segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/02/2018

ANO B


Mc 8,14-21

Comentário do Evangelho

Os discípulos, desatentos em relação à observação de Jesus

Jesus aproveita o esquecimento e a discussão entre os discípulos para repreendê-los por causa da incredulidade deles, pois não obstante tudo o que têm ouvido e contemplado do que Jesus faz, não são capazes de ir a fundo na mensagem contida no ensinamento de Jesus nem ver no que ele faz – o texto faz referência às duas multiplicações dos pães – “sinais” que remetem ao mistério de Deus que habita a vida de Jesus. O tom do relato é áspero, expressão da indignação de Jesus acerca da atitude dos discípulos. Vê na atitude deles o perigo de serem contaminados pelo apego desordenado às tradições humanas (cf. Mc 7,1-23), à necessidade de ver um sinal do céu (cf. Mc 8,11) e ao poder pelo poder. Daí o alerta quanto ao cuidado em relação ao “fermento dos fariseus e o de Herodes”. Em nosso caso se trata da influência maléfica do ensinamento e da prática dos fariseus e do péssimo exemplo de Herodes, que podiam contaminar a todos. Na tradição rabínica o fermento era, ainda, metáfora do pecado e da corrupção. Em nosso texto, trata-se de não ser seduzido pelo ensinamento e pela atitude representados por esses dois elementos: fariseus e Herodes.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça minha fé na tua providência paterna que se manifestou de tantos modos em minha vida, e livra-me de colocar minha esperança nas coisas deste mundo.
Fonte: Paulinas em 18/02/2014

Vivendo a Palavra

Ontem os fariseus pediam um sinal a Jesus. Nesta passagem, os discípulos mostram que mesmo eles ainda não haviam entendido. E nós: será que compreendemos que o cuidado que merece ser tomado é com o Reino do Pai e seu anúncio aos homens? Que tudo o mais virá por acréscimo, como garantiu o Cristo?
Fonte: Arquidiocese BH em 18/02/2014

VIVENDO A PALAVRA

Os discípulos discutiam entre si sobre a falta de pão. Também nós nos preocupamos com coisas secundárias, esquecendo-nos da grande lição de Jesus: o Reino de Deus foi a única razão de sua vida e de sua morte; de sua alegria e de sua dor. Ser discípulo é isto: seguir Jesus e, como Ele, ocuparmo-nos apenas com o essencial.

Reflexão

Todos nós temos uma hierarquia de valores que servem como critério para a nossa vida e tudo o que temos e fazemos está subordinado a essa hierarquia. A maioria das pessoas orienta a sua vida para a satisfação das suas necessidades primárias e instintivas. Assim, os seus valores principais são a comida, a bebida e o sexo, de modo que essas pessoas, apesar de civilizadas, possuem a mesma hierarquia de valores que os animais: buscam apenas a satisfação dos próprios instintos. Essas pessoas não aceitam a Jesus e criticam a sua doutrina porque a sua dependência aos instintos lhes cega a vista e endurece os seus corações, de modo que não podem compreender a verdadeira hierarquia de valores que Jesus veio trazer para que as pessoas não vivam instintivamente, mas tenham vida em abundância.
Fonte: CNBB em 18/02/2014

Recadinho

O pão do dia a dia leva-nos a pensar sempre na Eucaristia? - Jesus fala de fermento. Somos como fermento de bondade no meio do mundo? - Desanimamos facilmente diante das dificuldades ou somos persistentes? - Somos reconhecidos à imensidão da bondade de Deus? - Procuro também ser generoso para com todos como Deus é generoso para comigo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 18/02/2014

