhados que moravam no cemitério e aterrorizavam os passantes. Jesus enfrenta a situação deplorável. Dá ordem para que os demônios voltem para o mundo da impureza, simbolizado pelos porcos, animais considerados impuros pelos judeus. Os porcos eram também símbolo do poder militar, religioso e comercial romano. O Reino de Deus derruba a pretensão desses poderes sobre o povo. Enquanto os dois homens celebram o poder libertador de Jesus, os moradores da região o expulsam como indesejável. Mais preocupados com o dinheiro e seus negócios do que com a vida humana, eles não acolhem a presença transformadora de Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Comentário do Evangelho

VENCENDO OS ESPÍRITOS MAUS

A instauração do Reino de Deus, através da pessoa de Jesus, criou rupturas no esquema pecaminosa que se apoderou da história humana. O pecado criou espaço para que os espíritos malignos agissem sobre as pessoas, mantendo-as cativas de sua perversidade. Escravizar-se ao pecado é, em última análise, deixar-se possuir pelos maus espíritos. Jesus, veio, exatamente, para libertar o ser humano desta escravidão.
A ação de Jesus pode ser descrita como uma espécie de confronto com toda sorte de mau espírito. O mau espírito da ganância, da inveja, do egoísmo, da violência e afins vêem-se atormentados com a presença de Jesus. De fato, o Filho do Homem veio para atormentá-los e não pode deixá-los em paz, enquanto não vê o ser humano libertado de sua má influência.
A situação dos dois possessos gadarenos é imagem da gravidade e intensidade da possessão do mau espírito no coração humano. A convivência com eles tornou-se impossível. Sua violência impedia a aproximação de quem quer que fosse. E, quando foram expulsos, apoderou-se de uma vara de porcos, que acabou lançando-se ao mar e afogando-se.
A este estado fica reduzida a pessoa que abre espaço, em seu coração, para qualquer forma de mau espírito. Somente, a presença de Jesus tem o poder de libertá-la.
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a repelir toda ação do mau espírito, cuja intenção é manter-me cativo de sua perversidade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 02/07/2014

Meditando o evangelho

A VITÓRIA SOBRE O MAL

O incidente com a vara de porcos, em território pagão, esconde uma temática teológica, retrabalhada pelo evangelista a partir de um motivo folclorístico, com traços de comicidade: o Filho de Deus venceu o mal, libertando a humanidade do poder demoníaco.
Os espíritos malignos, tendo-se apoderado dos dois gadarenos, tornaram-nos refratários a Jesus, levando-os a rejeitar sua presença. Insociáveis e violentos, esses homens viviam no mundo da morte, pois moravam nos sepulcros, seu lugar de habitação, tendo sido reduzidos a um estado de total desumanização.
A presença de Jesus reverteu este quadro. Era impossível que ele ficasse impassível diante de uma situação tão deplorável! Sua atitude imediata foi libertar os gadarenos, ordenando aos demônios que voltassem para o mundo da impureza, simbolizada pelos porcos presentes nas imediações. Foi deles a iniciativa de pedir para serem mandados para lá. Afinal, os homens tinham sido recuperados para a vida, libertados do mal.
Os habitantes de Gadara não foram capazes de reconhecer o poder de Jesus. Um misto de medo, confusão e ressentimento pela perda dos porcos apoderou-se deles. Por isso, pediram que ele se retirasse de seu território.
Em todo caso, doravante os dois homens miraculados seriam um símbolo vivo do poder libertador do Messias Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito que liberta do mal, purifica meu coração de tudo quanto me desumaniza e me impede de viver em comunhão com meus semelhantes.

