quinta-feira, 12 de julho de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/07/2018

ANO B


Mt 10,16-23

Comentário do Evangelho

É por causa de Jesus que os discípulos são perseguidos

Trata-se da continuação da missão dada aos Doze, enviados por Jesus para pregar a proximidade do Reino dos Céus. “Vede, eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos” (v. 16). Os discípulos devem ter presente, olhando para o próprio Senhor, a possibilidade de ser ameaçados, hostilizados e perseguidos. O mais doloroso é que a perseguição, a hostilidade, não vêm somente de fora, mas também de dentro da comunidade, da própria família.
Na perseguição é preciso prudência e simplicidade; é preciso discernir para não se deixar enredar por quem quer que seja. É por causa de Jesus que os discípulos são perseguidos (v. 18a). Esse sofrimento é o preço do testemunho: “... dareis testemunho diante deles e diante dos pagãos” (v. 18b). Em tudo isso é preciso confiança, pois o “Espírito do vosso Pai falará em vós” (v. 20). O Espírito Santo, que é dom gratuito do Pai, é que inspira os discípulos.
Essa confiança é que deve sustentar a vida dos discípulos enviados em missão. As traições, o ódio, a rejeição por causa de Jesus e do seu evangelho não têm por que nos assustar. Todos nós somos às vezes cordeiro e lobo, até que se realize a identificação do discípulo com o Mestre.
A missão é universal porque os doze discípulos escolhidos por Jesus não acabarão “de percorrer as cidades de Israel, antes que venha o Filho do Homem” (v. 23).
Haverá sempre necessidade de conduzir as pessoas ao único e verdadeiro pastor (cf. Ex 34,23-34), enquanto houver ódio entre os irmãos, enquanto houver perseguições em nome de Jesus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reveste-me com a força do teu Espírito a fim de que eu tenha força suficiente para perseverar, até o fim, no cumprimento da missão recebida de Jesus.
Fonte: Paulinas em 12/07/2013

Comentário do Evangelho

O discípulo não é maior que o Mestre.

Trata-se da continuação das orientações para a missão. Jesus previne os seus discípulos acerca da hostilidade que a missão pode sofrer. O próprio Jesus viveu a resistência por parte de seus contemporâneos, foi vítima de calúnias e mentiras, padeceu a rejeição e o abandono até ser condenado e morto injustamente. O discípulo não é maior que o Mestre. É indispensável estar atentos e preparados porque a resistência e a hostilidade não vêm somente de fora, mas também de dentro da comunidade, inclusive da própria família. É por causa de Jesus, em razão de seu seguimento, que os discípulos são perseguidos e tratados, muitas vezes, com hostilidade. Mas é o preço do testemunho autêntico. Na realização da missão é preciso prudência e simplicidade; é fundamental a confiança na presença permanente do Senhor (Mt 28,20). É necessário deixar Deus ser Deus, pois o Espírito que habita o coração dos fiéis é que inspirará, em cada momento, a atitude e as palavras que convêm. Nenhuma perplexidade deve dominar ou paralisar os que são enviados pelo Senhor em missão. A confiança é o sustento da vocação do discípulo de todos os tempos.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reveste-me com a força do teu Espírito a fim de que eu tenha força suficiente para perseverar, até o fim, no cumprimento da missão recebida de Jesus.
Fonte: Paulinas em 11/07/2014

Vivendo a Palavra

Enviado aos homens pelo Mestre, o Cristão conhece o mal do mundo e o ódio que o cerca. Mas não os teme. Enfrenta perseguições por amor e fidelidade ao Reino que anuncia com sua vida. Confia no poder do Espírito Santo que o habita e lhe inspira sabedoria e coragem.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/07/2013

Vivendo a Palavra

Jesus não deseja que usemos contra o mundo as armas do mundo. Estamos entre lobos, como Ele nos adverte, e devemos ser simples e prudentes. Talvez a grande tentação que nos desafia seja abandonarmos a pureza original da criança, para convencer o mundo com argumentos. O caminho é o testemunho de vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/07/2014

