terça-feira, 17 de julho de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 16/07/2018

ANO B


Mt 12,46-50

Comentário do Evangelho

O lado de fora da casa.

O texto do evangelho de hoje não é desprezo de Jesus por sua família. Compreendê-lo assim seria um erro. A visita da família a Jesus é uma ocasião de ensinamento para ele: a sua família, isto é, os membros do povo que ele reúne, é mais ampla do que os membros de sua parentela, pois constituída por aqueles que fazem a vontade do Pai, que está nos céus (v. 50; cf. 7,21). Por duas vezes o texto repete que a mãe de Jesus com alguns irmãos estão do lado de fora da casa (vv. 46-47). Essa observação, que poderia passar despercebida é, a nosso ver, importante: sem participar do círculo dos discípulos, seu ensinamento, seu trabalho incansável e seus gestos parecem loucura e sem sentido. Num texto próprio a Marcos, o evangelista dá a razão pela qual sua família vai procurá-lo para retê-lo: pensavam que ele estava fora de si (Mc 3,20-21). Para poder compreender a missão de Jesus é preciso entrar no círculo de Jesus e situá-la no horizonte do desígnio salvífico de Deus. São Paulo, num texto em que ele procura resolver um problema de divisão interna da comunidade de Corinto, afirma que o modo de agir de Deus confunde o mundo e os que se julgam sábios (1Cor 1,27).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.
Fonte: Paulinas em 16/07/2014

Vivendo a Palavra

«Aquele que faz a vontade do meu Pai, é meu irmão, minha irmã e minha mãe.» Assim, o Filho quis nos ensinar que Maria já era sua Mãe muito antes de tê-lo gerado, pois ela fez a vontade do Pai que está no Céu. Façamos de Maria, mais do que objeto de culto e veneração, um exemplo para nossa vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/07/2014

VIVENDO A PALAVRA

O Evangelho ensina que fazer a vontade do Pai que está no céu é a condição para nos tornarmos irmãos de Jesus. E temos na Menina de Nazaré o exemplo mais próximo daquela que soube fazer a vontade do Pai. Fixemos em nossos corações a figura da Mãe Maria e façamos dela o modelo para nossa vivência de discípulos de Jesus de Nazaré.

Reflexão

Jesus não quer que nós sejamos seus servos, pois o amor que ele tem por nós não permite isso. O apóstolo São João nos diz no seu Evangelho que Jesus não chama os seus seguidores de servos, mas de amigos, porque lhes revelou tudo o que o Pai lhe deu a conhecer. Mas no Evangelho de hoje, Jesus vai mais além, ele nos mostra que quer que todos os que ele ama e o amam sejam membros da sua família, participem da sua vida divina. Para demonstrar o amor que temos por Jesus, não basta apenas afirmar o amor que se sente por ele, é preciso ir além, é preciso conhecer e realizar a vontade do Pai. Somente quem faz a vontade do Pai ama verdadeiramente a Jesus, torna-se membro da sua família e participa da sua vida.
Fonte: CNBB em 16/07/2014

Recadinho

Você se dedica como deve à família? - Mas você se dedica também aos não familiares que necessitam de sua presença e participação? - Coloca de fato as coisas de Deus acima de tudo sempre? - É da família de Jesus quem faz a vontade de Deus. Concorda? - No ambiente de sua comunidade há muita fraternidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 16/07/2014

Reflexão

O Carmelo é uma elevação montanhosa na Palestina. No século XII, alguns eremitas retirados nessa montanha teriam fundado a ordem dos Carmelitas, dedicados à contemplação, sob a proteção de Nossa Senhora. Segundo as tradições carmelitas, em 16 de julho de 1251, o primeiro geral da Ordem, São Simão Stock, recebeu das mãos de Maria o escapulário (pequeno hábito) com a promessa de salvação: quem morresse revestido do escapulário seria salvo. Difundida com o apoio do povo em diversas nações, a festa de Nossa Senhora do Carmo (nome comum sinônimo de Carmelo), em 1726 foi estendida a toda a Igreja pelo Papa Bento XIII. Se for compreendido com retidão, o escapulário não é outra coisa senão o sinal exterior do apego interior à Virgem e do compromisso de sermos fiéis à palavra do Senhor.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Comentário do Evangelho

QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?