Reflexão

Os fariseus exercem influência sobre o povo, ensinando-lhe uma ideologia nacionalista: querem, para Israel, um Messias poderoso, dominador das demais nações. Os herodianos (adeptos de Herodes) querem que Israel seja superior aos outros povos, aceitando, para isso, um rei prepotente (Herodes). É contra essa mentalidade que Jesus previne seus discípulos. Estes acompanham Jesus por toda parte e veem as obras grandiosas que ele realiza. Não obstante o privilégio de estar sempre ao lado do Mestre, seus discípulos ficam na superfície; “têm o coração endurecido”, como os fariseus. Daí a dura reprimenda de Jesus: “Vocês têm olhos e não enxergam, têm ouvidos e não escutam?”. Eles têm na barca apenas um pão (Jesus e sua mensagem), mas não o percebem. Não lhes falta nada.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Comentário do Evangelho

CUIDADO COM A HIPOCRISIA

Jesus procurava precaver seus discípulos contra certas posturas farisaicas, indignas de um discípulo do Reino. Algumas correntes do farisaísmo haviam tomado rumos com os quais Jesus não estava de acordo. Eles eram vítimas do vedetismo, fazendo suas ações para terem o reconhecimento popular. Padeciam também da hipocrisia. Seu exterior não correspondia ao interior. Por isso, eram falsos quando davam demonstração de piedade. Eles tinham um apego exagerado às Escrituras, que eram interpretadas a seu bel prazer, mesmo falseando seu sentido e fazendo interpretações contrárias ao sentido da Lei. Os fariseus nutriam profundo desprezo por quem não era "perfeito" como eles. E acabavam formando um grupo hermético de pretensos puros e santos. Os discípulos de Jesus não estavam imunes de serem contaminados por este mau espírito, o fermento dos fariseus. Era preciso estar atento.
Outra mentalidade contra a qual era preciso cuidar-se foi designada como o fermento de Herodes. Esse rei foi conhecido por sua megalomania, cruel violência, impiedade, tirania e arrogância. Todas estas são atitudes indignas dos discípulos do Reino, embora possam se deixar arrastar por elas.
A conduta do discípulo é permeada pelo fermento de Jesus. É na contemplação do Mestre que os discípulos saberão como ser fiéis à sua fé.
Oração
Senhor Jesus, guarda-me do fermento do mundo que contamina meu coração e me impede de ser fermentado por ti e pelo teu Espírito.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que prometestes permanecer nos corações sinceros e retos, dai-nos, por vossa graça, viver de tal modo, que possais habitar em nós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 18/02/2014

Meditando o evangelho

AS MÁS INFLUÊNCIAS

A convivência diuturna com o Mestre não tornava seus discípulos imunes das más influências, especialmente, daquela dos fariseus. Estes tinham uma mentalidade contrária à de Jesus. Pelo modo como eles se apresentavam, havia o risco de contaminarem os discípulos.
Certos componentes da mentalidade farisaica traziam em si o germe do pecado, que debilitava o ser humano, inclinando-o para o mundanismo. Disto ninguém estava isento, nem mesmo quem privava da intimidade com Jesus.
Como os fariseus, os discípulos corriam o risco de ser hipócritas e insensíveis com os mais fracos e pequeninos, julgar-se superiores aos demais, praticar um tipo de religião manipuladora de Deus, ser exibicionistas e buscar o louvor e o reconhecimento das pessoas.
Este tipo de comportamento não se coadunava com a proposta de Jesus. Contudo, muitos discípulos estavam sendo tentados a seguir este rumo, ou seja, deixar-se convencer pelos adversários do Mestre, fermentados por uma mentalidade incompatível com o Reino.
Nem sempre o alerta de Jesus surtiu efeito. Aqui e acolá, os discípulos assumiram o modo de proceder farisaico. Infelizmente, o fermento do Reino parecia ser menos eficaz que o dos fariseus. O mau exemplo impunha-se!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de precaução, torna-me imune às más influências que me afastam do projeto de Jesus, levando-me a assumir comportamentos incompatíveis com o Reino.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. E o Mestre perdeu as estribeiras...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Embora se trate de uma reflexão pós-pascal das comunidades, o evangelista Marcos é bastante realista e não bota "panos quentes" na reação de Jesus diante da atitude dos seus discípulos, que não compreendiam em profundidade os seus ensinamentos.
Naquele dia, o discípulo encarregado de levar o lanche esqueceu-se do pão, e na barca só havia um único pão. Naquele momento jesus retomou o ensinamento sobre o perigo do farisaísmo e do fermento de Herodes mas os seus discípulos estavam "voando", e a única preocupação naquele momento era com o lanche, e como o Jesus falou em fermento, pensaram que ele estava dando uma "indireta" pelo esquecimento, confundindo alhos com bugalhos".
O que isso quer dizer para nossas comunidades de hoje? Os discípulos só conseguiam enxergar o que estava diante deles e assim, também nós em nossas pastorais e movimentos, na catequese, ministério e na liturgia, corremos o risco de só olharmos aquilo que é aparente esquecendo o sentido daquilo que na ação pastoral é essencial: o amor que se traduz em serviço. Mas o que é pior, a toda hora a comunidade sofre a influência perniciosa do Farisaísmo e do fermento de Herodes, quando o servo se torna senhor, quando o serviço pastoral nos leva ao poder, ao sucesso e a fama.
O pão a que Jesus se refere, e que ele continua a multiplicar hoje é a eucaristia, que só é autêntica quando gera comunhão de vida no serviço prestado aos irmãos. A Eucaristia fortalece e aprimora os nossos carismas para sempre podermos fazer e oferecer o melhor de nós a comunidade, e não a sermos os melhores, os mais importantes, isso é deixar-se contaminar pelo fermento de Herodes, deixando de lado o pão bendito da Vida que Jesus multiplica entre nós.