Reflexão

Todo aquele que quer ser discípulo de Jesus deve estar pronto para enfrentar os problemas decorrentes do discipulado. Ser discípulo de Jesus significa não aceitar os contravalores que estão presentes no mundo e que não permitem que haja vida e vida em abundância, mas denunciar esses contravalores como causa de sofrimento e, ao mesmo tempo, anunciar os valores do Evangelho. Ser discípulos de Jesus significa ser profeta da Nova Aliança e arcar com todas as conseqüências do agir profético, ou seja, a perseguição, o sofrimento e até mesmo a morte. A história da Igreja está repleta de mártires, profetas da Nova Aliança que, por acreditarem nos valores do Evangelho, foram perseguidos e derramaram seu sangue como o Cristo.
Fonte: CNBB em 12/07/2013 e 11/07/2014

Meditação

Qual é seu modo de agir quando se encontra como se estivesse como “ovelha em meio a lobos?” - Procura agir com prudência? - É daqueles que não conseguem ficar calados, mas provocam mais ainda? - Sabe calar-se quando necessário? - Evita conversas inúteis e desnecessárias que não levam a nada de bom?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 12/07/2013 e 11/07/2014

Meditando o evangelho

OS PERCALÇOS DA MISSÃO

Os apóstolos foram alertados, sem subterfúgios, para a realidade da missão. A imagem das ovelhas convivendo em meio a lobos não dava margem para ilusões. Eles tinham diante de si um destino de ódios, perseguições e martírio. Nada de aspirar honras e reconhecimento e, sim, preparar-se para defrontar com coragem a sorte futura.
Uma consolação para os apóstolos foi a promessa de não serem largados à própria sorte. Eles teriam a assistência do Espírito de Deus, mormente, nos momentos mais dramáticos de testemunho quando a perseguição se abatesse sobre eles. Nesta hora, falariam inspirados, pois o Espírito é quem falaria através deles. Por conseguinte, nada têm de temor.
Em meio a tantos percalços, os apóstolos foram exortados a revestir-se de perseverança. Talvez, fosse este o dom principal a ser pedido ao Espírito. Vítimas de perseguição prolongada, os apóstolos poderiam acabar cedendo às pressões e renunciar à missão recebida. Evidentemente, Jesus não exigia deles se entregarem voluntariamente nas mãos de seus carrascos. Isso seria insensatez! Quanto possível, deveriam fugir e se proteger. Mas, sem abrir mão da missão.
A missão apostólica tem uma dimensão escatológica. Se o apóstolo persevera firme, até o fim, pode estar certo de receber o prêmio da salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, conceda-me o espírito de perseverança que me leve a ficar firme no meio das dificuldades e contrariedades da missão.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Ovelhas no meio de Lobos...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O que pode uma ovelha contra um Lobo? Terá ela força para vencer o Lobo em um combate? Claro que não! O alerta que Jesus faz a seus discípulos é muito atual para nós cristãos da pós-modernidade, pois de todos os cantos e lados, há bocarras com dentes bem afiados, que tentam engolir o cristianismo e acabar com ele. A Igreja nunca mais deverá querer exercer o poder deste mundo, pois já teve essa oportunidade quando estava atrelada ao imperialismo, e o resultado foi catastrófico, pois herdamos do imperialismo certas coisas que até hoje contaminam nossas comunidades.
Jesus tinha de um lado, as autoridades dos Judeus, que o rejeitavam e sempre buscaram oportunidade para condená-lo à morte, e de outro, o Império Romano, que também se sentia incomodado com suas ideias revolucionárias e viu, naquele vergonhoso complô com o Sinédrio, uma grande oportunidade de acabar com o Nazareno. Os apóstolos e depois as primeiras comunidades das gerações próximas, sempre enfrentaram terríveis perseguições.
E nos dias de hoje essa situação continua, a Pós Modernidade declarou a sua independência de Deus, e busca uma Salvação que vem da ciência e da tecnologia, a economia do mercado, o consumismo que gera essa “Falsa riqueza” dando também uma falsa felicidade as pessoas, é a grande deusa do momento, e quem ousar falar contra ela, passará a ser mau visto e rotulado de retrógrado ou reacionário.
Esse jeito de ser feliz à moda do homem traz a religião do descompromisso, moral e ética cristã são coisas do passado, e o homem é livre para fazer de sua vida o que bem entender, sem ter nenhum drama de consciência. Como deve a Igreja, presente em meio a essa realidade hostilizante, se portar? Desistir de tudo e esperar a solução do céu? Omitir-se e fechar os olhos, entrando também na onda da Religião sem compromisso? Claro que não...
As pessoas seduzidas por esta vida fácil, proposta pela pós-modernidade, a toda hora estarão nos julgando, pela nossa postura, por aquilo que falamos ou pensamos, o Espírito de Deus falará por nós.
Nas Famílias haverá grandes divisões e desentendimentos, quando algum membro se mantém fiel ao cristianismo autêntico. Enfim, essa maré contrária não deve ser novidade na nossa vida de cristãos. Importa sim é perseverarmos como diz o evangelho. O recado seria esse de modo bem claro: “não nos deixemos levar pela onda ateísta, é preciso manter-se firme e fiel, vivendo em nossa comunidade e dando ao mundo o testemunho do evangelho”.