A ruptura com os laços familiares foi uma das exigências do serviço ao Reino, com as quais Jesus se defrontou. Também por exigência do Reino, foi levado a constituir, sobre novas bases, uma comunidade cujo relacionamento interpessoal deveria ter a profundidade do relacionamento familiar. A comunidade dos discípulos de Jesus pode ser definida como a família do Reino, cuja característica são os laços fraternos que unem seus membros.
Nesta perspectiva, fica em segundo plano a consangüinidade. Doravante, ser mãe ou irmão de sangue não tem importância. O critério de pertença à família do Reino consiste em submeter-se à vontade do Pai, sendo-lhe obediente em tudo. Importa mostrar, com ações concretas, esta submissão. Aí o agir do discípulo identifica-se com o agir do Mestre, a ponto de Jesus poder considerá-lo como irmão: a vontade do Pai é o imperativo na vida de ambos.
Assim, a ligação entre Jesus e os seus discípulos era muito mais profunda do que a sua convivência física com eles. Havia algo de superior que os unia, sem estar na dependência de elementos conjunturais, quais sejam, a pertença a uma determinada família, raça ou cultura. Basta alguém viver um projeto de vida fundado na vontade do Pai, para que Jesus o reconheça como pertencente à sua família. Para ele, estes são seus irmãos, suas irmãs, suas mães. São irrelevantes outros títulos de relação com Jesus, quando falta este pré-requisito.
Oração
Espírito de adesão à vontade do Pai, faze-me sentir sempre mais membro da família do Reino, levando-me à perfeita submissão ao querer divino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Venha, ó Deus, em nosso auxílio a gloriosa intercessão de Nossa Senhora do Carmo para que possamos, sob sua proteção, subir ao monte que é Cristo. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 16/07/2014

Meditando o evangelho

A FAMÍLIA DE JESUS

O Reino de Deus, anunciado por Jesus, estabelece laços profundos entre aqueles que assumem seu projeto de vida. Estes laços fazem dos discípulos do Reino uma grande família, não unida pelos vínculos do sangue e, sim, pela submissão à vontade de Deus. A identidade dessa família se configura por um idêntico modo de proceder, fundado no amor e na prática da justiça. Por esse caminho, os discípulos se reconhecem como irmãos e irmãs, unidos para além de qualquer divergência, cultura ou raça. Essa fraternidade não é mera formalidade. Existe entre eles uma efetiva comunhão de vida. Onde as relações interpessoais não chegam a se expressar desta forma, é sinal de que aí o Reino ainda não aconteceu.
Esta dimensão do Reino foi expressa pelo próprio Jesus. Ele se recusou a privilegiar os laços sangüineos que o uniam à sua mãe e demais parentes. Esses laços pouco contavam. Doravante, o parentesco com Jesus haveria de se concretizar no cumprimento da vontade do Pai. Quem a cumpre, faz parte da família do Mestre. Quem prefere pautar sua vida por outros parâmetros, não tem parte com ele.
O critério estabelecido por Jesus possibilita a todo discípulo do Reino, em qualquer tempo e lugar, saber-se unido a ele como a um ser querido muito próximo. Por conseguinte, é sempre possível estabelecer laços com ele pela via da afetividade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que jamais eu perca de vista os laços profundos de afeto que me unem a ti.