HOMILIA

JESUS CURA DOIS HOMENS

Na época de Jesus, muitas enfermidades internas eram interpretadas como possessões demoníacas. Por isso, para eles, o sinal mais evidente da chegada do Reino era a vitória sobre essas forças do mal que provocava muito sofrimento. Esses demônios faziam o homem escravo e viver fora da realidade, como morar em cemitério, ser agressivo, quebrar grilhões e ferindo-se.
No Evangelho de Marcos, anterior ao de Mateus, esta narrativa está mais desenvolvida. Aí, o núcleo é o homem que foi libertado do demônio e passou a anunciar os feitos de Jesus. O demônio é associado à Legião, divisão militar romana. Mateus o omite. E nada diz sobre os dois homens que foram libertados. As multidões que acorrem da cidade vêm para ver Jesus e não os homens libertados, como em Marcos. O interesse de Mateus é a manifestação de poder de Jesus, de maneira a fortalecer a confissão de fé messiânica, da tradição do judaísmo. Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus (os próprios demônios o confessam) que vem com poder para derrotar os demônios. Pois ele sabe tudo sobre a origem, o poder e a ação de Jesus. Sabe e conhece os relatos das curas que Cristo realizava, por isso O pergunta: Filho de Deus, o que o senhor quer de nós? O senhor veio aqui para nos castigar antes do tempo? Se o senhor vai nos expulsar, nos mande entrar naqueles porcos!
Em duas palavras: Pois vão!, Jesus responde e suas palavras produzem efeito. O homem fica curado. Jesus ao curá-lo devolve o direito de convívio com a comunidade, realizando assim a chegada do Reino também para quem não acreditava. Assim, se entende que a salvação não é somente para um povo ou uma religião, é para todos. Quanto aos prejuízos causados pela morte dos porcos devido à expulsão dos demônios, quero crer que foi por misericórdia para com os donos desses animais, que Jesus permitira lhes sobrevivesse o prejuízo. É que eles se achavam absorvidos em coisas terrestres, e não se importavam com os grandes interesses da vida espiritual. Cristo desejava quebrar o encanto da indiferença egoísta, a fim de Lhe poderem aceitar a graça que redime e salva proporcionando-lhes a vida eterna. E a atitude dos moradores ao expulsarem Jesus da sua região, foi uma recusa total da salvação trazida por Jesus. Oxalá, reconhecendo o poder de Jesus, o projeto de vida eterna em nossas vidas pela Força e o Poder do Filho de Deus gritemos como aqueles endemoniados e peçamos a Deus a graça de acolhermos o projeto de Jesus que é o projeto de vida eterna.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 02/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

Jesus combate a ação do maligno no mundo

Jesus é o vencedor, é o Cordeiro de Deus que combate o mal, o pecado e a ação do maligno do mundo!“Buscai o bem, não o mal, para terdes mais vida, só assim o Senhor Deus dos exércitos vos assistirá” (Amós 5, 14).
O Evangelho nos mostra, em diversas situações, o combate de Jesus contra as forças do mal. O Senhor Jesus combate diretamente o maligno e não permite que as forças demoníacas ajam no meio do Seu povo. Os próprios demônios temem e tremem com a presença de Jesus, onde Ele está o mal não pode agir; Ele é o combate de frente, Ele é o vencedor, Ele é o Cordeiro de Deus que tira o mal, o pecado, a ação do maligno do mundo!
Se é verdade que nós não podemos ficar vendo demônios em toda parte, se é verdade que não podemos ficar encucados e em tudo achar que é o demônio que está fazendo ou agindo, pois isso se torna uma neurose e um desiquilíbrio e, muitas vezes, não nos ajuda a viver com serenidade a nossa fé; também é verdade que nós não podemos ignorar a presença do mal no mundo, não podemos ignorar quem é o autor do mal e do pecado. O demônio existe, os seus anjos existem e estão no mundo; eles não são mais do que Deus, não têm mais poder do que Deus e não podem nada em nossa vida que possa tolher a nossa liberdade e a nossa escolha.
Agora é verdade também que, muitas vezes, o mundo dá muito mais ouvido às ações do maligno do que a Deus. No Evangelho de hoje, quando Jesus expulsa esses demônios, eles temem e se apavoram com a presença do Senhor, mas o próprio povo que viu Jesus expulsando os demônios, combatendo a sua ação, é o mesmo que expulsa o Senhor daquele lugar – tamanha foi a rejeição que eles tiveram à ação de Jesus. Se trata de um território pagão, mas ali Deus se manifestou e se fez presente.
Quem nós precisamos expulsar da nossa vida não é Jesus; são os demônios! Quem nós precisamos tirar da nossa vida é aquele que nos leva à perdição, perde a nossa casa, a nossa família.
Sempre digo que nós precisamos ter os sacramentais em nossa casa, precisamos exorcizar a nossa casa com água benta, com sal exorcizado; precisamos sempre nos purificar do mal e precisamos encher cada vez mais a nossa casa com a presença bondosa, misericordiosa e libertadora de Jesus Cristo.
Nós enchemos as nossas casas de quadros bonitos – nada contra fazer isso – mas é tão ruim entrar em uma casa e não encontrar o crucifixo. A Bíblia deve estar em nossas casas não como um livro de enfeite, mas como o livro de combate espiritual. O mal existe não para nos dominar, mas sim para ser combatido; e Jesus é Aquele que vai à nossa frente para combater o mal. Uma vez que nos tornamos Seus discípulos precisamos, com Ele, dizer “não” ao autor de todo o mal e sermos cada vez mais Seus discípulos fazendo o bem.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 02/07/2014

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a consciência de que a expulsão de demônios é tarefa nossa, delegada por Jesus. Mas a casa não deve ficar vazia: que em seu lugar permaneça o Espírito de Amor, para iluminar os caminhos do teu Reino que já se encontram nesta terra abençoada. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/07/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, conserva-nos na tua Paz, na alegre companhia da Comunidade dos que querem seguir os passos de Jesus em busca da Verdade que liberta e da Vida Plena no teu Reino de Amor. Faze-nos, Pai querido, seguidores do Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.

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