2. PERSEVERAR ATÉ O FIM
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

O quadro da missão descrito por Jesus ao enviar seus apóstolos ajuda-nos a compreender por que ele insistiu no tema da perseverança até o fim, como penhor de salvação. De fato, as palavras do Mestre não deixavam margem para ilusões: o cumprimento do mandato missionário aconteceria em meio a dificuldades e reveses, exigindo muita fibra e muita garra para serem enfrentados. Personalidades dúbias, inseguras e medrosas estavam, de antemão, excluídas deste projeto missionário.
A realidade descrita por ele tem um quê de aterrador. Os missionários serão entregues aos tribunais, flagelados nas sinagogas, arrastados diante de reis e governadores, vitimados por seus próprios familiares, odiados por todos. Bastava que as primeiras comunidades cristãs considerassem a experiência de Jesus para se darem conta do significado da exortação do Mestre. Ele falava da própria experiência.
Evidentemente, nenhum apóstolo estaria em condições de suportar tudo isto, e perseverar até o fim, sem contar com o auxílio divino. Daí o alerta de Jesus a respeito da ação do Espírito do Pai, em favor dos apóstolos, de modo especial nos momentos difíceis da missão. Nos tribunais, o Espírito colocaria em suas bocas as palavras adequadas. Ao serem flagelados, dar-lhes-ia forças para suportar. Ao serem objeto do ódio dos familiares, dar-lhes-ia a capacidade de não fraquejar.
O Espírito é quem torna possível a perseverança.
Oração
Pai, reveste-me com a força do teu Espírito a fim de que eu tenha força suficiente para perseverar, até o fim, no cumprimento da missão recebida de Jesus.
Fonte: NPD Brasil em 12/07/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Jesus quebra o protocolo religioso
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Começamos nossa reflexão indagando se concordam com o título da reflexão, pois assim nos parece, que Jesus não obedeceu a norma prescrita em Levíticos. Será por isso que Jesus pediu sigilo desse milagre? E por que o homem curado da lepra é orientado a procurar o Sacerdote? Jesus é quem cura e o Sacerdote é que homologa a ação?
Havia a proibição de se tocar, ou até mesmo de se chegar perto de um leproso, ele próprio tinha que alertar as pessoas aos gritos de “impuro... impuro! ”. Por isso, também o Leproso infligiu a Lei Religiosa, mas a questão que o evangelho apresenta é o porquê dessa atitude.
Da parte do leproso vemos um belíssimo ato de Fé, percebam as palavras ricas de significado que ele dirige ao Mestre “Senhor, se queres...”, essa expressão, somada á sua atitude de prostrar-se diante de Jesus, revela a grande confiança que ele deposita naquele homem e assim ele supera toda a liderança religiosa do seu tempo, que olhava Jesus com desconfiança, isso é, não o aceitava como Senhor.
É bom lembrar que o leproso era alguém excluído e banido do sistema religioso, pois sendo impuro, não tinha a menor chance de ser salvo, como em nossos tempos também há pessoas excluídas, não só do ambiente religioso, mas até da sociedade...e que têm toda atenção de Deus, que deseja busca-las com sua infinita misericórdia, dando a elas a salvação, isso é, que recuperem sua dignidade e sintam –se amadas e queridas como as que vivem religiosamente corretas.
Por isso Jesus age com toda misericórdia, que é a base das relações de Deus para com o homem “Estendeu a mão, tocou-o e disse: eu quero, sê curado”. No templo, o reconhecimento da cura passava por todo um ritual onde o homem curado tinha de oferecer alguma oferta. Diante de Jesus o homem reconheceu-se pequeno, totalmente dependente da misericórdia Divina: se queres...
Para que a cura se tornasse oficial, de fato era necessária a homologação do templo, através do ritual conduzido pelo Sacerdote. Jesus não menospreza a religião do Judaísmo, apenas quer mostrar que a cura verdadeira de todo ser humano, isso é a Salvação, vem de Deus, onde o rito, e as normas religiosas, era apenas um sinal, uma visibilidade da Graça concedida. É uma forma de dizer aos seus conterrâneos que Aquele que era maior que a Lei, já estava no meio deles.
A Igreja com toda a sua liturgia, sacramentos e práticas pastorais, deve ter sempre essa consciência de que ela é o Sacramento da Salvação, e que a Graça concedida e o Reino inaugurado, é maior que a própria Igreja, o próprio Jesus é o primeiro Sacramento que a igreja deve oferecer aos homens. Sem isso, os demais sacramentos poderão cair apenas em um ritualismo que nenhum impacto terá na vida dos que o recebem.

