sábado, 31 de março de 2018

INTENÇÕES DE ORAÇÃO DO SANTO PADRE PARA ABRIL DE 2018



Neste mês de abril, o Papa Francisco desafia a Igreja e o Mundo com um dos temas mais recorrentes do seu magistério, que é pensar e fazer a economia numa lógica diferente daquela que se vive, quer a nível das empresas, quer das sociedades e dos seus cidadãos. Condena um estilo de economia que “mata”, pois gera profundos desequilíbrios sociais, o aumento do abismo entre os mais ricos e os mais pobres, a sujeição dos bens e das pessoas a uma lógica de mercado e uma exploração da natureza que põe em causa o futuro do planeta. Igualdade e inclusão social, respeito pela criação, dignidade humana são várias faces de um justo modo de pensar e fazer a economia. Na Exortação Apostólica A Alegria do Evangelho, no nº 209, Francisco afirma que: «A economia – como indica o próprio termo – deveria ser a arte de alcançar uma adequada administração da casa comum, que é o mundo inteiro».
Existe, assim, um sentido primordial de fraternidade que responsabiliza cada homem e cada mulher na sua relação com os bens e com a criação. É “normal” viver numa cultura onde tudo aparece já feito, pronto-a-comer, pronto-a-vestir, à distância de um click, sem que se pergunte acerca da origem e das consequências daquilo que estamos a consumir. Isto é um exemplo banal, mas muitas situações do nosso dia a dia poderiam ser objeto de reflexão, pois são os múltiplos pequenos gestos e escolhas que, no seu conjunto, estabelecem maior ou menor equilíbrio social e econômico, a nível global.
Procuremos assim, neste mês, ganhar uma sensibilidade e distância crítica para com estas questões, pois se, por um lado, as grandes decisões econômicas se geram em instâncias superiores e especializadas, é importante, da nossa parte, ter em conta que o “normal” pode não ser o melhor.

Intenção

Universal: Responsáveis da economia
Para que os responsáveis pelo planeamento e pela gestão da economia tenham a coragem de rejeitar uma economia da exclusão e saibam abrir novos caminhos.

Oração

Pai bom, criaste este mundo
e o confiaste aos teus filhos
para que pudessem viver dos seus frutos,
através do trabalho das suas mãos e do seu engenho.
A nossa casa comum
é o lugar onde começamos a viver já a felicidade do Céu,
como teus filhos, irmãos e irmãs uns dos outros.
Mas neste mundo geram-se tantas diferenças,
tanta exclusão, e poucos têm o que deveria ser de muitos.
Unidos à Rede Mundial de Oração do Papa,
oferecemos os nossos dias, palavras e ações,
para que os responsáveis da economia
saibam pensar e decidir caminhos
que não deixem ninguém à margem do bem comum.
Pai-Nosso...

Desafios

Procurar informar-me sobre os países onde existe maior desequilíbrio entre ricos e pobres e perceber o que leva a estas situações.
Promover, na própria comunidade, ou em casa, experiências de acolhimento e convívio com pessoas vítimas de exclusão por motivos econômicos (desemprego, situações de vulnerabilidade, pobreza, etc.)
Pessoalmente e comunitariamente, fazer um tempo de oração, tendo presentes aqueles que tomam as grandes decisões a nível mundial, para que se deixem tocar pelo Espírito e encontrar modos de pensar uma economia que seja inclusiva.

Passo a Rezar

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