2. O fermento leveda toda a massa
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus faz afirmações aparentemente difíceis de serem entendidas. O que ele quis dizer ou o que esperava que os Apóstolos entendessem, quando discutiam entre si por não terem levado pão? Sempre no lago de Genesaré, eles foram de um lado para outro e os apóstolos se esqueceram de comprar pão. Tinham consigo apenas um pão. E discutiam por causa disso. A discussão começou de fato depois que Jesus lhes dissera para tomar cuidado com o fermento dos fariseus e o fermento de Herodes. Estaria Jesus falando do pão que os Apóstolos não providenciaram? Jesus não falava do pão material. Ele se referia à influência negativa que fariseus e herodianos poderiam exercer na mente do povo. Como o fermento leveda toda a massa, assim também as ideias veiculadas pelos fariseus e herodianos poderiam fermentar todo o povo. Isto era sério. Quanto ao pão para comer, tinham acabado de ver duas multiplicações de pães e peixes. Por que então se preocupar?

HOMILIA

O FERMENTO DOS FARISEUS E O FERMENTO DE HERODES

No Evangelho de hoje dois pontos chamam atenção: a menção de Jesus para que os discípulos tomem cuidado com o fermento dos fariseus e de Herodes, e a reação d’Ele ao ver que os discípulos acharam que Jesus estava falando sobre comida.
Primeiro precisamos entender de que fermento Jesus estava falando quando se referiu aos fariseus e a Herodes. Isso fica fácil quando sabemos o que movia Herodes e os fariseus: o poder e a vaidade. E era disso que Jesus estava falando quando pediu que os discípulos tivessem cuidado... Jesus queria que os discípulos não fossem movidos pelo poder e pela vaidade. Mas os discípulos pensaram que Jesus estava falando sobre fermento porque eles tinham apenas um pão no barco onde eles estavam, e por isso Jesus se decepcionou com a lentidão de pensamento dos discípulos.
Por mais que Jesus lhes mostrasse prodígios e milagres, os discípulos não O entendiam porque tinham o seu pensamento obscurecido pelas coisas materiais e porque não O escutavam com o coração. Mesmo depois dos milagres da multiplicação dos pães eles continuavam inseguros quanto á sua sobrevivência. Jesus os advertia sobre “o fermento dos fariseus” ( a falsidade), mas eles não compreendiam do que Jesus estava falando. O homem tem fome de Deus e se confunde pensando que a sua fome é de pão material. Assim somos nós também: “tendo olhos, nós não vemos e tendo ouvidos, nós não ouvimos”. Temos o coração endurecido, e não enxergamos o poder de Deus para providenciar tudo de que precisamos na nossa vida.
A mensagem de hoje é para que não sejamos como Herodes ou os fariseus, que se orgulhavam do poder e da vaidade. Devemos ser o contrário disso: humildes e servidores, assim como foi Jesus. Os frutos que iremos colher virão bem depois.
Você tem medo de passar necessidades no futuro? – Você acredita na providência de Deus? – Você consegue entender espiritualmente os ensinamentos de Jesus para sua vida?
Pai, reforça minha fé na tua providência paterna que se manifestou de tantos modos em minha vida, e livra-me de colocar minha esperança nas coisas deste mundo.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 18/02/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