2. Quem perseverar até o fim, esse será salvo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

“Ovelhas no meio de lobos. Prudentes como as serpentes, simples como as pombas. Cuidado com as pessoas. Por minha causa serão perseguidos. Não se preocupem. O espírito do Pai falará em vocês. Quem perseverar até o fim, será salvo. Fujam de uma cidade para outra. O Filho do Homem virá a tempo.” O que acontece com as ovelhas colocadas no meio de lobos? Como unir prudência e simplicidade? Sem muita interpretação, olhe para uma cobra e olhe para uma pomba. A pomba parece inofensiva, enquanto a serpente é desconfiada. Se somos ovelhas, podemos confiar nos lobos? Não somos irracionais. Somos gente com inteligência capaz de calcular perdas e ganhos. Nós nos aproximamos dos outros com simplicidade, sem malícia, nem maldade, nem más intenções. Aproximamo-nos confiantes. Ao mesmo tempo, temos que estar prontos para dar um salto e nos proteger.

HOMILIA

PERSEGUIÇÕES E SOFRIMENTOS

Neste texto Mateus nos mostra que a vida que Jesus nos promete não é uma vida somente de prazeres. Mas sim de tribulações por sermos discípulos e missionários d’Ele no mundo moderno.
Lembra-nos também que os discípulos não terminarão o seu trabalho sem que venha o Filho do Homem.
Sob ponto de visto do que nos é proposto neste texto concluímos que todo o sofrimento só é aceite diante de Deus quando for por amor a Jesus: Por serem meus seguidores, vocês serão levados aos governadores e reis para serem julgados e falarão a eles e aos não-judeus sobre o evangelho. Portanto, os sofrimentos por amor a Jesus não são motivo de tristeza, mas de alegria, sabendo que fomos destinados a isto: vocês serão presos, e levados ao tribunal, e serão chicoteados nas sinagogas. Essa alegria não vem do fato de o cristão gostar de ser perseguido ou de ser reputado mártir, mas pelo testemunho que dá e pelo galardão que se segue. Sofrer pelo Evangelho é um tipo de sofrimento por amor a Jesus, assim como sofrimentos por praticar o bem, sofrimentos por causa da justiça e os sofrimentos como servos de Deus. É preciso que tu sofras por amor ao corpo de Cristo, a igreja.
Sofrimentos suportados com paciência por um cristão servem de exemplo e testemunho para toda a Igreja. O apóstolo Pedro emprega sete vezes a palavra sofrer e sofrimento com referência a Cristo, encorajam os cristãos a seguirem o exemplo de Jesus.
O sofrimento é a escola de simpatia do Espírito Santo, onde aprendemos a consolar e confortar as pessoas da mesma maneira como Deus o faz. Somente quem enfrentou dor, sofrimento e perdas pode genuinamente consolar os que enfrentam tais situações (Hb 4.15).
O sofrimento é um meio que Deus usa para fazer te fazer crescer na fé. Pedro diz que o sofrimento é comparado à ação do fogo, como um elemento purificador, um elemento que torna o objeto aprovado, aperfeiçoado, confirmado. Deus usa o sofrimento para refinar-nos (Sl 66.10; Sl 119.67, 71).
Quando passarmos pelo sofrimento, devemos lembrar Deus está conosco e não permitirá que soframos além do que podemos suportar. Deus converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos Deus se importa conosco, independente da severidade das circunstâncias. Nunca devemos permitir que o sofrimento nos leve a pensar que Deus não nos ama, nem afastar-nos de Jesus (Mt 13.20-21). Devemos recorrer a Deus em oração sincera, esperar até que Ele nos liberte da aflição e confiar que Deus nos dará a graça para suportar a aflição até chegar o livramento. Convém lembrar de que sempre somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou (Rm 8.37; Jo 16.33).
