terça-feira, 29 de agosto de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 30/08/2017

ANO A


Mt 23,27-32

Comentário do Evangelho

Deus não se deixa levar pela aparência.

Os vv. 27-28 repetem a mesma ideia dos versículos anteriores: a hipocrisia dos escribas e fariseus; neste capítulo 23, o objeto da lamentação de Jesus é a oposição entre interior e exterior. Mas a aparência de justiça, ao empenhar-se nas práticas religiosas só para serem vistas pelos homens, não impede Deus de penetrar no coração, na verdade de cada pessoa. Deus não se deixa levar pela aparência. É este o apelo de Jesus aos discípulos: “Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens só para serdes vistos por eles” (6,1).
Deus vê no segredo (cf. 6,4.6.18). Nos versículos 29-32, Jesus lamenta a hipocrisia dos escribas e fariseus, porque eles utilizam da glória dos profetas em beneficio próprio.
O seu rigor legalista e, em razão dele, suas faltas presentes, os tornam coniventes com a morte dos profetas. Não é exatamente o que farão ao condenar Jesus como blasfemo?
É bom que tenhamos claro que não é a observância da Lei que é atacada por Jesus, mas a sua deformação.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 28/08/2013

Comentário do Evangelho

Apelo à coerência.

De certo modo, a crítica de Jesus aos escribas e fariseus exprime o desejo de Jesus de convertê-los do seu hermetismo que conduz à intolerância, ao mesmo tempo em que visa prevenir os discípulos contra a hipocrisia e apelar à coerência que deve caracterizar a vida cristã. O que está em foco no evangelho de hoje é a oposição entre exterior e interior. A prática religiosa dos escribas e fariseus está a serviço da vaidade pessoal. No entanto, a aparência de justiça não impede Deus de penetrar no coração e na verdade de cada pessoa. Deus, que perscruta o mais profundo da existência humana, não se deixa levar ou enganar pela aparência. Daí o apelo de Jesus dirigido aos discípulos de não cederem à tentação da imagem ou da aparência com o intuito de se fazer reconhecer (6,1). Deus vê no segredo, onde os olhos não alcançam (cf. 6,4.6.18). Nos vv. 29-32, Jesus lamenta a hipocrisia dos que pensam ser justos, pois eles instrumentalizam os profetas em benefício próprio. Não compreendem que o rigor legalista com que eles impõem aos outros fardos pesados os faz coniventes com a morte dos profetas. Não é a observância da Lei que Jesus ataca, mas a sua deformação.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me de tal modo transparente que meu íntimo possa ser revelado por meus gestos e atitudes. Livra-me de ser como um sepulcro caiado!
Fonte: Paulinas em 27/08/2014

Vivendo a Palavra

É por causa da hipocrisia dos adultos, dos doutores, dos fariseus, condenada por Jesus com tanta energia, que Ele anuncia para as crianças a posse do Reino do Céu. Não é raro que, esquecidos da simplicidade desejada pelo Mestre, nós nos descubramos tentando a sabedoria e os louvores do mundo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/08/2014

Reflexão

Devemos sempre estar alertas em relação à nossa vivência da fé porque, se não nos cuidarmos, podemos criar um abismo muito grande entre o que falamos e o que vivemos ou, pior ainda, podemos viver uma religiosidade de aparências, uma religiosidade ritual em detrimento de uma real vivência de fé, de uma resposta pessoal aos apelos que nos são feitos para que assumamos os compromissos do nosso batismo a partir de uma vida verdadeiramente profética que denuncie os contra-valores do mundo e anuncie a verdade dos valores que foram pregados por Jesus Cristo. Deste modo, a nossa vida religiosa não será simplesmente ritual, mas também compromisso.
Fonte: CNBB em 28/08/2013

Meditação

Exteriormente revelo aquilo que vai em meu coração? - Procuro demonstrar bondade, fraternidade, sinceridade? - Pratico e insisto para que pratiquem a justiça para com todos? - Será que apenas enfeitando a carroça o burro andará mais depressa? - Minha imagem espiritual, interior, é correspondente àquilo que aparento exteriormente?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário 28/08/2013