O fermento estragado nos torna incrédulos à vontade de Deus

Você sabe que o fermento é o que leveda e dá consistência à massa, se o fermento estiver estragado todo o pão vai ser estragado.
”Então Jesus os advertiu: ‘Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”’ (Mc 8, 15).
Meus queridos irmãos e irmãs, a Palavra que Deus hoje nos dirige é para tirarmos do nosso coração o fermento da maldade e o da incredulidade, que não nos deixam entender os sinais de Deus, a manifestação amorosa de Deus por nós.
Deixe-me dizer: Jesus já fez tantos sinais para Seus apóstolos. Quantos cegos, mudos, quantos aleijados, doentes e enfermos o Senhor curou. Quantas vezes o Senhor fez milagres, como o de multiplicar os pães, entre outros. Quantas vezes o Senhor manifestou o Seu poder, como na passagem da tempestade e em tantos lugares.
Se olharmos para a minha vida, para a sua vida e para a de cada um de nós, veremos os sinais do amor de Deus por nós. A não ser que nós sejamos incrédulos demais, a não ser que nós sejamos muito mal agradecidos, para não reconhecermos a mão poderosa de Deus em nossa vida.
É verdade que nós não temos bonança toda hora, é verdade que a vida de nenhum de nós é mil maravilhas. E ainda bem que não é assim, porque senão seríamos como crianças mal acostumadas! A pior criança, o pior filho, é aquele que tem tudo; tudo na mão, tudo pronto; ele não tem dificuldade e esforço nenhum na vida. E que mal acostumado vai ser esse filho! E Deus não nos quer filhos mal acostumados.
É impossível, mesmo para aquele mais sofredor, mesmo aquele que já nasceu sofrendo, ele não conseguir ver, quando ele tem os olhos puros, a bondade de Deus e a manifestação de Deus em sua vida.
Mas muitos dos fariseus não conseguiram de forma alguma enxergar a vontade de Deus; por isso Jesus está hoje nos dizendo para termos muito cuidado para não sermos contaminados por esse fermento. Porque você sabe que o fermento é o que leveda a massa, que dá consistência à massa, se o fermento estiver estragado todo o pão vai ser estragado. Se o fermento que está no meio de nós é um fermento azedo, é o fermento da ingratidão, é o fermento da murmuração contra Deus e contra a Sua Igreja e, assim por diante, deixe-me dizer: nós nos tornaremos cegos e incrédulos às manifestações de Deus em nossa vida.
Que o Senhor, hoje, pela Sua Palavra poderosa, que faz novas todas as coisas, purifique o nosso coração de todo fermento maldito, de todo fermento que entrou em nós e nos deixou pessoas azedas; pessoas que reclamam, murmuram e não sabem reconhecer a manifestação do Senhor no meio de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 18/02/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, envia o teu Espírito sobre nós. Ilumina o nosso entendimento para que, vendo os sinais que tu realizas, possamos compreender o grande Amor com que nos criaste e o cuidado com que nos cercas nesta caminhada de volta ao teu abraço paterno. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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