HOMILIA

A VERDADEIRA FAMÍLIA DE JESUS

Fazer a vontade de Deus é o requisito que Jesus nos apresenta para também sermos considerados da Sua família. Portanto, não é difícil para nos imaginarmos membros da família de Jesus. Ele mesmo o diz e aponta para nós, como fez quando distinguiu os Seus discípulos: eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.
Ao declarar que todo aquele que faz a vontade de Deus é a Sua família, Ele não estava renunciando à Sua família segundo a carne. Como filho mais velho, Ele continuou a cuidar do bem estar da Sua mãe. Isto foi comprovado quando, ao dar a Sua vida na cruz, Ele passou essa responsabilidade ao discípulo a quem ele amava.
Simplesmente Jesus define claramente que o parentesco de ordem humana, seja a mãe, os irmãos ou irmãs que ele tinha, não têm qualquer significação no Reino de Deus.
O relacionamento mais chegado do Senhor Jesus é com o Seu Pai, que está nos céus, o próprio Deus Pai. O único “parentesco” permanente que Ele pode ter é de ordem espiritual - e é com aqueles que fazem a vontade de Deus. A estes, Ele chama de meus irmãos.
Deixando de lado os laços sanguíneos, representado pelo parentesco segundo a carne com sua mãe e seus irmãos, o Senhor Jesus passará agora a ampliar o Seu ministério a todos aqueles que O receberem, sem distinção entre judeus e gentios. Não se dará mais exclusividade a Israel, devido à sua incredulidade e rejeição.
O relacionamento segundo a carne passa a ser inteiramente superado por afinidades espirituais. A obediência a Deus é agora o fator predominante e definitivo para estabelecer tais afinidades, sem outra distinção qualquer.
O mesmo se aplica a todo aquele que recebe Cristo como o seu Senhor e Salvador. Ele disse: Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. Nosso relacionamento espiritual com Cristo produz um vínculo maior do que nosso parentesco de sangue.
Jesus não perdia tempo, por isso, ele aproveitava todos os momentos para dirigir ao povo, mensagens de vida e conversão. A Mãe de Jesus, em tudo fez a vontade do Pai, desde a encarnação até a morte e ressurreição de Jesus. Soube confiar no plano de Deus e, por isso, é chamada de co-Redentora, pois contribuiu para que tudo se realizasse.
Maria fez a vontade de Deus! José foi um homem ajustado ao Plano de Deus, e você?- Você se considera da família de Jesus? - Jesus aponta para você também quando pronuncia estas palavras? - Você é um (a) discípulo (a) fiel? Se fores diga graças à Deus. E senão é tempo para você se converter e mudar de vida. Veja que os discípulos deixaram suas famílias, abandonaram-se à vontade do Pai e uniram-se à nova família, em torno de Jesus. Agora é a sua vez meu irmão, minha irmã!
Pai reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos um só corpo e uma só alma quem Cristo Jesus teu filho muito amado e que por amor morreu e ressuscitou. Amém!
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 16/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

Que Nossa Senhora do Carmo faça de nós verdadeiros seguidores de Jesus

Que Nossa Senhora nos ajude a não sermos meros ouvintes da Palavra de Deus. E que ela nos mostre o caminho e a direção e faça de nós verdadeiros seguidores do seu Filho Jesus.
“Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mateus 12, 49-50).
A Igreja hoje nos dá a graça de celebrarmos a festa de Nossa Senhora do Carmo; de lembrarmos que a Virgem Maria se manifestou a São Simão Stock, que recebeu o escapulário com a promessa da sua proteção constante em todas as situações da vida.
Hoje a Palavra de Deus nos ajuda a compreender o papel que a Mãe de Jesus ocupa em nosso coração. Nós amamos e veneramos Maria por um privilégio e uma graça sem igual que ela recebeu de Deus: ela foi escolhida para ser a Mãe do Senhor. Mas esse privilégio e essa graça que ela recebeu do Céu teriam se tornado inócuos, vazios e até perderiam o sentido se Maria não tivesse se tornado também discípula de Jesus, seguidora do Senhor. E uma vez que ela se tornou discípula e seguidora do Senhor, ela colocou em prática em sua vida a vontade do Pai. Aquela que é Mãe se faz serva; aquela que é Senhora se faz discípula.
Maria nos ensina que, no Reino de Deus, não é quem é grande, não é quem tem títulos, não é quem se acha isso ou aquilo que se torna discípulo segundo a vontade do Pai, mas sim aquele que está disposto a aprender e ter o seu coração moldado segundo a vontade de Jesus. Maria é aquela que ensinou Jesus a andar, a falar, foi aquela que carregou consigo Jesus, mas foi também aquela que aprendeu com o seu Filho o sentido do Reino de Deus.
Nós, hoje, queremos olhar para a Virgem Mãe e Senhora do Carmo e pedir que ela também nos ensine a entrarmos na escola de Jesus, para aprendermos com Ele o sentido e a direção da vida. Que a Virgem Maria nos ajude a não sermos meros ouvintes da Palavra de Deus. Que ela nos mostre o caminho e a direção e faça de nós verdadeiros seguidores do seu Filho Jesus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/07/2014

Oração Final
Pai Santo, Tu que nos deste Maria de Nazaré como modelo para a caminhada, ajuda-nos a segui-la pelos mares da vida – este é o melhor jeito, estamos seguros, de seguir o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/07/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós, os fiéis de tua Igreja, queremos seguir as virtudes de Maria. Que sejamos humildes, alegres, compassivos, generosos e cheios de amor para partilhar com os nossos companheiros do Caminho, especialmente os empobrecidos e excluídos pela sociedade. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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