Recadinho

Exteriormente revelo aquilo que vai em meu coração? - Procuro demonstrar bondade, fraternidade, sinceridade? - Pratico e insisto para que se pratique a justiça para com todos? - Será que apenas enfeitando a carroça o burro andará mais depressa? - Minha imagem espiritual, interior, é correspondente àquilo que aparento exteriormente?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 27/08/2014

Comentário do Evangelho

SEPULCROS CAIADOS

Para denunciar a hipocrisia dos mestres da Lei e dos fariseus, Jesus serviu-se de uma expressão forte. Chamou-os de "sepulcros caiados": belos por fora, cheios de podridão por dentro.
Os sepulcros, na cultura judaica, eram cuidadosamente pintados de branco, de modo a serem bem visíveis. Desta forma, evitava-se o contato das pessoas com o túmulo e, por extensão, com o cadáver nele sepultado. A impureza contraída impedia a participação no culto.
A santidade dos mestres da Lei e dos fariseus era apenas aparente. Pareciam ser fidelíssimos na obediência aos mandamentos e insuperáveis na disposição de buscar exigências escondidas nas entrelinhas das Escrituras. Sua conduta parecia irrepreensível, sem o mínimo ponto digno de censura.
Entretanto, Jesus não se deixava enganar. Ele conhecia muito bem a falta de consistência de tudo aquilo. A obediência dos mestres da Lei e dos fariseus aos mandamentos consistia em adaptá-los às suas comodidades. A busca de novas exigências visava subjugar as pessoas com normas descabidas, que eles mesmos atribuíam à vontade de Deus. Só quem não tinha senso crítico deixava-se iludir pelos belos discursos deles.
Como sepulcros caiados, eles pareciam justos por fora, mas por dentro estavam repletos de hipocrisia e de maldade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de veracidade, faze-me ser autêntico em tudo o que faço, de modo a expressar, exteriormente, aquilo que sou internamente.
Fonte: Dom Total em 27/08/2014

Meditando o evangelho

APARÊNCIA EQUIVOCADA

Ao chamar de sepulcros caiados os mestres da Lei e os fariseus, Jesus denunciava um fato de enorme gravidade: estes líderes, que se vangloriavam de serem exemplares na prática dos preceitos religiosos, contaminavam os que entravam em contato com eles. Tratava-se de uma revelação paradoxal!
Os túmulos dos judeus eram pintados de branco para evitar que fossem tocados por inadvertência, pois isto resultava numa impureza que impedia a pessoa de participar das atividades religiosas. Este perigo era maior à noite, quando os túmulos ficavam menos visíveis, e obrigava as pessoas aos ritos de purificação.
O cuidado com que os túmulos eram pintados e sua eventual suntuosidade exterior não eram suficientes para esconder a putrefação que continham no seu interior. O exterior escondia o que tinham no interior; e este era camuflado pelas aparências externas.A observação de Jesus era de um realismo inquestionável. Assim eram os mestres da Lei e os fariseus. Sua hipocrisia levava-os a se apresentarem externamente como homens virtuosos, quando, na verdade, estavam carregados de vícios e pecados. Resultado: quem se aproximava deles acabava sendo enganado. Não enveredavam pelo caminho da virtude, antes acabavam sendo tragados por uma malícia indigna de quem quer ser fiel a Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, torna-me de tal modo transparente que meu íntimo possa ser revelado por meus gestos e atitudes. Livra-me de ser como um sepulcro caiado!