Todo aquele que quer ser discípulo de Jesus deve estar pronto para enfrentar os problemas decorrentes do discipulado. Ser discípulo de Jesus significa não aceitar os contra valores que estão presentes no mundo e que não permitem que haja vida e vida em abundância, mas denunciar esses contra valores como causa de sofrimento e, ao mesmo tempo, anunciar os valores do Evangelho. Ser discípulo de Jesus significa ser profeta da Nova Aliança e arcar com todas as conseqüências do agir profético, ou seja, a perseguição, o sofrimento e até mesmo a morte. A história da Igreja está repleta de mártires, profetas da Nova Aliança que, por acreditarem nos valores do Evangelho, foram perseguidos e derramaram seu sangue como o Cristo.
Portanto, quando passarmos pelo sofrimento, devemos lembrar Deus está conosco e não permitirá que soframos além do que podemos suportar. Deus converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos Deus se importa conosco, independente da severidade das circunstâncias. Nunca devemos permitir que o sofrimento nos leve a pensar que Deus não nos ama, nem afastar-nos de Jesus (Mt 13.20-21). Devemos recorrer a Deus em oração sincera, esperar até que Ele nos liberte da aflição e confiar que Deus nos dará a graça para suportar a aflição até chegar o livramento. Convém lembrar de que sempre somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou (Rm 8.37; Jo 16.33).
Quero que tu saibas de uma vez por todas que quando passarmos pelo sofrimento, devemos lembrar: Deus está conosco (Sl 23.4; Is 43.2; Hb 13.5) e não permitirá que soframos além do que podemos suportar (1 Co 10.13). Deus converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos (Rm 8.28; 2 Co 4.17).
Pai, reveste-me com a força do teu Espírito a fim de que eu tenha força suficiente para perseverar, até o fim, no cumprimento da missão recebida de Jesus.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 11/07/2014

HOMILIA DIÁRIA

A prudência é própria dos que estão a serviço de Deus

Ser prudente é saber que para tudo existe um momento
“Eis que vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10, 16)
Jesus está nos mandando para o mundo, pois, no meio dele, seremos testemunhas do Evangelho, desse amor misericordioso de Deus que, um dia, nos conquistou e mudou nossa vida.
Como devo me comportar no meio do mundo uma vez que sou portador do Evangelho? A primeira coisa é ser muito prudente, assim como as cobras o são, sabendo o momento de recolher e o momento de dar o bote.
Não precisamos ter uma rapidez exagerada ao querer pregar o Evangelho de uma só vez, ao converter toda nossa família no primeiro momento nem querer converter o mundo todo de uma só vez. É necessário ter a sede de que isso aconteça, mas sabendo também esperar o tempo de cada um.
Ser prudente é saber que para tudo existe um momento, é não se deixar abater pela frustração diante das dificuldades que nos serão impostas.
Uma vez que somos prudentes, também somos mansos, capazes de saber esperar o momento e a graça de Deus. Sabendo se conformar até mesmo quando as coisas não vão bem.
Que Deus nos dê a prudência e a mansidão para que, no meio do mundo, sejamos testemunhas do Evangelho de Jesus Cristo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo - Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 12/07/2013