Liturgia comentada

Por fora parecem belos...
O povo antigo tinha um dito para nos alertar: “por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”. Neste Evangelho de tonalidade assustadora, Jesus emprega uma linguagem ainda mais forte: “sepulcros caiados”. Para os judeus, quem esbarrasse em um túmulo, ficaria ritualmente impuro e deveria passar por complicado processo de purificação. Daí o costume de caiar os sepulcros, de modo que ficassem bem visíveis e ninguém os tocasse por descuido. No entanto, mesmo limpinhos por fora, nada mudava sua podridão interior. Não adianta salvar as aparências...
Jesus se vale dessa imagem crua para denunciar a falsidade dos homens da religião judaica que “vendiam uma imagem” exterior de piedosos quando, por dentro, alimentavam sentimentos contrários à Lei de Deus, como a autossuficiência, a vaidade e a avareza. É para eles – os religiosos de fachada - que Jesus reserva o adjetivo “hipócritas” (cf. Mt 23,13; Mc 2,16).
Em sua juventude, quando morava em Nazaré, é bem provável que Jesus tenha visitado uma das cidades de cultura helenizada, ali mesmo na Galileia, como Tiberíades ou Cesareia de Filipe, onde peças de teatro eram representadas nas arenas. Nestas, os atores usavam máscaras sobre o rosto (trágica e cômica) e simulavam tristeza ou alegria, lágrimas ou gargalhadas, conforme o seu papel. Claro, eram sentimentos fingidos, não correspondiam ao íntimo dos artistas.
Jesus se vale desta situação (a de estar “debaixo da máscara”) para definir a atitude dos fariseus que rondavam o Templo de Jerusalém. Não havia nenhuma sinceridade em seu culto, em seus jejuns, em suas orações de pé, à vista de todos, tampouco em suas esmolas lançadas bem do alto para que as moedas retinissem nas arcadas do santuário e todos as percebessem... (Cf. Lc 21,1-4)
Por oposição, Jesus de Nazaré se mostra atraído pela oração daquele publicano anônimo que se humilha e confessa o próprio pecado (Lc 18,13), e ainda elogia o publicano Zaqueu, disposto a reparar suas falcatruas, com uma frase de admiração: “Hoje a salvação entrou nesta casa!” (Lc 19,9) Na contramão de nossa sociedade, Jesus quer apenas a sinceridade de coração: só os corações que se abrem à luz podem receber os cuidados do Senhor, que incluem a cura e o perdão.
Os que parecem bons (escribas e fariseus) são rejeitados. E para escândalo dos honestos, aqueles que parecem maus (prostitutas e publicanos) ouvem promessas de salvação. Qual será o nosso grupo?
Orai sem cessar: “Senhor, sabeis tudo de mim...!” (Sl 139,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 28/08/2013

HOMILIA

PAI, TORNA-ME TRANSPARENTE

O ai de vós, usada por Jesus, para introduzir as acusações dirigidas contra os escribas e fariseus como já tivemos ocasião de meditar no Evangelho de ontem! No Evangelho de hoje, temos os dois últimos “ai de vós” da seqüência. A repetição explícita, “ai de vós, escribas e fariseus hipócritas…”, mostra-nos a contundência da censura. Na ocasião das grandes festas, os sepulcros eram caiados para evitar algum contato involuntário de alguém que, assim, se tornaria impuro.
A indignação de Jesus contra os mestres da Lei e fariseus é tão grande, que Ele os compara a “sepulcros caiados”, pois têm a aparência exterior de um túmulo recém pintado de branco que tenta esconder uma realidade interior cheia de podridão. São eles aqueles que aparentando ser boas pessoas, escondem uma realidade de mentiras, pecados e nada comprometida com os preceitos morais.
Depois Jesus fala das edificações (sepulcros e sacrários), que ficam ao redor de Jerusalém, para os profetas martirizados. Ele acusa escribas e fariseus de serem descendentes (física e espiritualmente) dos responsáveis por esses martírios.
É desta forma, expressando seus “ais”, que Jesus mostra sua mágoa pela forma como escribas e fariseus fazem mau uso de sua liderança religiosa que deveria estar a serviço da comunidade e não servindo para exaltação e interesse próprio.
Este são os mesmos perigos que permeiam nossas comunidades, ainda hoje, e que prejudicam a vida espiritual de muitos. Certamente Jesus diria novamente um “ai”, se participasse das comunidades de agora.
Meu irmão, minha irmã! Jesus continua a nos interpelar assim como fez com os mestres da Lei e os fariseus a respeito da sinceridade nas nossas “boas ações”. A franqueza e a transparência devem ser um princípio básico nas nossas atitudes. O nosso coração deve dar o ritmo para as nossas realizações, do contrário, por mais esforço exterior que façamos as nossas obras denotarão sinal de morte e não de vida. Seremos como sepulcros caiados, por fora, impecáveis, por dentro cheios de imundície. Assim também, em relação às palavras que pronunciamos, aos elogios fáceis e cheios de hipocrisia que emitimos com o intuito de agradar a alguém, enquanto o nosso coração, muitas vezes, até critica e reprova. A verdade e a justiça devem permear as nossas atitudes, nem que doa. Jesus foi transparente e sincero quando disse: “Ai de vós, hipócritas”!
Será que eu e você, somos nós, hoje, os mestres da Lei e os fariseus, falsos e cínicos? Como está a sua justiça? Ela é verdadeira? O que será que você poderá estar vivendo, só de fachada? Você gosta de criticar as falhas dos outros achando que não cairia no mesmo erro? Você costuma fazer alguma coisa somente para parecer “bonzinho - boazinha”? Você costuma refletir sobre as conseqüências das suas ações? Você tem costume de elogiar as pessoas somente para agradá-las? Se a sua conduta não for diferente da dos mestres e doutores da Lei, saiba que Jesus está dirigindo para você estas palavras: Ai de você fariseu, hipócrita e doutor ou doutora da Lei!
Pai, torna-me de tal modo transparente que meu íntimo possa ser revelado por meus gestos e atitudes. Livra-me de ser como um sepulcro caiado!
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 27/08/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

O que prevalece são os valores que cultivamos no coração

Não se esqueça de que, no entardecer da vida, a casca vai para o cemitério e o que prevalece é o que temos dentro de nós: os valores que cultivamos no nosso interior e no nosso coração!
“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão!” (Mateus 23, 37).
O Mestre Jesus hoje nos mostra mais um ponto duro da vida farisaica, como os mestres da Lei e os fariseus da Sua época, doutores e senhores da religião e do conhecimento da Lei vivem. Nós somos chamados a rever as nossas posturas, a nossa conduta de vida, porque o que vemos por fora, muitas vezes, é só a casca.
Às vezes, nós caprichamos demais na casca e deixamos de lado o essencial: o que está dentro de nós. Damos muito valor ao que vemos de exterior, tanto nos outros como também em nossa própria vida. Nós olhamos para a maquiagem, para o retoque, nós olhamos para a beleza exterior e, muitas vezes, nos esquecemos de que o fundamento, a essência e os valores verdadeiros são aquilo que a pessoa carrega dentro de si.
Muitos relacionamentos não dão certo, porque a pessoa namora ou se casa com a casca; não namora e não se casa com a essência. A casca fascina tanto, é tão chamativa, eloquente e ilusória que a pessoa se prende só àquilo que vê à sua frente. Ela não consegue ir com profundidade ao essencial; e, depois, quando a casca se desfaz e se quebra, é que se vai reconhecer o que há dentro, então a decepção é grande.
Isso não vale só ao olharmos os outros, mas ao olharmos para nós mesmos, porque, frequentemente, nós nos dedicamos muito a cuidar do exterior, a cuidar da casca, a cuidar das aparências e não damos a devida importância e o devido cuidado a nosso interior, a nossa alma e o crescimento nas virtudes e na prática do bem. Algumas vezes, nós estamos sorrindo por fora, bem vestidos, bem aparentados, mas dentro de nós há muita raiva, ódio, rancor, desejos maldosos e maliciosos!
Não se esqueça de que, no entardecer da vida, a casca vai para o cemitério e o que prevalece é o que temos dentro de nós: os valores que cultivamos no nosso interior e no nosso coração! Por isso a nossa aplicação deve ser não para crescermos na forma de vida farisaica, mas sim para cuidarmos, cada vez mais, do nosso interior e do nosso coração, para que essa beleza divina resplandeça dentro de nós e o brilho do amor de Deus esteja em todo o nosso ser.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 27/08/2014

Oração Final
Pai Santo, nós cremos, mas aumenta a nossa fé! Ensina-nos a proclamá-la aos companheiros peregrinos através de palavras sábias e, sobretudo, pelo testemunho de uma vida sóbria e coerente com o caminho trilhado pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/08/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos um olhar puro, um coração limpo como o das crianças. Assim, poderemos agradecer-te os dons da Vida e da Fé e testemunhar aos peregrinos que nos acompanham nesta jornada o teu Amor paterno/maternal. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/08/2014

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