HOMILIA DIÁRIA

Prudência, simplicidade e perseverança, remédios no combate espiritual

Três coisas que o Senhor hoje quer nos dar como remédios no combate espiritual que nós vivemos: a prudência, a simplicidade e a perseverança.
“Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mateus 10, 16).
O Evangelho de hoje aponta para nós de que maneira devemos nos portar no mundo em que vivemos. Ninguém é ingênuo a ponto de não perceber e saber que existem muitas maldades no mundo em que vivemos. A força do mal, a ação do mal e os lobos da vida estão presentes em todos os lugares.
É mais do que compreensível que, por mais bons que sejamos, não é com bondade que as pessoas vão nos tratar ou nos receber. E que, por mais honestos que queiramos ser, não é com honestidade que vão nos tratar. Da mesma forma, por mais receptivos, amorosos e carinhosos que queiramos ser com os outros, não é com carinho, com ternura e com amor que nós seremos sempre recebidos por todos. Sobretudo se tivermos disposição e a mais reta intenção de viver o Evangelho em nossa vida, seremos incompreendidos até pelos nossos, dentro de nossa, dentro de nossa família.
Muitas vezes, o filho não vai ser compreendido pelo pai; o pai não vai ser compreendido pelo filho. Não é que Jesus vá colocar uns contra os outros; pelo contrário, o Senhor quer unir a nossa família, quer unir a nossa casa, quer unir os nossos. Mas até no meio dos nossos haverá aqueles que não vão aceitar a vida do Evangelho a qual nós nos propusemos a viver.
Três coisas que o Senhor hoje quer nos dar como antídotos, como remédios no combate espiritual que nós vivemos: a prudência, a simplicidade e a perseverança. Sim, porque as ovelhas que vão no meio dos lobos precisam ser prudentes como o são as serpentes. A “prudência” é, antes de tudo, ser atento, ser prudente quer dizer não ser bobo, não ser ingênuo, mas, de fato, ter sabedoria, ter o momento certo e a forma certa de agir. Saber quando recuar e quando ir para frente. Não podemos ser ingênuos no Reino de Deus! A cada dia mais quando perdemos a nossa inocência, nós precisamos da pureza, mas não da ingenuidade. Nós não podemos ser bobos, mas precisamos ser atentos e saber como agir em cada momento.
Do outro lado nós também precisamos da “simplicidade”, nada de complicar, nada de colocar muitas dificuldades, nada de querer exigir muitas coisas ou ver as coisas de forma muito complexa. O Reino de Deus é simples, é leve. O Reino de Deus não cria complicações. E nós precisamos agir, neste mundo, com a simplicidade e com a pureza do Evangelho.
E vivendo tudo isso, não podemos nos esquecer da “perseverança”, rezarmos pela nossa perseverança e pela perseverança dos nossos. E aqui perseverar não é simplesmente aguentar firme e seguir no caminho um dia, dois dias, um ano, alguns anos; mas sim perseverar até o fim. Muitos já foram do Senhor e hoje não o são mais. Não precisamos julgar ninguém, mas sim olhar a nossa postura. Quem está de pé, cuidar para não cair; e quem caiu se levantar e continuar caminhando, porque, em Deus, nós precisamos da perseverança e da perseverança final.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 11/07/2014

Oração Final
Pai Santo, que nos colocaste no mundo como mensageiros do teu Amor, fortalece a nossa fé, dá-nos sabedoria e coragem para anunciarmos o Caminho, a Verdade e a Vida que nos foram revelados pelo Cristo Jesus, teu Filho que se tornou humano como nós e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/07/2013

Oração Final
Pai Santo, o mundo não procura mestres, mas testemunhas. Dá-nos força para viver a tua Lei de Amor, humildade para não nos considerarmos perfeitos, e palavras inspiradas para explicar a quem nos perguntar, a razão da Esperança que nos move. Pelo Cristo Jesus teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/07/2014

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